A CRÔNICA
por
Marcelo Prado e Marcos Guerra
Três vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro, com nove gols gols
marcados e apenas um sofrido. Pela primeira vez, o São Paulo dá a seu
torcedor mostras de que pode brigar na parte de cima da classificação.
Diante de um Botafogo bastante desfalcado, o Tricolor comandou a maior
parte do jogo, contou com suas principais peças em noite inspirada e
venceu com autoridade por 4 a 0, nesta quinta-feira, no Morumbi. Luis
Fabiano, que completou 200 jogos pelo São Paulo, Osvaldo, Lucas e Cícero
marcaram, diante de um público pagante de 15.244 pessoas, que gerou uma
renda de R$ 321.238,00.
Com o triunfo, a equipe comandada por Ney Franco chegou aos 34 pontos e definitivamente colou no G-4 da competição. O time segue na quinta colocação, mas agora apenas um ponto atrás do Vasco, que perdeu para o Grêmio na quarta. Dependendo dos resultados da rodada do fim de semana, o time paulista poderá entrar pela primeira vez no grupo que se classifica para a Taça Libertadores da América.
No Botafogo, a luz amarela foi acesa. O time completou três jogos sem vitória (além do tropeço desta quinta, perdeu para o Atlético-MG e empatou com o Flamengo) e estacionou nos 28 pontos, na oitava colocação. E, se não bastassem os oito desfalques que Oswaldo de Oliveira teve nesta partida, a equipe ainda corre o risco de ficar sem sua principal estrela, o holandês Seedorf, que deixou a partida no segundo tempo com um incômodo na coxa esquerda.
Os dois times voltam a jogar no domingo pelo Campeonato Brasileiro. Às 16h (de Brasília), o São Paulo encara o Bahia, que luta contra o rebaixamento, em Salvador. Já o Botafogo recebe o Coritiba, outro que foge da degola, às 18h30m, no Engenhão.
Gol fabuloso desmonta esquema botafoguense
De um lado, o São Paulo entrou com sua força máxima pela primeira vez desde que Ney Franco foi contratado. Do outro, Oswaldo de Oliveira, que não contava com oito peças do elenco, montou o Botafogo no 4-5-1, apostando no meio-campo para valorizar ao máximo a posse de bola e tentar surpreender no contra-ataque. Com cinco minutos, o planejamento traçado pelo técnico carioca foi por água abaixo. Foi o tempo que demorou para que a parceria entre Jadson, o maior garçom do Campeonato Brasileiro, e Luis Fabiano acabasse em vantagem no marcador. O Fabuloso recebeu do camisa 10, limpou Brinner, passou por Jefferson e rolou para a rede: 1 a 0 para o Tricolor. Foi o décimo gol do centroavante são-paulino, um dos artilheiros da competição, ao lado de Fred, do Fluminense.
O Botafogo ficou atordoado. O time errava passes em demasia, tanto que mal conseguiu avançar além do meio-campo nos primeiros 15 minutos. Seedorf era bem vigiado por Denilson, enquanto Paulo Assunção era a sombra de Renato. Márcio Azevedo, uma importante alternativa de apoio, não podia subir, já que tinha de se preocupar com o avanço de Lucas nas suas costas. O tempo passava, e o Tricolor seguia soberano em campo. Aos 15, Luis Fabiano, em nova jogada individual sobre Brinner, chutou por cima do gol carioca. Aos 23, Lucas só não marcou o segundo porque Jefferson fez grande defesa.
Irritado, Oswaldo de Oliveira resolveu inverter a posição dos seus zagueiros na área. Brinner foi para a esquerda e Fábio Ferreira, para a direita. Aos 25, o Botafogo reclamou de um pênalti não marcado pelo juiz Jean Pierre Gonçalves Lima. Cidinho caiu diante da marcação de Rhodolfo dentro da área, mas a arbitragem mandou o jogo seguir.
Nos últimos 15 minutos, o jogo melhorou. O Botafogo adiantou sua marcação e finalmente conseguiu sair para o jogo. Elkeson retornou para buscar o jogo e Seedorf, mais recuado, passou a articular a equipe. Aos 43, na única jogada perigosa da equipe carioca, o camisa 10 passou como quis por Toloi e cruzou na medida para Elkeson, que ajeitou para Renato. Rogério Ceni se antecipou e fez a defesa. O São Paulo respondeu em lances de Maicon, Jadson e Lucas, mas em todos Jefferson trabalhou muito bem.
