Técnicos de Flu e Botafogo, iguais nos dois confrontos no ano, fazem parte da mesma geração
O respeito e a admiração mútua contidas nas palavras de Abel Braga e
Oswaldo de Oliveira, finalistas do Campeonato Carioca com Fluminense e
Botafogo, respectivamente, têm base no vasto currículo de ambos. Além do
trabalho em alto nível há mais de uma década como treinadores, a
coleção de títulos fala por si só - são mais dez para cada lado, de
todos os tipos e inclusive no exterior. Um deles, no entanto, é
disparado o mais especial, uma marca que os diferencia de grande parte
do restante: o de campeão mundial de clubes, algo que poucos no Brasil
ostentam.
A dupla faz parte da mesma geração, revelada pela idade (59 e 61 anos),
mas trilhou caminhos relativamente distintos. Enquanto o tricolor se
tornou técnico logo ao abandonou os campos, em 1985, o alvinegro foi
preparador físico por 20 anos até se firmar, no Corinthians, em 1999,
com a conquista do Brasileirão em sua primeira chance. Nesta época, Abel
também estreava como campeão, com dois títulos estaduais pelo
Atlético-PR.
Estiveram diversas vezes como adversários e, agora, têm pela frente um dos maiores desafios: devolver a hegemonia a dois times que não se encontram em decisões há 41 anos. A façanha, no caso do Glorioso, veio atrelada a uma campanha invicta até aqui, em 23 compromissos. Motivo de aplausos do outro lado.
- Tenho de parabenizar o Oswaldo. Não é qualquer treinador que pega uma equipe e a mantém invicta até o quinto mês do ano. Isso é muita competência. O seu trabalho no Botafogo nesta temporada tem muito valor. A filosofia dele foi bem implementada e se encaixou com a de um grupo que já joga junto desde a temporada passada. O treinador mudou, mas a força do Botafogo só aumentou com ele. Oswaldo está de parabéns - enalteceu Abel.
A troca de elogios se estendeu a General Severiano. Apreciador de
leitura e de cultura em geral, Oswaldo ressaltou o lado artístico do
colega, que, embora tenha sido um zagueiro viril, toca piano clássico
desde a adolescência.
- Abel é um treinador vitorioso. Não tive grandes oportunidades de bater um papo com ele, mas deu para perceber que se trata de uma pessoa agradável, um pianista, que respeito muito pelo seu trabalho. Tem reflexo na trajetória com um título mundial. Sempre teve nas mãos times muito aguerridos, organizados e surpreendentes - apontou.
A maior glória na carreira de ambos teve uma diferença de seis anos. Oswaldo abocanhou o Mundial de Clubes da Fifa, em formato que não decolou, em 2000, no Maracanã, sobre o Vasco - que o contrataria mais tarde. Enquanto Abel ajudou a Inter a levar o troféu em 2006, no Japão, batendo o Barcelona, após o triunfo na Libertadores. Eles passaram a ser vistos com outros olhos e carregam a experiência para o Engenhão, neste domingo, às 16h, no primeiro jogo da decisão. Mas nada de transferir o foco para um duelo do banco de reservas.
- Não considero isso um peso. Para mim, é uma coisa ótima ter sido premiado como o primeiro campeão mundial da Fifa. É motivo de orgulho, vaidade, alegria, mas, sinceramente, nessa decisão, não vejo como um fator determinante. Todo mundo já sabe o que eu e Abel conquistamos. Os jogadores é que váo decidir esses dois jogos - afirmou o alvinegro.
Nesta temporada, Fluminense e Botafogo mediram forças duas vezes. Empataram em 1 a 1, em partidas equilibradas. Leve vantagem para o Tricolor, que derrotou o rival nos pênaltis, na primeira delas, pela semifinal da Taça Guanabara. Abel tem dois títulos cariocas: em 2004, pelo Flamengo, e 2005, pelo Flu. Oswaldo, que estreia em Cariocas, apesar de estar em seu quarto clube grande e ser nascido na Cidade Maravilhosa, tem sua primeira chance.
Clique aqui e assista a vídeos do Botafogo e do Fluminense
Oswaldo rasgou elogios ao técnico rival da decisão do Carioca (Foto: Cezar Loureiro / O Globo)
Estiveram diversas vezes como adversários e, agora, têm pela frente um dos maiores desafios: devolver a hegemonia a dois times que não se encontram em decisões há 41 anos. A façanha, no caso do Glorioso, veio atrelada a uma campanha invicta até aqui, em 23 compromissos. Motivo de aplausos do outro lado.
- Tenho de parabenizar o Oswaldo. Não é qualquer treinador que pega uma equipe e a mantém invicta até o quinto mês do ano. Isso é muita competência. O seu trabalho no Botafogo nesta temporada tem muito valor. A filosofia dele foi bem implementada e se encaixou com a de um grupo que já joga junto desde a temporada passada. O treinador mudou, mas a força do Botafogo só aumentou com ele. Oswaldo está de parabéns - enalteceu Abel.
Abel Braga ressaltou a evolução ganha com o Alvinegro após a chegada de Oswaldo(Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
- Abel é um treinador vitorioso. Não tive grandes oportunidades de bater um papo com ele, mas deu para perceber que se trata de uma pessoa agradável, um pianista, que respeito muito pelo seu trabalho. Tem reflexo na trajetória com um título mundial. Sempre teve nas mãos times muito aguerridos, organizados e surpreendentes - apontou.
A maior glória na carreira de ambos teve uma diferença de seis anos. Oswaldo abocanhou o Mundial de Clubes da Fifa, em formato que não decolou, em 2000, no Maracanã, sobre o Vasco - que o contrataria mais tarde. Enquanto Abel ajudou a Inter a levar o troféu em 2006, no Japão, batendo o Barcelona, após o triunfo na Libertadores. Eles passaram a ser vistos com outros olhos e carregam a experiência para o Engenhão, neste domingo, às 16h, no primeiro jogo da decisão. Mas nada de transferir o foco para um duelo do banco de reservas.
- Não considero isso um peso. Para mim, é uma coisa ótima ter sido premiado como o primeiro campeão mundial da Fifa. É motivo de orgulho, vaidade, alegria, mas, sinceramente, nessa decisão, não vejo como um fator determinante. Todo mundo já sabe o que eu e Abel conquistamos. Os jogadores é que váo decidir esses dois jogos - afirmou o alvinegro.
Nesta temporada, Fluminense e Botafogo mediram forças duas vezes. Empataram em 1 a 1, em partidas equilibradas. Leve vantagem para o Tricolor, que derrotou o rival nos pênaltis, na primeira delas, pela semifinal da Taça Guanabara. Abel tem dois títulos cariocas: em 2004, pelo Flamengo, e 2005, pelo Flu. Oswaldo, que estreia em Cariocas, apesar de estar em seu quarto clube grande e ser nascido na Cidade Maravilhosa, tem sua primeira chance.
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