domingo, 21 de agosto de 2016

Abertura, Bolt, goleira gordinha... os 16 momentos inesquecíveis da Olimpíada




OLIMPÍADAS RIO 2016


Do choro de Serginho pelo ouro até o garotinho que invadiu a quadra de tênis para pegar a caneta de volta, Rio 2016 foi marcada por imagens que ficarão para sempre




Por
Rio de Janeiro




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A Olimpíada do Rio de Janeiro por si só será inesquecível. Não só para os brasileiros, mas para o mundo, que se encantou com a alegria de nosso povo, com arenas de Primeiro Mundo e competições de altíssimo nível. Por aqui passaram os grandes nomes do esporte, como Usain Bolt, Michael Phelps, Simone Biles, Novak Djokovic, entre tantos outros. Alguns levaram medalhas para casa, outros tiveram resultados abaixo do esperado, mas a certeza é que nenhum deles vai se esquecer dos Jogos de 2016. O GloboEsporte.com separou 16 momentos que certamente serão lembrados para sempre como símbolos do evento. Confira:


O início de tudo: a cerimônia de abertura que encantou o mundo

Se o Brasil não se destacou no quadro de medalhas, ao menos o país abriu os Jogos Olímpicos com chave de ouro. A cerimônia de abertura foi de tirar o fôlego, emocionou todos os presentes no Maracanã e arrancou inúmeros elogios na redes sociais por conta da beleza do espetáculo. Um momento ainda mais inesquecível para Vanderlei Cordeiro de Lima, que teve a honra de acender a pira olímpica.

+ Veja como foi a cerimônia de abertura em fotos



"Minha caneta": garotinho invade quadra de tênis e assusta Andy Murray

Além da medalha de ouro no tênis, Andy Murray provavelmente não vai se esquecer também do susto que levou ao ser abordado ainda em quadra pelo pequeno torcedor João Victor, de apenas nove anos. E o garotinho não foi nem tietar o ídolo, mas apenas recuperar sua caneta "roubada" pelo britânico para dar autógrafos após mais uma vitória.

+ Veja o que disse João Victor sobre seu dia de estrela no tênis

 Andy Murray garoto autógrafo invasão  (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque ) 
João Victor assusta Andy Murray em quadra 
ao correr para pedir a caneta de volta 
(Foto: REUTERS/Kevin Lamarque )


Espírito olímpico: após caírem, atletas se ajudam a seguirem na prova

Foi na prova de 5.000m rasos no atletismo que o Rio de Janeiro viu uma das maiores provas de espírito olímpico na Olimpíada. A americana Abbey D'Agostinho tropeçou na adversária Nikki Hamblin, da Nova Zelândia, torceu o joelho direito e ainda assim prosseguiu na prova, amparada por sua adversária.

+ Lembre como foi o momento de ajuda das atletas americana e neozelandesa

Nikki Hamblin (NZL) Abbey D'Agostino (USA) emoção Rio 2016 5000m (Foto: David Gray/Reuters)
Nikki Hamblin e Abbey D'Agostino se abraçam: 
prova do espírito olímpico no Rio (Foto: 
David Gray/Reuters)


A irreverência de Usain Bolt, que fez até chifrinho em repórter brasileiro

Foram três medalhas de ouro no Rio de Janeiro, mas Usain Bolt chamou a atenção desde o primeiro dia na cidade por sua irreverência. Sempre brincalhão e de bom humor, o homem mais rápido do mundo não perdeu a oportunidade de aprontar para um repórter brasileiro. Quando entraria ao vivo,
Bolt fez um "chifrinho" sem que o profissional percebesse e logo virou "meme" na internet.

Bolt faz chifrinho em repórter (690) (Foto: Reprodução)
Usain Bolt mostrou a irreverência de sempre 
durante os Jogos e sobrou até para o repórter 
brasileiro (Foto: Reprodução)


Joseph Schooling, de fã do americano para o único a batê-lo no Rio

Aos 13 anos, Joseph Schooling era apenas fã. Realizou o sonho de conhecer o já campeão olímpico Michael Phelps e não perdeu a oportunidade de tirar uma foto. Quem diria que oito anos depois ele seria algoz. O jovem de Cingapura foi o único a derrotar o americano no Rio de Janeiro, nos 100m borboleta, um feito inesquecível. Phelps certamente não deve ter se importado tanto: foram cinco ouros e uma prata na Olimpíada.

+ Conheça Joseph Schooling, o homem que desbancou Michael Phelps

Schooling e Phelps (Foto: Agência Reuters)
Oito anos antes de vencer Phelps, Schooling 
era apenas esse garotinho tietando o ídolo 
(Foto: Agência Reuters)


Teresa Almeida, a goleira de Angola do handebol que conquistou o público

A jogadora mais aclamada no handball feminino fala português, mas não é brasileira. A goleira Teresa Almeida foi um dos destaques de Angola na Olimpíada e virou "xodó" do público por conta de seus quilinhos a mais, que não a impediram de fazer uma grande competição. Ajudou sua seleção a ir às quartas de final e só parou na campeã Rússia.

+ Conheça mais sobre a goleira angolana de 98kg que ganhou o público

Teresa Almeida, goleira de handebol da Angola (Foto: Reuters)
A "fofinha" Teresa Almeida se destacou 
debaixo das traves e levou Angola até as 
quartas de final (Foto: Reuters)


Mo Farah "doa" medalha de ouro a repórter

O atletismo parece mesmo ser o lugar das brincadeiras com os profissionais de imprensa. Além de Bolt, Mo Farah deu show de simpatia após ser bicampeão olímpico nas provas de 5.000 e 10.000m e "presenteou" o repórter Tiago Maranhão, do SporTV, com nada menos que sua medalha de ouro. Tá bom ou quer mais?

