terça-feira, 11 de outubro de 2016

MORO, O FHC LEVOU UMA GRANA EM ANGOLA?



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/moro-o-fhc-levou-uma-grana-em-angola


O que foi fazer lá com a Andrade e a Odebrecht? Beber água de coco?


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Crédito: Tijolaço
De amigo navegante que não perde uma entrevista do Príncipe da Privataria:
Na Fel-lha de 24 de novembro de 1996:
FHC quer investir em Angola e atrair capitais da África do Sul
O presidente Fernando Henrique Cardoso inicia hoje sua primeira visita a dois países africanos -Angola e África do Sul- com objetivos econômicos e políticos diferentes e que espelham o contraste das duas nações.
FHC chega a Angola acompanhado de uma comitiva de empresários interessados em investir num país em ruínas e que precisa reconstruir sua infra-estrutura.
Empreiteiras como Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez, cujos representantes integram a comitiva, têm interesse na construção de represas, estradas, habitações e exploração mineral.
Como forma de mostrar "boa vontade" com os angolanos, o Brasil doará US$ 200 mil ao governo do presidente José Eduardo dos Santos, para serem utilizados no Programa de Reabilitação Comunitária e Reconciliação Nacional.
Outro setor que desperta a atenção dos brasileiros é o petrolífero. A Braspetro, subsidiária da Petrobrás, está em Angola desde 79.
O país produz cerca de 700 mil barris/dia. O petróleo é utilizado até mesmo para saldar a dívida de US$ 426 milhões que Angola tem com o Brasil. Desde 95, quando foi feito o escalonamento da dívida, a ex-colônia portuguesa entrega, como forma de pagamento, uma produção de cerca de 20 mil barris/dia ao governo brasileiro.
Em setembro de 95, desembarcaram em Angola 1.130 militares e policiais brasileiros, que integram a Unavem-3 (Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola). FHC gastará boa parte da viagem para visitar a tropa do Brasil, em Kuito, centro-leste de Angola.
Sua intenção é agradar a um setor que vem reclamando mais atenção, principalmente com relação a verbas -as Forças Armadas.
Na política externa, FHC pretende deixar claro que está mais do que na hora de o MPLA (Movimento Popular para Libertação de Angola), o partido no poder, e a Unita (União Nacional para Independência Total de Angola), a guerrilha de oposição, chegarem a um acordo que de fato traga a paz.
FHC deixa Angola amanhã à noite, partindo para uma viagem de três dias à África do Sul, país que responde por 40% da produção industrial do continente africano.
No país que ficou conhecido pelo regime do apartheid e que desde 94 é presidido por Nelson Mandela, as prioridades de FHC se invertem.
Ele quer aumentar os investimentos sul-africanos no Brasil -hoje atingem US$ 1 bilhão. Para isso, enfatizará seu discurso a favor das privatizações, principalmente a da Vale do Rio Doce. Na África do Sul, estão as principais mineradoras do mundo, como a Anglo-American e a Gemco.

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