Camisa 10 dá duas lindas assistências, e hermanos derrotam a Costa Rica com autoridade. Agüero, com dois gols, também brilha e assume a artilharia
Apesar da boa atuação, Lionel Messi completou nesta segunda 15 jogos oficiais sem gols pela seleção - o último foi contra a Venezuela, no dia 23 de março de 2009, pelas eliminatórias da Copa. Por se tratar de um amistoso, a partida contra o Brasil, no dia 17 de novembro de 2010, em Doha, não entra nessa contagem.
Com o triunfo, a Argentina chegou aos cinco pontos, ficando com o segundo lugar do Grupo A. A Colômbia, que derrotou os bolivianos na véspera, terminou em primeiro. Agora, na próxima fase, os hermanos esperam o segundo colocado da chave C, que pode ser o Uruguai. Nesta terça-feira, a Celeste pega o lanterna México e, vencendo, deve ficar com a vice-liderança. Dividindo a primeira colocação provisória, chilenos e peruanos se enfrentam no mesmo dia.
Já os costarriquenhos permaneceram em terceiro, com três pontos, mas com um saldo negativo de dois gols que tende a prejudicá-los nos critérios de desempate. O 3 a 0 para a Argentina ajudou, quem dira, o Brasil, que pode se classificar com um simples empate diante do Equador.
Confira a classificação atualizada e a tabela de jogos da Copa América-2011
Di María, Agüero e Messi: os nomes da vitória da tranquila Argentina sobre a Costa Rica (Foto: Reuters)
Antes de a bola rolar, a torcida mostrou que estava disposta a abraçar Messi, mandando para escanteio o papo de que o jogador não conta com a simpatia dos seus compatriotas. No aquecimento, o craque teve o nome gritado em uníssono. Ele timidamente acenou para as arquibancadas. Além do camisa 10, os reservas Tevez, ídolo popular, e o meia Javier Pastore, que é natural de Córdoba, foram bastante ovacionados.
Com quatro mudanças em relação à equipe que decepcionou nas duas primeiras rodadas, a Argentina começou com Messi recuado no meio de campo e três atacantes: Agüero e Di María, abertos, com Higuaín centralizado. A Costa Rica, recuada e precisando apenas do empate para se garantir na segunda fase sem fazer contas - situação totalmente diferente do rival -, tinha apenas Campbell na frente.
Higuaín perdeu muitos gols e não agradou (Reuters)
Bola na trave e pressão argentina
Aos 13, Messi quase abriu o placar em cobrança de falta sofrida por ele próprio. Diante de uma acuada e fechada Costa Rica, os anfitriões seguiam pressionando. Aos 20, após lindo lançamento de Gago, Agüero passou por um marcador na esquerda e chutou rente à trave. Burdisso, de cabeça, carimbou o travessão depois de um escanteio batido por Messi logo em seguida.
Disposto a retribuir o carinho da "hinchada", Messi continuava desequilibrando. Às vezes, forçando a barra como quando, aos 26, pediu pênalti após tentar o drible em Calvo. O árbitro peruano Victor Rivera enxergou bem e não assinalou. A torcida, entretanto, não perdoou e xingou a pobre mãe do juiz.
Água mole em pedra dura...
De tanto insistir, o gol acabou saindo ainda na etapa inicial. Zabaleta arriscou de longe, Moreira espalmou para o meio da área e Agüero, atento, não perdoou (veja acima). Explosão de alegria no gramado e nas arquibancadas. Eram 45 minutos. Na saída para o vestiário, a torcida reconheceu a boa atuação dos hermanos e, especialmente, de Messi, que, mais uma vez teve seu nome entoado pelos “hinchas”.
Sem querer saber de segurar o magro resultado, a Argentina voltou para o segundo tempo com o mesmo ímpeto da primeira etapa. Com Messi inspirado, os hermanos ampliaram logo aos sete minutos. O craque do Barcelona recebeu na intermediária, levantou a cabeça e deixou Agüero na cara do gol. O genro de Maradona dominou e, de chapa, colocou no fundo da rede: 2 a 0.
Agüero deixou outro também no segundo tempo e assumiu a artilharia da Copa América, com três gols (EFE)
Em desvantagem, a Costa Rica se lançou mais ao ataque, fato que abriu mais espaço para os anfitriões que seguiam criando oportunidades. Aos 15, Messi deixou Higuaín na boa. O atacante do Real Madrid penetrou na área e, na hora do chute, foi puxado levemente por um marcador. O árbitro mandou o jogo seguir.
Messi, o garçom
O pênalti não marcado não fez falta. Aos 18, Messi mais uma vez deu uma de garçom e deu passe açucarado para Di María bater com violência em chances para Moreira. E a trilha sonora no Mario Kempes voltou a ser “Ole, Ole, Ole, Messi, Messi...”.
Tranquila e com a vitória assegurada, a Argentina tirou um pouco o pé do acelerador mas, mesmo assim, ainda teve oportunidades de ampliar com Higuaín, Di María e Lavezzi - acertou a trave em lance incrível. Mas a torcida em Córdoba pouco se importou e fez grande festa com a classificação.
Desta vez, Lionel Messi conseguiu se livrar da marcação adversária com facilidade (Foto: EFE)
Romero, Zabaleta, Burdisso, Gabi Milito e Zanetti; Mascherano e Gago; Messi; Agüero (Lavezzi), Higuaín (Pastore) e Di Maria (Biglia). | Moreira, Duarte, Acosta e Calvo (Brenes); Salvatierra, Cubero, Leal, Mora e Elizondo (Valle); Martínez (Madrigal) e Campbell. |
Técnico: Sergio Batista. | Técnico: Ricardo La Volpe. |
Gols: Agüero, aos 45 do primeiro tempo; Agüero, aos sete, e Di María, aos 14 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Gabi Milito, Zanetti, Lavezzi (Argentina); Calvo, Salvatierra (Costa Rica). | |
Estádio: Mario Alberto Kempes (Córdoba). Data: 11/07/2011. Árbitro: Victor Rivera (PER) FONTE: .http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-america/noticia/2011/07/apoiado-pelos-hinchas-messi-ajuda-argentina-se-garantir-nas-quartas.html |
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