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Equipe de Bernardinho mancha campanha do título com derrota para Bulgária, e seleção feminina bate na trave no Mundial, novamente diante das russas
Um título mundial, seja qual for o esporte, é sempre motivo de orgulho. A seleção masculina brasileira de vôlei, no entanto, voltou ao país e precisou se explicar após a conquista do tricampeonato na Itália, em outubro. Acusada de entregar o jogo para a Bulgária, ainda na segunda fase, para pegar um caminho mais fácil na sequência, a equipe foi alvo de críticas, mesmo com o troféu e as medalhas na bagagem. Poupado, Murilo saiu inabalado como o melhor jogador do mundo e o maior atleta do Brasil em 2010.
No vôlei de praia, Juliana e Larissa brilharam mais uma vez. A dupla roubou das americanas campeãs olímpicas Walsh e May o posto de parceria que mais venceu na história do Circuito Mundial, entre homens e mulheres: ganharam 36 medalhas de ouro. As brasileiras foram as melhores em sete das 12 etapas que disputaram e conquistaram o pentacampeonato do Circuito Mundial. No Brasil, levaram o tetra.
Durante o Mundial, passou inabalado pela crise que assolou a seleção, após a derrota para a Bulgária, quando a equipe foi acusada de entregar o jogo. Mesmo depois de sofrer uma lesão no último set da final contra Cuba, permaneceu em quadra e ajudou a equipe a conquistar o título.
O próximo ano promete grandes desafios para o ponteiro. O jogador deve ajudar a seleção brasileira na campanha nos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara, no México, além da Liga Mundial, da Copa América, no Brasil, e da Copa do Mundo, no Japão, torneio classificatório para as Olimpíadas de Londres-2012. Pelo Sesi, busca o título inédito da Superliga.
Difícil foi antes da final. A campanha recheada de dramas se arrastou ao longo de 15 dias com lesões, troca de farpas, derrota de propósito, chuva de críticas. Nada disso entrou em quadra no domingo. Quando a bola subiu na Arena de Roma em 10 de outubro, o Brasil fez a decisão contra os cubanos parecer um treino de luxo contra juvenis. Sem medo de mostrar quem manda no vôlei neste planeta. Agressivos, vibrantes e impiedosos, os comandados de Bernardinho transformaram a valente seleção de Cuba em pó. Com 3 sets a 0 (25/22, 25/14 e 25/22), derrubaram os caribenhos em apenas 1h14m, chegaram ao tricampeonato e esticaram sua dinastia em Mundiais. Desde 2002, ninguém tira o verde-amarelo do topo.
Acusado de perder para a Bulgária na segunda fase para escapar dos cubanos na terceira, o Brasil mostrou neste domingo que não precisava temer os rivais. Com mais uma atuação memorável de Leandro Vissotto, que também tinha sido o herói da semifinal contra a Itália, a seleção se impôs desde o início e não foi ameaçada em nenhum momento. Venceu como time grande que é.
Mais tarde, no Mundial, a serviço da seleção, mostrou maturidade ao substituir com maestria duas das jogadoras mais importantes da equipe – Mari e Paula Pequeno, cortadas antes da competição por lesões. Embora o Brasil tenha caído mais uma vez diante da Rússia na final, saiu fortalecida após ótimas exibições.
Cercadas de favoritismo, as italianas mostraram pouco mais que beleza no Mundial do Japão. Lideradas pela musa Francesca Piccinini, as europeias foram mal em quadra e caíram antes das semifinais da competição diante de Cuba, em um duelo de 2h11m. A capitã lamentou.
- Não é certo, simplesmente não é certo. É uma pena a Itália estar fora das semifinais. Acreditávamos que íamos conseguir. Sair da quadra com a derrota e sem a classificação é muito triste. Não sei mais o que dizer, desculpa – disse Piccinini.
- É uma mancha negra na minha carreira. Sei que todo mundo aqui também não está contente com o que aconteceu. Mas o campeonato começa na segunda-feira - lamentou Giba ao deixar a quadra.
Na volta ao país, após o título, os jogadores negaram a entrega do jogo. Disseram terem jogado com o regulamento, assim como fizeram Rússia e EUA. Depois, em entrevista a uma revista brasileira, Bernardinho, no entanto, confirmou a mancha negra no currículo, embora com outras palavras.