+ Fã de Neymar, Farah celebra ouro, tira selfie e "doa" medalha para repórter


A simplicidade da mãe de Isaquias

Primeiro atleta brasileiro a conquistar três medalhas em uma mesma edição da Olimpíada, o canoísta Isaquias Queiroz fez história na Lagoa Rodrigo de Freitas. Enquanto isso, na torcida pelo filho estava Dilma Queiroz, que mostrava sua simplicidade e emoção, em um retrato de um Brasil que canta, sofre, mas é feliz.

+ Dilma de Isaquias: retrato de um Brasil que sofre, mas é feliz. E vitorioso

Isaquias e mãe dona Dilma (Foto: Gabriel Fricke)
A simplicidade de dona Dilma foi tão marcante 
quanto as três medalhas do filho Isaquias no 
Rio (Foto: Gabriel Fricke)


Campeão que não entrou em campo: Fernando Prass é lembrado por companheiros
Cortado da seleção às vésperas da Olimpíada por causa de uma fratura no cotovelo, o goleiro Fernando Prass não fez parte do elenco que conquistou o inédito ouro olímpico no futebol, mas não foi esquecido pela equipe. Na comemoração do título no Maracanã, atletas como o goleiro Weverton, seu substituto no time, além de Gabriel Jesus e Gabigol, vestiram a camisa com o nome de Prass para homenageá-lo.

gabriel jesus homenageia fernando prass (Foto: Reprodução)
Jogadores da seleção vestiram a camisa de 
Fernando Prass, que foi cortado antes da 
competição (Foto: Reprodução)



O choro pelo ouro: Serginho fecha o ciclo com emoção à flor da pele
A medalha de ouro no vôlei masculino marcou o último dia de Olimpíada no Rio e também a última partida do líbero Serginho pela seleção brasileira. Aos 40 anos, o jogador se despediu da equipe nacional com o título e ganhando o prêmio de MVP (jogador mais valioso) da competição. Serginho foi ovacionado pelos torcedores presentes ao Maracanãzinho e não segurou a emoção.

+ Após ouro e adeus, Serginho avisa: ''Meu próximo sonho é parar de vez''

Serginho - vôlei - ouro (Foto: ASSOCIATED PRESSAP)
Serginho é celebrado pelos jogadores na 
conquista de ouro do vôlei (Foto: 
ASSOCIATED PRESSAP)



Ombro amigo: britânicos consolam argentinos na vitória no rugby

Depois de um surpreendente 0 a 0 - placar incomum nos jogos de rugby - a partida entre a Argentina e Grã-Bretanha precisou da prorrogação para ser decidida. E, com um try aos quatro minutos, os britânicos garantiram a vitória, levando os "hermanos" ao desespero. Solidariedade foi a palavra da vez no dicionário inglês, e os vencedores foram logo consolar os argentinos numa bela imagem do fair play olímpico.

argentinos são consolados por britânicos, Grã-Bretanha x Argentina rugby (Foto: David Rogers/Getty Images)
Britânicos consolam argentinos após vitória no 
rugby (Foto: David Rogers/Getty Images)



O alívio de Marta: Bárbara pega pênalti após camisa 10 perder a cobrança

A maior jogadora da história da seleção brasileira e melhor do mundo por quatro vezes, Marta por pouco não se tornou a vilã de uma eliminação contra a Austrália no futebol feminino. Depois de perder o quinto pênalti, a camisa 10 viu Barbara defender a cobrança seguinte e o Brasil garantir vaga na semifinal com vitória por 8 a 7 sobre as adversárias. No fim, a seleção acabou perdendo a disputa pelo bronze para o Canadá.

 Marta (Foto: Pedro Vilela/Getty Images) 
Marta é consolada por Bárbara após vitória 
do Brasil nas quartas de final nos pênaltis 
(Foto: Pedro Vilela/Getty Images)



O amor olímpico: pedidos de casamento emocionam atletas

A Rio 2016 também foi a Olimpíada do amor. Não faltaram momentos românticos nos Jogos, com direito a três pedidos de casamento. No rugby, Izzy Cerullo disse "sim" à namorada Marjorie Enya; no hóquei sobre a grama, o goleiro do Brasil, Rodrigo Faustino, pulou na arquibancada para fazer de Maria Luiza sua noiva; e, após a medalha de prata nos saltos ornamentais, a chinesa He Zi foi surpreendida ainda no pódio pelo até então namorado Qin Kai, competidor da mesma modalidade.

Chinesa He Zi é pedida em casamento no pódio (Foto: Clive Rose/GettyImages)
Chinesa He Zi é pedida em casamento no pódio 
(Foto: Clive Rose/GettyImages)



Diego Hypolito cala os críticos

Foram duas quedas em Olimpíadas: Diego Hypólito caiu de bunda em Pequim e de cara em Londres, ficando com a frustração de, mesmo bicampeão do mundo, jamais ter conseguido uma medalha olímpica. E, quando parecia que nem disputaria a Rio 2016, Diego foi convocado na última hora e calou os críticos: fez 15,533 na final do solo e se emocionou com a prata.

