sexta-feira, 29 de julho de 2016

Petrobras: traíras vendem primeiro campo do pré-sal



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/economia/petrobras-trairas-vendem-primeiro-campo-do-pre-sal



Empresa perdeu hoje mais que uma Lava Jato inteira

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No Tijolaço:
Venda de Carcará: Petrobras perdeu hoje mais do que com a Lava Jato inteira

O governo Michel Temer e o gestor que ele colocou na Petrobras, o ex-ministro do apagão Pedro Parente tiraram, hoje, da Petrobras, mais do que todos os desvios de paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Nestor Cerveró e todos os outros ratos que roeram o dinheiro da Petrobras nos casos investigados pela Operação Lava Jato.

A venda do campo de Carcará para a norueguesa Statoil é um desastre que pode see explicar com uma conta muito básica.

Mesmo a 50 dólares o barril, campos como Carcará – onde os estudos já apontaram para uma produção superior a 35 mil barris diários por poço – remetem a um custo mais baixo do que a média já fantástica de US$ 8 dólares por barris atingida no pré-sal. Depois de pagos royalties (Carcará é anterior à lei de partilha), impostos, custos de transporte e tudo o mais. é conta muito modesta estimar um lucro de US$ 5 por barril. Pode até ser o dobro.

Carcará teve colunas de rocha-reservatório até quatro vezes mais extensas que Sapinhoá (ex-Guará) e sua metade oeste, onde estão os poços, tem mais ou menos a mesma área. Sapinhoá tem uma reserva medida de 2,1 bilhões de barris de óleo recuperável, isto é, que pode ser extraído.

Pode, portanto, ser maior, muito maior.

Ma já se Guará tiver o mesmo, apenas o mesmo, faça a conta: lucro de mais de 10 bilhões de dólares, a cinco dólares por barril.

Ou R$ 33 bilhões, ao dólar de hoje. Como a Petrobras detinha 66%, dois terços, da área, R$ 22 bilhões.

Pode ser mais, muito mais, esta é uma conta conservadora.

Este campo foi vendido por R$ 8,5 bilhões, metade a vista e metade condicionada à absorção de áreas vizinhas, dentro do processo que, na linguagem do setor, chama-se “unitização”, quando o concessionário leva as áreas nas quais, mesmo fora do bloco exploratório original, a reserva petrolífera se prolonga, na mesma formação geológica.

Como o valor estimado das roubalheiras na Petrobras ficou na casa de R$ 6,2 bi, nos cálculos folgados que se fez para a aprovação de seu balanço, tem-se uma perda de mais de duas Lava Jato.

Sem incluir na conta as centenas de milhões de dólares gastos na perfuração dos três poços pioneiros – muito mais caros que os de produção normal – e nos estudos e sensoriamentos geológicos que fez para determinar o “mapa” da reserva.

Reproduzo, por definitiva, a frase do professor Roberto Moraes: “o que é legal pode ser muito mais danoso que o ilegal”.

Ontem, Parente pediu pressa no fim da lei da partilha. Hoje, vendeu Carcará.

Fez, assim, da Petrobras a única petroleira do mundo que diz que não quer lugar cativo nas melhores jazidas de petróleo descobertas neste século. Faz dela a única que dá, a preço de banana, o que já tinha do “filé” do filé do pré-sal.

Lava Jato e mídia ignoram provas de que o sítio de Atibaia não é de Lula, diz defesa



FONTE:
http://jornalggn.com.br/luisnassif




Jornal GGN - A Operação Lava Jato e a grande mídia "ignoram provas" de que o sítio de Atibaia não pertece ao ex-presidente Lula, afirma a defesa do petista em nota divulgada nesta sexta (29). Segundo os advogados de Lula, "a realidade incontestável é que Lula não detém a propriedade do sítio", alvo de um laudo da Polícia Federal sobre as reformas que recebeu nos últimos anos. A Lava Jato suspeita que a OAS e a Odebrecht fizeram parte das melhorias como pagamento a Lula por suposta troca de favores.


"É reprovável que a mídia faça jornalismo sensacionalista em cima de um laudo policial inconclusivo e elaborado sem observância das provas existentes nos autos." 

ONU irá analisar abusos cometidos por Moro contra Lula


FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/onu-ira-analisar-abusos-cometidos-por-moro-contra-lula






