Alecsandro faz o gol da vitória de 1 a 0 que deixa o time da Colina a um empate do título inédito da Copa do Brasil. Coxa vai para o tudo ou nada
Agora, o Vasco precisa de um empate no jogo de volta, quarta-feira que vem, no Couto Pereira, em Curitiba, às 21h50m (de Brasília), para conquistar o título inédito e voltar à Taça Libertadores. Depois de atingir nesta temporada a maior sequência de vitórias na história do futebol brasileiro (24), o Coxa caiu de produção depois da goleada de 6 a 0 sobre o Palmeiras e agora terá de reencontrar o seu melhor jogo para vencer por dois gols de diferença e dar a volta olímpica que também seria inédita. O seu estádio lotado é uma das apostas para a virada, e a pressão nos minutos finais do jogo no Rio pode ter sido um bom sinal. A equipe alviverde não vence há quatro partidas: Palmeiras (2 a 0), Atlético-GO (1 a 0), Corinthians (2 a 1) e Vasco.
Antes, os dois times, provavelmente com reservas, se enfrentam no fim de semana pelo Campeonato Brasileiro, domingo, às 16h (de Brasília), também no Couto Pereira.
Mas, antes do duelo, os velhos problemas do futebol brasileiro. O ônibus do Coritiba foi alvejado por uma pedra na chegada da delegação a São Januário. Ninguém ficou ferido, e a polícia não conseguiu prender o responsável pela agressão. A entrada dos torcedores também foi bastante confusa nos portões 18 e 5. Além disso, a quantidade de ingressos falsos foi grande. Vários torcedores foram impedidos de entrar. Um funcionário usava alto-falante para alertar o público do problema.
Muita tensão no ar
Com os nervos à flor da pele, os dois times começaram o jogo abusando das faltas e dos passes errados. Qualquer marcação da arbitragem gerava protestos e palavrões dos mais pesados. Ansiosa, a torcida do Vasco colocava uma forte energia em campo. E um dos únicos que conseguia absorver essa força no início era Felipe, que usou toda a sua experiência para colocar a bola no chão e fazer o time respirar. O meia vascaíno tabelava com facilidade e fazia o time rodar. Já pelo lado do Coritiba, a afobação se traduzia em muitos chutões que a zaga do Vasco conseguia anular. Às vezes, com dificuldade.
Afobação, o principal problema dos dois times
Na saída para o intervalo, um jogador de cada lado apontou a afobação como responsável pelo empate parcial sem gols.
- O que não podemos é nos afobar. Temos de colocar a bola no chão - destacou Diego Souza, que teve a opinião compartilhada por Davi, do Coxa.
- Estamos muito afobados. Roubamos a bola na defesa e queremos sair de qualquer jeito. Assim não dá.
Gol de Alecsandro e homenagem ao pai
As palavras de Diego Souza foram ouvidas e compreendidas pelo time. Tanto que, logo aos cinco minutos, Diego, com tranquilidade, recebeu na intermediária e acionou Allan. O volante, que joga improvisado, mostrou talento dos grandes laterais ao cruzar na cabeça de Alecsandro, que fez com perfeição o seu dever de ofício: testou para o chão e abriu o placar para o Vasco: 1 a 0 e explosão na Colina. Na comemoração, Alecsandro homenageou o pai, Lela, e fez a careta, marca registrada do ex-atacante que, curiosamente, integrou o time do Coritiba campeão brasileiro em 1985.
O Coxa não sentiu o gol e criou duas boas chances em sequência. Na segunda, a mais perigosa delas, Fernando Prass teve que fazer defesa difícil após chute de Bill. Mas, aos poucos, as duas equipes passaram a sentir o desgaste, fruto do ritmo alucinante do primeiro tempo.
Pressão do Coxa no final
Bernando ainda ameaçou em cobrança de falta por cima do gol, e os visitantes arriscaram vários ataques rápidos que deixaram os vascaínos de cabelo em pé. A pressão foi muito grande, e aos 47 a bola quase entrou em conclusão de Emerson. Mas o time da Colina controlou os nervos para abrir vantagem na decisão. Agora é tudo ou nada no Couto Pereira.
Fernando Prass, Allan, Dedé, Anderson, Márcio Careca; Rômulo, Eduardo Costa, Felipe (Felipe Bastos), Bernardo e Diego Souza; Alecsandro (Elton). | Edson Bastos, Jonas, Emerson, Demerson e Lucas Mendes; Willian, Léo Gago, Rafinha e Davi (Geraldo); Anderson Aquino (Marcos Paulo) e Bill (Leonardo). |
Técnico: Ricardo Gomes | Técnico: Marcelo Oliveira |
Gols: Alecsandro, aos 5 minutos do segundo tempo | |
Público pagante: 17.922. Público presente: 21.365. Renda: R$ 756.765 | |
Cartões amarelos: Anderson Aquino (Coritiba) | |
Local: São Januário, Rio de Janeiro. Data: 01/06/2011. Árbitro: Paulo Cesar Oliveira (SP-FIFA). Auxiliares: Carlos Berkenbrock (SC-FIFA) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP-FIFA). FONTE: http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-brasil/noticia/2011/06/vasco-controla-tensao-bate-o-coritiba-e-abre-vantagem-na-final.html |
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