LIMA - Em noite absolutamente espetacular, Neymar marcou os quatro gols do Brasil na vitória por 4 a 2 sobre o Paraguai, na estreia das duas equipes no Sul-Americano sub-20 do Peru, que distribuirá duas vagas para as Olimpíadas de Londres, em 2012.
Veja também:
ANTERO GRECO - Neymar é mesmo um monstro
Neymar confirmou que não são exagerados os elogios que o qualificam como a maior estrela da competição e desfilou vasto repertório de gols, dribles e grandes jogadas.
A partida disputada no estádio Jorge Basadre, na cidade de Tacna, teve um início amarrado, com poucas chances de gol. Logo aos 6 minutos, porém, Neymar apareceu no jogo dando cruzamento preciso para o zagueiro Bruno Uvini cabecear no travessão.
Cinco minutos depois, Benítez bateu falta e testou os reflexos do goleiro Gabriel.
Até a metade do primeiro tempo, as ações foram equilibradas, e as duas equipes não tiveram grandes oportunidades para marcar. Aos 24 minutos, Casimiro fez linda jogada pela esquerda, invadiu a área paraguaia e foi derrubado pelo goleiro Ovando.
Pênalti que Neymar bateu no canto esquerdo para fazer seu primeiro gol na partida. A comemoração teve direito a dancinha dos brasileiros, assim como Neymar e sua turma faziam no Santos em 2010.
Aos 33, o atacante foi lançado pela esquerda, entrou na área e deixou o zagueiro no chão antes de chutar firme no cantinho de Ovando, que não alcançou a bola: 2 a 0.
Mesmo com total controle da partida, o volante Zé Eduardo fez duas faltas duras no começo do segundo tempo e foi expulso, prejudicando a equipe brasileira.
Para complicar ainda mais, dois minutos depois, aos 6 do segundo tempo, o zagueiro Vieira descontou para o Paraguai após cobrança de escanteio.
Com o jogo mais difícil, Neymar resolveu aparecer novamente aos 15 minutos. Depois de jogada entre Lucas e Henrique, a bola sobrou para o santista, que dividiu com o goleiro e empurrou de cabeça para as redes.
O melhor de Neymar, no entanto, viria três minutos depois. O atacante recebeu em velocidade pela esquerda, entrou na área e encobriu Ovando, que saía para abafar: 4 a 1.
Irritados com a grande exibição de Neymar, os jogadores do Paraguai passaram a tentar intimidar o atacante do Santos, que respondia com mais dribles. Por reclamar da violência, o treinador Ney Franco acabou expulso e da boca do túnel viu o Paraguai descontar com Montenegro, aos 39.
Três minutos depois, o atacante Henrique fez falta dura e também foi expulso, deixando o Brasil com apenas nove em campo. Apesar da inferioridade numérica, não havia mais tempo para uma tentativa de reação do Paraguai.
BRASIL 4 - Gabriel; Danilo (Galhardo), Bruno Uvini, Juan, Alex Sandro; Zé Eduardo, Casemiro, Lucas (Romário) e Oscar (Fernando); Neymar e Henrique. Técnico: Ney Franco.
PARAGUAI 2 - Mario Ovando, Raúl Cáceres, Gustavo Gómez, Diego Vieira; Nelson Ruíz (Óscar Ruíz), Diego Benítez, Hernán Pérez, Marcos Giménez, Ivan Torres (Brian Montenegro); Jorge Ortega (Miguel Medina) e Claudio Correa. Técnico: Adrián Coria.
Gols: Neymar (4) (Brasil); Vieira e Montenegro (Paraguai); Local: Estádio Jorge Basadre, Tacna (Peru); Árbitro: Diego Abal (Argentina); Cartões Amarelos: Gómez, Ovando e Torres (Paraguai); Danilo, Henrique, Zé Eduardo e Neymar (Brasil); Cartões Vermelhos: Zé Eduardo, Henrique e Ney Franco (Brasil)
Há um grupo de jogadores que têm suas carreiras seguidas desde a mais tenra idade, os 12, 13 anos. Neymar aí incluído. Erik Lamela, que tinha tudo para ser uma das estrelas desse Sul-Americano Sub-20, também. Mas não foi liberado pelo River Plate. De Neymar, um olheiro de um dos clubes que estará na fase de mata-matas da Liga Campeões certa vez comentou.