Jornal GGN – O juiz de primeira instância Sérgio Moro conseguiu, finalmente, se projetar internacionalmente. Juízes de vários países irão analisar sua atuação contra Lula com evidente desrespeito à Constituição Brasileira e aos tratados de Direitos Humanos de que o Brasil é signatário. Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolaram, neste 28 de julho, petição no Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, com subscrição do advogado inglês Geoffrey Robertson, fundador e sócio da principal banca especializada em direitos humanos do Reino Unido.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva concedida no escritório dos advogados de Lula, com a presença do deputado-federal Wadih Damous, do jurista Luiz Moreira, do jurista José Roberto Batochio e do advogado Roberto Teixeira. Os advogados Cristiano Zanin Martins e Geoffrey Robertson conversaram por telefone com os presentes, e deram as explicações para a petição ter sido feita agora e os pontos contemplados à luz do Pacto de Direitos Humanos e Civis.
Segundo informado por Roberto Teixeira, advogado de Lula, Geoffrey Robertson veio várias vezes ao Brasil para estudar o caso relatado, da perseguição de um juiz de primeira instância, que se arvora em acusador e faz declarações à imprensa, deixa vazar somente trechos de delações que incriminem Lula e se deixa fotografar com inimigos políticos para deixar marcada sua posição.
A petição agora protocolada, pede que o Comitê, com juristas do mundo inteiro, analise à luz do Pacto de Direitos Humanos e Civis adotado pela ONU e abraçado pelo Brasil, os tópicos feridos com a ação do juiz de primeira instância Sérgio Moro e sua força-tarefa. São eles o Artigo 9º, que assegura proteção contra prisão ou detenção arbitrária; o Artigo 14, que reafirma o direito de ser presumido inocente até que se prove a culpa na forma da lei; o Artigo 17, que versa sobre proteção contra interferências arbitrárias e contra ofensas ilegais à honra e à reputação; e ainda no Artigo 14, sobre o direito a um tribunal independente e imparcial.
Os advogados de Lula afirmam, ainda, que o ex-presidente não se opõe a qualquer investigação, mas que seja realizada com a observância da lei e das garantias constitucionais, e que também não fujam das garantias previstas nos Tratados Internacionais que o Brasil subscreveu.
Explicações à ONU
Geoffrey Robertson explica que no Comitê de Direitos Humanos da ONU são 18 juízes de diversas nacionalidades, juristas de países signatários do Pacto, que estão ali para julgar se os países não estão agindo corretamente em Direitos Humanos.
No caso do ex-presidente Lula, são seis reclamações de desrespeito ao Pacto. A primeira é de que Lula foi preso, em condução coercitiva. A segunda fala sobre o desrespeito ao seu direito de privacidade, bem como de sua família, com relação às conversas telefônicas, que foram feitas ilegalmente e vazadas para a mídia."Para satisfazer a curiosidade pública Moro divulgou as gravações".
Em terceiro vem a interceptação do telefone do advogado de Lula, o que significa quebrar a confidencialidade de cliente com seu advogado. Em quarto evidencia-se que o Código de Processo Penal brasileiro é primitivo e necessita de reforma. O mesmo juiz faz um julgamento antes do julgamento agindo como executor e juiz. "Nâo se pode usar juiz que faz declarações hostis para tomar decisões a respeito de Lula", diz Robertson, "ele já prejulgou. É preciso um juiz não envolvido para que os direitos sejam preservados", completa. "Do jeito que o Brasil está hoje, seria preciso que o julgamento de Lula fosse feito em outro país, como Portugal, por exemplo", pondera.
A quinta reclamação é de o Brasil vem sendo criticado há anos por associações de direitos humanos por crimes aqui perpetrados. No caso atual, o Brasil está permitindo que as prisões sejam feitas por tempo indefinido para que as delações premiadas apareçam. "E pela regra essas delações não seriam verdadeiras, pois falariam o que o juiz quer ouvir", diz Robertson sobre prisões para extrair delações.
E, por fim, a sexta reclamação diz respeito à negação de presunção de inocência e a maneira como o juiz de primeira instância Sérgio Moro correu para a mídia. "E nenhum juiz poderia agir assim", pondera Geoffrey, "ele só tira foto com os inimigos de Lula, o que já o torna incapaz de julgar".
"É importante agir contra a corrupção e contra a suspeita de corrupção, mas tem que ser um processo justo que atue de forma justa", diz ele, "o Brasil está atrás no mundo, neste quesito, e precisa atender isso".
Por que agora? Segundo os presentes este é um momento oportuno pois que o juiz de primeira instância Sérgio Moro está caminhando para acusá-lo e um juiz que se envolve nas questões não está apto a julgar qualquer ação.
"Vale ressaltar que não tem acusação", diz Cristiano Zanin Martins, "só hipóteses sem provas".
Com a ida à Genebra, não se quer revogar nenhum ato da justiça brasileira, mas sim que no Brasil se respeite as regras de civilização, diz Zanin, e se não for respeitada, que esse órgão diga ao mundo que isso aqui acontece e que se passe a observar os rumos tomados pelo país.
Quanto ao comitê, pode até ser que Lula tenha que ser ouvido em Genebra, mas ainda não se sabe. O caminhar do processo é simples: a ONU recebeu a petição e irá notificar o Brasil para que responda às acusações. O prazo que o país tem é de seis meses a contar da data da notificação. Quem responde é o Chefe de Estado.

