Na decisão do Aberto da Austrália, que durou 5h53m, atletas consumiram mais calorias do que o necessário para correr 42km
O desgaste é tão grande que, para se ter uma ideia, maratonistas consomem quase 2.500 calorias no final do percurso total de 42km. De acordo com pesquisadores, o espanhol e o sérvio gastaram cerca de 4.300 calorias na partida, o que daria para correr mais de uma maratona e meia. E, para repor a energia gasta, seria necessário comer 22 batatas ou 3kg de feijoada. O preparador físico Eduardo Faria, no entanto, ressalta os perigos da exaustão no esporte.
- Um esporte de alta competição não é saudável. Tanto que temos relatos de atletas que param e estão todos machucados - disse o especialista.
Além disso, os corredores costumam ter um intervalo de meses entre cada maratona, o que não acontece com os tenistas. O campeão Djokovic já havia duelado por quatro horas e 46 minutos contra Andy Murray apenas dois dias antes de enfrentar Nadal. No total, o sérvio encarou mais de dez horas de jogo em um intervalo de três dias.
- É a condição que o tênis impõe. Seria mais legal se o atleta tivesse três ou quatro dias para se recuperar, mas não é assim - explicou Eduardo.
Novak Djokovic exausto ao final da decisão do aberto da Austrália (Foto: Reuters)
- Para você se manter focado durante seis horas, você precisa vir de um treinamento mental forte, associado a um profissional ou não, mas com técnicas próprias de acordo com o perfil do tenista. Isso tudo para que ele possa suportar as pressões, que não são poucas - afirmou.
Antes do duelo de domingo em Melbourne, o recorde de finais de Grand Slam era da decisão do Aberto dos Estados Unidos de 1988, entre o sueco Mats Wilander e o tcheco naturalizado americano Ivan Lendl, com quatro horas e 54 minutos. O jogo de domingo também foi o mais longo da história do Aberto da Austrália.
FONTE:
http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-news/noticia/2012/02/pesquisadores-comparam-final-entre-djokovic-e-nadal-prova-de-maratona.html
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