"Ele é maravilhoso, mas eles (os dirigentes) não o venderão de jeito nenhum. Ouvi que o (Roman) Abramovich já teria, inclusive, oferecido muito dinheiro por seu futebol, mas o Santos na mesma hora dobrou a pedida. Algo como uns 45 milhões de euros".
Isso no fim de 2009, por aí. De lá pra cá, a revelação do Peixe viveu muita coisa. Confirmou a condição de craque ou de futuro, como preferir , perdeu alguns pênaltis, exagerou nas passadas de pé sobre a bola, brigou com treinador, foi punido na Seleção, rejeitou oferta do Chelsea, deu a volta por cima, amadureceu, tomou o time do Santos para si e, por fim, desencantou com a amarelinha. Aparentemente para valer.
Na madrugada dessa segunda para terça, o atacante deu mais uma prova disso. Marcou todos os gols do Brasil na vitória por 4 a 2 sobre o Paraguai, na estreia do Sul-Americano. Ainda que tenha tido a sua atuação um tanto ofuscada pelo destempero emocional canarinho, foi a grande notícia do jogo. Ainda que e lá vai mais uma ressalva não tenha feito nada de novo. Fez o de sempre. A la Garrincha, deixou mais alguns adversários com cara de João. O técnico paraguaio, que não é paraguaio, Adrián Coria, também.
Pediu uma marcação cerrada no brasileiro. Não teve jeito. Viu, na verdade, lances que permitem aqui traçar um paralelo com Lionel Messi. Coria não discordaria. Conhece o astro do Barcelona como ninguém, acompanhou seus primeiros passos no futebol. Ex-companheiro de Marcelo Bielsa nos gramados, foi técnico da base do Newell’s Old Boys durante 14 anos. Por lá, viu o craque argentino surgir. Hoje, vê a sua consagração, fazendo de uma Liga espanhola cada vez mais pobre ainda mais pobre. Tal a forma como acentua a fragilidade dos adversários.
Neymar vai pelo mesmo caminho nesse Sul-Americano. Pode cravar. Não deverá ser um torneio que encha os olhos não como foi 2009. Mas isso você pode pôr na conta de gente como Neymar, que ajuda a realçar essa queda de qualidade de um ano para o outro. Alguém que marca a diferença. Na história do futebol.
Crédito da imagem: Mowa Press/Divulgação
FONTE:
http://esportes.br.msn.com/futebol/artigo.aspx?cp-documentid=27293023
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ANTERO GRECO - Neymar é mesmo um monstro
Neymar confirmou que não são exagerados os elogios que o qualificam como a maior estrela da competição e desfilou vasto repertório de gols, dribles e grandes jogadas.
A partida disputada no estádio Jorge Basadre, na cidade de Tacna, teve um início amarrado, com poucas chances de gol. Logo aos 6 minutos, porém, Neymar apareceu no jogo dando cruzamento preciso para o zagueiro Bruno Uvini cabecear no travessão.
Cinco minutos depois, Benítez bateu falta e testou os reflexos do goleiro Gabriel.
Até a metade do primeiro tempo, as ações foram equilibradas, e as duas equipes não tiveram grandes oportunidades para marcar. Aos 24 minutos, Casimiro fez linda jogada pela esquerda, invadiu a área paraguaia e foi derrubado pelo goleiro Ovando.
Pênalti que Neymar bateu no canto esquerdo para fazer seu primeiro gol na partida. A comemoração teve direito a dancinha dos brasileiros, assim como Neymar e sua turma faziam no Santos em 2010.
Aos 33, o atacante foi lançado pela esquerda, entrou na área e deixou o zagueiro no chão antes de chutar firme no cantinho de Ovando, que não alcançou a bola: 2 a 0.
Mesmo com total controle da partida, o volante Zé Eduardo fez duas faltas duras no começo do segundo tempo e foi expulso, prejudicando a equipe brasileira.
Para complicar ainda mais, dois minutos depois, aos 6 do segundo tempo, o zagueiro Vieira descontou para o Paraguai após cobrança de escanteio.
Com o jogo mais difícil, Neymar resolveu aparecer novamente aos 15 minutos. Depois de jogada entre Lucas e Henrique, a bola sobrou para o santista, que dividiu com o goleiro e empurrou de cabeça para as redes.