+ LEIA: Das quedas à prata, o renascimento do campeão mundial Diego Hypolito

Diego Hypolito (Foto: AP Photo/Dmitri Lovetsky)
O choro foi de alegria: Diego Hypolito ficou 
com a prata e emocionou todos (Foto: AP 
Photo/Dmitri Lovetsky)



A redenção de Rafaela Silva e a emoção pelo ouro

Depois da derrota na Olimpíada de Londres, em 2012, Rafaela Silva sofreu com a reação do público, que a criticou e até teceu comentários racistas. Foram quatro anos de espera para dar a melhor das respostas: com o ouro, no tatame, e no Rio de Janeiro, sua casa. Perto de onde nasceu e cresceu, na Cidade de Deus, a menina dourada não segurou as lágrimas pela vitória.

+ ESPECIAL: Das ruas ao tatame: Rafaela Silva, um diamante lapidado com pés no chão

Rafaela Silva ouro no judô (Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)
Rafaela Silva fez a redenção completa desde 
a queda em Londres (Foto: REUTERS/Kai 
Pfaffenbach)



Djokovic chora após derrota para Del Potro na estreia do tênis

Animado na chegada ao Rio de Janeiro, Novak Djokovic tinha um sonho: conquistar sua primeira medalha de ouro e completar a coleção de títulos com a única peça que faltava em sua tão vitoriosa carreira. Mas o destino foi ingrato com o tenista, que enfrentou o ex-número 4 do mundo Juan Martín Del Potro, logo na primeira rodada, e acabou derrotado e sem um pódio sequer na Olimpíada.

Djokovic (Foto: Reuters)
Djokovic não segura as lágrimas após cair na 
primeira rodada e ter nome gritado pela 
torcida brasileira (Foto: Reuters)



FONTE:

Após ouro, seleção de vôlei festeja em churrascaria e é ovacionada por fãs



OLIMPÍADAS RIO 2016

VÔLEI MAS CULINO


Bernardinho demora cerca de 10 minutos para conseguir entrar no restaurante



Por
Rio de janeiro



Bruninho Seleção Brasileira masculina vôlei festa ouro olímpico (Foto: Elton de Castro)Fã tira foto com Bruninho na chegada à churrascaria (Foto: Elton de Castro)


Era para ser um evento reservado, sem alarde, mas a festa de comemoração da seleção brasileira de vôlei, que conquistou a medalha de ouro na Olimpíada do Rio, ao bater a Itália por 3 sets a 0, neste domingo, parou uma churrascaria na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Logo que o líbero Serginho apareceu, a entrada do local ficou tomada por fãs, que tentavam de toda forma um registro com o ídolo.

- Valeu, pessoal. Muito obrigado - disse o atleta, ao ser recepcionado na porta da churrascaria.

+ Serginho se despede chamado de rei pelo público e jogado ao alto pelo time+ Após ouro e adeus, Serginho avisa: ''Meu próximo sonho é parar de vez''

Um dos mais assediados, o levantador Bruninho fez questão de tirar fotos com praticamente todos que tentavam se aproximar dele. Postura repetida por todos os atletas.
- Inesquecível. Eles são incríveis. Não esperava encontrar ninguém aqui. Acabei de ver pela televisão - disse a publicitária Soraia Campos.

+ Pagode da redenção: depois de pratas, Bruninho e Neymar se unem por ouro

Mas ninguém chamou tanta atenção quanto o técnico Bernardinho. Recepcionado com a multidão gritando o nome dele, o comandante levou cerca de 10 minutos para fazer um trajeto de dois metros até entrar no local.

+ Após ouro, Bernardinho não garante permanência: "Está na hora de refletir"

Bernardinho Seleção Brasileira masculina vôlei festa ouro olímpico (Foto: Elton de Castro)
Bernardinho é cercado por fãs eufóricas na 
entrada da churrascaria (Foto: Elton de Castro)


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Wallace Seleção Brasileira masculina vôlei festa ouro olímpico (Foto: Elton de Castro)
Medalha no peito, mascote debaixo do braço, 
Wallace chega à comemoração (Foto: 
Elton de Castro)


FONTE:

Após ouro, Bernardinho não garante permanência: "Está na hora de refletir"




OLIMPÍADAS RIO 2016

VÔLEI MAS CULINO



Depois de ser campeão olímpico pela segunda vez, treinador prefere não antecipar sua decisão sobre a continuidade ou não no comando da seleção brasileira de vôlei



Por
Rio de Janeiro


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No  comando da seleção brasileira masculina de vôlei desde 2001, o técnico Bernardinho preferiu não antecipar se vai continuar no comando da equipe. Logo depois da conquista da medalha de ouro na Olimpíada de 2016, neste domingo no Maracanãzinho, o treinador foi questionado se a vitória serviria como combustível para os Jogos de Tóquio e respondeu.

- Eu tenho que agora respirar e pensar. Tem que servir para eles, servir para o voleibol brasileiro. Não é pessoal. Tenho que pensar um pouco, é muito tempo, é muita coisa, e rever. Agora é hora de refletir. Foi muito longo, foi duro, foi difícil. Eu não sou mais nenhum menino e tenho que pensar no que vou fazer - afirmou o treinador, após a vitória sobre a Itália na final, por 3 sets a 0.

Bernardinho Brasil x Rússia (Foto: Juan Mabromata / AFP)
Bernardinho não confirmou se continua no 
comando da seleção (Foto: 
Juan Mabromata / AFP)


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Bernardinho já tinha sido campeã olímpico com o Brasil em Atenas 2004, mas depois perdeu na decisão em Pequim 2008 e Londres 2012, ficando com duas pratas. A derrota há quatro anos na final contra a Rússia foi dolorida, já que a seleção levou a virada depois de estar vencendo por 2 sets a 0. Apesar do baque, os jogadores conseguiram deixar aquele resultado para trás e conseguiram o título agora no Rio de Janeiro, mostrando força nos momentos decisivos após uma campanha instável na primeira fase.

