terça-feira, 18 de outubro de 2016

Temer transformará Caixa e BB em balcão de negócios, diz presidente da CUT TER, 1



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/temer-transformara-caixa-e-bb-em-balcao-de-negocios-diz-presidente-da-cut





Jornal GGN - Em artigo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, comenta a gestão do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal no governo Michel Temer, afirmando que o Planalto incentiva a elevação dos juros dos bancos públicos.
Em algumas linhas de crédito, os juros da Caixa e do BB são maiores que os dos bancos privados. Para Vagner, esta política reduz a competitividade dos bancos públicos e favorece as instituições privadas.
O presidente da CUT diz que a manutenção de altas taxas de juros é política, e a Caixa e o BB vão voltar a ser balcões de negócios e cabides de empregos para aqueles que apoiaram o golpe.
Leia o artigo completo abaixo:
Da CUT
Vagner Freitas
Quase todos os países do mundo usam taxas de juros muito mais baixas do que a Selic. A decisão de manter os juros altos é absolutamente política. E o objetivo, todos sabemos
Ao contrário dos governos legítimos de Lula e Dilma, o ilegítimo Temer incentiva o aumento dos juros dos bancos públicos.
Geridos por afilhados do governo golpista, o Banco do Brasil e a Caixa já estão cobrando taxas maiores do que bancos privados em algumas linhas de crédito. Entre os cinco maiores bancos, o BB tem o maior juro no financiamento de veículos e a Caixa opera o segundo maior no crédito rotativo do cartão de crédito. Outras linhas de crédito também devem ter juros maiores, como indica a política de Temer para os bancos públicos.
O que o Brasil e os brasileiros ganham com essa estratégia de Temer? Qual a ideia do golpista, deixar os bancos públicos responsáveis apenas pela prestação de serviços, pagamentos de contas, reduzindo seu poder de fogo, seu tamanho, sua competitividade? Por que privilegiar os bancos privados?
Lula reduziu as taxas, após a crise de 2008, e incentivou o consumo. Não foi por acaso que Marinho (ex-presidente da CUT e ministro do Trabalho e da Previdência no governo Lula) criou o consignado na Folha de Pagamento, com taxas muito menores do que as do mercado. Na época, ele disse que era preciso tirar a classe trabalhadora das mãos de agiotas legalizados – os juros cobrados pelos cartões de crédito e cheques especiais eram extorsivos e arruinavam os trabalhadores.
Em abril de 2012 foi a vez de Dilma agir para conter a fome dos juros. Ela  declarou guerra ao spread bancário e utilizou os bancos públicos para forçar a redução das taxas também nas instituições privadas, evitando com isso a recessão e o desemprego. As pessoas tiveram acesso a crédito mais barato, fizeram a economia circular, gerando mais emprego e renda. Todos ganharam.
Quase todos os países do mundo usam taxas de juros muito mais baixas do que a SELIC. A decisão de manter os juros altos é absolutamente política. E o objetivo, todos sabemos, Temer quer agradar os banqueiros nacionais. Por isso, optou por privilegiar o mercado financeiro em detrimento do setor industrial, comercial, do consumo interno e, principalmente, a população de baixa renda que tem poucas opções de créditos.
Nos governos de Lula e Dilma, os bancos federais foram fundamentais para o sucesso de programas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Pronaf, agricultura familiar e FIES, entre tantos outros.
Com Temer, esses bancos deixarão de cumprir papel imprescindível na inclusão bancária e social, na transformação do Brasil em um grande país com mais distribuição de renda e justiça social – teremos poucos ricos e muitos pobres -; voltarão a ser grandes balcões de negócios com setores empresariais que financiaram o golpe e cabides de emprego para os políticos que votaram a favor do golpe.

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