Em terra brasilis
Wadih Damous, deputado-federal pelo PT, explicou que tem participado de reuniões de advogados para discutir defesa de Lula. Criticou o fato de que no Brasil estão banalizando as práticas judiciais, principalmente as que atentam contra direito de defesa. Por isso, entende ele, a necessidade de se levar o problema de Lula com o juiz de primeira instância Sérgio Moro, ao mundo.
Damous diz que a petição no Comitê de Direitos Humanos da ONU não vai levar "a uma invasão do Brasil, mas leva o Estado brasileiro a ter que se explicar, se pronunciar, tem que se manifestar". Ele informa que esta é a primeira vez que um cidadão brasileiro vai à ONU com este problelma e "é um ex-presidente que está tendo seus direitos violados".
José Roberto Batochio faz sua apresentação e lembra aos presentes que temos uma Constituição, e ela representa a vontade soberana do povo brasileliro e fundou uma nova ordem jurídica, entre outras coisas, as garantias básicas. "É a escala de valores da nação!", diz ele, "é liberal, democrática", e é ela que institui o Estado Democrático de Direito, em seu artigo 5º. "Mas a despeito disso tudo, os princípios nem sempre são aplicados". Não se pode mostrar o documento na ONU e dizer que ali está tudo garantido. "Não adianta mostrar a Constituitção, ela é teoria, e a prática?"
O ex-presidente Lula têm sido agredido, diz Batochio, sofre ameaças à sua liberdade e privacidade, sem direito a processo. E o mesmo se passa com seus familiares. "Não estão sendo assegurados na realidade concreta os direitos individuais", diz ele. Condução coercitiva, por exemplo, significa para que fosse sob vara à presença do pretor, isso significa que ele foi conduzido por escolta armada a mando de outro, contra sua vontade a um lugar que não conhecia de antemão: isso é prisão, é cerceamento de liberdade.
No nosso direito não existe condução coercitiva, diz Batochio, que significa privar de liberdade alguém por algum tempo. E o poder Judiciário tem chancelado esse tipo de prisão momentânea. Além disso, desrespeitou-se o Foro Especial por prerrogativa de função, que pela Constituição Federal tem sentido prático, não é privilégio, o Foro é o STF. O Moro de primeiro grau gravou a presidente da República em conversa com o ex-presidente, "além de não poder fazê-lo ainda divulgou isso para a imprensa", diz ele, "é ilícito"! "E são violações que estão encontrando complacências das autoridades".
¨Lula só quer juiz imparcial, não está fugindo da possibilidade de julgamento", diz Roberto Teixeira, "Moro criou um ambiente de prejulgamento, é o juiz acusador", completa.
Abaixo o vídeo com Geoffrey Robertson e Cristiano Zanin Martins sobre o protocolo feito na ONU de petição ao Comitê de Direitos Humanos. Depois, o documento apresentado na ONU.

O que Doria foi fazer no gabinete do promotor que o está investigando? Por Mauro Donato


FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-doria-foi-fazer-no-gabinete-do-promotor-que-o-esta-investigando-por-mauro-donato/


por : 

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Ontem, dia 28, o candidato tucano João Doria fez uma “visita” ao promotor José Carlos Bonilha, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. Com que fins? Segundo Doria, nada de mais, apenas uma “cortesia”.
O promotor José Carlos Bonilha havia juntado aos autos do PPE (Procedimento Preparatório Eleitoral) um vídeo no qual Doria aparece discursando em um jantar bancado pela empresa Gocil. O evento no Club A foi, na justificativa da Gocil, “uma homenagem ao empresário Doria, sem conotação política”. Para o MP, a suspeita é de propaganda eleitoral antecipada.
Bonilha é quem abriu procedimento para investigar as acusações contra Doria por entender que o empresário praticou crime de abuso de poder econômico ao usar recursos que não eram do fundo partidário em sua campanha durante as prévias tucanas. As denúncias foram feitas pelos correligionários tucanos Alberto Goldman e José Aníbal, que acusam Doria de comprar votos com dinheiro e/ou benefícios e ainda contratar vans para transporte de militantes do PSDB no dia da votação. A data foi marcada por várias brigas corporais e bicudas nos diretórios do partido.
“Não há dúvida de que se trata de uma prova de quebra de igualdade da isonomia entre os pré-candidatos. Isso pode levar a caracterização de abuso do poder econômico”, afirmou Bonilha que agora anexou o vídeo como mais uma prova de irregularidade.
O que Doria queria? Que o promotor retire o vídeo dos autos? Que compreenda o “mal entendido”?
A ação tocada pelo MP pode levar à cassação do registro da candidatura de Doria e, caso esteja eleito no final do processo, tomar-lhe a cadeira e torná-lo inelegível por oito anos. Isso se eleito pois suas perspectivas não são das melhores. Além das representações eleitorais que o Ministério Público Estadual recebeu pelas irregularidades cometidas durante as prévias, o Ministério Público Eleitoral também está reunindo elementos para investigar a relação entre a nomeação de um filiado ao PP para a Secretaria de Meio Ambiente do governo Alckmin e a contrapartida do apoio da bancada do PP a João Doria. Mais uma suspeita de abuso de poder político.
João Doria é o cara que afirma que irá passar para as mãos da iniciativa privada os parques, as faixas de ônibus, as ciclovias, o estádio do Pacaembu, o autódromo de Interlagos e sabe-se lá mais o que. É aquele empresário que quer privatizar tudo mas que sempre teve suas publicações sustentadas por uma dinheirama que o governo PSDB despeja nelas.
Em seus posts nas redes sociais, o candidato Doria tem utilizado a hashtag #acelerasp. Em sua campanha ‘informal’ já disse que em seu primeiro dia de mandato iria retomar os antigos limites de velocidade das avenidas e marginais, fazendo pouco caso dos excelentes índices de redução de acidentes, de mortes e até de congestionamentos alcançados desde as mudanças implantadas pelo atual prefeito. Mas seu eleitorado adora esse tipo de discurso burro e reativo.
Doria esteve à frente do “Cansei” em 2007, um raquítico movimento contra ‘escândalos’ e a ‘corrupção’. Hoje vê sua candidatura subir no telhado por condutas nada aprováveis. Não se preocupe, candidato. Sempre teremos Campos do Jordão.

