Raposa consegue o terceira triunfo em quatro partidas sob o comando de Joel. Equipe baiana se aproxima perigosamente da zona de rebaixamento
por Fernando Martins Y Miguel
Com a vitória, a Raposa chegou aos 15 pontos e passou para a sétima posição, mas ainda pode ser ultrapassado pelo Figueirense, que soma 14 e enfrenta o Grêmio na próxima quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no Orlando Scarpelli. Já o Bahia, com dez pontos e na 16ª colocação, continua perto da zona de rebaixamento - o Atlético-GO, com oito, é o primeiro time do Z-4.
Os dois times voltam a campo no próximo domingo, às 16h (de Brasília). O Cruzeiro enfrenta o Corinthians no Pacaembu, e o Bahia recebe o Coritiba em Pituaçu.
'Homenagens' e homenagem
Desde que chegou ao estádio, Jobson era o alvo predileto da torcida do Cruzeiro, que provocava com insultos referentes ao caso de doping do jogador, em 2009. Ele cumpriu seis meses de uma pena de dois ano por uso de crack, mas no último dia 21 de junho foi julgado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, e pode ter a punição revista. Além disso, no início do ano, o jogador passou pelo maior rival da Raposa, o Atlético-MG, mas pediu para deixar o clube.
Outro que foi lembrado antes da partida foi o volante Marquinhos Paraná, mas para ser homenageado. Ele recebeu uma placa comemorativa pelos 200 jogos com a camisa do Cruzeiro, completados na última rodada, contra o São Paulo, no Morumbi.
Igualdade e provocação
No começo, o Cruzeiro não deu chances para o Bahia gostar do jogo, já que Wallyson abriu o placar logo aos quatro minutos. Após cobrança de escanteio, ele pegou a sobra e mandou uma bomba no canto de Marcelo Lomba. Mas o time que começou arrasador passou a ceder espaços ao rival, principalmente pelo lado direito do ataque.
Três minutos depois do gol da Raposa, Jobson teve a chance de se vingar dos xingamentos. Ele chegou a driblar o goleiro Fábio, mas chutou no zagueiro Naldo, que estava sobre a linha. Só que na segunda tentativa, Jobson não perdoou. Mais uma vez pela direita, Jancarlos cruzou, a defesa celeste cortou mal, e o atacante tocou para o gol vazio. Silêncio na Arena do Jacaré.
Mas o episódio entre Joel e o Bahia também foi lembrado pelos torcedores do tricolor presentes na Arena do Jacaré. Alguns levaram cartazes como resposta ao treinador cruzeirense, que já foi duas vezes campeão estadual pelo clube tricolor, em 1994 e 1999 (assista ao vídeo acima).
Com dois gols em menos de 15 minutos, poderia se imaginar que a partida seria quente, mas os dois times pouco criaram em mais de 35 minutos, e a igualdade acabou justa na primeira etapa.
Gol de Wallyson e muito sufoco
Na segunda etapa, o técnico Joel Santana colocou o meia Roger na vaga de Vitor. Com isso, Leandro Guerreiro foi recuado e passou a jogar como terceiro zagueiro. Assim como aconteceu no primeiro tempo, a Raposa voltou a marcar no início. Em rápido contra-ataque, Montillo lançou Ortigoza, que cruzou rasteiro. O zagueiro Titi e o atacante Wallyson dividiram a bola que acabou balançando as redes. O árbitro deu o gol para o atacante celeste.
Wallyson (à direiita) corre para comemorar o gol do Cruzeiro (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
Para desafogar a defesa, Joel colocou o jovem Dudu na equipe, e o baixinho criou uma jogada pela direita que quase culminou no gol de Montillo. Após driblar o marcador, ele foi ao fundo e cruzou. No segundo pau, Montillo dominou, mas Lomba saiu rápido e com o peito evitou o gol. Sem conseguir passar por Fábio, o Bahia amargou mais uma derrota no Brasileirão, enquanto o Cruzeiro conseguiu sua terceira vitória em quatro jogos sob o comando de papai Joel.
Fábio; Vítor (Roger), Léo, Naldo e Gilberto (Dudu); Marquinhos Paraná, Leandro Guerreiro, Fabrício e Montillo; Wallyson e Ortigoza (Everton) | Marcelo Lomba; Jancarlos, Titi, Paulo Miranda e Ávine; Fahel, Hélder (Ricardinho), Diones (Gabriel) e Carlos Alberto; Júnior (Lulinha) e Jobson |
Técnico: Joel Santana | Técnico: Renê Simões |
Gols: Wallyson, aos 4 minutos do 1º tempo e aos 6 do 2º (Cruzeiro); e Jobson, aos 14 minutos do 1º tempo (Bahia) | |
Cartões amarelos: Fabrício, Leandro Guerreiro e Léo (Cruzeiro); Jancarlos, Jobson e Fahel (Bahia). | |
Data: 17/07/2011. Motivo: 10ª rodada do Campeonato Brasileiro 2011. Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Árbitro: Elmo Resende Cunha. Auxiliares: João Patrício de Araújo e Fábio Pereira. Público: 6.666 pagantes. Renda: R$ 108.605 FONTE: http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2011/17-07-2011/cruzeiro-bahia.html |
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