A CRÔNICA
por
Carlos Augusto Ferrari e Leandro Canônico
Em meio à pressão de um Corinthians ávido pelo inédito título da
Libertadores, a frieza de Danilo voltou a ser decisiva. Criticado,
questionado e até odiado por não vibrar como gostam os alvinegros, o
meia fez mais uma vez a diferença para colocar o Timão em uma
confortável situação. Frio e oportunista, o armador marcou de cabeça no
primeiro tempo o gol que deu a vitória por 1 a 0 sobre o Cruz Azul, no
Pacaembu, deixando o Timão na liderança do Grupo 6.
Apesar do placar mínimo, o Corinthians não teve tantos problemas para superar seu adversário mais difícil na primeira fase. A marcação ofensiva, a garra e a pressão dos quase 30 mil torcedores fizeram o Timão controlar o jogo. O ataque não brilhou novamente, mas Danilo, como havia feito na vitória sobre o Nacional-PAR, apareceu discretamente para acabar com a apreensão. O susto só viria no fim, com um chute de Villa que acertou a trave, aos 42 minutos do segundo tempo. Um lance que serviu para a torcida comemorar ainda mais a vitória.
O triunfo coloca os corintianos com oito pontos, um acima dos mexicanos e bem perto da vaga. Uma vitória sobre o Nacional-PAR, dia 11 de abril, provavelmente em Ciudad del Este, garante a passagem para as oitavas. Caso os paraguaios, terceiros com três pontos, empatem com o Deportivo Táchira, na próxima terça-feira, na Venezuela, uma igualdade já será suficiente para o alvinegro.
Com a classificação bem próxima, o Corinthians tenta agora recuperar a primeira colocação do Campeonato Paulista. Um ponto atrás, o Timão faz o clássico contra o líder Palmeiras, domingo, às 16h, no Pacaembu. Apesar do desgaste físico pela sequência de jogos, o técnico Tite deve utilizar todos os titulares na partida.
Marcação por pressão
Tite repetiu no Pacaembu a estratégia que surpreendeu o Cruz Azul na Cidade do México. Jorge Henrique, Liedson, Alex e Danilo foram adiantados para marcar a saída de bola adversária e recuperar a bola rapidamente. Funcionou como na semana passada, mas, outra vez, faltou pontaria para ganhar vantagem no placar logo nos primeiros minutos e dar tranquilidade para administrar o jogo.
Com muita vontade, o Corinthians dominou a partida sem grandes sustos e poderia ter marcado logo aos oito, quando Alex chutou de fora da área e Corona defendeu. A facilidade para chegar à área rival contrastava com os problemas na finalização, grande drama da equipe em 2012.
O Cruz Azul claramente viajou a São Paulo para tentar arrancar um empate e assegurar a liderança. A catimba começou antes mesmo de o jogo começar. Os mexicanos subiram para o gramado faltando apenas dois minutos para o início da partida, deixando o Timão fazendo aquecimento por quase outros dez. Quando a bola rolou, os azuis criaram somente uma chance, com Perea desviando muito perto da trave de Julio Cesar.
Com o passar do tempo, o Timão diminuiu o ímpeto para pressionar o adversário no campo de ataque, mas encontrou uma outra arma para furar o bloqueio. Aos 35, em cobrança de falta de Alex para a área, Danilo apareceu entre os zagueiros e desviou de cabeça, no canto direito de Corona. Explosão dos mais de 30 mil alvinegros e até do sempre contido camisa 20.
O abafa corintiano voltou com o segundo tempo. O Timão não quis saber
de acomodação pela vantagem mínima e reapareceu com muita velocidade
para confundir a zaga mexicana. Em uma das rápidas trocas de posição,
Paulinho apareceu na entrada da área para chutar forte, obrigando o
goleiro a fazer bela defesa. Em seguida, foi a vez de Fábio Santos
surgir livre, mas bater errado.
O Cruz Azul se manteve cauteloso e sem espaços para atacar. Nem a entrada do brasileiro Maranhão deu mais velocidade ao time, preso pela boa marcação alvinegra. Enrique Meza ainda tentou arriscar com a entrada do argentino Villa, artilheiro da equipe no Campeonato Mexicano, mas de nada adiantou.
A situação dos mexicanos piorou quando Fausto Pinto foi expulso, aos 27 minutos, depois de cometer falta em Emerson. Era o que o Timão precisava. Chicão, em cobrança de falta, Alex, em chute de fora da área, e Sheik, em disparo cruzado, obrigaram Corona a fazer grandes defesas.
Parecia fácil para o Corinthians ampliar o placar a qualquer momento. No fim, porém, respiração presa no Pacaembu: aos 42, Villa invadiu a área pela esquerda, driblou a marcação e acertou a trave de Julio Cesar. Nos instantes finais, até o goleiro foi para a área tentar o empate que não veio. Mas foi só um susto.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/libertadores-2012/21-03-2012/corinthians-cruz-azul.html
Apesar do placar mínimo, o Corinthians não teve tantos problemas para superar seu adversário mais difícil na primeira fase. A marcação ofensiva, a garra e a pressão dos quase 30 mil torcedores fizeram o Timão controlar o jogo. O ataque não brilhou novamente, mas Danilo, como havia feito na vitória sobre o Nacional-PAR, apareceu discretamente para acabar com a apreensão. O susto só viria no fim, com um chute de Villa que acertou a trave, aos 42 minutos do segundo tempo. Um lance que serviu para a torcida comemorar ainda mais a vitória.
O triunfo coloca os corintianos com oito pontos, um acima dos mexicanos e bem perto da vaga. Uma vitória sobre o Nacional-PAR, dia 11 de abril, provavelmente em Ciudad del Este, garante a passagem para as oitavas. Caso os paraguaios, terceiros com três pontos, empatem com o Deportivo Táchira, na próxima terça-feira, na Venezuela, uma igualdade já será suficiente para o alvinegro.
Com a classificação bem próxima, o Corinthians tenta agora recuperar a primeira colocação do Campeonato Paulista. Um ponto atrás, o Timão faz o clássico contra o líder Palmeiras, domingo, às 16h, no Pacaembu. Apesar do desgaste físico pela sequência de jogos, o técnico Tite deve utilizar todos os titulares na partida.
Paulinho arrisca finalização contra o Cruz Azul (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)
Tite repetiu no Pacaembu a estratégia que surpreendeu o Cruz Azul na Cidade do México. Jorge Henrique, Liedson, Alex e Danilo foram adiantados para marcar a saída de bola adversária e recuperar a bola rapidamente. Funcionou como na semana passada, mas, outra vez, faltou pontaria para ganhar vantagem no placar logo nos primeiros minutos e dar tranquilidade para administrar o jogo.
Com muita vontade, o Corinthians dominou a partida sem grandes sustos e poderia ter marcado logo aos oito, quando Alex chutou de fora da área e Corona defendeu. A facilidade para chegar à área rival contrastava com os problemas na finalização, grande drama da equipe em 2012.
O Cruz Azul claramente viajou a São Paulo para tentar arrancar um empate e assegurar a liderança. A catimba começou antes mesmo de o jogo começar. Os mexicanos subiram para o gramado faltando apenas dois minutos para o início da partida, deixando o Timão fazendo aquecimento por quase outros dez. Quando a bola rolou, os azuis criaram somente uma chance, com Perea desviando muito perto da trave de Julio Cesar.
Com o passar do tempo, o Timão diminuiu o ímpeto para pressionar o adversário no campo de ataque, mas encontrou uma outra arma para furar o bloqueio. Aos 35, em cobrança de falta de Alex para a área, Danilo apareceu entre os zagueiros e desviou de cabeça, no canto direito de Corona. Explosão dos mais de 30 mil alvinegros e até do sempre contido camisa 20.
Danilo marca de cabeça para o Corinthians na etapa inicial (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)
O Cruz Azul se manteve cauteloso e sem espaços para atacar. Nem a entrada do brasileiro Maranhão deu mais velocidade ao time, preso pela boa marcação alvinegra. Enrique Meza ainda tentou arriscar com a entrada do argentino Villa, artilheiro da equipe no Campeonato Mexicano, mas de nada adiantou.
A situação dos mexicanos piorou quando Fausto Pinto foi expulso, aos 27 minutos, depois de cometer falta em Emerson. Era o que o Timão precisava. Chicão, em cobrança de falta, Alex, em chute de fora da área, e Sheik, em disparo cruzado, obrigaram Corona a fazer grandes defesas.
Parecia fácil para o Corinthians ampliar o placar a qualquer momento. No fim, porém, respiração presa no Pacaembu: aos 42, Villa invadiu a área pela esquerda, driblou a marcação e acertou a trave de Julio Cesar. Nos instantes finais, até o goleiro foi para a área tentar o empate que não veio. Mas foi só um susto.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/libertadores-2012/21-03-2012/corinthians-cruz-azul.html
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