Com atuações importantes na Rio 2016, o levantador Bruninho, filho do treinador, foi bastante elogiado pelo pai. Outros atletas também foram destacados pelo comandante brasileiro.

Bernardinho e Bruninho comemoram a conquista do ouro (Foto: Mark Kolbe/GettyImages)Bernardinho e Bruninho comemoram a conquista do ouro (Foto: Mark Kolbe/GettyImages)


- Quando eu pensava se a gente merece, eu não pensava em mim, pensava no Bruno, porque ele sofreu muito. Sentiu muito em Londres e sentiu muito em Pequim. Muito pelos rapazes de forma geral, e ele em especial, então pelo filho, mas pelo atleta também, por tudo que ele passou.  Acho que ele foi um guerreiro, um maestro e cérebro fantástico da equipe.Não perdeu a lucidez em momento algum. Bons e maus momentos, jogou de uma maneira, com algumas limitações que o time tinha, ele soube orquestrar de uma maneira impressionante. E na reta final o time sobrou. Ele certamente foi o grande mentor disso dentro da quadra. Wallace exuberante. Lucão  no ataque foi simplesmente sem palavras. Dupla Bruno e Lucão imparável.  É isso, sentiu o jogo como veterano. Já era um grande jogador (Bruninho), mas sai desse jogo no hall dos grandes jogadores da história. Serginho que vinha de altos e baixos fez uma Olimpíada fantástica. Foi um momento incrível com a torcida, sensação única. Para nós dá um certo alívio, para que esses meninos dessa geração, para que não fosse rotulada. Seis finais, quatro vices - disse Bernardinho.

Final - Brasil x Itália - Rio 2016 - Bernardinho  (Foto: Reuters/Dominic Ebenbichler)
Bernardinho na final  olímpica contra Itália 
 (Foto: Reuters/Dominic Ebenbichler)


Confira a entrevista do técnico Bernardinho na íntegra: 


Evolução da equipe
 - Foi uma partida tensa em que o Brasil Soube se impor. Conseguimos controlar bem o ataque da equipe italiana. A equipe mostrou força emocional, equilíbrio. Foi permanente, constante. A chave dessa história toda do ponto de vista psicológico foi quando nos encostaram na parede contra a França e crescemos. Quando duvidaram, fizemos. Quando achavam que era impossível, o Brasil foi lá e fez. Não li uma linha do que foi escrito porque não muda meu trabalho. Procuro manter o foco. O mais merecedor venceu, porque trabalhou muito. Endureceu o couro para merecer o ouro.

Atenas 2004 como inspiração
- Não é uma geração de tanto talento como 2004, mas trabalhou bastante. Nunca fiz comparação, somente usei como inspiração. Tenho que citar dois líderes, Bruno e Serginho. Wallace fez partidas sensacionais, o Lucão, mas esses dois foram os pilares de lideranças no time.

Relação com os jogadores
 - Antes dos jogos, conversei individualmente com cada um sobre o que esperava deles e o que eles esperavam de mim. Durante a competição, tivemos algumas conversas. Na situação de dificuldade, era mais conjunta. Tem um treinador americano, Coach Carter, que tem um livro que diz liderando com o coração. Em usa uma figura que sempre usei, que é o punho. São cinco valores fundamentais: disciplina, determinação, trabalho em equipe.. Enfim, temos que estar unidos, coesos, juntos. O mais merecedor vencia hoje, e merecemos por tudo que passamos ao longo de quatro anos.

Futuro
- Nos próximos 15 dias, não me liguem que não vão me encontrar. Se quiserem encontrar, peguem uma bicicleta porque vou pedalar. Não respirei até agora. Preciso respirar e olhar as coisas. O mais importante não é o Bernardinho pessoa, é que estamos prontos para o próximo ciclo. Estaremos na luta mais uma vez.

 Nos próximos 15 dias, não me  liguem que não vão me encontrar.  Se quiserem encontrar, peguem  uma bicicleta porque vou pedalar.
Bernardo Rezende

Há substituto capaz de assumir a Seleção?
- Absolutamente sim. Com certeza. Sou plenamente substituível. Temos pessoas prontas para assumir, com capacidade desenvolvida ao longos dos anos. Não estou falando de forma alguma que vou sair, não quero criar nada. Mas preciso pensar. Sou um devedor da vida, estou devendo muito para muitas pessoas. Tenho uma filha de seis anos, outra de 14. Preciso escolher. Passa por isso, decisões de vida efetivamente. Não vou largar o voleibol. Não conseguiria viver sem isso. O dia a dia me alimenta.

Mudanças pessoais no último ciclo
- Foi um ciclo difícil. Depois da derrota em 2012, pela maneira que foi, perdemos o ouro e não ganhamos a prata, mas é o esporte. Foi duro. Uma geração que substitui grandes jogadores tem que saber lidar com aquela derrota. Em 2014, estávamos quase fora da Liga Mundial e fomos vice-campeões. No Mundial, vice-campeões. Em 2015, nos tiraram da Copa do Mundo e ficamos fora das finais da Liga Mundial. Chegamos na final de novo esse ano e perdemos. Vice-campeões. Você olha de longe e diz que é duro. Pessoalmente, errei muito por ser tão intenso. Sou da emoção e me entrego. Quando as coisas acontecem como aconteceram na CBV, para mim é uma ofensa pessoal. Assumi o papel contrário e fui para dentro. Por não ter comparecido a uma coletiva, levei dez jogos de suspensão. Tive problema de saúde porque penso nisso e me revolto. Tentei ser um Bernardo diferente, mas não consigo.

