sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Lula diz que propina em dinheiro vivo é mentira e processa IstoÉ pela "delinquência"



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/lula-diz-que-propina-em-dinheiro-vivo-e-mentira-e-processa-istoe-pela-delinquencia




Jornal GGN - A revista IstoÉ será processada pela "delinquência" e prática de "jornalismo marrom" contra o ex-presidente Lula. De maneira inusual, a publicação antecipou na internet a íntegra da edição de sábado (12), na qual Lula é notícia de capa por ter, supostamente, recebido "propina em dinheiro vivo" da Odebrecht.
A revista vende ao leitor um contéudo explosivo de uma delação que não foi homologada, e a qual IstoÉ não teve acesso. A matéria contra Lula foi feita com base em fontes anônimas que teriam dito apenas que Lula é a "estrela" da delação de Odebrecht e que teria sido relatado pagamento em espécie entre 2012 e 2013,
IstoÉ conecta fatos não apurados pela Lava Jato para atribuir a Lula a imagem de político mais próximo da corrupção que a presidência da República já teve. Afirma que essa propina em espécie seria "derivada" dos R$ 8 milhões que a Polícia Federal atribuiu, sem maiores perícias, a Lula, simplesmente porque considera que o apelido "amigo de OE [Emílio Odebrecht]" seria o ex-presidente.
Diz a reportagem que num dos 300 anexos da delação de Odebrecht, Marcelo, o ex-presidente da companhia, afirmou ter entregue a Lula dinheiro em espécie". 
"O depoimento agora revelado por IstoÉ é prova de que, sim, o petista não só esteve presente durante as negociatas envolvendo dinheiro sujo como aceitou receber em espécie..."
O problema é que IstoÉ não apresentou ou fez referências a qualquer documento, nem citou testemunhos. Fez, na visão da assessoria de Lula, um "escândalo sem observar os mínimos critérios jornalísticos."
Não suficiente, associou a propina de R$ 8 milhões ao "amigo de OE", na planilha da Odebrecht, às palestras que Lula realizou patrocinado pela empreiteira. 
"Se os repasses representam meras contrapartidas a palestras, como a defesa do ex-presidente costuma repetir como ladainha em procissão, e se havia lastro de sustenção legal, por que os pagamentos em dinheiro vivo?"
Segundo IstoÉ, Marcelo se dispôs a citar a propina a Lula, depois de "muita resistência", por "instinto de sobrevivência". Além de Marcelo Odebrecht, Lula teria sido citado por Alexandrino Alencar, Emílio Odebrecht e Luiz Antonio Mameri.
A ex-presidente Dilma Rousseff também teria sido citada, porque Marcelo teria falado que foi recebido por ela três vezes, para discutir dinheiro para campanha eleitoral e projetos como o porto de Mariel, financiado pelo BNDES.
No mais, IstoÉ fez uma grande revelação: "Todas as pessoas envolvidas no acordo ouvidas por IstoÉ são unânimes em afirmar que Lula é a estrela principal da delação."
A assessoria de Lula reagiu às "mentiras" e anunciou o processo.
Leia a nota de Lula, na íntegra, abaixo.
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está tomando as medidas judiciais cabíveis contra os proprietários da revista IstoÉ e os autores de sua capa desta semana, que é mais uma grosseira mentira contra o ex-presidente.

O ex-presidente Lula jamais recebeu ou pediu, nem direta nem indiretamente, valores ilícitos, seja da empresa citada pela revista ou por qualquer outra. A má-fé da revista é tão evidente que os autores sequer procuraram a defesa ou a assessoria do ex-presidente antes de publicar a mentira.

Como tem ocorrido com frequência, a revista faz escândalo sem observar os mínimos critérios jornalísticos. Não menciona suas supostas fontes, não cita testemunhos, não faz referência a documentos. Não explica sequer o enunciado da capa: quem teria pago quanto, a quem, quando, como e onde. Traz apenas um enunciado vago e falso, atribuído a uma suposta delação que estaria sob sigilo, algo impossível de ser checado jornalisticamente.

IstoÉ é uma publicação sem credibilidade, conhecida no mercado editorial pela venalidade e pela desfaçatez com que vende reportagens, capas e até editoriais, aos mais diversos “clientes”. Confiamos na Justiça para deter a delinquência dessa publicação, típica da imprensa marrom.

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