Doha (Catar) - Em uma partida em que o nível técnico não prevaleceu muito, bastou uma única jogada de brilho de um craque para decidir o clássico entre Brasil e Argentina. Com uma arrancada sensacional nos acréscimos do segundo tempo, Lionel Messi fez o gol da vitória por 1 a 0 dos portenhos sobre a equipe de Mano Menezes, nesta quarta-feira, em Doha, no Catar.
Ao contrário das primeiras partidas no comando da Seleção, Mano Menezes optou por uma formação mais conservadora para enfrentar a Argentina. Sem Pato, o treinador brasileiro optou pela entrada de Elias no meio-campo, junto a Ramires e Lucas. Ronaldinho, outra novidade entre os titulares, atuou quase como um ponta de lança, sem muitas preocupações defensivas.
Apesar da formação teoricamente mais defensiva, os brasileiros iniciaram a partida pressionando a saída argentina. A estratégia deu certo logo no primeiro minuto, quando Javier Zanetti errou passe na intermediária. Ronaldinho interceptou a bola e arrancou, mas cruzou nas mãos de Romero.
A forte marcação do time canarinho sufocou a Argentina, que mal conseguia trocar passes. Apagado, Messi pouco tocava na bola, enquanto Pastore, outra esperança argentina, era facilmente anulado pela ótima atuação de Lucas, que desarmava e distribuía o jogo com igual eficiência.
Ofensivamente, porém, a Seleção sofria com a falta de uma referência no ataque. Neymar e Robinho atuavam abertos pelos lados, enquanto Ronaldinho ocupava a faixa central do campo. Apesar disso, a equipe tupiniquim tocava bem a bola e assustava o goleiro Romero. A melhor chance aconteceu aos 18 minutos, quando Daniel Alves tabelou com Ronaldinho e soltou uma bomba no travessão.
Aos 21, Neymar, melhor opção do time, ao contrário do apagado Robinho, invadiu a área pela esquerda e cruzou para trás. Sem um centroavante brasileiro, coube ao zagueiro portenho Burdisso a "finalização". Ao tentar cortar o passe, o defensor quase marcou contra o patrimônio. Na cobrança do escanteio, a bola sobrou para Ronaldinho, que, livre na pequena área, tentou um toque de calcanhar, mas Romero estava atento e defendeu.
A melhor chance da Argentina ocorreu aos 38, quando Messi, cansado de ficar espremido na marcação brasileira, recuou até a intermediária, driblou dois adversários, iniciou bela troca de passes e acabou por arriscar um chute de fora da área, que resvalou na trave direita de Victor.
Em segunda etapa 'pegada', Messi brilha e decide o jogo
No início do segundo tempo, o panorama da partida não mudou. A seleção brasileira continuou fazendo marcação por pressão, e os argentinos seguiam tendo problemas para chegar ao ataque. Logo aos sete minutos, nova falha na saída de bola portenha originou o primeiro lance de perigo da etapa. Pressionado, Romero errou o passe. Elias lançou Ronaldinho, que, na entrada da área, cruzou para Neymar. Entretanto, o arqueiro argentino se recuperou e defendeu.
Com Lavezzi no lugar de Higuaín, a Argentina conseguiu mais movimentação no setor ofensivo, e, aos poucos, saiu da marcação brasileira. Aos dez minutos, o atacante do Napoli fez boa jogada pela direita e cruzou para a área. Victor não conseguiu cortar e a bola sobrou para Di María, que rolou para trás; Pastore chegou batendo, mas carimbou a zaga brasileira.
A partir daí, o clássico perdeu o ritmo frenético visto no primeiro tempo e começou a ser tomado por faltas. Capitão portenho, Mascherano comandava as botinadas e travava duelo particular com Ronaldinho. As substituições de Mano Menezes também não ajudaram a melhorar o nível técnico: o treinador tirou Ronaldinho e Neymar e colocou, respectivamente, Douglas e André, mantendo em campo o discreto Robinho.
Com tantas infrações, as melhores oportunidades do Brasil se limitaram a cobranças de falta. Aos 34, Daniel Alves cobrou falta por cima do gol de Romero. Quando o jogo se encaminhava para o fim e o empate parecia inevitável, brilhou o único jogador em campo capaz de mudar a partida. Aos 45 minutos, após bobeada na saída de bola brasileira, Messi arrancou, driblou três adversários e, da entrada da área, fuzilou Victor, dando a vitória à Argentina.
