Ricardo de Moura, superintendente técnico, diz que haverá decréscimo técnico e ansiedade no mercado após a não renovação com Thiago Pereira e Cielo
Ricardo de Moura diz que ciclo não começou como
CBDA imaginava (Foto: Satiro Sodré / CBDA)
CBDA imaginava (Foto: Satiro Sodré / CBDA)
- Isso impacta negativamente como um todo. Gera uma insegurança porque nosso sistema é de clubes, eles são os formadores. Cria uma ansiedade no mercado e alguns podem querer seguir isso. O Pinheiros fez uma lista de dispensas também. Será um decréscimo técnico violento porque estamos falando de medalhistas olímpicos que participavam também de competições estaduais. O atleta em formação pensa: "Se isso é feito com eles não vai ser feito com um que ainda não é nada?". Essa é a insegurança. Você aproveita quando ganha a medalha e depois joga fora? O maior legado do atleta olímpico é o que ele instiga na nova geração. Ele desperta nos mais jovens o desejo de ser igual a ele, traz motivação. O ciclo não vai começar do jeito que imaginamos. Mas, errado ou certo, não podemos interferir nas instituições - disse.
Cesar Cielo e Nicholas dos Santos eram os destaques do equipe do Fla (Foto: Satiro Sodré / Agif)
- Eles fizeram um bom pé de meia e dá para aguentar. Todo ano pós-olímpico costuma ser complicado, mas a gente vê luz no fim do túnel por conta dos Jogos de 2016. Acho que vai ter uma procura por esses atletas, e as instituições vão querer ter nadadores deste nível em suas equipes, treinando no Rio. Há instituições se mexendo para isso. Mas atrás de Cesar e Thiago tem muita gente. E alguns vão ficar a ver navios. O que mais me deixa espantado é o investimento feito e, de um dia para o outro, ele acaba. Sempre colocam o esporte olímpico como vilão. Não existe um planejamento a longo prazo, estratégico e bem definido. A descontinuidade administrativa faz o esporte sentir os problemas. Clubes ligados ao futebol têm visibilidades centenárias e agregam espontaneamente. Por outro lado, dizem que não têm recursos, que o investimento impacta nos valores do futebol. Mas a que corresponderia isso em termos de salário de um jogador? O problema da política interna acontece e acaba sendo igual em todas as instituições.
Thiago Pereira não teve seu contrato renovado pelo Corinthians (Foto: Satiro Sodré / Agif)
- Acho que as coisas vão se acertar. A referência não tem preço. Dá um nível de aceleração de desenvolvimento maior ao esporte. Leva-se 10, 12 anos para um medalhista olímpico ser formado. E nós temos dois nadando aqui no Brasil.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/aquaticos/noticia/2013/01/dispensas-de-medalhistas-olimpicos-no-inicio-do-ciclo-preocupam-cbda.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário