O jovem Jobson jogador do Botafogo flagrado em exame antedoping no ano passado apóz o jogo do clube carioca em jogo contra o Palmeiras e suspenso por 2 anos, que teve a pena reduzida para 6 meses, novamente contratado pelo Botafogo, retornou aos gramados em alto estilo, e ao que tudo indica está aproveitando a oportunidade que lhe foi dada pelo Presidente do clube da estrela solitária.
Hoje vi um comentário de Thiago Bokel sobre este assunto e que achei bastante humanitário e resolvi inseri-lo neste blog. Eis aqui:
A recuperação de um cidadão
por Thiago Bokel em 17.ago.2010 às 17:44hO lema de um grupo anônimo, que serve de incentivo para que a pessoa fique livre do vício, é “Só por hoje”. Ele já diz, só nessas três palavras o quão difícil é essa luta. Em se tratando de drogas, uma dependência que fere não só a pessoa, mas principalmente a família, essa luta pode ser interminável. O mais importante para a recuperação do dependente é ter o apoio das pessoas que convivem com ele, saber que essa doença não tem cura e que não permite recaídas.
Sem entrar no mérito da redução da pena pelo uso de crack – de dois anos para seis meses -, é quase um milagre ver Jobson voltando e jogando tão bem menos de um ano depois de todo aquele episódio. A caminhada de volta começou com uma derrota para o Flamengo. Mas em seu primeiro lance, o atacante meteu a bola entre as pernas de seu marcador, Welinton. Depois veio o jogo contra o Guarani. Ele teve uma atuação discreta no decepcionante empate em 1 a 1, no Engenhão.
Aí começou a real recuperação de Jobson dentro de campo. No Pacaembu, o Botafogo perdia por 2 a 0 para o Palmeiras. Ele fez o primeiro e armou uma linda jogada que originou no gol de empate. No fim, foi provocar o zagueiro alviverde e acabou expulso, injustamente, por sinal, já que não revidou a agressão. Provocou na bola. Ficou suspenso e não pôde jogar o clássico com o Fluminense.
Pulou uma rodada e começou a se transformar em sinônimo de arrancada do time alvinegro no Brasileiro com o show que deu nos dez minutos finais contra o Vitória, no Barradão. Meteu dois gols e fez a jogada de outro. Contra o Atlético-MG, não marcou, mas azucrinou os defensores do Galo e sofreu um pênalti. E continuou a subir no Serra Dourada, contra o Atlético-GO, no sábado passado. Fez mais um gol – seu quarto desde a volta – e conseguiu transformar a dúvida em confirmação. Mérito, principalmente, do Botafogo, que resolveu apostar na sua contratação e lhe abriu novamente as portas. Mérito dos companheiros de time, que lhe deram o carinho necessário para dar a volta por cima.
Mas Jobson precisa manter seus pés no chão. Já há pessoas falando que merece uma vaga na Seleção. Calma! Se isso acontecesse agora seria prejudicial para a recuperação. Um passo de cada vez. E Jobson ainda está tendo de provar à sociedade que está totalmente recuperado. Ele não está pronto ainda para ser cobrado por um país inteiro, por exemplo, se tiver uma atuação ruim. O processo de fortalecimento mental é demorado. Se tudo acontecer de forma tão repentina, é um passo também para ir pelo ralo toda essa evolução que vem sendo alcançada de maneira tão bonita.
Jobson está dando a volta por cima. O Botafogo está dando a volta por cima. Mas essa briga fora de campo é diária, e um vacilo pode fazer esse texto não valer mais nada. A torcida de quem escreve é para que esse texto dure o máximo que puder, e que só fique ultrapassado quando essa página for definitivamente virada para a consolidação de uma história digna de um conto com final feliz.
Tomara que este texto chegue ao conhecimento do jovem atleta para que o mesmo se incentive cada vez mais, não tendo uma recaída, para poder se transformar num ídolo da torcida botafoguense e um verdadeiro crack do futebol brasileiro.
Um comentário:
Anjo meu, o nosso Botafogo merecia mesmo ele de volta, e ele...merecia esta chance com certeza....O nosso Fogãooooo é demaissssss!!!
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