Após início arrasador, Alvinegro tira o pé, mas mantém vantagem. Agora aguarda para saber qual será o adversário que enfrentará na próxima fase
Veja no vídeo os gols da partida.
A equipe alvinegra, porém, não conseguiu o primeiro lugar do grupo. Foi a 11 pontos, mas ficou em segundo porque o Cerro supreendeu vencendo o Colo Colo, por 3 a 2, de virada, no Chile. Os paraguaios também fecharam a primeira fase com 11 pontos, mas terminaram com melhor saldo de gols (5 a 3).
Nas oitavas, o Santos pega o América do México - o primeiro jogo será na Vila Belmiro. A Conmebol ainda não divulgou as datas dos duelos.
Veja como ficou a classificação da primeira fase da Libertadores
Um recital muito bem ensaiado
O que fazer quando se enfrenta Neymar, Ganso, Danilo, todos inspirados, rápidos, trocando de posições numa velocidade estonteante? Se Neymar para, Danilo encosta. Se Danilo fica, Ganso aparece. Se se fecha o meio, Jonathan, pela direita, e Léo, pela esquerda, entram livres. Tudo muito bem coordenado, afinado. Um recital. A missão do Deportivo Táchira era realmente difícil. E se tornou quase impossível logo aos 4 minutos de jogo. Num ritmo impressionante, o Santos desmontou as duas linhas defensivas da equipe venezuelana e abriu o placar. Léo desceu pela esquerda e tocou para Danilo, que fez o corta-luz e deixou a bola passar para Neymar. O camisa 11 recebeu e, com um toque caprichado, acertou o canto direito do goleiro Sunhouse. Na comemoração, ele voltou a usar máscara, como contra o Colo Colo-CHI. Dessa vez, porém, para não levar cartão, ele usou os dedos.
Ganso esbanjou classe contra o Táchira (EFE)
Aos 13, saiu o segundo gol, em mais uma jogada perfeitamente coordenada. Ganso, com o peito, escorou para Danilo, que achou Jonathan entrando livre pela direita. O ala invadiu a área e mandou uma bomba de pé direito, quase sem ângulo. O chute certeiro entrou no ângulo direito alto.
A não por um chute perigoso de Herrera, aos 12 minutos, que obrigou Rafael a espalmar, o Peixe não foi ameaçado. Tanto que diminuiu o ritmo, mas sem perder o comando do confronto. O terceiro quase saiu aos 43, quando Elano cobrou escanteio da direita e Durval parou no ar para escorar de cabeça. Sunhouse deu rebote, que Dracena completou. A bola bateu novamente no goleiro e saiu. Tudo isso dentro da pequena área.
Após susto, Danilo define
O Santos diminuiu muito o seu ritmo no segundo tempo. Nada daqueles passes rápidos, daquela troca constante de posições que deram a impressão de que primeiro tempo bem curto. Elano errava muitos passes, dando a bola para o Táchira tentar criar. Ganso também já não conseguia coordenar as jogadas. Dessa forma, Neymar e Zé Eduardo ficaram isolados na frente.
Aos poucos, o time venezuelano foi se assanhando. Aos 17 minutos, Chacón cobrou escanteio na cabeça de Moreno. O grandalhão zagueiro foi lá no alto e escorou sozinho. Rafael se esticou todo e operou um milagre, tirando a bola que entraria no ângulo esquerdo. Esse lance não serviu para acordar o Santos. Precisou Chacón, aos 24, acertar um grande chute em cobrança de falta, diminuindo a vantagem santista, para que a equipe alvinegra acordasse.
No lance seguinte, aos 27, Neymar arrancou pela esquerda e fez fila, invadindo a área. Ele cruzou da esquerda para Zé Eduardo, que entrava sozinho. Era só empurrar. Um toque simples, como nas primeiras lições da escolinha. Pois Zé se atrapalhou todo e conseguiu furar. No entanto, se recuperou a tempo de tocar para Danilo, que vinha por trás. O volante mostrou como se faz. De chapa, rasteiro, fez o terceiro. Um prêmio para o incansável jogador santista, que participou dos três gols e ainda marcou, cobriu os companheiros, armou jogadas. Parecia que havia uns cinco Danilos em campo.
O restante do jogo foi toque de bola, gritos de olé e espera pelo tempo passar. Agora é encarar o mata-mata. A Libertadores recomeça para o Peixe. O sonho do tri está vivo
Rafael, Jonathan, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Danilo, Elano (Adriano) e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo (Maikon Leite) | Sanhouse, Rouga, Zafra, Moreno e Chacón; Yequez, Fernández, Guerrero (Del Valle) e Hernández (Gutiérrez); Herrera e Pérez Greco (Parra) |
Técnico: Muricy Ramalho | Técnico: Jorge Luis Pinto |
Gols: Neymar, aos 4, Jonathan, aos 13 do primeiro tempo; Chacón, 24, Danilo, 27 | |
Cartões amarelos: Yequez, Zafra, Fernández, Rouga (Táchira) | |
Local: Pacaembu, em São Paulo. Data: 20/4/2011. Árbitro: Nestor Pitana (ARG). Auxiliares: Gustavo Esquível (ARG) e Diego Bonfa (ARG). Público e renda: 36.091 pagantes/R$ 1.327.265,00 FONTE: http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2011/04/peixe-confirma-reacao-vence-tachira-e-se-classifica-oitavas-de-final.html |
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