segunda-feira, 4 de julho de 2016

Vargas, Jango, Lula. É o mesmo Golpe



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/vargas-jango-lula-e-o-mesmo-golpe


PML: pergunte ao Gilmar...


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Créditos: Juca Varella/Agência Brasil
A decisiva resistência de Lula

A visão convencional sobre a transferência das investigações sobre Lula para o juiz Sérgio Moro costuma ser apresentada numa lógica de aparência imbatível. A ideia é simples: depois que o Senado decidiu afastar Dilma provisoriamente de seu posto, encerrando a possibilidade de Lula assumir a Casa Civil, não faria o menor sentido manter o caso sob os cuidados do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, respeitando uma prerrogativa de foro que só deve ser assegurada a quem ocupa a cadeira de ministro de Estado. A realidade é um pouco diferente, porém.

Em 2002, três ministros do governo Fernando Henrique Cardoso -- Pedro Malan, Pedro Parente e José Serra -- receberam prerrogativa de foro no julgamento de dois casos pendentes no Supremo. O governo Fernando Henrique terminou no ano seguinte. Pela regra aplicada a Lula, os direitos especiais de Malan, Serra e Parente deveriam ter-se encerrado nesta data. Não foi o que aconteceu. A prerrogativa dos três prolongou-se por longos 14 anos. Atravessou os dois mandatos de Lula, o primeiro mandato de Dilma e só foi encerrar-se em março de 2016. Durante este período, no qual o PSDB foi derrotado em quatro eleições presidenciais consecutivas, os três ex-ministros respondiam aos casos RCL 2130m e RCL 2186 como se ainda fossem titulares de seus respectivos cargos. Encarregado do caso, o ministro Gilmar Mendes poderia ter revogado as prerrogativas. Não o fez.

Gilmar é um ministro com reconhecidas simpatias políticas, mas sua postura neste caso tem apoio numa visão geral que vários juristas respeitam. Acredita-se que o julgamento de réus em condição politicamente exposta -- como ex-ministros e ex-presidentes -- costume provocar muitas pressões indevidas, a favor ou contra, que um tribunal de primeira instância pode ter muito mais dificuldade para enfrentar com serenidade do que uma corte superior. A pergunta aqui consiste em saber por que este raciocínio, que integra a melhor tradição da defesa de direitos e garantias individuais, foi aplicado para beneficiar os acusados do PSDB e não vale para Lula. Afinal, se a sua prerrogativa caducou quando havia se passados apenas três meses e meio depois que deixou o cargo, a dos três ministros tucanos sobreviveu por um período 89 vezes mais longo.

Não é preciso montar uma força-tarefa para descobrir o efeito prático da transferência de Lula para a Lava Jato de Sérgio Moro. Faz parte de um longo esforço para colocar sua liderança à margem da luta política, onde tragédias e farsas se sucedem em repetição infinita.

Não vamos falar da prisão em 1980, quando dirigiu um movimento operário que se tornou um instrumento poderoso contra a ditadura militar. Nem da campanha de 1989, quando foi vencido numa disputa que nos dias finais reuniu tortura -- dos sequestradores de um dos maiores empresários brasileiros -- e suborno -- de uma antiga namorada. 

Em 2010, a simples hipótese de que Lula pudesse tentar mudar as regras eleitorais para disputar um terceiro mandato -- coisa que ele sempre desmentiu -- foi suficiente para que todas as iniciativas de seu segundo mandato governo fossem mantidas sob suspeita. No início de 2014 ocorreram pressões violentas contra o Volta Lula pelos adversários do governo. E é óbvio que as chances de um retorno em 2018 fazem parte dos cálculos reais para o afastamento de Dilma sem qualquer prova consistente.

A experiência histórica ensina que no Brasil de 2016, Lula ocupa um lugar preciso. Enquanto mantiver a plenitude dos direitos políticos poderá exercer um papel decisivo -- seja no caso de Dilma vir a recuperar o mandato, seja na hipótese de Michel Temer garantir sua permanência no Senado. Numa saída favorável a Dilma, terá a tarefa de auxiliar a reconstruir o governo. Num desfecho favorável ao golpe, será referência principal de um esforço destinado a recuperar o Planalto em 2018 e transformar o governo Temer numa janela lamentável, mas de curta duração.

A motivação em todos estes casos é a mesma e bem diagnosticada. Através de uma medida de força, tenta-se evitar o risco de deixar a decisão para o eleitorado, alvo de eterna desconfiança -- e não o personagem principal dos regimes democráticos. Por sua própria natureza, um veto está acima do cidadão comum e suas escolhas. Justifica-se a partir de um argumento de valor moral, contra o qual nada se pode fazer a não ser conformar-se. Para isso, a base jurídica é necessária -- com base na convicção comum de que se trata de uma decisão isenta, acima das preferências políticas. 

O que está em curso, aqui, através de Lula, é um retrocesso de dimensão histórica: suprimir o caráter popular da democracia nascida a partir da Carta de 1988, para criar um regime que, mesmo tolerando determinadas franquias democráticas, limita lideranças legítimas e reprime a organização dos trabalhadores e da população mais pobre -- como ocorria no Brasil de 1946 a 1964 -- que ficam impedidas de disputar o poder de Estado. Este é o ponto. 

Num processo que guarda semelhanças óbvias com o ambiente de perseguição e violência contra militantes e instalações do Partido dos Trabalhadores, o passo fundamental para a construção de uma inviável democracia para as elites foi dado em 1947, quando o Superior Tribunal Eleitoral cassou o registro do Partido Comunista Brasileiro. A medida colocou fora da lei uma legenda que possuía a quarta maior bancada do Congresso Nacional, a terceira maior força parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo -- maior que a própria UDN, superada em seu próprio berço -- e, acima de tudo, uma respeitável base no movimento operário. Só para deixar claro que se tratava, também naquela época, de uma medida politicamente seletiva. Em 1949 o mesmo tribunal examinou uma denúncia contra os integralistas -- versão verde-amarela do fascismo -- e manteve seu partido na legalidade, num voto coberto de elogios proferido pelo ministro Djalma da Cunha Mello. Conforme o ministro, o fascismo brasileiro havia se mostrado digno do "toque de sensatez" que uniu a nação em 1945, no grande condomínio que permitiu a derrubada de Vargas. 

Contada por este ângulo, a história política do país nos últimos setenta anos pode ser descrita como um conflito permanente da maioria da população para enfrentar golpes e golpistas. Em 1950, quando o vulto popular do retorno de Getúlio Vargas pelas urnas estava no horizonte, o Congresso aprovou uma lei de impeachment de forte conteúdo parlamentarista -- e não é difícil saber para que. Depois que uma tentativa de impeachment de Getúlio foi rejeitada pela Câmara, teve início a articulação que o levou ao suicídio. Numa conspiração que incluiu o vice, Café Filho, tentou-se impedir o governador de Minas Gerais Juscelino Kubistcheck de disputar a presidência. Embora JK tenha sido eleito, o próximo passo foi tentar impedir sua posse. Novo fiasco dos golpistas. Mesmo assim, Juscelino foi alvo de dois golpes militares. Passou a faixa presidencial a Jânio Quadros que, permaneceu sete meses no posto. Foi substituído pelo vice João Goulart, que contornou um golpe para tomar posse e não pode resistir ao segundo, que o afastou do poder. Vinte e um anos depois, na democratização, o veto militar impediu a saída natural, pelas eleições diretas, forçando um acordo pelo alto chamado Nova República, que deu posse à mais conservadora das opções em pauta naquela circunstância. 

No país de 2016, Lula representa a essência de toda democracia: a possibilidade de alternância de poder, sempre uma ameaça num país governado há cinco séculos pelos 1% de sempre.

Zé Ricardo lamenta goleada e admite: "Perdemos o controle"




Treinador diz que sua expulsão foi "ato covarde" e afirma que resultado servirá como motivação para reconstrução




Por
São Paulo



Quando Zé Ricardo estava à beira do campo, o Flamengo jogava melhor do que o Corinthians. Expulso no fim do primeiro tempo, ele, dessa forma, viu de um camarote da Arena sua equipe ser atropelada na segunda etapa e sair com uma derrota por 4 a 0. Ao fim da partida, abatido, o treinador não teve saída a não ser lamentar, e muito, o resultado.

- A gente conseguiu um primeiro tempo de razoável para bom. Mas no segundo, após o primeiro gol, nós perdemos o controle e nos desorganizamos. Uma derrota dura, difícil. A gente vinha numa sequência boa. Nós vamos ter que usar essa derrota como motivação para nos reconstruir.
Zé Ricardo também deu sua versão para o lance de sua expulsão. Ele reclamou com o árbitro Heber Roberto Lopes de falta de Fagner sobre Ederson em que o juiz não assinalou infração.

- Peço desculpas a ele se ele achou que agressivo. Só falei que o Fagner não acertou a bola. Cada um com sua consciência. O Fagner tentou atingir a bola, mas foi um carrinho forte. Pegou e acertou o Ederson. Não falei nada agressivo, levantei o braço, o que talvez tenha chamado a atenção dele. Mas acho que minha expulsão foi um ato covarde, não sei se ele faria o mesmo com outro treinador - disse o técnico.


Confira outros trechos da coletiva de Zé Ricardo:

Resultado
O placar foi um pouco exagerado. O Corinthians aproveitou as oportunidades, nós tivemos menos oportunidades e não conseguimos aproveitá-las. Vamos ver onde a gente pode melhorar e onde a gente não pode mais errar para continuar olhando para frente.

Ederson e Everton
Tanto o Everton como o Ederson desempenham bem a função. O Ederson tinha tomado o cartão amarelo, dava um pouco de insegurança na sequência porque a gente precisava da marcação do lado do Fagner.

Descontrole
Após o primeiro gol a gente se descontrolou um pouco. O Arão teve uma chance pouco antes, que o Cássio defendeu. A gente acreditava que poderia carregar o jogo até o final, com chance de vitória. A equipe do Corinthians é muito forte, tem jogadores muito fortes

Reação
O resultado aconteceu de forma cruel para a gente. Mas a competição exige que a gente esteja forte em todos os aspectos, nosso psicológico tem que estar forte.

Reclamação e expulsão
O Fagner tentou atingir a bola, mas foi um carrinho forte. Pegou e acertou o Ederson. Não falei nada agressivo, levantei o braço, o que talvez tenha chamado a atenção dele. Mas acho que minha expulsão foi um ato covarde, não sei se ele faria o mesmo com outro treinador.

Zaga 
Está titular, vem mostrando bom desempenho. Não é em uma partida que vamos tomar uma definição. Até o início da partida a gente tinha a segunda melhor defesa da competição. Estávamos numa crescente. É apagar o resultado e tirar as lições para continuar.

Paulo Victor no banco
Na verdade, tive uma conversa com ele (Paulo Victor) e o Victor Hugo, treinador de goleiros, ontem de manhã. Explicamos o motivo de manter o Alex. O Paulo ia voltar no meu terceiro jogo, mas ele sentiu outra contusão. Já era um tempo muito grande. O Alex vinha bem, e naquele momento a gente não viu motivo para tirá-lo. Expliquei que não achava coerente tirar o Alex. Ele vai trabalhar e vai brigar de igual para igual pela vaga do Al


FONTE:

Cristóvão celebra "vitória significativa" e projeta maior confiança no Timão


Conversa no vestiário e time ajustado no segundo tempo: técnico explica motivos que levaram Corinthians a goleada sobre o Flamengo neste domingo




Por
São Paulo



(OBS. DO BLOG:
VEJA O VÍIDEO CLICANDO  NO
LINK DA FONTE NO FIM
DA MATÉRIA ABAIXO)


O técnico Cristóvão Borges creditou a goleada por 4 a 0 do Corinthians sobre o Flamengo, neste domingo, à melhora da equipe no segundo tempo da partida. Após partir para o vestiário com um empate sem gols, o Timão aproveitou as brechas do adversário para transformar um jogo complicado em três pontos e mais confiança para a sequência do Brasileirão. 

Foi a terceira vitória consecutiva do comandante à frente do Timão. Após estrear com derrota para o Atlético-MG, fora de casa, Cristóvão conduziu a equipe a triunfos sobre Santa Cruz, América-MG e, agora, Flamengo.  

– O jogo foi muito difícil. Da estratégia que tínhamos, tivemos dificuldades para executar bem. Não achamos a distância da marcação, o Willian Arão teve espaço para criar, ele fazia superioridade numérica, não conseguíamos encaixar. No intervalo conversamos, eles entenderam bem, acertamos a marcação, tiramos esse espaço. Era o desejo desde o primeiro tempo. Neutralizamos, fomos superiores, por isso conseguimos ganhar – afirmou, em entrevista coletiva.




Antes do início da rodada, o Corinthians acumulava 22 pontos, e o Flamengo, 20. Além de não ser ultrapassado pelo adversário, o Timão ainda igualou os mesmo 25 pontos do líder Palmeiras, que joga nesta segunda-feira, contra o Sport. Cristóvão comemorou a confiança que a goleada em um duelo direto na tabela dará à equipe. 

– É necessário que as coisas caminhem bem, ajuda bastante. Porque precisa de afirmação, confiança. A vitória de hoje é significativa porque é um concorrente ao título e um grande adversário, um clássico do futebol brasileiro. Confirma muita coisa. É muito importante neste momento. Vamos seguir dessa forma, agora com mais confiança – argumentou. 

– No Corinthians temos de confirmar todo dia. Hoje foi o Flamengo. Mas tem de continuar confirmando. Se não confirmar, começam a questionar. Nós nos preparamos para o melhor. O time tem potencial, é talentoso. Queremos que chegue no máximo disso. Jogando num nível assim, sabemos que vamos brigar na frente. A estrada é longa.

O Corinthians terá uma semana dedicada somente aos treinos. A equipe volta a campo no próximo sábado, às 16h30 (horário de Brasília), diante da Chapecoense, em Chapecó. 

Cristovão Corinthians Flamengo (Foto: Marcos Ribolli)
Cristóvão gostou do segundo tempo do 
Corinthians neste domingo (Foto: 
Marcos Ribolli)



FONTE:

Timão segura pressão do Fla, desperta no segundo tempo e passeia na Arena



BRASILEIRÃO 2016

13ª RODADA


Depois de primeiro tempo ruim emItaquera, Corinthians acorda, engole o Rubro-Negro e faz 4 a 0 com facilidade em 45 minutos.



Por
São Paulo



O primeiro tempo foi do Flamengo. O segundo, do Corinthians. Mas o resultado escancara quem foi mais eficiente e equilibrado. Neste domingo, na Arena Corinthians, pela 13ª rodada do Brasileirão, o Timão suportou a pressão do adversário nos primeiros 45 minutos, recuperou-se na segunda etapa e passeou. No fim, um 4 a 0 que chega a ser surpreendente, já que o Rubro-Negro foi bastante superior na etapa inicial. Romero, duas vezes, Guilherme e Rildo marcaram para os donos da casa, que seguem firme na briga pela ponta da tabela. O paraguaio, aliás, ofuscou Paolo Guerrero. O ex-corintiano foi muito vaiado em Itaquera. 

Romero Corinthians Flamengo (Foto: Marcos Ribolli)
Romero, o nome do jogo, comemora um dos 
seus dois gols marcados em Itaquera (Foto: 
Marcos Ribolli)


Com o resultado, o Corinthians chega aos 25 pontos, mesmo número do líder Palmeiras, que joga amanhã contra o Sport. Na próxima rodada, o Timão pega a Chapecoense, sábado, fora de casa. Já o Flamengo tem sua escalada contida e sofre um baque. Com 20 pontos, a equipe está em sétimo. Domingo que vem, enfrentará o Atlético-MG, em Brasília. 
     
Mais finalizações, menos passes errados, mais roubadas de bola e mais escanteios. Os números do primeiro tempo contam bem: o Flamengo foi melhor nos primeiros 45 minutos. Não foi um baile ou coisa assim. Longe disso. Mas o Rubro-Negro teve mais chances de abrir o placar do que o Corinthians. O Timão tentou fazer uma pressão inicial, mas as melhores chances foram da equipe carioca. O goleiro Cássio teve de trabalhar e foi bem com duas boas defesas. O meia Ederson acertou a trave. Na melhor chance que teve, com Marquinhos Gabriel, o Corinthians parou em Alex Muralha. 

Agora, esqueça tudo o que leu até aqui. Passe a borracha. Porque o segundo tempo foi todo do Corinthians. O Flamengo teve uma única chance, aos 11 do segundo tempo. Depois, viu o Corinthians passear e não teve forças para suportar o adversário. Romero marcou o primeiro aos 14. E o Rubro-Negro sentiu o abalo. Não conseguiu mais trocar passes e nem marcar o rival. Virou passeio. Guilherme, aos 32, Rildo, aos 34, e novamente Romero, aos 43, decretaram a goleada. Sem dó. 


FONTE:

Após quase 5 horas e discussões com árbitra, Soares tem jogo interrompido




WIMBLEDON 2016


Dupla do brasileiro abre 2 a 0, sofre empate, mas falta de luz natural para jogo em 13 a 13 no quinto set. Bruno e croata Pavic são advertidos. Marcelo Melo é eliminado




Por
Londres




Estava sendo um jogo mais tenso do que o comum para uma terceira rodada, mas quando se fala do torneio mais tradicional do circuito mundial de tênis, os nervos ficam à flor da pele. Na partida do brasileiro Bruno Soares e do britânico Jamie Murray contra o croata Mate Pavic e o neozelandês Michael Venus, que foi interrompida no quinto set por falta de luz natural, a sérvia Marijana Veljovic sentiu o nervosismo. Por três vezes, a árbitra chamou a atenção dos tenistas por mau comportamento e ouviu um bocado. Primeiro de Pavic, com quem discutiu por mais de cinco minutos, em dois momentos distintos, depois de o europeu comemorar uma quebra de maneira exagerada. Posteriormente, de Bruno, que não gostou de ser repreendido por bater sua raquete na grama de Wimbledon, algo proibido (assista o video clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo).

Após uma maratona de 4 horas e 51 minutos de um jogo tenso, a falta de luz natural em Londres interrompeu a partida da dupla do brasileiro, que vale vaga nas quartas de final do Grand Slam, quando o placar marcava 2 sets a 2, parciais de 6/3, 7/6 (7/3), 4/6, 4/6 e 13/13. O duelo vai continuar nesta terça-feira, e Soares/Murray começa no saque. Na próxima fase, quem avançar vai enfrentar Pospisil (CAN) e Sock (EUA) ou o vencedor do jogo atrasado da segunda rodada entre os franceses Benneteau e Roger-Vasselin e o britânico Inglot e o canadense Nestor.


O jogo
Amenizar os estragos dos saques de Pavic e Venus e apostar nas devoluções vencedoras, foi assim que Bruno Soares e Jamie Murray chegaram à vitória no primeiro set (6/3). Nem os cinco aces nem os 81% de aproveitamento no primeiro serviço rival significou problema aos tenistas. A única quebra na parcial, logo no segundo game de partida, deu tranquilidade à dupla, que teve 93% dos pontos conquistados, quando acertou o primeiro serviço. Outro ponto de destaque foi o trabalho junto à rede do brasileiro.

A história do segundo caminhava para um desfecho bastante parecido. Bruno e Jamie conquistaram a quebra no terceiro game e chegaram ao décimo para fechar e abrir 2 a 0. O primeiro serviço adversário não tinha tanta precisão (69%), o brasileiro dominava a rede e não dava chance para Pavic e Venus. Só que no 10º game, o saque não encaixou, as devoluções do croata e do neozelandês entraram, e os rivais conseguiram a quebra na única oportunidade que tiveram. Pavic extravasou, foi chamada a atenção pela árbitra de cadeira e reclamou bastante. Veio o tie-break, e Bruno e Murray voltaram a pressionar, empurraram Pavic e Venus para o fundo de quadra e fecharam com ace do britânico (7/3). Novamente, o esquentadinho voltou a gesticular.

Jamie Murray e Bruno Soares Wimbledon (Foto: Getty Images)
Jamie Murray e Bruno Soares Wimbledon 
(Foto: Getty Images)


No set para fechar o jogo, Bruno e Jamie deixaram a concentração cair. O primeiro serviço entrava pouco (53%), o aproveitamento nos pontos de saque também, assim como as devoluções (27%). Era a vez de Pavic e Venus pressionarem. Chegaram perto da quebra no quinto, mas foi no sétimo game que ela veio (4/3), quase se repetindo no nono, com dois sets points. O brasileiro e o britânico conseguiram adiar a queda, que se confirmou no saque do croata (6/4).

A confiança pela vitória deu a Pavic e Venus confiança. O saque passou a fazer diferença, as devoluções de Bruno e Murray pouco entravam, e o jogo de rede diminuiu. Os tenistas quase não foram ameaçados durante todo o quarto set. Com o braço leve, achavam bolas vencedoras com mais assiduidade. A quebra veio no quinto game e jogou enorme pressão para o outro lado. Bruno e Murray tiveram um lampejo de esperança de três breaks no 10º game, mas o canhoto croata tirou quatro saques da cartola e empatou o placar da partida (6/4).
Após mais de três horas de partida, o mental dava mostras que decidiria o vencedor. Sair com uma quebra de vantagem poderia ser o fator desequilibrante. Bruno e Murray conseguiram no quarto game e com uma pitada de sorte. Pavic sacou, Murray devolveu, a bola raspou na rede, enganando Venus na rede (3/1). Parecia que o revés faria desmoronar os adversários. Que nada. O fim do set desempate foi de vantagem para quem recebia. Quebra de um lado, resposta de outro. No nono game, Murray fez dois aces e teve o ponto do jogo. Nada feito (5/4).

Daí em diante, as duas duplas foram sempre confirmando seus saques, Soares e Murray com mais facilidades, Pavic e Venus com mais dificuldade, No 16º game, logo depois de a árbitra ameaçar paralisar o jogo por falta de luz natural, a dupla do brasileiro teve o segundo match point da partida, mas Murray acabou mandando a bola na rede, e depois Venus fez 13 a 13. Na sequência, quando o dia já começava a escurecer na capital inglesa, o jogo foi interrompido e continuará nesta terça.


MARCELO MELO ESTