Técnico do Corinthians admite que pênalti foi bem marcado, mas critica falta de comando da arbitragem para punir antijogo do Botafogo em Manaus
Mano Menezes criticou a arbitragem de André Luiz de Freitas Castro, ficou na bronca com a cera dos jogadores do Botafogo, bateu boca com o técnico Vagner Mancini e até atacou de gandula durante o segundo tempo da partida que terminou com a vitória dos cariocas por 1 a 0, na noite deste sábado, em Manaus.
Mas nada de reclamar do desempenho do Corinthians. Apesar da insatisfação por causa do tropeço na Arena da Amazônia que impediu o Timão de entrar no G-4 do Campeonato Brasileiro, o treinador elogiou a pressão da sua equipe e classificou a derrota como um "detalhezinho".
- Não acho que o Corinthians teve dificuldade hoje contra uma equipe que se fechou. Só o Corinthians criou. Mas continua sendo mais fácil destruir do que criar. Por um detalhezinho hoje ela (a bola) não quis entrar. Mas quarta-feira ela entra se nós continuarmos assim, no fim de semana que vem também. Isso que é o importante, não perder a linha daquilo que é o certo e daquilo que precisamos melhorar - disse o treinador.
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Na primeira etapa, o árbitro viu pênalti de Fábio Santos após o lateral desviar com o braço um cruzamento da direita do ataque botafoguense. Mano concordou com a marcação, mas criticou o antijogo dos cariocas, principalmente na segunda etapa da partida, válida pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.
- O jogo não andou. Vamos medir esse tempo de parada. Até nas
substituições eles não sabiam quem ia tirar, saia um, voltava outro. E o árbitro não tomou nenhuma providência em relação a isso. Depois não adianta acrescentar quatro minutos. É muito pouco. A tentativa era sempre de quebrar o ritmo do jogo. Quando a gente começava a acelerar o ritmo caía alguém. É só contra isso que temos para reclamar. Acho que o pênalti foi pênalti, não temos que falar, mas é muito difícil quando o árbitro, nesse aspecto, não se preocupa com o espetáculo - completou.
Confira a entrevista coletiva do técnico Mano Menezes:
Arbitragem
- Em relação à arbitragem, o jogo não andou. A gente pode fazer um exercício para ver se foi justo aquilo que estávamos pedindo em relação a tempo de acréscimo para ver quantas vezes entrou a maca no segundo tempo, quantas vezes caiu um jogador do Botafogo. Vamos medir esse tempo de parada. Até nas substituições eles não sabiam quem ia tirar, saía um, voltava outro. E o árbitro não tomou nenhuma providência em relação a isso. Depois não adianta acrescentar quatro minutos. É muito pouco. A tentativa era sempre de quebrar o ritmo do jogo. Quando a gente começava a acelerar o ritmo caía alguém. É só contra isso que temos para reclamar. Acho que o pênalti foi pênalti, não temos que falar, mas é muito difícil quando o árbitro, nesse aspecto, não se preocupa com o espetáculo. Ele pode não deixar isso acontecer. Ao invés de chamar a atenção você mostrar um amarelo você inibe porque o jogador não vai fazer mais. Ele nunca fez isso durante o jogo e é sobre isso que estamos reclamando.
- Em relação à arbitragem, o jogo não andou. A gente pode fazer um exercício para ver se foi justo aquilo que estávamos pedindo em relação a tempo de acréscimo para ver quantas vezes entrou a maca no segundo tempo, quantas vezes caiu um jogador do Botafogo. Vamos medir esse tempo de parada. Até nas substituições eles não sabiam quem ia tirar, saía um, voltava outro. E o árbitro não tomou nenhuma providência em relação a isso. Depois não adianta acrescentar quatro minutos. É muito pouco. A tentativa era sempre de quebrar o ritmo do jogo. Quando a gente começava a acelerar o ritmo caía alguém. É só contra isso que temos para reclamar. Acho que o pênalti foi pênalti, não temos que falar, mas é muito difícil quando o árbitro, nesse aspecto, não se preocupa com o espetáculo. Ele pode não deixar isso acontecer. Ao invés de chamar a atenção você mostrar um amarelo você inibe porque o jogador não vai fazer mais. Ele nunca fez isso durante o jogo e é sobre isso que estamos reclamando.
- Não, impacto nenhum. Porque a equipe jogou bem. Se não tivéssemos jogado bem, ficado muito aquém. E é óbvio que trouxemos um desgaste de quarta-feira porque nos sacrificamos muito para vencer o Cruzeiro. Mesmo assim fomos superiores. Não precisa fazer trabalho psicológico, não acho que esse jogo pode ser colocado no mesmo nível de dificuldade que tivemos em outros jogos. É preciso separar isso e vamos saber separar.
Ataque
- Não é correto transferir para os jogadores em uma hora como essa. E dizer que a bola não entra porque faltou isso ou aquilo é querer transferir para os jogadores uma coisa que é do jogo. Às vezes não entra para outras equipes também. Hoje criamos muitas chances claras de definir. Um pouco mais de tranquilidade em alguns momentos, um pouco mais de lucidez na escolha do último passe. É do jogo. É difícil quando uma equipe está com 11 jogadores atrás da linha da bola, e depois dez. Sobra pouco espaço, precisa rodar bem a maior. O campo também atrapalhou. Jogar numa área como aquela chega a ser até temeroso. Isso tira um pouco da velocidade para quem tem que acelerar.
Conta com o retorno atletas que estão convocados?
- Já conversamos sobre isso. Vai depender de cada jogador individualmente. O Elias jogou como titular, então é bem provável que para ele seja uma situação, para o Gil outra situação. Vamos analisar caso a caso e vamos respeitar a condição do jogador. É uma partida importante e você precisa estar muito bem fisicamente para que a cabeça esteja boa. O jogo vai exigir bastante. Quando você está muito desgastado não consegue manter a concentração, depois vem a falha e depois vem a cobrança e o prejuízo. O Gustavo é um menino, mas é da posição. Ele teve duas bolas do jogo, e é um jogador de presença e definição. Temos de recorrer de forma um pouco acelerada e apressada para esses meninos, o que não é correto. Mas é o que tínhamos de fazer naquela hora.
FONTE:
http://glo.bo/1vhy1NM
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