Comparação com 2004
- Em 2004, a nossa luta era para conclusão de um ciclo vitorioso. Perdemos o Pan e depois não perdemos um jogo até a decisão olímpica. Precisávamos cumprir a missão de favoritos. Em 2014, a missão era se provar, acreditar. Alguns jovens podiam ter dúvidas ali dentro e era preciso acreditar sempre. A presença do Sérgio foi importante. O Wallace é um exemplo claro de como um jogador com qualidade excepcional e algumas limitações pode ser importante. Quando falo em geração pronta, é porque há autoestima e capacidade de digerir certos momentos como uma Olimpíada.

Vitória em casa
- A minha medalha de ouro é poder ver os rapazes e toda torcida gritando é campeão. Ver a bandeira nacional, o hino, e todos chorando... É tanta coisa presa ali dentro. O metal representa. Você olha para ali e pensa no que aquilo te traz. Momentos de sofrimento, a véspera do jogo com a França... O momento final dela é único. Tenho uma carreira longa no espaço, mas fotografia como essa na minha memória não existe. Na sua casa, bandeira subindo... Esse é o verdadeiro ouro. Uma experiência como essa, poucos tiveram a oportunidade de viver.

Motivação para o futuro
 - As pessoas se motivam por dois aspectos: necessidade e paixão. Eu, afortunadamente, por ter vindo de classe média alta, nunca me faltou nada. Não entrei no esporte por necessidade. Então, o que me movia era o desafio, paixão. Existe desafio maior do que seguir vencedor depois de uma vitória como essa? Estou pensando. Essa geração pode seguir muito bem, mas tem que ser fiel aos princípios. Esse tipo de coisa me motiva, me instiga. Se eu não pensar, abraço isso aí. Mas é um desafio enorme. O que posso experimentar mais do que experimentei aqui? Essa é uma fotografia especial, mas há novas e lindas fotografias pela frente. Sempre há.



*participaram desta cobertura Cahê Mota, Danielle Rocha, Edgard Maciel de Sá, João Gabriel Rodrigues, Richard Souza e Tiago Le


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/volei/noticia/2016/08/apos-ouro-bernardinho-nao-garante-permanencia-esta-na-hora-de-refletir.html

Firme, forte e dourado: Brasil bate Itália e volta ao topo olímpico após 12 anos




OLIMPÍADAS RIO 2016


VÔLEI MAS CULINO


Depois de quase ter sido eliminada na primeira fase e dos sustos com lesões, seleção deixa para trás a longa fase do "quase" para ser tricampeã dentro do Maracanãzinho




Por
Rio de Janeiro



A volta dourada no tempo estava programada para 2004. Era aquela cor de medalha que o Brasil queria repetir depois da prata em Pequim 2008 e Londres 2012. Remanescente da geração de Atenas, Serginho, de 40 anos, foi convencido a deixar a aposentadoria e emprestar um pouco daquele espírito à seleção da Rio 2016. Inspirada pelo veterano, a equipe coroou a recuperação olímpica diante de um Maracanãzinho lotado (assista aos melhores momentos no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo)

. No grand finale deste domingo, mostrou quem mandava ali. Conseguiu se impor e fez a torcida lembrar dos velhos e bons tempos, vencendo a Itália por 3 sets a 0 (25/22, 28/26 e 26/24).

As medalhas douradas de Barcelona 1992 e Atenas 2004 ganharam companhia. O resultado pôs fim também a um longo e incômodo jejum. Até então, o último título havia sido conquistado no Mundial da Itália, em 2010.

Final - Brasil x Itália - Rio 2016 (Foto: Getty Images)
Lucarelli abraça Bruninho na comemoração 
da conquista da medalha de 
ouro (Foto: Getty Images)


Nos últimos quatro anos, a seleção foi mudando a sua cara. Sem Giba, Dante, Rodrigão e Ricardinho, foi preciso apostar em novos nomes. Lucarelli apareceu para preencher uma lacuna e tanto, Wallace cresceu. Bernardinho dizia que a geração não era talentosa como a anterior, mas tinha condições de brigar. No ano olímpico, fez fila na Liga Mundial, em meados de julho, derrubando todos os rivais que estariam no Rio - só perdeu o título para a não classificada Sérvia. Já sem o experiente Sidão, ainda perdeu Murilo na reta final de preparação, ambos cortados por lesões. Nos Jogos, sofreu de novo com problemas físicos de Maurício Souza, Lipe e Lucarelli, foi superada por EUA e Itália e ficou sob o risco de ser eliminada na primeira fase e terminar em nono, igualando a pior campanha, de 1968. Mas veio a reação. França, Argentina e Rússia caíram na sequência, e os italianos, na decisão.

Brasil x Itália pódio (Foto: AP)Brasil no pódio do Maracanãzinho (Foto: AP)


Mesmo remendada, a seleção fez valer seu histórico com o técnico no comando. Em 16 temporadas, após mais de 40 torneios, jamais ficou fora de um pódio em Mundiais e Olimpíadas. Só não ganhou medalhas três vezes, nas Ligas de 2008, 2012 e 2015.

A partida marcou a despedida do líbero Serginho, que agora segue carreira apenas no clube. Com o quarto pódio em quatro edições, ele sai de cena como o maior medalhista olímpico da história do Brasil em esportes coletivos. Sai de cena com o nome gritado, chamado de rei e jogado para o alto pelos companheiros.

