terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Renato é peça-chave em todos os setores pelo Bota


Volante funciona como motor do time e ganha responsabilidades


    Botafogo x Resende - Renato (Foto: Alexandre Loureiro) Renato: de bola na trave a desarmes contra o Resende (Foto: Alexandre Loureiro)

LANCEPRESS!
Publicada em 24/01/2012 às 07:40
Rio de Janeiro (RJ)

A estreia no Estadual contra o Resende, no último domingo, mostrou que Renato terá responsabilidades de sobra no time neste ano. Na vitória por 3 a 1, o volante participou de lances na defesa, no meio de campo e no ataque, sendo o único do time a alternar constantemente de setor. E o futebol mostrado pelo atleta de 32 anos deu pistas de como a equipe vai se comportar em 2012: bola para o camisa 8.
De acordo com a ferramenta de estatísticas LANCE!/Footstats, Renato teve a posse de bola nas mais variadas partes do campo e fez quatro desarmes, todos em diferentes quadrantes. Na frente, deu assistência para Loco Abreu marcar e colocou uma bola na trave. Tudo isso fez o técnico Oswaldo de Oliveira se derreter em elogios ao comandado.


– As jogadas pelas laterais são boas, mas não podemos ficar óbvios para atacar. A qualidade do Renato nos dá a oportunidade de jogar pelo meio – disse Oswaldo de Oliveira, que justificou a entrada de Herrera durante o segundo tempo como uma forma de ativar Renato ainda mais:

– Herrera entrou pela direita e puxou a marcação, deixando o Renato mais solto para criar. Isso deu certo - disse.O papel ofensivo não é inédito para Renato, que no ano passado chegou a atuar como homem de armação no mesmo esquema atual, o 4-2-3-1. Porém, neste ano, o jogador tem a missão de cair por todos os lados.

Em seu Twitter, Renato manteve a modéstia e destacou que o time ainda busca o melhor entrosamento.
– Começar ganhando sempre é bom, mas o entrosamento da equipe ainda não é o ideal. A tendência é que a cada jogo melhore – comentou.

No clube, as condições físicas de Renato impressionam, já que o atleta não é tão jovem. A boa forma, aliada à técnica na saída de bola e aos cuidados nos desarmes, faz com que ele seja escalado para atuar como curinga. Cérebro, coração e pulmões da equipe em uma só pessoa.

    
Volante é destaque do Bota
(Foto: Patrick Szymshek)
HISTÓRICO DEMONSTRA PRECISÃO
No ano passado não era Renato que ia para todos os lados, mas era ele que fazia a bola correr. Quase fixo na direita, o volante foi o segundo jogador com mais acertos em viradas de jogo no Brasileirão, com 69 êxitos, perdendo apenas para Marcos Rocha, do América-MG, que fez 74, números esses apontados pelo Footstats.
Renato liderou o quesito durante boa parte da competição. Com o fundamento, a missão era achar Elkeson no lado oposto. Cortês, que também subia muito pela esquerda, era outro que se aproveitava dos lançamentos.
Nos passes, o histórico de Renato pelo Botafogo também é exemplar. No último Brasileiro, o volante foi o jogador alvinegro que mais acertou tentativas. Sucesso obtido em 1.017 vezes.
Na última segunda-feira, pelo Facebook, uma patrocinadora do Botafogo citou em seu perfil que Renato foi um dos destaques na estreia no Estadual e os torcedores foram praticamente unânimes em elogios ao jogador, que foi chamado de "melhor volante do Brasil" e "melhor contratação do ano passado".

FUNÇÃO ANTIGA
Segredo vem da base - Pelo Guarani, quando menino, Renato era apoiador. Atuava avançado. Certa vez, foi usado até como segundo atacante. Já como profissional, passou a ser segundo volante e se adaptou.

Jogo limpo - Com a manha de armador, conseguiu descobrir os atalhos na marcação e se notabilizou pela classe na contenção. Tanto que ele nunca recebeu um cartão vermelho e só ficou suspenso uma vez, pelo Botafogo, ano passado.

Avançado para armar - No ano passado, Renato foi adiantado pelo técnico Caio Junior e atuou como meia armador diante do Figueirense, em derrota do Botafogo por 1 a 0.

BATE-BOLA
OSWALDO DE OLIVEIRA
Técnico do Botafogo

Qual foi a importância do Renato para a movimentação da equipe?
Ele apareceu bem, fez boas trocas de lado com o Andrezinho. Com o Renato, o meio ganha qualidade.

Como você tem visto o time no 4-2-3-1 e o que avaliou de diferença com Herrera no lugar de Elkeson?
Quando o Herrera entrou no segundo tempo fez fluir a direita para o Renato. Sobre o 4-2-3-1, não gosto de falar em números de táticas. O importante é que cada jogador cumpra suas funções em cada setor e se doe ao máximo.

Para o time, qual é o papel de um jogador que atua atrás e na frente?
Fazer esse papel é fundamental. Nosso time precisa atacar e defender o tempo todo. A defesa deve estar sempre compacta.

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