Botafogo volta melhor, mas São Paulo mata o jogo
No segundo tempo, o Botafogo começou bem, comandou as ações, mas foi o São Paulo, em dois ataques, quem definiu a partida. O time carioca chegou duas vezes nos primeiros seis minutos, período no qual a defesa do São Paulo, pela primeira vez na partida, cometeu falhas. Em ambos os lances, Rogério Ceni trabalhou bem e evitou o gol em cabeçada de Elkeson e chute de Renato.
Preocupado com o começo titubeante da equipe, Ney Franco resolveu mexer. Aos dez, ele sacou Paulo Assunção e colocou Osvaldo em campo. O time passou a atuar no 4-2-3-1. Maicon foi recuado para volante, Lucas e Osvaldo foram posicionados cada um em uma ponta, Jadson ficou como meia centralizado, e Luis Fabiano permaneceu como referência na frente.
Em sua primeira jogada, Osvaldo deu tranquilidade para o São Paulo em
campo. Aos 13, no primeiro ataque da equipe, Jadson recebeu de Maicon e
deu nova assistência para Luis Fabiano, que bateu de pé direito.
Jefferson fez novo milagre e, no rebote, Osvaldo só empurrou para a
rede: 2 a 0. Quando o Botafogo assimilava o segundo golpe, veio o
terceiro. Aos 15, Lucas recebeu de Luis Fabiano, avançou superando a
marcação e, em chute de fora da área, colocou no canto direito,
aumentando a festa no Morumbi.
O jogo estava definido. Oswaldo de Oliveira fez duas alterações no Botafogo, sacando Cidinho e Lennon e colocando Willian e Gabriel, respectivamente. A situação, que já era ruim, piorou: Seedorf sentiu um incômodo na coxa esquerda e precisou ser substituído. Jéferson Paulista entrou no seu lugar.
No São Paulo, Ney Franco aproveitou a tranquilidade da partida para dar ritmo de jogo ao volante Wellington, que voltou a disputar uma partida oficial após seis meses, tempo em que ficou parado por causa de uma grave lesão no joelho esquerdo.
Nos 15 minutos finais, o Tricolor, que contou com a entrada de Cícero na vaga de Luis Fabiano, diminuiu bastante seu ritmo. O Botafogo, a todo custo, tentava ao menos diminuir a vantagem. Mas a bola teimou em não entrar até o fim. A melhor chance botafoguense ocorreu aos 36, quando Rogério Ceni fez grande defesa em falta de Elkeson.
Ainda deu tempo para o São Paulo fazer mais um. Aos 43, Cícero lançou Osvaldo e correu para a área. O atacante driblou Jefferson e, com calma, levantou a cabeça e viu a presença do meia, que, com um leve toque de primeira, completou para o gol vazio.
Com o triunfo, a equipe comandada por Ney Franco chegou aos 34 pontos e definitivamente colou no G-4 da competição. O time segue na quinta colocação, mas agora apenas um ponto atrás do Vasco, que perdeu para o Grêmio na quarta. Dependendo dos resultados da rodada do fim de semana, o time paulista poderá entrar pela primeira vez no grupo que se classifica para a Taça Libertadores da América.
No Botafogo, a luz amarela foi acesa. O time completou três jogos sem vitória (além do tropeço desta quinta, perdeu para o Atlético-MG e empatou com o Flamengo) e estacionou nos 28 pontos, na oitava colocação. E, se não bastassem os oito desfalques que Oswaldo de Oliveira teve nesta partida, a equipe ainda corre o risco de ficar sem sua principal estrela, o holandês Seedorf, que deixou a partida no segundo tempo com um incômodo na coxa esquerda.
Os dois times voltam a jogar no domingo pelo Campeonato Brasileiro. Às 16h (de Brasília), o São Paulo encara o Bahia, que luta contra o rebaixamento, em Salvador. Já o Botafogo recebe o Coritiba, outro que foge da degola, às 18h30m, no Engenhão.
Lucas e Seedorf, estrelas de São Paulo e Botafogo em campo (Foto: Wagner Carmo / Vipcomm)
De um lado, o São Paulo entrou com sua força máxima pela primeira vez desde que Ney Franco foi contratado. Do outro, Oswaldo de Oliveira, que não contava com oito peças do elenco, montou o Botafogo no 4-5-1, apostando no meio-campo para valorizar ao máximo a posse de bola e tentar surpreender no contra-ataque. Com cinco minutos, o planejamento traçado pelo técnico carioca foi por água abaixo. Foi o tempo que demorou para que a parceria entre Jadson, o maior garçom do Campeonato Brasileiro, e Luis Fabiano acabasse em vantagem no marcador. O Fabuloso recebeu do camisa 10, limpou Brinner, passou por Jefferson e rolou para a rede: 1 a 0 para o Tricolor. Foi o décimo gol do centroavante são-paulino, um dos artilheiros da competição, ao lado de Fred, do Fluminense.
