Com colorido especial e memórias de 1908, All England Club pode ter campeão britânico para amenizar jejum de 76 anos no torneio de Wimbledon
Muito mais do que um ouro. Quando Andy Murray entrar em quadra para enfrentar Roger Federer,
neste domingo, por volta das 10h (de Brasília) na decisão do torneio
masculino de tênis dos Jogos Olímpicos de Londres, o que estará em
disputa não é “apenas” o lugar mais alto do pódio. O escocês terá pela
segunda vez em menos de um mês a oportunidade de "quebrar" um tabu que
já dura 76 anos: fazer um tenista local ser novamente campeão no All
England Club. Tudo bem que um título não encerrará o jejum no imponente
torneio de Wimbledon, mas certamente amenizará a vontade dos britânicos
de gritar “É campeão” em um dos seus palcos mais tradicionais, que
ganhou vida nova durante as Olimpíadas.
Não faltam fatores que transformam All England Club no mais charmoso
dos palcos olímpicos. O mais importante deles é o fato de ser o único
local de competições remanescente dos Jogos de 1908, os primeiros
organizados na capital britânica. Junte a isso toda a história do
torneio de tênis mais glamoroso do circuito da ATP, com um toque
especial: as cores das nações que participam das Olimpíadas.
Com a tradição como característica principal, Wimbledon obriga que os
tenistas usem somente branco nos uniformes durante suas disputas anuais.
Desta vez, porém, é diferente. Cada jogador exibe orgulhoso em quadra a
cor de sua bandeira. O próprio Andy Murray compete de azul, deixando de
lado qualquer regra local em nome do “Team GB”. E o exemplo dos ídolos
reflete nos torcedores, que exibem um colorido todo especial pelas
inúmeras quadras do complexo:
- Há algo de diferente aqui, com certeza. É muita tradição presente. Eu gosto disso. Já estive aqui há dois anos para o torneio e é tudo bem diferente. O público tem outra postura, a atmosfera é melhor. Nas Olimpíadas todo mundo se diverte mais, está mais relaxado. Até mesmo os competidores. Desta vez, eles estão jogando pelo país e não pelo dinheiro ou pelo ranking – definiu o torcedor alemão Oliver Schimidt.
Assim como em quadra, o principal diferencial entre o torneio de Grand Slam e as Olimpíadas está na forma de se vestir do público. Enquanto em Wimbledon a elegância é marca registrada, nos Jogos a liberdade impera. Ao ponto de visitantes exibirem orgulhosos até mesmo camisas de clubes de futebol, como um brasileiro torcedor da Portuguesa na quadra central, bem próximo a ingleses que trajavam terno.
- Todos podemos usar aqui muitas cores. Aqui é muito diferente. O torneio é muito histórico. É impossível estar aqui e não lembrar – comemorou o espanhol Jesus Torres.
No mesmo grupo, Jorge González deu outra justificativa que torna o All England Club um espaço especial:
- Existem as quadras pequenas, onde se disputam as fases preliminares. É incrível como nos permitem estar perto dos jogadores. Em nenhum outro lugar existe isso. É diferente.E o contato dos torcedores com os atletas realmente impressiona. Seja no aquecimento, realizado nas quadras menores ao redor da central, ou até mesmo em partidas de menor badalação, o público se posiciona quase que ao lado dos ídolos, em outra característica distinta da maioria das arenas olímpicas.
Neste domingo, toda tradição absorverá mais do que nunca as cores dos
Jogos para uma manhã que pode ser histórica para a Grã-Bretanha. Quando
caiu diante do mesmo Federer, no dia 8 de junho, na final de Wimbledon,
Murray disse entre lágrimas ao microfone que estava “chegando cada vez
mais perto” do título diante do seu público. Talvez não imaginasse que
em tão pouco tempo teria uma nova oportunidade. E dessa vez em um
cenário ainda mais especial.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/murray-reencontra-federer-no-mais-tradicional-dos-palcos-olimpicos.html
Wimbledon lotada e colorida durante os Jogos Olímpicos de Londres (Foto: Divulgação)
Murray se emociona com a vitória sobre Djokovic nasemifinal (Foto: Reuters)
- Há algo de diferente aqui, com certeza. É muita tradição presente. Eu gosto disso. Já estive aqui há dois anos para o torneio e é tudo bem diferente. O público tem outra postura, a atmosfera é melhor. Nas Olimpíadas todo mundo se diverte mais, está mais relaxado. Até mesmo os competidores. Desta vez, eles estão jogando pelo país e não pelo dinheiro ou pelo ranking – definiu o torcedor alemão Oliver Schimidt.
Assim como em quadra, o principal diferencial entre o torneio de Grand Slam e as Olimpíadas está na forma de se vestir do público. Enquanto em Wimbledon a elegância é marca registrada, nos Jogos a liberdade impera. Ao ponto de visitantes exibirem orgulhosos até mesmo camisas de clubes de futebol, como um brasileiro torcedor da Portuguesa na quadra central, bem próximo a ingleses que trajavam terno.
- Todos podemos usar aqui muitas cores. Aqui é muito diferente. O torneio é muito histórico. É impossível estar aqui e não lembrar – comemorou o espanhol Jesus Torres.
Torcedores vestidos elegantemente dividem espaço com os de visual mais despojado (Foto: Divulgação)
- Existem as quadras pequenas, onde se disputam as fases preliminares. É incrível como nos permitem estar perto dos jogadores. Em nenhum outro lugar existe isso. É diferente.E o contato dos torcedores com os atletas realmente impressiona. Seja no aquecimento, realizado nas quadras menores ao redor da central, ou até mesmo em partidas de menor badalação, o público se posiciona quase que ao lado dos ídolos, em outra característica distinta da maioria das arenas olímpicas.
Federer vibra com vitória sobre Del Potro na
semifinal (Foto: Agência Reuters)
semifinal (Foto: Agência Reuters)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/murray-reencontra-federer-no-mais-tradicional-dos-palcos-olimpicos.html
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