Final - Brasil x Itália - Rio 2016 - Serginho chorando (Foto: Getty Images)
Jogadores comemoram o título abraçando 
Serginho (Foto: Getty Images)


Bernardinho também recebeu os aplausos e o reconhecimento da torcida. O treinador, que havia condicionado sua decisão de seguir ou não no comando da equipe ao mês de agosto, assegurou a sua sétima medalha na carreira em nove participações nos Jogos.


+ Serginho se despede chamado de rei pelo público e jogado ao alto pelo time
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O JOGO

A Itália entrava quente no jogo. O Brasil demorava mais para engrenar. Pecava na cobertura e permitia que os adversários fizessem três pontos seguidos. Por sorte, a Azzurra também falhava, principalmente no saque. Era a hora de crescer. Bruninho fazia boas defesas e os companheiros retribuíam o esforço, colocando a bola no chão do outro lado. Wallace virava uma e deixava tudo igual (12/12). Dali em diante, nem Zaytsev conseguia frear a reação. Era parado por Lucão e a seleção dava continuidade ao seu trabalho. Lipe e Wallace arrancavam aces. O oposto ainda explorava bem os dedos do bloqueio italiano para fazer 19/14. Do outro lado, os olhares já pareciam mais preocupados. Aquele Brasil não era o mesmo que eles haviam batido na fase anterior. Jogava com mais calma, de forma mais inteligente. A coxa direita podia não estar 100%, mas o braço... Lucarelli sacava forte. Sem defesa (24/21). Em perigo, Giannelli acionava Zaytsev. Ele salvava o primeiro set point. Mas dava de graça o pontinho que faltava ao sacar na rede: 25/22. 

Bernardinho e Bruninho comemoram a conquista do ouro (Foto: Mark Kolbe/GettyImages)Bernardinho e Bruninho comemoram a conquista do ouro (Foto: Mark Kolbe/GettyImages)


Os comandados de Gianlorenzo Blengini não mostravam a consistência das outras sete partidas. Oscilava. O poderoso trio ofensivo formado por Zaytsev, Juantorena e Lanza sentia a pressão. Lipe sacava a 122km/h e colocava na conta mais um ace. Só para tentar encurtar o caminho, tratava de fazer outro logo em seguida (14/11). Mas os rivais retomavam o fôlego e conseguiam o empate (17/17). A experiência do central Birarelli fazia a diferença. Wallace pedia bola, subia mais que o bloqueio, cravava e gritava: "vamos!". Sentia que o time não estava em bom momento.

Para complicar,  o golpe de vista num serviço de Zaytsev levava a Itália à virada: 21/20. Na jogada seguinte, Blengini pedia o desafio para tirar a dúvida sobre um toque no bloqueio e reclamava muito por discordar do resultado. Serginho regia a arquibancada. O som vindo de lá aumentava e o Brasil retomava o comando (23/22). Juantorena dava uma mãozinha, com um contra-ataque que passava da linha. Um saque errado e uma precipitação de  Lipe na defesa e lá estava a Itália viva de novo (24/24). Wallace salvava a equipe. As trocas de saques na rede mantinham o equilíbrio (26/26). O duplo brasileiro marcava certinho Zaytsev e Maurício trazia alívio com um ace: 28/26.
      
Final - Brasil x Itália - Rio 2016 - Serginho (Foto: Getty Images)
Serginho se emociona com a conquista do 
ouro (Foto: Getty Images)


O foco não se perdia. O Brasil sabia que não podia se descuidar com os rivais. Sabia que eles não iriam se entregar tão facilmente assim. E como o esperado, foram para cima. Abriam 18/16, mas as falhas voltavam a acontecer. Tudo igual. Serginho e seus companheiros não alteravam os semblantes calmos. Wallace queria mesmo era tirar a paz dos outros. Conseguia. Bruninho, com uma bola de segunda, também (22/21). Buti explorava o paredão dos anfitriões e empatava. A resposta de Wallace era imediata. Zaytsev, no jeito, providenciava o respiro. Até Wallace subir de novo. Match point.

 Zaytsev evitava o fim do jogo (24/24). Bruninho acionava Lucão pelo meio. Chão. A arquibancada ficava de pé. E explodia logo em seguida ao ver que o duplo formado por Lipe e Lucão colocavam fim a uma longa espera.  Serginho se ajoelhava, chorava, revivia a forte emoção agora ao lado de meninos. Havia voltado para ser bicampeão olímpico. 

Seleção campeão olímpica do vôlei no pódio (Foto: AP Photo/Jeff Roberson)
Brasileiros comemoram no pódio a conquista do 
ouro olímpico (Foto: AP Photo/Jeff Roberson)


+ O DNA Time Brasil
+ Tudo sobre a Olimpíada em Tempo Real
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A CAMPANHA

07/08 - Brasil 3 x 1 México
09/08 - Brasil 3 x 1 Canadá
11/08 - Brasil 1 x 3 EUA
13/08 - Brasil 1 x 3 Itália
15/08 - Brasil 3 x 1 França
17/08 - Brasil 3 x 1 Argentina
19/08 - Brasil 3 x 0 Rússia
21/08 - Brasil 3 x 0 Itália


* Participaram da cobertura: Cahê Mota, Danielle Rocha, Edgard Maciel de Sá, João Gabriel Rodrigues, Richard Souza e Tiago Leme



Serginho - vôlei - ouro (Foto: REUTERS/Dominic Ebenbichler)
Jogadores jogam Serginho para o alto 
(Foto: REUTERS/Dominic Ebenbichler)


FONTE:

‘O que tu fez pelas Olimpíadas, golpista e usurpador?’: como as pessoas responderam a um post autocongratulatório de Temer sobre a Rio 16. Por Paulo Nogueira



