Tigre expulso por imitar porco, torcedor ensandecido, gol com guarda-chuva, milho para o rival e técnico imitando corneteiro são curiosidades do fim de semana
Os estaduais servem para evidenciar aquilo que todas as mentes atentas, em suas análises sócio-político-antropológico-culturais do futebol brasileiro, já perceberam: que nossa amiga, a zoeira, simplesmente não tem limites. Tá aí o fim de semana para provar. Teve de tudo – de tigre expulso por imitar porco a gol comemorado com guarda-chuva.
mundo Animal
Esse negócio de mundo animal fez o sujeito que se veste como mascote do São Bernardo exagerar na dose. Ele, fantasiado de tigre, achou que era uma boa sacada imitar um porco, mascote do Palmeiras, no jogo deste domingo. Acabou expulso pela arbitragem. Foi para o vestiário todo desolado, já começando a retirar sua cabeça felina, enquanto levava uma bela de uma bronca. Mas normal, né? Atire a primeira pedra quem nunca se vestiu de tigre e acabou expulso de um jogo....
(Foto: infoesporte)
Maracanã, parte I
O Maracanã é o reino da zoeira – tanto que vamos dividir em três partes os acontecimentos deste domingo. Começou já na preliminar do clássico entre Flamengo e Vasco, quando torcedores estavam se estranhando por causa dos lugares que ocupariam no estádio.
Reclamação vai, resmungo vem, chega um sujeito para botar ordem na bagunça: Sandro Rocha, que, curiosamente, é o ator que interpretou o major Rocha no filme “Tropa de Elite”. Mesmo sem farda, ele acabou com a bagunça e até tirou foto com a galera depois. A vida imita a arte, amigo.
Maracanã, parte II
Se Vanderlei Luxemburgo não parecia o sujeito mais empolgado do mundo no segundo gol de Alecsandro no clássico, o mesmo não pode ser dito do torcedor atrás dele. Repara na alegria dele ao imitar a tradicional careta que o atacante faz em suas comemorações...
(Foto: Infoesporte)
Maracanã, parte III
Aliás, o próprio Alecsandro parece adepto da zoeira. Já que caiu um temporal que inundou o gramado do Maracanã, o jogador resolveu comemorar seu segundo gol com um... guarda-chuva. A brincadeira rendeu um cartão amarelo ao atacante, que tem muito a agradecer aos céus pela água que caiu de lá: no primeiro gol, ele aproveitou que a bola parou em uma poça e mandou para a rede, comprovando o que previra aquele cartaz segurado por um torcedor lá atrás: "Craque do jogo, Alec gol".
Ó teu cartão, juizão
Thiago Gomes, jogador do Marília, funcionou como guarda-volumes no jogo contra o São Paulo. Acontece que o juiz da partida, Tiago Duarte Peixoto, perdeu seu cartão no meio do gramado (é tipo você ser motorista e perder o carro, ou ser jornaleiro e perder os jornais, mas tudo bem, acontece), e o zagueirão o encontrou, guardou na meia e depois entregou ao homem do apito. O curioso é que o objeto foi usado contra o próprio Marília, que levou quatro amarelos – contra nenhum do Tricolor.
Milho para o Galo
Torcida do Cruzeiro joga milho em frente ao
estádio Ipatingão (Foto: Mauricio Paulucci)
Se a zoeira não tem limites, a rivalidade não tem distâncias. A torcida do Cruzeiro já havia jogado milho nos arredores do Independência na final da Copa do Brasil do ano passado, para provocar os rivais do Atlético-MG, mas agora a brincadeira se espalhou: foi levada até Ipatinga, o palco do jogo entre o Galo e o Tombense pelo Campeonato Mineiro. O milho foi espalhado durante a madrugada, perto das bilheterias do Ipatingão. (Assim, não é por nada, mas cabe observar que o Atlético venceu os jogos nas duas vezes em que rolou esse esquema do milho.
Corneta para o corneteiro
Oswaldo de Oliveira padeceu nas mãos, ou na garganta, de um torcedor do Palmeiras. O sujeito queria porque queria que o técnico colocasse Gabriel em campo. De tanto escutar, o comandante alviverde se virou para ver quem era. E percebeu um careca enorme, sem camisa. Depois do jogo, Oswaldo arrancou risadas dos repórteres ao imitar os gritos do palmeirense e dizer que ele lembrava as estridentes fãs dos Beatles. Devolveu a corneta para o corneteiro, basicamente.
(Foto: infoesporte)
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