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Sobre o Autor
Jornalista, escritor e fotógrafo nascido em São Paulo.

A RESPOSTA MISERÁVEL DE MORO À DENÚNCIA DE LULA É UMA COZINHA



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-resposta-miseravel-de-moro-a-denuncia-de-lula-e-uma-cozinha-por-paulo-nogueira/


Moro, a Lava Jato e a mídia voltam ao batidíssimo sítio de Atibaia




A cozinha de Atibaia usada por Moro como retaliação

Moro e sua mídia amiga são previsíveis. Pateticamente previsíveis.
Lula denuncia ao mundo a perseguição que lhe é movida por Moro e no mesmo dia a imprensa é abastecida com mais um vazamento requentado sobre um tema batidíssimo: o sítio de Atabaia.
Veja o nível a que chegamos: agora é uma reforma na cozinha que vem à cena. Pelo menos não são mais os pedalinhos, você pode pensar.
A brutal irrelevância da pseudodescoberta da Lava Jato pode ser aferida quando você compara a uma informação que foi apurada pelo jornal britânico Guardian.
Segundo o Guardian, o filho de delator Sérgio Machado comprou no espaço de doze meses imóveis em Londres no valor de 90 milhões de reais. Você pode avaliar de onde veio o dinheiro.
A reforma da cozinha do já célebre sítio foi avaliada em cerca de 250 mil reais, sabe-se lá com que grau de precisão. Os imóveis do filho de Machado em 90 milhões.
Numa matemática que não mente, uma coisa é 360 vezes maior que a outra. Mas Moro, a Lava Jato e a mídia brasileira se concentram na migalha para artificialmente criar notícias contra Lula.
Já tinha sido ventilado que um filho de Sérgio Machado vive em Londres fazendo negócios. A pergunta básica: por que Moro não mandou gente investigar tais negócios?
Foi preciso que um jornal inglês fizesse um trabalho que caberia às autoridades brasileiras incumbidas de cuidar da Lava Jato?
Lembremos que a principal descoberta da Lava Jato também foi feita por gente de fora: as contas secretas na Suíça de Eduardo Cunha. A revelação das contas acabou com o maior foco de corrupção da política nacional, Eduardo Cunha.
Os 90 milhões ligados à família Machado não interessam a Moro, à Lava Jato e muito menos à mídia brasileira.
Sérgio Machado não interessa, na verdade. Porque ele não tem nada a ver com Lula. Em sua delação ele mexeu com caciques do PMDB e do PSDB. Então, não serve.
Machado citou propina para Temer. Disse textualmente: “Quem não conhece o esquema do Aécio?” Afirmou também: “Fui do PSDB por dez anos. Não sobra ninguém.”
Ou seja: ele disse tudo que Moro e a mídia não queriam ouvir.
Como era de imaginar, ele sumiu da mídia e da Lava Jato. Até que o Guardian o devolveu espetacularmente ao noticiário.
A resposta miserável de Moro aos imóveis de luxo comprados pelo filho de Machado em Londres com dinheiro sujo foi a cozinha do sítio de Atibaia.
É uma resposta que conta tudo sobre Moro e sobre a mídia brasileira.
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Paulo Nogueira

Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

LULA LEVOU MORO, JANOT E O PIG AO TRIBUNAL DO MUNDO


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Qual o papel da Dilma?

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Boulos: Nós somos o Fora Temer!



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http://www.conversaafiada.com.br/tv-afiada/boulos-nos-somos-o-fora-temer


Ato pela democracia no mesmo dia dos coxinhas?

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Ela tem a oferecer uma nova politica e seus instrumentos de Governo



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http://www.conversaafiada.com.br/



Ela só precisa de 6 votos. É muito pouco!


