Com ótima atuação de central, seleção mostra força e supera rival olímpico por 3 a 0
Ali, sozinha, à frente da rede antes do início do jogo,
Thaísa parecia uma muralha. Ao sofrer do banco durante a estreia, a central
de 1,93m parece ter ampliado o fôlego ao entrar em quadra. Se as rivais pareciam se
multiplicar por baixo, a gigante do Brasil aparecia soberana pelo alto. Com uma
ótima atuação, liderou a seleção à vitória contra o Japão, nesta sexta-feira,
na Arena Carioca 1. Com a vontade e a paciência que José Roberto Guimarães tanto
pedira, a equipe bateu as asiáticas por 3 sets a 0, parciais 25/20, 25/23 e 25/15,
e garantiu a segunda vitória pelo grupo B do Grand Prix.
Thaísa
deixou a quadra com 19 pontos. Destes, 15 de ataque, três de bloqueio e
um no saque. Fê Garay, com 11 pontos, Juciely e Sheilla, com 9, foram
os outros destaques. Após a partida, ela festejou a postura da seleção
durante a partida.
- A gente entrou sabendo que
teria que ter paciência. Porque elas defendem demais. A gente foi muito
concentrada porque sabemos que jogamos abaixo ontem. A gente sabe que
pode fazer muito mais. Viemos mais concentradas e agressivas para
protegermos nosso território, jogando em casa - afirmou a central.
A seleção volta à quadra no próximo domingo, encerrando a primeira etapa da competição. O Brasil encara a Sérvia, às 10h05, com transmissão da TV Globo e do SporTV e cobertura em tempo real do GloboEsporte.com. Ainda nesta sexta-feira, a Itália venceu a Sérvia por 3 sets 1, parciais 25/16, 25/19, 29/31 e 25/17, no último jogo do dia.
A seleção volta à quadra no próximo domingo, encerrando a primeira etapa da competição. O Brasil encara a Sérvia, às 10h05, com transmissão da TV Globo e do SporTV e cobertura em tempo real do GloboEsporte.com. Ainda nesta sexta-feira, a Itália venceu a Sérvia por 3 sets 1, parciais 25/16, 25/19, 29/31 e 25/17, no último jogo do dia.
Thaisa Brasil x Japão Grand Prix vôlei
(Foto: Divulgação /FIVB)
VITÓRIA DA PACIENCIA
O Japão largou na frente, com Uchiseto. Uma pancada de
Thaísa, porém, deixou tudo igual na sequência. O jogo de paciência que a
seleção esperava deu as caras logo no início. Em um primeiro bom rali, o Brasil
precisou atacar quatro vezes até que a pancada de Fê Garay explodisse no
bloqueio e fosse para fora. O time estava ligado, como pedira Zé Roberto. As
japonesas pareciam se multiplicar na defesa. Ainda assim, as donas da casa
foram para o primeiro tempo técnico com 8/5, após Natália explorar o bloqueio.
Sheilla ataca bloqueio japonês durante a partida nesta sexta-feira (Foto: Divulgação /FIVB)
Na volta, um bloqueio duplo e uma pancada de Thaísa
ampliaram a vantagem, obrigando o pedido de tempo do técnico Manabe Masayoshi.
Os ótimos ralis aconteciam com frequência, chegando ao fim quase sempre com ponto
brasileiro. Àquela altura, Thaísa, gigante pelo meio, era a principal arma da
seleção. Após dois pontos seguidos da central – um, de ataque; outro, de
bloqueio -, a seleção foi para o segundo tempo técnico com oito pontos de
vantagem: 16/8.
Era um jogo tranquilo, com a leveza que Zé Roberto tanto
pedira. A boa diferença no placar deu tranquilidade às brasileiras, que tinham
paciência para mandar a bola ao chão da quadra japonesa. O técnico testou a
inversão 5/1 e mandou Gabi para o saque, mas as japonesas marcaram quatro vezes
seguidas. O pedido de tempo foi suficiente para que o time retomasse o controle
do jogo. Em ataque de Fê Garay, o ponto final: 25/20.
O bom fim de primeiro set deu ânimo às japonesas, que
mantiveram o ritmo na volta à quadra. Tanto que chegou a abrir 6/4, com bons
ataques pela ponta. Quando Miyashita mandou a bola ao chão brasileiro, as
rivais foram para o tempo técnico com 8/5 no placar. Aos poucos, o Brasil se
reencontrou no jogo, mas era a vez de as japonesas administrarem a vantagem.
Sheilla até se esforçou para buscar uma bola no banco de
reservas das brasileiras, mas não conseguiu evitar que o Japão fosse para o tempo
técnico com 16/13. Era difícil mandar a bola ao chão. Mas, no bloqueio de
Thaísa, o Brasil chegou ao empate (16/16), forçando o pedido do treinador
japonês. Um saque na rede de Dani Lins, um serviço certeiro do lado de lá, e
pronto: as rivais voltaram a abrir vantagem.
Fernanda Garay manda por cima do bloqueio
das japonesas (Foto: Divulgação /FIVB)
Só que a seleção voltou a buscar. Vindo por trás, Natália
mandou a pancada e deixou tudo igual, em 19/19. Era um jogo de ralis – e, sim,
de muita paciência. No bloqueio duplo de Fê Garay e Juciely, o Brasil, enfim,
passou à frente no placar. As rivais até voltaram à dianteira, mas as donas da
casa cismaram e não quiseram entregar o set. No ataque técnico de Juciely, por
cima do bloqueio, veio o fim da parcial, em 25/23.
No
retorno à quadra, parecia outro jogo. O Japão, tão ligado
no set anterior, parece ter sentido a virada. O Brasil, então, se
aproveitou.
Logo disparou no placar e abriu 14/4 com muita facilidade. Adenízia, que
ainda
não havia entrado, foi para o lugar de Juciely e manteve o nível. Mari
Paraíba, que não havia participado nem mesmo dos amistosos contra a
República Dominicana, também foi para a quadra, no lugar de Fê Garay. A
partir dali, foi só manter o ritmo. Em ataque de Thaísa, o fim: 25/15.
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