O Botafogo ficou atordoado. O time errava passes em demasia, tanto que mal conseguiu avançar além do meio-campo nos primeiros 15 minutos. Seedorf era bem vigiado por Denilson, enquanto Paulo Assunção era a sombra de Renato. Márcio Azevedo, uma importante alternativa de apoio, não podia subir, já que tinha de se preocupar com o avanço de Lucas nas suas costas. O tempo passava, e o Tricolor seguia soberano em campo. Aos 15, Luis Fabiano, em nova jogada individual sobre Brinner, chutou por cima do gol carioca. Aos 23, Lucas só não marcou o segundo porque Jefferson fez grande defesa.
Irritado, Oswaldo de Oliveira resolveu inverter a posição dos seus zagueiros na área. Brinner foi para a esquerda e Fábio Ferreira, para a direita. Aos 25, o Botafogo reclamou de um pênalti não marcado pelo juiz Jean Pierre Gonçalves Lima. Cidinho caiu diante da marcação de Rhodolfo dentro da área, mas a arbitragem mandou o jogo seguir.
Nos últimos 15 minutos, o jogo melhorou. O Botafogo adiantou sua marcação e finalmente conseguiu sair para o jogo. Elkeson retornou para buscar o jogo e Seedorf, mais recuado, passou a articular a equipe. Aos 43, na única jogada perigosa da equipe carioca, o camisa 10 passou como quis por Toloi e cruzou na medida para Elkeson, que ajeitou para Renato. Rogério Ceni se antecipou e fez a defesa. O São Paulo respondeu em lances de Maicon, Jadson e Lucas, mas em todos Jefferson trabalhou muito bem.
Luis Fabiano chuta, observado de perto por Fabio Ferreira (Foto: Wagner Carmo / Vipcomm)
No segundo tempo, o Botafogo começou bem, comandou as ações, mas foi o São Paulo, em dois ataques, quem definiu a partida. O time carioca chegou duas vezes nos primeiros seis minutos, período no qual a defesa do São Paulo, pela primeira vez na partida, cometeu falhas. Em ambos os lances, Rogério Ceni trabalhou bem e evitou o gol em cabeçada de Elkeson e chute de Renato.
Preocupado com o começo titubeante da equipe, Ney Franco resolveu mexer. Aos dez, ele sacou Paulo Assunção e colocou Osvaldo em campo. O time passou a atuar no 4-2-3-1. Maicon foi recuado para volante, Lucas e Osvaldo foram posicionados cada um em uma ponta, Jadson ficou como meia centralizado, e Luis Fabiano permaneceu como referência na frente.
maiores goleadas
última goleada entre os times
SPO 3 x 0 BOT
09/11/2006
maiores goleadas do Campeonato Brasileiro 2012 | ||
---|---|---|
01 | SPO 4 x 0 BOT | 30/08/2012 |
02 | GRE 4 x 0 FIG | 19/08/2012 |
03 | CFC 4 x 0 CRU |
19/08/2012 |
O jogo estava definido. Oswaldo de Oliveira fez duas alterações no Botafogo, sacando Cidinho e Lennon e colocando Willian e Gabriel, respectivamente. A situação, que já era ruim, piorou: Seedorf sentiu um incômodo na coxa esquerda e precisou ser substituído. Jéferson Paulista entrou no seu lugar.
No São Paulo, Ney Franco aproveitou a tranquilidade da partida para dar ritmo de jogo ao volante Wellington, que voltou a disputar uma partida oficial após seis meses, tempo em que ficou parado por causa de uma grave lesão no joelho esquerdo.
Nos 15 minutos finais, o Tricolor, que contou com a entrada de Cícero na vaga de Luis Fabiano, diminuiu bastante seu ritmo. O Botafogo, a todo custo, tentava ao menos diminuir a vantagem. Mas a bola teimou em não entrar até o fim. A melhor chance botafoguense ocorreu aos 36, quando Rogério Ceni fez grande defesa em falta de Elkeson.
Ainda deu tempo para o São Paulo fazer mais um. Aos 43, Cícero lançou Osvaldo e correu para a área. O atacante driblou Jefferson e, com calma, levantou a cabeça e viu a presença do meia, que, com um leve toque de primeira, completou para o gol vazio.
Jadson, Luis Fabiano e Lucas comemoram gol do São Paulo (Foto: Wagner Carmo / Vipcomm)
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