As duas equipes tiveram dificuldades no início da competição, mas mostraram que camisa não pode ser desprezada
Neymar é novamente a principal esperança do
Santos (Foto: Ag. Estado)
Santos (Foto: Ag. Estado)
O Santos começou a competição marcando passo. Não venceu nenhum de seus três primeiros jogos (empates com Deportivo Táchira-VEN, Cerro Porteño-PAR e derrota para o Colo Colo-CHI). Só conseguiu o primeiro triunfo na quarta partida, dando o troco nos chilenos: 3 a 2. Após vencer este duelo, o Peixe foi a Assunção precisando vencer o Cerro. Nem empate servia. Para um time que começou a competição como favorito, ser eliminado ainda na fase de grupos seria uma humilhação. Pois foi lá e venceu, com atuação magistral de Paulo Henrique Ganso, e arrancou para a decisão. Nos mata-matas, mostrou estilo copeiro: fechado na defesa e objetivo no ataque, não perdeu nenhum jogo nas oitavas, quartas e semi. Com Neymar em fase mágica, voltou a ter status de favorito.
O Peñarol também teve caminho tortuoso na fase de grupos. Foi goleado pela LDU-EQU (5 a 0) e pelo Independiente-ARG (3 a 0). Ainda assim, conseguiu se classificar em segundo lugar no Grupo 8. Nas oitavas de final, empatou em casa (1 a 1) com o Internacional. Foi dado como eliminado. No Beira-Rio, porém, surpreendeu ao vencer por 2 a 1. Nas quartas, contra o Universidad Católica-CHI, e nas semifinais, diante do Vélez Sarsfield-ARG, também se classificou graças a gols marcados como visitante. Aliás, no confronto com os argentinos, um roteiro de filme. Após vencer em Montevidéu por 1 a 0, o Peñarol jogava por um empate em Buenos Aires. Não jogou atrás e abriu o placar. Logo, porém, levou a virada e só não perdeu a vaga na final porque o atacante uruguaio Santiago Silva, do Vélez, chutou um pênalti para fora. O jogo terminou 2 a 1 para o Vélez, que precisava vencer por dois gols.
Os dois times têm história de sobra. Em campo, serão sete títulos de Libertadores (dois do Santos e cinco do Peñarol) e cinco mundiais (dois dos brasileiros; três dos uruguaios).
O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real, com vídeos exclusivos. A TV Globo e o SporTV transmitem ao vivo para todo o Brasil. O trio de arbitragem é paraguaio. Carlos Amarilla apita, auxiliado por Nicolas Yegros e Rodney Aquino.
Peñarol: pentacampeão continental, a equipe aurinegra busca o título para consolidar a retomada do futebol uruguaio, que viveu anos de ostracismo e começou a ressurgir com a geração de Diego Forlán, que levou a Celeste às semifinais da Copa do Mundo do ano passado, na África do Sul.
Peñarol: Sem jogadores machucados ou suspensos, o técnico Diego Aguirre manterá a formação que vem utilizando nos últimos jogos: Sebastián Sosa, Alejandro González, Carlos Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Matías Corujo, Luis Aguiar, Nicolás Freitas e Matías Mier; Alejandro Martinuccio e Juan Manuel Olivera.
Peñarol: Martinuccio é o jogador a ser marcado pelos santistas. Habilidoso e de boa visão de jogo, o meia é quem desafoga a equipe. Chega bem à frente e também faz gols.
Diego Aguirre, técnico do Peñarol: “Neymar é um grande jogador, mas não é o único. O Santos tem outros importantes futebolistas que merecem toda nossa atenção”.
* O segundo jogo da decisão, na Vila, foi bastante polêmico. Apenas 51 minutos foram jogados porque o árbitro chileno Carlos Robles, alegando problemas de segurança (uma garrafa atirada das arquibancadas acertou o bandeirinha), encerrou a partida quando os uruguaios venciam por 3 a 2. O problema é que, temendo por sua integridade física, ele continuou a partida após atendimento ao auxiliar. O Peixe empatou, com Pagão, e a torcida deixou o estádio comemorando o título. Só no dia seguinte é que os torcedores souberam que o complemento da partida e o gol de empate não valeram nada. O árbitro só considerou o que aconteceu até a agressão a seu auxiliar.
* Esta é a quinta vez que o título da Taça Libertadores é decidido entre brasileiros e uruguaios. Por enquanto, empate: 1961: Peñarol x Palmeiras (1x0 e 1x1); 1962: Santos x Peñarol (2x1; 2x3 e 3x0); 1980: Nacional x Internacional (0x0 e 1x0); 1983: Grêmio x Peñarol (1x1 e 2x1).
* Computando apenas jogos de Libertadores, Santos e Peñarol se enfrentaram seis vezes, com três vitórias para cada equipe. No geral, foram 20 jogos, com sete vitórias uruguaias, quatro empates e nove vitórias santistas.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2011/06/renascidos-santos-e-penarol-levam-tradicao-final-da-libertadores.html
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