E temas polêmicos e diversos. Adoro futebol, vôlei, tênis, fórmula 1 e vou escrever sobre tudo isso e contar as histórias que presenciei.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Paula Fernandes, a queridinha da vez nas trilhas de novelas
A voz grave que docemente invade o Estúdio Quanta, em São Paulo, é da mocinha mignon, no centro do palco colorido. A pele alva e os longos cabelos castanhos, desenhados em cachos, chamam tanto a atenção quanto a força com que ela empunha e brinca com o violão, seu companheiro há 17 anos. Aos 26, Paula Fernandes é veterana no mundo da música: descobriu o dom aos 8 e, aos 10, já apresentava seu disco de estreia. Agora, se prepara para o lançamento de seu primeiro DVD, com as participações especiais dos colegas sertanejos Leonardo e Victor & Leo, e do instrumentista e produtor musical Marcus Viana.
— Foi ouvindo “Desculpe, mas eu vou chorar”, de Leandro & Leonardo, que decidi que ia ser cantora, ainda criança. Victor & Leo foram meus companheiros de apertos em São Paulo, no início dos anos 2000: passamos por poucas e boas juntos ao tentar a carreira na maior capital do país. O sucesso deles me enche de orgulho e me encoraja. E Marcus foi quem me descobriu para as trilhas sonoras da Globo — detalha a cantora, compositora e violonista.
Indicada ao Prêmio Extra de TV 2010 pela interpretação de “Quando a chuva passar”, abertura da novela “Escrito nas estrelas”, Paula Fernandes é também a voz que encantou os telespectadores com “Ave Maria Natureza”, de “América” (2005); “Jeito de mato”, tema de “Paraíso” (2009), com Almir Sater; e a versão de “Dust in the wind” para “Páginas da vida” (2010). Agora, pode ser ouvida na trilha de “Araguaia”, com “Tocando em frente”, em dueto com Leonardo.
— O Brasil conhece a minha voz, mas ainda está descobrindo meu rosto — diz, modesta, a mineira de Sete Lagoas, de 1,65m e 51kg, considerada a nova Musa do Sertanejo: — Não sei se a minha música é realmente sertaneja. Está mais para um pop rural, numa mistura de folk, country e romantismo. E essa história de musa... É porque nunca me viram sem maquiagem! (risos) Os elogios são bem-vindos, mas prefiro encantar com as minhas canções, e não com a minha aparência.
Impossível dizer que o jeitinho brejeiro de Paula não lhe abriu portas. Tanto que ela foi alvo de inúmeras propostas indecorosas ao longo da carreira.
— Chamo esse momento atual de colheita. E essa colheita é resultado de um plantio árduo, feito durante anos. Para quem começou aos 9, já sou idosa, né? (risos) Sou uma mulher que foi menina e teve propostas mil para seguir por caminhos curtos. Não preciso ser explícita, dá para entender o que rolava... Só que optei pelo trajeto mais longo e honroso. Tenho muito orgulho disso. Não sou melhor que outras, sou diferente. E é muito bom ser diferente. É isso que me faz ser o que sou — justifica ela, que não vê sua trajetória creditada à sorte.
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