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-tu-fez-pelas-olimpiadas-golpista-e-usurpador-como-as-pessoas-responderam-a-um-post-autocongratulatorio-de-temer-sobre-a-rio-16-por-paulo-nogueira/


por : 

poioop


Dickens tem uma abertura de romance que passou para a história do melhor da literatura mundial. É do livro Conto de Duas Cidades.
Vou simplificar.
“Foram os melhores dos tempos, foram os piores dos tempos, foi a era da sabedoria, foi a era da estupidez, foi a estação da luz foi a estação das trevas.”
É a perfeita definição dos Jogos do Rio.
Foram sublimes e foram deprimentes.
A beleza esteve na competência com que o Brasil administrou a Olimpíada, a despeito dos vaticínios da imprensa abutre.
Fazia parte do jornalismo de guerra dads grandes empresas jornalísticas descrever o Brasil de Lula e de Dilma numa selva, num país primitivo, incapaz de ser sede digna de uma Copa ou de uma Olimpíada.
É claro que, se o golpe tivesse vindo antes, o comportamento da mídia teria sido bem diferente. Os Jogos do Rio teriam sido antecipadamente um grande triunfo.
A beleza esteve também no desempenho dos atletas. Num país cuja autoestima está ancestralmente tão vinculada ao futebol, a medalha de ouro da turma de Neymar tem um significado simbólico extraordinário.
O ouro final do vôlei, no último dia dos Jogos, foi um acréscimo majestoso à glória futebolística.
A beleza esteve também na sagração de atletas de origem humilde, beneficiados por programas sociais dos governos de Lula e de Dilma. De Rafaela a Isaquias, foi a confirmação da importância vital dos programas sociais.
De volta a Dickens, o horror esteve num governo ilegítimo, covarde, usurpador, emasculado, personificado em Michel Temer.
Seu comportamento foi vil, pusilânime e oportunista ao longo das duas semanas da Rio 2016.
Começou na abertura, quando Temer montou um esquema — fracassado, de resto — para não ser vaiado. Parecia não um estadista, que nunca foi, mas um indivíduo acoelhado, um fugitivo com medo da própria sombra.
A postura abjeta perdurou ao longo da competição. No Twitter, Temer chamou a si o crédito pela vitória no futebol.
“A seleção olímpica de futebol conquista ouro inédito em momento histórico do país”, escreveu.
Ora, ora, ora.
Momento histórico? Só se for pelo lado da vergonha. A plutocracia roubou 54 milhões de votos e suprimiu uma democracia jovem e frágil.
O jornalista Glenn Greenwald retuitou o disparate de Temer, com a seguinte observação: vale a pena ver as respostas.
Vale mesmo.
Selecionei dez, com as grafias originais. Peço desculpas pelos palavrões, mas as circunstâncias são especiais:
1) SAI DAQUI RIDÍCULO.
2) cala a boca golpista.
3) VAI TOMAR NO CU SEU FILHO DA PUTA.
4) Primeiramente, #foratemer.
5) FORA TEMER OPORTUNISTA DO CARALHO.
6) vai se fuder.
7) momento histórico da vergonha! O Brasil sendo destruído por vcs, golpistas e inimigos da nação.
8) O QUE TU FEZ PELAS OLIMPÍADAS, GOLPISTA E USURPADOR?
9) agora só falta tu voltar pro lugar de onde nunca deveria ter saído: o nada. IMUNDOOOOOOOOO!!!
10) FORA VAMPIRO, GOLPISTA DOS INFERNOS, MORRE DIABO!!!
Enfim: a Rio 2016 trouxe momentos de luz e trouxe momentos de trevas.
A escuridão residiu em Temer e em tudo aquilo que ele representa.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Intelectuais lançam livro “Resistência Internacional ao Golpe de 2016”



FONTE:
http://jornalggn.com.br/luisnassif


Coletânea narra os últimos acontecimentos políticos que determinaram o rumo do golpe de Estado no Brasil

 
Jornal GGN - Grupo de acadêmicos articulados por Wilson Ramos Filho e o Instituto Declatra, lançam a coletânea A Resistência ao Golpe de 2016, pela Editora Praxis. O livro escrito por 105 autores, dentre eles juristas, economistas e artistas, faz uma narrativa dos últimos acontecimentos políticos no país e que determinaram o rumo do golpe de Estado. 
 
Release 
 
Livro “Resistência Internacional ao Golpe de 2016”
 
Por Carol Proner
 
« Por que foi que cegamos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem. » José Saramago, em Ensaio sobre a cegueira. 
 
O Brasil de 2016 tateia no escuro uma etapa dramática de sua história. Está a ponto de ser consolidado um crime meticulosamente tramado por parte de suas elites e que produzirá uma ruptura irreversível na jovem democracia sob aparência de constitucionalidade. 
 
Todos sabem que foi Golpe. A palavra, incômoda, o é porque expõe os responsáveis e os cúmplices. Assim como é constrangedor para os criminosos o lugar de vítima encarnado por Dilma Rousseff que até o último momento não aceitou fazer qualquer tipo de acordo para indultar o golpismo, nem mesmo quando aconselhada por assessores “realistas”.
Os usurpadores tomam o poder e nosso papel, dos intelectuais, da academia, é não deixar naturalizar as narrativas justificadoras para o cometimento do mais explícito atentado contra a soberania popular já produzido no país. O Golpe de 2016 produzirá consequências incalculáveis para a sociedade brasileira, para o projeto de estado autônomo e soberano, para os recursos naturais e o futuro da nação brasileira. E mais uma vez estaremos do lado certo da história, contestando os abusos e resistindo aos retrocessos.
 