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Lula: quem tem que provar é o PiG



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http://www.conversaafiada.com.br/politica/lula-quem-tem-que-provar-e-o-pig


Ele se recusa a falar da suposta obstrução


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Créditos: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Lula, agora há pouco no 18o. Congresso da UJS: 
"Fiquei sabendo que foi feito denúncia contra mim de obstrução da justiça. Não conheço, é apenas uma noticia, não sei o que é. Eu não ia tocar no assunto, mas já cansei. Eu não tenho que provar que tenho apartamento. Quem tem que provar é a imprensa que me acusou. (...) É por isso que eu não me manifesto. Eles que têm que provar, não sou eu quem tem que provar!"


Em tempo: 
Repassando... Quem mesmo obstrui a justiça?!
Juiz Ricardo Leite, que acusa Lula de obstrução da justiça é o MESMO que foi afastado, por ser acusado pelo MPF de atrapalhar e obstruir as investigações da Operação Zelotes!
Assista: http://bit.ly/2anPE7b 

Olimpíada do "Fora Temer!". Participe!



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http://www.conversaafiada.com.br/brasil/olimpiada-do-fora-temer-participe


Frente Brasil Popular mobilizada contra o Traíra!

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Da Frente Brasil Popular:

A Frente Brasil Popular, articulação que reúne mais de 60 entidades do movimento social e sindical, conclama os movimentos para construção da jornada Fora Temer que contará com atos e atividades durante o período da Olimpíadas.
No centro do cenário político e esportivo, o Rio de Janeiro receberá um acampamento da democracia e pelo Fora Temer, além de uma grande manifestação pára denunciar o golpe em curso para todo o mundo, a ser realizada no dia 5 de Agosto, abertura dos Jogos Olímpicos.
Além dessas atividades, há previsão de atividades até o final de agosto, data da votação final do impedimento da presidenta Dilma Rousseff.
Dia 1/08 - Vigília Inter-Religiosa no Rio, tendo como eixo a exclusão social nas Olimpíadas.
Início de Agosto – Greve dos Petroleiros contra o desmonte da Petrobrás.
Dia 5/08 - Marcha nacional contra o Golpe na abertura das Olimpíadas, no centro do Rio de Janeiro.
Dia 8/08 – Circo da Democracia em Curitiba-PR com a presença da Presidenta Dilma Rousseff
Dia 9/08 – Atos Fora Temer em todas as capitais e demais cidades
Dias 11 a 15/08 – Jornada de lutas UNE – Fora Temer, Fora Mendonça, Contra Lei da Mordaça.
De 24 a 29 de agosto - Votação no Senado e Mobilização Nacional em Brasília


Dahmous: o Brasil vai ter que se explicar


FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/



"O que é banal aqui é impensável lá fora"



VEJA OVÍDEO CLICANDO NO LINK DA 

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Batochio: condução coercitiva não existe!


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http://www.conversaafiada.com.br/



Advogado de Lula explica denúncia à ONU



VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DA  

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RESPOSTA À ONU: LULA VIRA RÉU


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http://www.conversaafiada.com.br/politica/resposta-a-onu-lula-vira-reu


Juízes precisam ser mais rápidos que a ONU
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No G1:
O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público e transformou em réus o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), o ex-chefe de gabinete de Delcídio Diogo Ferreira, o banqueiro André Esteves, o advogado Edson Ribeiro, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai. Eles são acusados de tentar obstruir a Justiça tentando comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

(...) A denúncia acusa os sete de três crimes: embaraço à investigação de organização criminosa que prevê pena de três a oito anos; patrocínio infiel (quando advogado não defende corretamente interesses do cliente – os outros foram considerados coautores), que prevê pena de seis meses a três anos; e exploração de prestígio, que prevê pena de um a cinco 

DESEMPREGO DE 11,3%. E VOCÊ AINDA NÃO VIU NADA!


FONTE;
http://www.conversaafiada.com.br/economia/desemprego-de-11-3-e-voce-ainda-nao-viu-nada


É o "Governo" Temer...


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A taxa de desemprego no país ficou em 11,3% no trimestre encerrado em junho deste ano. A taxa é superior aos 10,9% observados em março deste ano e aos 8,3% do trimestre encerrado em junho de 2015. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado do segundo trimestre deste ano é o mais alto da série histórica, iniciada em março de 2012. Segundo a pesquisa, o contingente de desocupados chegou a 11,6 milhões de pessoas, 4,5% (ou 497 mil pessoas) a mais do que o trimestre encerrado em março e 38,7% (ou 3,2 milhões de pessoas) a mais do que no trimestre encerrado em junho de 2015.
A população empregada (90,8 milhões de pessoas) manteve-se estável em relação a março de 2016. Já em relação a junho de 2015, houve um recuo de 1,5%, ou seja, menos 1,4 milhão de pessoas. Já os empregos com carteira assinada no setor privado (34,4 milhões) ficou estável em relação a março deste ano e caiu 4,1% na comparação com junho do ano passado.

