quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Entre Grêmio e Goiás, um destino cruel

Comentário do Jornalista carioca José Islan, publicado em seu blog, que concordo inteiramente, e aqui transcrevo, fazendo dele minhas palavras.

Quis o destino que dois clubes brasileiros estivessem em lados opostos de interesses na final da Sul-Americana;
Foi cruel.
Porque ambos, Grêmio e Goiás, por razões diferentes, mereciam um bom desfecho em 2010.
Não concordo com quem diz que o Grêmio, pela bela campanha que fez no Brasileiro, merecesse a vaga na Libertadores mais do que o Goiás.
O time esmeraldino fez ótimo papel na competição continental, eliminou adversários dificeis para chegar à final, e sempre decidindo fora de casa. O fato de ter sido rebaixado no Brasileiro não diminui o seu mérito. São duas competições distintas, com regulamento distinto.
Foi bem na Sul-Americana. Foi mal no Brasileirão. Simples assim. Algum problema?
Não, a não ser para o próprio clube, que vai pagar por seus erros ano que vem, na Série B.

É tolice o argumento de que um rebaixado não poderia representar bem o Brasil na Libertadores. Este Goiás, que terminou de forma valente a Sul-Americana, nada tem a ver com aquele rebaixado. Tivesse engrenado antes no Brasileiro, certamente teria frequentado a parte de cima da tabela. Sob o firme comando de Artur Neto, foi superior ao Independiente a maior parte do tempo na Argentina, merecia ao menos o empate, e foi punido pela frieza dos pênaltis.
Enquanto isso, torcida e time do Grêmio estavam no seu papel, no direito legítimo de almejar seus próprios interesses.
Principalmente o técnico Renato Gaúcho, que operou um milagre. Ter sido o melhor time do returno do Brasileiro já seria algo notável. Mas conquistar o passaporte para a Libertadores, convenhamos, era quase inalcançável para um time que estava nas profundezas do Z4: equivale a um título do ídolo-comandante, poucos meses após retornar ao clube onde se consagrou.
Acho que nem o mais otimista dos gremistas esperava por tanto, tão rapidamente. Quando Renato foi contratado, até avisei que transformaria o Grêmio (leia aqui), mas ele chegou mais longe do que parecia provável.
Parabéns efusivos a Renato Gaúcho. Parabéns ao bom e promissor Artur Neto.
Parabéns ao Grêmio. E, por que não, parabéns ao Goiás.

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