Com a presente coletânea completamos a série de três obras dedicadas a denunciar e resistir ao Golpe de 2016, um projeto idealizado por Wilson Ramos Filho, pelo Instituto Declatra, realizado com outros colaboradores entre os quais o Instituto de Direitos Humanos Joaquín Herrera Flores e publicados pela Editora Praxis. 
 
A primeira da série, lançada em junho e organizada no calor dos acontecimentos processuais do impeachment, teve como título A Resistência ao Golpe de 2016, livro inaugural de denúncia, escrito por 105 autores entre juristas, economistas, artistas e que cumpriu um importante papel interpretativo e difusor da narrativa segundo a qual Sim, vivemos um Golpe, inédito, novidadeiro, branco, parlamentar, possibilitado por uma articulação corrupta midiatizada e com o beneplácito da elite empresarial, de setores do Poder Judiciário e do Ministério Público para assaltar o poder sem disputar eleições.
 
A segunda coletânea, lançado no mês seguinte, A Classe Trabalhadora e a Resistência Internacional ao Golpe de 2016, reuniu igualmente mais de 100 autores, especialmente juristas ligados ao mundo do trabalho, que traduziram o Golpe na faceta social de retrocessos iminentes, de liquidação do projeto de estado social inclusivo e o desmonte das conquistas dos últimos 30 anos, bem como relembrou a histórica capacidade de mobilização da classe trabalhadora para resistir e lutar.
 
A presente coletânea, Resistência Internacional ao Golpe de 2016, teve como objetivo principal recolher as impressões sobre o processo vivido no Brasil a partir do olhar estrangeiro, da mirada distanciada dos intelectuais, juristas, jornalistas, escritores, parlamentares de outros países que, irmanados por uma preocupação comum – a preservação da democracia como valor estrutural de uma sociedade – e com a devida distância geográfica foram capazes de denunciar “aquilo que não se quis ver”.
 
Em organização colegiada de cinco mulheres, reunimos textos que registram as iniciativas da sociedade civil e de parlamentares para resistir ao Golpe fazendo uso de instrumentos de denúncia interna e internacional, como a sentença do Tribunal Internacional pela Democracia no Brasil (realizado em julho/2016, na cidade do Rio de Janeiro), cópia da Representação Perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), cópia do documento Defesa Jurídica e Política Contra o Golpe no Brasil, assinado pelo advogado da Presidenta Dilma, José Eduardo Cardozo, bem como a Mensagem da Presidenta da República Dilma Rousseff ao Senado Federal e ao Povo Brasileiro, divulgada antes do julgamento do impeachment.
 
Também compilamos textos militantes (alguns já publicados em blogs), entrevistas, manifestos, opiniões e artigos de uma centena de autores e personalidades dedicados a revelar e refletir sobre uma espécie inédita de “golpe branco” praticada no Brasil, que se destaca acintosamente pela inidoneidade de um Congresso engolfado em processos de corrupção. Se no golpe paraguaio o destaque escandaloso foi o processo relâmpago de 24 horas que expurgou Lugo do mandato constitucional e se no caso hondurenho o destaque foi a expulsão a fórceps do mandatário em pijamas, no caso brasileiro o “Fator Cunha”, o “Fator Temer” e “um Congresso corrupto” causaram perplexidade da comunidade internacional que reagiu fortemente em Manifestos e escritos de apoio ao mandato e à democracia. O aspecto ético foi definitivo para motivar internacionalmente a enxurrada de denúncias pela injustiça cometida contra Dilma Rousseff, reconhecida como mulher honesta e íntegra.
 
Mesmo a imprensa conservadora, como é o caso da revista inglesa The Economist, apontou o vexame internacional do impeachment aprovado na fase da Câmara dos Deputados no pesaroso 17 de abril, entendendo que os delitos fiscais atribuídos a Dilma eram muito menores que os de seus algozes e que, como tal, não constituíam “crime de responsabilidade”.
 
A complexidade do “golpe branco” no Brasil é imensa e demanda coragem aos que o denunciamos, pois que já se revelam diversos “golpes dentro do golpe” numa espécie de caça às bruxas de tipo constitucional e regulamentar promovidos pelas mesmas instituições que asseguram o processo maior. Há o poder judiciário atuando com um ativismo jamais visto, há o Supremo Tribunal Federal que, se eximindo de responsabilidade quanto ao momento político, limita-se ao exame legalista das matérias que lhe são atribuídas, há também a pronúncia de alguns ministros da suprema corte que, enfáticos, afirmam a constitucionalidade do processo de impeachment, há o ministério público com setores persecutórios enraivecidos ideologicamente, há a polícia federal mais autônoma que em qualquer outro momento da história (mérito do Governo Dilma) e que serve de engrenagem persecutória, há a grotesca manifestação do legislativo oportunista que vive o  momento como se fossem novas eleições e há, por fim, o mais importante, o processo brasileiro também contém um ingrediente indispensável: a mídia golpista trabalhando diuturnamente para que chegue a bom termo da forma como seja a investidura de candidato ligado aos interesses do grande capital.
 
Fazemos parte de uma academia que não se eximiu do dever histórico de tomar posição diante das injustiças. Em tempos de cegueira voluntária dos que detêm o poder, o resultado do golpismo só foi e seguirá sendo possível porque mantém o povo e as ruas verdadeiramente cegos, controlados ou distantes. Esperemos que esta coletânea e os diversos livros que surgem simultaneamente para denunciar o Golpe possam servir para o contrário, para fazer ver, revelar e armar as lutas que virão adiante.