quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Brasil humilha a Itália no Mundial do Japão

CAMPEONATO MUNDIAL DE VOLEI FEMININO 2010

Sob comando de ‘Nat Maravilha’, Brasil massacra a Itália no Mundial

Com show de bloqueios, seleção vence por 3 sets a 0, em apenas 1h03m, e garante o primeiro lugar invicto do Grupo B na primeira fase da competição

Por Mariana Kneipp Direto de Hamamatsu, Japão
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Mundial Feminino de Vôlei - Thaisa e Sheilla em jogo contra a ItáliaSheilla bloqueia a musa  Piccinini (Foto: fivb)
Não há dúvidas: era o dia do Brasil. Comandada por "Nat Maravilha", apelido dado a Natália pelo banco de reservas, a seleção passeou em quadra e não deu chances para a Itália. A rivalidade deu lugar à alegria, e o time mostrou segurança para seguir à segunda fase como favorito no Mundial. Vitória por 3 sets a 0 - fáceis parciais de 25/16, 25/19 e 25/7, em 1h03m -, primeiro lugar do Grupo B garantido e invencibilidade mantida, em cinco jogos. O Brasil se despede de Hamamatsu deixando a maior comunidade verde e amarela do Japão com um sorriso dourado de confiança no título inédito. O desafio agora será em Nagoya.

Natália foi a maior pontuadora, com 25. Pela Itália, Piccinini, Gioli e Del Core marcaram seis.
- Não tenho o que dizer dessa partida: foi a Melhor do Mundial - disse o técnico José Roberto Guimarães.

O resultado deixou o Brasil na liderança do Grupo B, com oito pontos. Já a Itália, com duas derrotas, deve ficar na terceira posição e ter pela frente mais um grande desafio, logo na primeira rodada. Na próxima vez que entrar em quadra, a equipe de Piccinini enfrentará a Alemanha, segunda colocada do Grupo C. Holanda e República Tcheca foram as outras equipes classificadas da chave brasileira.

Na manhã desta quinta-feira (madrugada no Brasil), a seleção brasileira viajará para Nagoya, sede da segunda fase do Mundial. O time terá dois dias de folga no calendário de jogos e apenas voltará à quadra no sábado contra a Tailândia, quarta colocada do Grupo C. O horário do jogo ainda não foi definido.

Alegria volta a ditar o ritmo da seleção

Já na saudação da entrada podia-se ver que a vibração da seleção brasileira tinha voltado. Jaqueline foi para o saque e pegou a bola com um assistente de quadra. O juiz de linha mandou outra. Ela devolveu a primeira e deu um sorriso, com direito a dancinha para o menino japonês, que ganhou o dia. Era o clima do início do jogo.

Apito inicial, bloqueio de Sheilla, festa no meio da quadra. Natália voou para atacar, Fabíola pulou com as mãos para o alto, comemorando o segundo ponto. Thaísa pegou Piccinini na rede e mandou um soco para baixo, com cara de maus amigos, para intimidar. No placar, a alegria brasileira refletia em vitória por 6 a 1, que fez o técnico Massimo Barbolini parar o jogo.

Muito bem na partida, Jaqueline deu aula de recepção. Fabíola demorou a levantar mais longe da rede, mas, quando acertou, deixou Thaisa e Natália livres para marcar para o Brasil. Do outro lado, Piccinini rodava para a Itália, mas não conseguia parar a pressão verde e amarela. Cardullo até tentou, recebendo pancadas das atacantes brasileiras, mas a líbero não evitou as bolas certeiras de Natália no corredor.

Lo Bianco mandou uma bola de segunda e marcou o 15° ponto italiano. Mas, em seguida, no ritmo das palmas de Camila Brait, no banco, junto com a torcida, Gioli e Cardullo bateram cabeça tentando pegar um ataque de Sheilla, após um bom saque de Thaisa. No erro de Del Core, a seleção fechou o primeiro set em 25/16.

Barbolini para o jogo duas vezes

Natália começou a segunda parcial do jeito que terminou a primeira. A ponteira, de apenas 21 anos, assumiu a responsabilidade na entrada de rede e marcou três pontos consecutivos. Fabiana também sacou bem. A central acabou com a recepção de Piccinini, que fez Lo Bianco se jogar na quadra para tentar recuperar e bater com o punho no chão, de raiva, por não ter conseguido.

Apagado no primeiro set, o bloqueio brasileiro voltou a aparecer com Thaisa e Fabíola. Sem conseguir ver a bola, a seleção italiana não reagia em quadra, e o sinal de pedido de tempo ofuscou os gritos da torcida. Por duas vezes, além das paradas obrigatórias, Barbolini chamou suas jogadoras para conversar e tentar armar uma estratégia para mostrar mais resistência ao ataque verde e amarelo. Não deu certo. Quando o marcador mostrava 16 a 9, Natália já somava 13 pontos.

A seleção diminuiu um pouco o ritmo e permitiu que a Itália jogasse mais (21/18). Porém, Natália, que virou a maioria das bolas que recebeu, marcou dois pontos e voltou a deixar o time tranquilo. E, pelas mãos da número 12, o segundo set foi fechado em 25/19.

‘Nat Maravilha’ manda no jogo

Sob os gritos de “Nat Maravilha, nós gostamos de você”, vindos do banco, a ponteira continuou ditando o ritmo do jogo. Camila Brait, companheira de quarto, gritou: “Sou sua fã”. A seleção abriu 16 a 5 no terceiro set e não deixou mais a Itália jogar, com direito a bloqueio individual de Fabíola. A equipe vibrava a cada ponto, com sorrisos e gritos de incentivos para cada uma que estava em quadra. Mais um ace de Sassá, e a torcida foi ao delírio. Thaisa marcou mais um, Jaqueline fechou. O placar mostrou 3 sets a 0. O dia era do Brasil.

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