GLOBO ESCONDE DEPOIMENTO QUE INOCENTA LULA



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/globo-esconde-depoimento-que-inocenta-lula


Brito: acusação é manchete, mas defesa "não vem ao caso

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Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, no Tijolaço:
Abaixo da manchete do “listão” da Odebrecht, O Globo, como os demais jornais, publica uma laudo da Polícia Federal que demonstraria a participação de empreiteiras na reforma do sítio usado por Lula em Atibaia.
Não é a única notícia sobre isso, mas a outra quase “não vem ao caso”.
É que o jornal diz, lá num pé de matéria que as coisas ainda estão difíceis para outra empreiteira, a OAS.
Uma das razões é o fato de ela não acusar Lula pelo oferecimento de vantagens em troca das tais obras ou pelas viagens e palestras que fez após a saída da Presidência da República.
Transcrevo:
(Os promotores da Lava Jato) fizeram perguntas a Pinheiro sobre viagens internacionais e palestras do ex-presidente Lula. Queriam saber se haveria vínculos entre as viagens, as palestras e negócios fechados entre a OAS e governos dos países visitados pelo petista. Pinheiro atribuiu ao ex-presidente um papel de relações públicas, mas negou que houvesse correlação direta entre os negócios da empresa e a atuação.
O executivo teria sido questionado sobre reformas no sítio em Atibaia e num apartamento no Guarujá destinado ao ex-presidente. As respostas do executivo não seriam diferentes do que já foi divulgado até o momento pela empresa em resposta ao noticiário sobre o assunto. Pinheiro reconheceu que fez benfeitorias no sítio e no apartamento, mas não associou os serviços a vantagem obtida pela empresa no governo federal antes ou depois do governo Lula.
Como foi dito ontem, aqui, tudo o que se pode ter sobre isso é uma discussão ética, sem implicação penal.
Todo o constrangimento pessoal – e o dano moral e político – que se impõe a Lula, até agora, não conta com indícios materiais, apenas com a suspeita de quem acha que “tem de achar” algo.
Depois, a corporação judicial e a mídia que a endeusa faz chiliquinho com o fato de Lula ter ido pedir à ONU – como é direito de qualquer pessoa, sendo o Brasil signatário de um tratado que dá esta possibilidade – verificação do respeito à lei penal no seu caso.
Não sei se os nossos doutos juízes faltaram à aula onde se explica que é um direito incriticável do acusado pretender ser investigado e processado de acordo com a lei. Mas se faltaram, colo aqui as palavras incontestáveis do Desembargador Néviton Guedes, do TRF-1, em artigo no Conjur:
Numa época como nossa, em que a sensação de impunidade estimula a presunção de que todos são culpados até que provem o contrário, quando se passa a admitir acusações deduzidas de forma genérica, onde fatos imprecisos se cruzam com provas aceitas de forma aberta e indeterminada (predispostas a provar tudo e nada), pode-se pedir qualquer coisa sobre qualquer coisa, pois, ao final, restará sempre uma certeza difusa no órgão julgador de que, por entre aquela maranha de fatos e provas e diante do apelo público contra a impunidade, alguma condenação deva ser imposta.
De fato, não é raro que a ausência de precisão, ou a inexistência de congruência lógica entre fatos e pedido, na peça acusatória, acabe por favorecer um ambiente já turvado pelo anseio difuso de quem pretende “fazer justiça a qualquer preço”, não importando para tanto que, numa ou noutra ação, sejam atropelados os postulados do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. Aqui um bom juiz nunca recusará um pouco mais de cuidado e prudência na análise e interlocução lógica dos fatos e do pedido à luz do que se permitiu ao acusado, diante da delimitação promovida na própria inicial, apresentar como defesa e contraditório. 
No Estado Democrático de Direito, “justiça a qualquer preço” não passa de desabrida violação aos padrões mínimos de civilização hoje constitucionalizados em todos os países que de fato e de direito podem trazer sem rubor as cores e marcas da democracia.
Ou será o desembargador um torpe “lulopetista” por afirmar que se deve ” lutar com todas as suas forças contra o obscurantismo advindo de apelos irracionais daqueles que acreditam que, para saciar nosso desejo de sangue e de justiça, nos tempos que correm, como na inesquecível canção de Cole Porter, qualquer coisa serve, “qualquer coisa vai” (anything goes)?