No calor da conquista do título mundial, Mário Jr. soltou o que os outros jogadores procuraram negar. Confessou ter entregado o jogo para a Bulgária, mas foi repreendido pelos companheiros no caminho de volta para o Brasil. O depoimento, no entanto, já estava registrado.
- O momento mais difícil foi entregar o jogo contra a Bulgária. No começo, eu não consegui. Não sabia como fazer, nunca tinha feito isso na minha vida antes. A gente tinha esse objetivo mesmo, e foi superado. Antes de dormir, à noite, esquecemos e superamos. Jogamos de acordo com as regras do campeonato. No fim, deu Brasil por merecimento, o esforço do brasileiro no dia a dia. Ganhou o melhor – afirmou.
A cidade de Araçatuba passou a respirar vôlei e a farejar a possibilidade de títulos. Com duas equipes recheadas de estrelas, no masculino e no feminino, o Võlei Futuro promete complicar a vida dos rivais nas Superligas. Entre os homens, Ricardinho, Leandro Vissotto, Mário Jr. e Lucão são as referências. Pelas mulheres, Fabiana e Paula Pequeno, campeãs olímpicas em 2008, foram contratadas para guiarem a equipe.
Brasileiros comemoram a conquista do título mundial na Itália (Foto: AFP)
Entre as mulheres, mesmo com os desfalques de Paula Pequeno e Mari, a seleção de José Roberto Guimarães chegou à final, mas um antigo algoz apareceu mais uma vez. Contra a Rússia na decisão, as meninas lutaram, mas ficaram novamente com o vice. A torcida, no entanto, viu o amadurecimento de Natália, grande revelação da equipe.No vôlei de praia, Juliana e Larissa brilharam mais uma vez. A dupla roubou das americanas campeãs olímpicas Walsh e May o posto de parceria que mais venceu na história do Circuito Mundial, entre homens e mulheres: ganharam 36 medalhas de ouro. As brasileiras foram as melhores em sete das 12 etapas que disputaram e conquistaram o pentacampeonato do Circuito Mundial. No Brasil, levaram o tetra.
Murilo cresce para cima do rival (Foto: Reuters)
Quando o ano começou, Murilo já tinha sua importância. Durante a conquista do eneacampeonato da Liga Mundial, porém, o ponteiro cresceu e, em uma clara evolução, passou a ser a referência da sempre vencedora equipe de Bernardinho dentro de quadra. Comparado a Nalbert e confundido com o irmão, Gustavo, o jogador do Sesi foi eleito o melhor jogador de todas as competições que disputou nesta temporada com a camisa do Brasil e recebeu o título de melhor atleta do país.Durante o Mundial, passou inabalado pela crise que assolou a seleção, após a derrota para a Bulgária, quando a equipe foi acusada de entregar o jogo. Mesmo depois de sofrer uma lesão no último set da final contra Cuba, permaneceu em quadra e ajudou a equipe a conquistar o título.
O próximo ano promete grandes desafios para o ponteiro. O jogador deve ajudar a seleção brasileira na campanha nos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara, no México, além da Liga Mundial, da Copa América, no Brasil, e da Copa do Mundo, no Japão, torneio classificatório para as Olimpíadas de Londres-2012. Pelo Sesi, busca o título inédito da Superliga.
Acusado de perder para a Bulgária na segunda fase para escapar dos cubanos na terceira, o Brasil mostrou neste domingo que não precisava temer os rivais. Com mais uma atuação memorável de Leandro Vissotto, que também tinha sido o herói da semifinal contra a Itália, a seleção se impôs desde o início e não foi ameaçada em nenhum momento. Venceu como time grande que é.
Natália: revelação (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
Sempre apontada mascote da seleção, a moleca Natália mostrou em 2010 que não se limita às brincadeiras. Primeiro, levou o Osasco à conquista da Superliga, em abril. Aos 21 anos, a ponteira cravou 29 pontos na decisão e acabou com uma supremacia de quatro anos do Rio de Janeiro na competição.Mais tarde, no Mundial, a serviço da seleção, mostrou maturidade ao substituir com maestria duas das jogadoras mais importantes da equipe – Mari e Paula Pequeno, cortadas antes da competição por lesões. Embora o Brasil tenha caído mais uma vez diante da Rússia na final, saiu fortalecida após ótimas exibições.
