Em Pituaçu, Tricolor fica duas vezes na frente, Rubro-Negro vira, mas Jobson garante o primeiro ponto dos baianos no Campeonato Brasileiro
O resultado pune a equipe de Vanderlei Luxemburgo, que esteve muito perto de conquistar a segunda vitória seguida no Campeonato Brasileiro. O Flamengo chega a quatro pontos e perde a chance de se igualar a Corinthians, Atlético-MG, Vasco e São Paulo, que venceram seus dois jogos.
Ao Bahia, resta o consolo de voltar a conquistar um ponto na Série A. Depois de sete anos longe da elite, o Tricolor demonstrou raça para evitar a derrota diante de mais de 30 mil torcedores eufóricos.
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As equipes voltam a jogar no próximo domingo. O Bahia visita o Grêmio, no Olímpico, em Porto Alegre, às 16h. No mesmo horário, o Flamengo recebe o Corinthians, no Engenhão. Este jogo vai marcar a despedida do meia Petkovic.‘Bahêa’ sem freio
Muitos e muitos dias de saudade sem ver o Bahia jogar em Salvador numa partida da Primeira Divisão. Pituaçu foi o ponto de encontro da turma tricolor. Gente empolgada, alegre, nervosa. Um tal de senta e levanta sem fim nas arquibancadas. Contra o Flamengo, o Esquadrão de Aço teve pressa para soltar um grito preso há sete anos, guardado lá no fundo da garganta, desde o rebaixamento em 2003. Coube a Lulinha inflamar o estádio antes dos 20 minutos. Gol com participação do atacante Souza, ex-rubro-negro. Foi ele quem ajeitou a bola dentro da área para o meia bater de esquerda. Na comemoração, os jogadores imitaram o 'bonde sem freio', coreografia que ficou famosa com os cariocas. Primeiro gol do ex-corintiano no novo clube.
Ronaldinho fez o primeiro gol do Flamengo na Bahia (Foto: Eduardo Martins / Agência Estado)
Lulinha pela direita, Jobson na esquerda e Souza centralizado. Galhardo e Welinton sofreram com os ataques do ex-botafoguense. Jobson perturbou com dribles e arrancadas, sempre muito ágil, arisco. Num contra-ataque oriundo de uma falta mal cobrada por Ronaldinho, o Bahia voltou a abrir vantagem. Lulinha avançou pela direita e cruzou rasteiro. Jobson, feito uma flecha, aproveitou: 2 a 1, e bonde outra vez formado. Primeiro dele pela equipe.
Mesmo com o time na frente, os tricolores chiaram no fim do primeiro tempo. Cleber Welington Abade foi para o vestiário sob gritos de "ladrão". Motivo: Galhardo puxou a camisa e derrubou Ávine dentro da área quando o placar marcava 1 a 0. O árbitro nada marcou.
Fla vira, mas Jobson empata
Da esquerda para a direita, da direta para a esquerda. Trocar pressa por paciência fez bem ao Flamengo. O time de Luxemburgo girou a bola, esperou a hora certa de investir, de ser preciso. Foi assim que Thiago Neves encontrou Bottinelli do lado esquerdo da área sem qualquer marcação. O passe ainda passou por Wanderley, que por sorte não conseguiu dominar. Chute colocado de "El Pollo" para empatar o confronto outra vez, antes dos dez minutos.
O torcedor do Bahia sentiu. O time também. Os contra-ataques não funcionavam mais com a mesma eficiência. Jobson caiu pelos lados do campo, mas sempre acompanhado de perto por Welinton e David. Depois de um primeiro tempo instável, a zaga rubro-negra se posicionou melhor. Egídio e Galhardo também diminuíram espaços nas alas. René Simões trocou o lateral-direito Gabriel por Marcos para dar força ao setor, recolocar Lulinha no jogo, mas a tentativa foi frustrada. O Bahia continuava convidando o Flamengo para entrar no seu campo.
Fernando 'entrega o ouro'
A mudança de Luxa funcionou bem melhor. O técnico trocou a vontade de Wanderley pela velocidade de Diego Maurício. Em poucos minutos em campo, o garoto fez a diferença no gol da virada. Acionado por Bottinelli, Drogbinha cruzou na medida para Egídio. O lateral-esquerdo, que deve dar lugar a Junior Cesar na próxima rodada, acertou um bonito chute de primeira. Virada com dois gols em menos de 20 minutos.
Sem força, o Bahia ainda teve Helder expulso ao levar o segundo amarelo após falta em Bottinelli. Muitos tricolores deixaram o estádio antes do apito final. Quem saiu, perdeu. Diferentemente da primeira mudança, quando colocou Diego Maurício, Luxemburgo deu azar ao lançar Fernando no lugar de Willians, com câimbras, e Jean, no de Galhardo. O volante saiu jogando errado e armou o contragolpe do Bahia. Maranhão acionou Jobson, que dominou no lado esquerdo da área e soltou uma bomba de canhota para empatar: 3 a 3, aos 44. Gol para dar um pouquinho de graça ao reencontro que os tricolores tanto esperavam. Gol que deixou o empate com gosto de derrota para os rubro-negros.
Omar, Gabriel (Marcos), Titi, Thiego e Ávine; Marcone, Fahel, Helder e Lulinha (Maranhão); Souza (Rafael) e Jobson. | Felipe, Galhardo (Jean), Welinton, David e Egídio; Willians (Fernando), Renato, Bottinelli e Thiago Neves; Ronaldinho e Wanderley (Diego Maurício). |
Técnico: René Simões. | Técnico: Vanderlei Luxemburgo. |
Gols: Lulinha, aos 16, Ronaldinho, aos 29, Jobson, 36 do primeiro tempo. Bottinelli, aos nove, Egídio, aos 27, e Jobson, aos 44 do segundo tempo. Público pagante: 32.157. Renda: R$ 815.460,00 | |
Cartões amarelos: Helder, Marcone, Ávine e Jobson (Bahia); Egídio (Flamengo). Cartão vermelho: Helder (Bahia). | |
Estádio: Pituaçu, em Salvador. Data: 29/05/2011. Árbitro: Cleber Welington Abade (SP). Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Van Gasse (ambos de SP). FONTE: http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/05/fla-vacila-no-fim-bahia-aproveita-e-arranca-empate-em-salvador.html |
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