NUNCA DANTES: LULA É O 1º A IR À ONU


FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/ciro-sou-candidato



Como Cunha e Temer operavam os jabutis das medidas provisórias

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Conversa Afiada reproduz trechos da entrevista que Ciro Gomes deu a Mino Carta, no Facebook da Carta Capital.
Foi um relançamento do programa "Cartas na mesa", que Mino dirigiu e apresentou na TV Record - e que saiu do ar no glorioso período da “redemocratização”, por ordem do então ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, que Tancredo escolheu e Sarney manteve:
- Eu sou candidato. Sou candidato a presidente do Brasil. Quero ser. Acredito que amadureci, tenho condição de servir ao país oferecendo uma alternativa de projeto ao país e, naturalmente, uma vivência com a experiência que eu já tenho. Eu sei que esse "querer forte" que eu tenho de ser presidente do Brasil não é suficiente. É preciso que a candidatura tenha alguma naturalidade, que ela seja recebida pela sociedade brasileira como útil à construção de um debate. Mas a minha vontade firme é de ser.
***
- Eu luto pelo dia em que nosso povo acorde, levante-se. E ainda tá em tempo. Não estamos defendendo o governo Dilma. Nós estamos defendendo o direito de nós, o povo, mandarmos no nosso destino.
***
- O PT tá paralisado. Tá meio catatônico, meio paralisado, porque você tem um lado que, infelizmente, chafurdou no pragmatismo irresponsável e corrupto. E esse lado se sente autorizado a isso, porque testemunhou a vida inteira o outro lado fazer. Só que ele nunca aprendeu duas coisas. Primeiro, que o outro lado fazia porque fazia parte do grande lado plutocrata brasileiro e era por ele protegido. (...) A turma do PT, de um certo momento, se imaginou sócia também. Foi um ledo engano. Porque o pecado do pecador, você desculpa, você perdoa. Mas o pecado do pregador, que passa o dia inteiro falando da moralidade, da lei, se oferecendo como vestal e exemplar... Esse é um lado. O outro, sofre o constrangimento da solidariedade com esse primeiro. Então eu imagino companheiros queridíssimos meus, gente séria (...) estão comendo o pão que o diabo amassou, envergonhados. Mas a saída não é essa catatonia. É ir à luta!
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Mino: Digamos que Dilma volte à presidência. O que a espera de fato? A possibilidade de governar é remota...
Ciro: Não remota. Há uma aversão muito poderosa na medida que ela, no primeiro dia de governo, num presidencialismo altamente patológico como o nosso, ela não consegue juntar um terço dos deputados, ficou essa sensação de que ela não é capaz de governar. Mas o presidencialismo, que tem todos os seus defeitos, tem essa virtude: se ela volta, ela terá voltado porque a maioria do povo constrangeu o Senado Federal a recuar desta aventura golpista.
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- Tenho três razões para não me entusiasmar com essa ideia do plebiscito. Embora compreenda a nobreza que é trazer o povo para resolver este colapso que a elite política brasileira está produzindo de forma absolutamente enojante. É simpático, é charmoso, mas quais são as três ideias? Uma, é objetiva (...) Eu sou um possível candidato? Como é que eu vou, agora, sendo interessado no assunto, defender que se antecipem eleições? Eticamente eu me sinto inibido de defender uma coisa que parece que atende ao meu interesse, ser candidato. Segundo, o que importa nestas questões de confusão é o apego à regra. O apego à regra não é irrelevante. Suponha que amanhã o brasileiro me escolha a ser o presidente. Portanto eu preciso da regra muito forte, muito respeitada, para eu encostar minhas costas e brigar só pela frente. E terceiro, vamos ao pragmatismo de quem conhece o ramo: para isso passar, teria que o congresso por dois terços, ainda fortemente influenciado pela picaretice do Eduardo Cunha. Isso não passa. (...)
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- O que tá armado é que esse golpe não foi feito a favor do Michel Temer. Foi feito contra nós. Contra a Dilma. Contra o povo brasileiro. Contra o interesse nacional. Se o Michel Temer fracassar, como é provável, eles vão é cassar a chapa Temer-Dilma de dezembro pra frente, e vão fazer esse Congresso votar pela via indireta.
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- Isso tudo está aí porque o que tá aí atende aos interesses da minoria organizada, ativa, informada, e nós outros somos o povo que só serve na véspera da eleição. Aqui está a chave: você tem que fazer duas ou três reformas só, convocar a sociedade diretamente para ajuizá-las através de coisas que estão previsas na constituição - plebiscitos e referendos, que são a prática moderna no mundo inteiro, e que a elite brasileira, para manter as coisas como estão, estigmatizou como chavismo.
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- Agora, o monopólio das mediações midiáticas já não existe mais. Nós estamos falando aqui e, se eventualmente houver alguma coisa mais interessante, as pessoas vão replicar essa nossa conversa por todo o mundo. Ou seja, não estamos mais vulneráveis ao que a Dona Globo mandou dizer e engolimos à força. 
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Sobre o Judiciário:
Mino: Não lhe caberia defender a lei? Ser uma espécie de sentinela da Constituição?
Ciro: Essa é a grande tarefa do Supremo, que é o guardião da Constituição. (...) Porém, eu o absolvo relativamente, porque eu não gosto da ideia de judicializar a política. Agora, é fato claro que, se se está cassando uma Presidenta da República sem o cometimento de crime de responsabilidade, claramente é tarefa do Supremo Tribunal Federal esclarecer isso. Nem que seja para afirmar que isso é crime de responsabilidade e mudar a orientação da lei. Mas hoje, é preciso não culpar ainda o Supremo, porque isso será apresentado ao Supremo se o Senado consumar esse desatino.
Juiz bom não é juiz xerife. Juiz bom é o juiz severo, que fala nos autos, que sustenta suas decisões com base na lei interpretada de forma absolutamente clara e transparente, que obedece aos princípios gerais do Direito.
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Mino: Quem manda mais: Cunha ou Temer?
Ciro: Cunha. Tá em declínio, decadência franca, o Temer já o está traindo, como é da natureza de um traidor - trai um, trai mil. Mas ele é homem do Cunha. Eu sei bastante bem o que tô lhe dizendo.
Mino: Me diga mais, então.
Ciro: Se quiserem, qualquer pessoa pegar na internet e procura, no período que eu fui deputado. Eu fui colega do Michel Temer, então presidente da Câmara, e colega - olha como eu me odeio, fui obrigado a chamar o Eduardo Cunha de Vossa Excelência, colega dele. Mas também chamei ele de ladrão a uma distância menor que essa. Fui processado por ele, sustentei na Justiça, porque eu sei que ele é, e hoje o Brasil inteiro tá sabendo, e ele usou o Michel Temer como testemunha dele, no processo. Não por acaso, o sócio dele. Mas eu também sei dele andando aqui em São Paulo com saco de dinheiro, os dois juntos, resolvendo problemas de políticos e etc. Essa equação basicamente funcionava, antigamente, assim: o Michel pegava uma Medida Provisória que o governo mandava - ele presidente da Câmara - entregava pro Eduardo Cunha relatar, Cunha pegava qualquer interesse dos lobbies plutocratas do Brasil, enxertava em assuntos absolutamente impertinentes uma emenda que atendia aos interesses desses grupos plutocratas, e recebia o dinheiro e distribuía pros colegas. (...) Eles chamam de jabuti, na Câmara. No Minha Casa Minha Vida, acho que foi, ele apresentou uma emenda - foi quando eu chamei ele de ladrão - criando um crédito retroativo de devolução do IPI-Exportação, com lobbista da FIESP andando lá dentro - eu apontei ele lá - equivalente a quase 80 bilhões de reais. Deve ter levado aí uns 500 mil ou 50 milhões, eu sei lá quanto. Embora tenha sido vetado depois, eu pressionei, fui à tribuna, esculhambei e tal. E ninguém liga. Mas depois ele foi se especializando. Aí ele foi replicar o que ele já tinha feito lá atrás, com Collor, em que ele teve a TELERJ no Rio e saiu debaixo de escândalo. Conseguiu do Lula, na chantagem - e isso eu não perdoo o Lula - dominar Furnas.
Mino: Mas por que chantagem?
Ciro: Chantagem porque forçou a mão. O Lula me disse. Eu disse pra ele, "Lula, esse cara é um bandido, cê não vai entregar Furnas pra ele que ele vai dominar a Câmara". Esse é o meu sofrimento. (...) Ele falou "não, não vou dar de jeito nenhum". No dia seguinte, nomeou. Nomeou o cara pra Furnas. Aí... Furnas distribuiu 60% da energia brasileira.
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Mino: Mas o que ele tinha na mão?
Ciro: Não creio que no caso do Lula fosse uma denúncia, não. Agora, do que ele tem na cozinha pro Michel Temer, ele tem o Temer na mão. E ele sabe de 1500 coisas imundas do Michel Temer que o derrubariam. (...) No caso do Lula, acho que foi (...) apoio no Congresso.
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Sobre Temer:
- Ele é uma grande mentira. (...) E ele é basicamente o representante desse lado fisiológico, clientelista e corrupto do PMDB. E o país precisa de uma coisa oposta. Parte da decepção do povo com Dilma é a frustração em função de escândalos. Ele vai responder pela decência? Só ver o Governo que ele montou, é uma quadrilha! Com exceções aí, o Meirelles não é da quadrilha, tem alguns que não são, mas o resto é quadrilha. (...) Mas se você olhar Moreira Franco, Romero Jucá, Eliseu Padilha, isso é gente de coisa muito ruim. Coisa muito ruim e velha, antiga, sabe? Manjada. Não é possível esperar daí nada se não escândalo, falta de austeridade e tal.
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O Meirelles é, basicamente, um homem de banco. Boa pessoa, não o vejo numa categoria tão deplorável como o conjunto do Governo - a partir do próprio Temer.
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Se a população não quer defender a Democracia em abstrato, venha defender o seu emprego, seu direito de ir pra casa depois de 8 horas de trabalho, de ser remunerado por hora extra, de receber licença-maternidade... Tudo isso pode ser revogado e você terá que trabalhar 12 horas por um salário menor.
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Esse neoliberalismo mofado do Brasil quer repor a ideia do trabalho como uma commodity. 
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Precisamos cobrar um tributo - que FHC revogou - sobre heranças e doações e um tributo sobre lucros e dividendos - o Brasil é o único país da OCDE que não tem.
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O melhor é criar um mecanismo de financiamento de cooperativas de jornalistas, produtores culturais, mudar a lógica de distribuição da verba publicitária - para que ela não seja proporcional à audiência, mas crie estímulos à inovação, à rebeldia. Isso tudo eu sei fazer e funciona.
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A propriedade cruzada de meios é uma perversão que o país precisa interromper.