Técnico diz que avisou jogadores para não festejarem, prevê dificuldade no México e revela que atacante argentino só foi relacionado graças à indisposição de Alan Kardec
O time pode perder por três gols de diferença na próxima
quarta-feira, em Toluca. Se fizer um gol fora de casa, o adversário terá de
marcar cinco.
– A Libertadores é uma história diferente a cada partida. Os
jogadores estavam festejando no vestiário, mas eu já disse a eles para não
festejarem nada porque não ganhamos nada. Faltam 90 minutos e vamos lutar para
conseguir a classificação. Se quisermos ficar entre os oito melhores da
América, teremos de correr muito. As dificuldades serão cada vez maiores, em
Toluca teremos 2.800 metros de altura. Conheço o técnico deles, ele fará de
tudo para dar a volta por cima – afirmou o Patón, sem vacilar em nem uma sílaba
sequer do discurso cauteloso.
São Paulo x Toluca Bauza (Foto: Marcos Ribolli)
O técnico também disse que Denis e Calleri, que cumpriram
suspensão pelo cartão vermelho recebido contra o The Strongest, na última
quinta-feira, devem voltar à equipe no jogo da volta.
Seus substitutos passaram por situações bem diferentes.
Renan Ribeiro foi goleiro-espectador. A atuação do São Paulo praticamente
impediu qualquer ameaça ao gol. Ele participou mais com os pés, em recuos de
bola dos companheiros. Por outro lado, Centurión fez dois gols e deixou o campo
ovacionado pela torcida.
– Acredito que Denis seja o titular. Se nada acontecer,
seguramente ele voltará. É como me perguntar se, depois dos dois gols do
Centurión, o Calleri ficará fora. Não ficará. O que me anima é que tanto o
Renan quanto o Centurión tiveram essas atuações. Minha premissa é sempre a
mesma e os jogadores sabem: quem estiver melhor vai jogar, e a equipe está
sempre em primeiro lugar. Recebi críticas por tirar o Ganso na Bolívia, mas fiz
porque estava convicto de que seria melhor para a equipe – explicou.
Levando em conta a importância do jogo e o rival, que não
é fácil, acredito que fizemos nossa melhor partida. Eu me alegro por toda a
torcida que veio nos apoiar. Precisávamos dar a eles uma atuação como essa para
que sigam nos apoiando
Edgardo Bauza
A escalação de Centurión, inclusive, segundo o próprio
Patón, se encaixa em coisas do futebol “sem explicação”. Ele nem ficaria no
banco de reservas se Alan Kardec não tivesse tido uma indisposição estomacal a
48 horas da partida. Seria o centroavante o substituto de Calleri.
Por várias vezes, Bauza repetiu que essa foi a melhor
atuação do Tricolor na temporada. Mas a quantidade de jogadas criadas pelo lado
esquerdo e o baixo índice de transformação desses lances em gol, por exemplo,
ainda deixam o argentino encucado.
– Levando em conta a importância do jogo e o rival, que não
é fácil, acredito que fizemos nossa melhor partida. Eu me alegro por toda a
torcida que veio nos apoiar. Precisávamos dar a eles uma atuação como essa para
que sigam nos apoiando, aconteça o que acontecer. Mas no primeiro tempo tivemos
14 lances ofensivos pela esquerda, e muitos quase terminaram em gols. Temos que
melhorar para sermos mais efetivos.
Depois da goleada, a comissão técnica deu folga
aos jogadores nesta sexta-feira. A reapresentação está marcada para sábado, às
9h. No domingo à noite, a delegação embarca para o México, onde tentará
garantir a vaga nas quartas de final na quarta-feira.
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