Luta do Gladiador foi premiada no clássico deste domingo. Ele marcou o único gol da partida e manteve o Verdão na liderança do Paulistão
Com o resultado, o Verdão segura um tabu que dura dois anos. A última vitória santista nesse clássico ocorreu no dia 18 de abril de 2009. Desde então, seis jogos, com quatro vitórias palmeirenses e dois empates.
Jogo tenso
O jogo começou nervoso. Neymar e Kleber começaram a se estranhar logo no início, quando o Gladiador abriu os braços e acertou o astro santista, que passou a dar chilique. O santista revidou o golpe em Kleber num carrinho - levou amarelo, e ficou esbravejando com o árbitro e com os adversários. Ele ainda travou um duelo particular com Cicinho, que o marcou implacavelmente. Chegaram a trocar insultos durante parte do primeiro tempo. O santista chegou até a acertar um tapa no adversário e só não foi expulso porque o árbitro aliviou.
Após se livrar do vermelho, o astro santista esfriou a cabeça e passou a se preocupar mais em jogar bola. Então, aos 13 minutos, acertou um lindo lançamento, da esquerda para a direita, para Elano, que, como um ponta, foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Paulo Henrique Ganso. O camisa 10 do Peixe, porém, bancou jogador do Inacreditável Futebol Clube. Dentro da pequena área, com o gol aberto à sua frente, ele conseguiu fazer o mais difícil: jogar para fora. Aliás, o craque alvinegro teve uma atuação apenas discreta.
O Peixe voltaria a ameaçar aos 16, numa cobrança de falta de Elano lá da intermediária. Ele mandou uma bomba de pé direito. A bola viajou rente ao gramado molhado. Deola bancou o líbero do vôlei e salvou de manchete.
Marcando muito bem, o Palmeiras controlava as investidas do Santos e tentava incomodar a zaga santista. Faltava, porém, alguém para combinar jogadas com Kleber. O atacante alviverde batalhava sozinho. Batia, caía, levantava, insistia. Justificou o apelido de Gladiador, mas não conseguiu ameaçar a meta defendida por Rafael. Dessa forma, o jogo se tornou monótono, com muitas divididas no meio de campo e quase nenhuma chance de gol.
Até então, o goleiro santista apenas assistia à partida. Até que levou um susto aos 41 minutos, quando Marcos Assunção mandou uma bomba de fora da área. A bola beijou o bico direito do travessão. Não entrou por uma questão de centímetros.
Kleber fez a diferença contra o Santos de Adriano e Elano na Vila Belmiro (Foto: Bruno Miani / ZDL)
O segundo tempo foi muito mais emocionante. Os dois times deixaram de lado a cautela e passaram a se atacar. Logo aos 8 minutos, Marcos Assunção cobrou falta da direita e acertou a trave. Passado o susto, o Santos retomou o controle do jogo e passou a cercar o adversário, deixando, porém, espaços para os contra-ataques do Verdão.
O jogo era lá e cá. Os dois times chegaram até a balançar as redes, mas os gols foram invalidados, ambos por impedimento. Aos 15, Ganso achou Danilo livre pelo meio. O volante santista recebeu e chutou na saída de Deola. No entanto, ele estava adiantado e o gol foi anulado. Três minutos depois, foi a vez de Thiago Heleno mandar para as redes, escorando cruzamento de Marcos Assunção. No entanto, também estava impedido.
O Santos parecia mais perto do gol. Neymar, em jogadas individuais, conseguia ameaçar mais o gol de Deola, mas foi numa cabeçada de Durval que o goleiro operou o milagre da tarde. Aos 29, Ganso cobrou falta da esquerda na cabeça do zagueirão, que subiu livre e cabeceou para o chão. Deola conseguiu espalmar.
Acontece que o Palmeiras tem Kleber. O Gladiador continuava na toada do primeiro tempo. Com seu estilo argentino, lutava por espaços, fustigava os zagueiros, cavava faltas. A diferença é que, aos 34 minutos, finalmente ele achou alguém para tabelar. Ele recebeu pela meia esquerda. Primeiro reclamou que ninguém encostava. Até que Patrick veio. Ele jogou no companheiro e correu, para a área. O passe veio por cima, de cavadinha. O Gladiador recebeu de frente para Rafael, chutou de pé direito, alto, sem chance para Rafael, e teve sua luta premiada.
Rafael, Pará (Felipe Anderson), Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Danilo, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Zé Eduardo (Keirrison). | Deola, Cicinho (Chico), Danilo, Thiago Heleno e Rivaldo; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Lincoln (João Vítor) e Patrik; Adriano (Luan) e Kleber. |
Técnico: Marcelo Martelotte | Técnico: Luiz Felipe Scolari |
Gols: Kléber, aos 34 minutos do segundo tempo | |
Cartões amarelos: Neymar, Elano, Durval, Adriano (Santos), Danilo, Rivaldo, Cicinho, Patrick (Palmeiras) | |
Público e renda: Público: 10.719 pagantes/R$ 447.102,82 | |
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 3/4/2011. Árbitro: Vinicius Furlan. Auxiliares: Giulliano Neri Colisse e Fabio Rogerio Baesteiro. Assistentes adicionais: Luiz Flavio de Oliveira e Raphael Claus. FONTE: http://globoesporte.globo.com/futebol/campeonatos-estaduais/campeonato-paulista/noticia/2011/04/garra-de-kleber-supera-arte-de-neymar-verdao-vence-peixe-na-vila.html |
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