Cercadas de favoritismo, as italianas mostraram pouco mais que beleza no Mundial do Japão. Lideradas pela musa Francesca Piccinini, as europeias foram mal em quadra e caíram antes das semifinais da competição diante de Cuba, em um duelo de 2h11m. A capitã lamentou.
- Não é certo, simplesmente não é certo. É uma pena a Itália estar fora das semifinais. Acreditávamos que íamos conseguir. Sair da quadra com a derrota e sem a classificação é muito triste. Não sei mais o que dizer, desculpa – disse Piccinini.
Francesca Piccinini lamenta na derrota da Itália para Cuba (Foto: FIVB)
Brasil comemora vitóra na Liga Mundial (Vipcomm)
Uma equipe com rostos novos, sem Serginho e com Giba no banco chegou a ser posta em dúvida pelos adversários. A certeza da força, no entanto, não demorou a chegar. Com a vitória sobre a Rússia por 3 sets a 1 (25/22, 25/22, 16/25 e 25/23), a bandeira verde-amarela subiu no alto do pódio da Liga Mundial pela nona vez e a seleção ultrapassou o número de títulos da Itália para entrar para a história como a maior campeã da competição.5 | 4 | 35 |
Número de títulos mundiais que Juliana e Larissa têm no circuito | Número de títulos do Florianópolis na Superliga Masculina (2005/06, 2007/08. 2008/09 e 2009/10) | Número de pontos da russa Gomova na decisão do Mundial contra o brasil, no Japão |
Cartaz de protesto no jogo do Brasil contra Bulgária
no Mundial (Carol Oliveira / Globoesporte.com)
Poucas horas antes do jogo, Giba garantiu: “Vamos honrar o esporte”. Não foi nem de longe o que aconteceu neste sábado. Irritado com o regulamento do Mundial de vôlei, o Brasil entrou em quadra na cidade de Ancona sem Bruninho, gripado, sem Murilo, poupado, e sem disposição de vencer. Resultado: caiu diante da Bulgária por 3 a 0 (25/18, 25/20 e 25/20). Em segundo lugar no grupo N, conseguiu o que queria: um caminho teoricamente mais fácil para seguir adiante no Mundial de vôlei, rumo ao título. O preço da vantagem veio em forma de protesto. A torcida no ginásio Palarossini vaiou, gritou "vergonha" e chegou a virar as costas para a quadra. Um dia para o vôlei esquecer.no Mundial (Carol Oliveira / Globoesporte.com)
- É uma mancha negra na minha carreira. Sei que todo mundo aqui também não está contente com o que aconteceu. Mas o campeonato começa na segunda-feira - lamentou Giba ao deixar a quadra.
Na volta ao país, após o título, os jogadores negaram a entrega do jogo. Disseram terem jogado com o regulamento, assim como fizeram Rússia e EUA. Depois, em entrevista a uma revista brasileira, Bernardinho, no entanto, confirmou a mancha negra no currículo, embora com outras palavras.
Sempre elétrico à beira da quadra, nem as muletas, frutos de uma cirurgia, impediram o ritual de Bernardinho
- O momento mais difícil foi entregar o jogo contra a Bulgária. No começo, eu não consegui. Não sabia como fazer, nunca tinha feito isso na minha vida antes. A gente tinha esse objetivo mesmo, e foi superado. Antes de dormir, à noite, esquecemos e superamos. Jogamos de acordo com as regras do campeonato. No fim, deu Brasil por merecimento, o esforço do brasileiro no dia a dia. Ganhou o melhor – afirmou.
A cidade de Araçatuba passou a respirar vôlei e a farejar a possibilidade de títulos. Com duas equipes recheadas de estrelas, no masculino e no feminino, o Võlei Futuro promete complicar a vida dos rivais nas Superligas. Entre os homens, Ricardinho, Leandro Vissotto, Mário Jr. e Lucão são as referências. Pelas mulheres, Fabiana e Paula Pequeno, campeãs olímpicas em 2008, foram contratadas para guiarem a equipe.
Equipe masculina do Vôlei Futuro comemora ponto: aposta para 2011 (Foto: Divulgação)
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