O melhor de Neymar, no entanto, viria três minutos depois. O atacante recebeu em velocidade pela esquerda, entrou na área e encobriu Ovando, que saía para abafar: 4 a 1.
Irritados com a grande exibição de Neymar, os jogadores do Paraguai passaram a tentar intimidar o atacante do Santos, que respondia com mais dribles. Por reclamar da violência, o treinador Ney Franco acabou expulso e da boca do túnel viu o Paraguai descontar com Montenegro, aos 39.
Três minutos depois, o atacante Henrique fez falta dura e também foi expulso, deixando o Brasil com apenas nove em campo. Apesar da inferioridade numérica, não havia mais tempo para uma tentativa de reação do Paraguai.
BRASIL 4 - Gabriel; Danilo (Galhardo), Bruno Uvini, Juan, Alex Sandro; Zé Eduardo, Casemiro, Lucas (Romário) e Oscar (Fernando); Neymar e Henrique. Técnico: Ney Franco.
PARAGUAI 2 - Mario Ovando, Raúl Cáceres, Gustavo Gómez, Diego Vieira; Nelson Ruíz (Óscar Ruíz), Diego Benítez, Hernán Pérez, Marcos Giménez, Ivan Torres (Brian Montenegro); Jorge Ortega (Miguel Medina) e Claudio Correa. Técnico: Adrián Coria.
Gols: Neymar (4) (Brasil); Vieira e Montenegro (Paraguai); Local: Estádio Jorge Basadre, Tacna (Peru); Árbitro: Diego Abal (Argentina); Cartões Amarelos: Gómez, Ovando e Torres (Paraguai); Danilo, Henrique, Zé Eduardo e Neymar (Brasil); Cartões Vermelhos: Zé Eduardo, Henrique e Ney Franco (Brasil)
Mowa Press/Divulgação
Blog da Revista ESPN
"Ele é maravilhoso, mas eles (os dirigentes) não o venderão de jeito nenhum. Ouvi que o (Roman) Abramovich já teria, inclusive, oferecido muito dinheiro por seu futebol, mas o Santos na mesma hora dobrou a pedida. Algo como uns 45 milhões de euros".
Isso no fim de 2009, por aí. De lá pra cá, a revelação do Peixe viveu muita coisa. Confirmou a condição de craque ou de futuro, como preferir , perdeu alguns pênaltis, exagerou nas passadas de pé sobre a bola, brigou com treinador, foi punido na Seleção, rejeitou oferta do Chelsea, deu a volta por cima, amadureceu, tomou o time do Santos para si e, por fim, desencantou com a amarelinha. Aparentemente para valer.
Na madrugada dessa segunda para terça, o atacante deu mais uma prova disso. Marcou todos os gols do Brasil na vitória por 4 a 2 sobre o Paraguai, na estreia do Sul-Americano. Ainda que tenha tido a sua atuação um tanto ofuscada pelo destempero emocional canarinho, foi a grande notícia do jogo. Ainda que e lá vai mais uma ressalva não tenha feito nada de novo. Fez o de sempre. A la Garrincha, deixou mais alguns adversários com cara de João. O técnico paraguaio, que não é paraguaio, Adrián Coria, também.
Pediu uma marcação cerrada no brasileiro. Não teve jeito. Viu, na verdade, lances que permitem aqui traçar um paralelo com Lionel Messi. Coria não discordaria. Conhece o astro do Barcelona como ninguém, acompanhou seus primeiros passos no futebol. Ex-companheiro de Marcelo Bielsa nos gramados, foi técnico da base do Newell’s Old Boys durante 14 anos. Por lá, viu o craque argentino surgir. Hoje, vê a sua consagração, fazendo de uma Liga espanhola cada vez mais pobre ainda mais pobre. Tal a forma como acentua a fragilidade dos adversários.
Neymar vai pelo mesmo caminho nesse Sul-Americano. Pode cravar. Não deverá ser um torneio que encha os olhos não como foi 2009. Mas isso você pode pôr na conta de gente como Neymar, que ajuda a realçar essa queda de qualidade de um ano para o outro. Alguém que marca a diferença. Na história do futebol.
Mowa Press/Divulgação
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FONTE:
http://esportes.br.msn.com/futebol/artigo.aspx?cp-documentid=27293023
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