Messi marca aos 45 minutos do segundo tempo e estraga festa brasileira | Foto: Divulgação
Brasil domina o primeiro tempo, mas não aproveita chancesAo contrário das primeiras partidas no comando da Seleção, Mano Menezes optou por uma formação mais conservadora para enfrentar a Argentina. Sem Pato, o treinador brasileiro optou pela entrada de Elias no meio-campo, junto a Ramires e Lucas. Ronaldinho, outra novidade entre os titulares, atuou quase como um ponta de lança, sem muitas preocupações defensivas.
Apesar da formação teoricamente mais defensiva, os brasileiros iniciaram a partida pressionando a saída argentina. A estratégia deu certo logo no primeiro minuto, quando Javier Zanetti errou passe na intermediária. Ronaldinho interceptou a bola e arrancou, mas cruzou nas mãos de Romero.
A forte marcação do time canarinho sufocou a Argentina, que mal conseguia trocar passes. Apagado, Messi pouco tocava na bola, enquanto Pastore, outra esperança argentina, era facilmente anulado pela ótima atuação de Lucas, que desarmava e distribuía o jogo com igual eficiência.
Ofensivamente, porém, a Seleção sofria com a falta de uma referência no ataque. Neymar e Robinho atuavam abertos pelos lados, enquanto Ronaldinho ocupava a faixa central do campo. Apesar disso, a equipe tupiniquim tocava bem a bola e assustava o goleiro Romero. A melhor chance aconteceu aos 18 minutos, quando Daniel Alves tabelou com Ronaldinho e soltou uma bomba no travessão.
Aos 21, Neymar, melhor opção do time, ao contrário do apagado Robinho, invadiu a área pela esquerda e cruzou para trás. Sem um centroavante brasileiro, coube ao zagueiro portenho Burdisso a "finalização". Ao tentar cortar o passe, o defensor quase marcou contra o patrimônio. Na cobrança do escanteio, a bola sobrou para Ronaldinho, que, livre na pequena área, tentou um toque de calcanhar, mas Romero estava atento e defendeu.
A melhor chance da Argentina ocorreu aos 38, quando Messi, cansado de ficar espremido na marcação brasileira, recuou até a intermediária, driblou dois adversários, iniciou bela troca de passes e acabou por arriscar um chute de fora da área, que resvalou na trave direita de Victor.
Em segunda etapa 'pegada', Messi brilha e decide o jogo
No início do segundo tempo, o panorama da partida não mudou. A seleção brasileira continuou fazendo marcação por pressão, e os argentinos seguiam tendo problemas para chegar ao ataque. Logo aos sete minutos, nova falha na saída de bola portenha originou o primeiro lance de perigo da etapa. Pressionado, Romero errou o passe. Elias lançou Ronaldinho, que, na entrada da área, cruzou para Neymar. Entretanto, o arqueiro argentino se recuperou e defendeu.
Com Lavezzi no lugar de Higuaín, a Argentina conseguiu mais movimentação no setor ofensivo, e, aos poucos, saiu da marcação brasileira. Aos dez minutos, o atacante do Napoli fez boa jogada pela direita e cruzou para a área. Victor não conseguiu cortar e a bola sobrou para Di María, que rolou para trás; Pastore chegou batendo, mas carimbou a zaga brasileira.
A partir daí, o clássico perdeu o ritmo frenético visto no primeiro tempo e começou a ser tomado por faltas. Capitão portenho, Mascherano comandava as botinadas e travava duelo particular com Ronaldinho. As substituições de Mano Menezes também não ajudaram a melhorar o nível técnico: o treinador tirou Ronaldinho e Neymar e colocou, respectivamente, Douglas e André, mantendo em campo o discreto Robinho.
Com tantas infrações, as melhores oportunidades do Brasil se limitaram a cobranças de falta. Aos 34, Daniel Alves cobrou falta por cima do gol de Romero. Quando o jogo se encaminhava para o fim e o empate parecia inevitável, brilhou o único jogador em campo capaz de mudar a partida. Aos 45 minutos, após bobeada na saída de bola brasileira, Messi arrancou, driblou três adversários e, da entrada da área, fuzilou Victor, dando a vitória à Argentina.
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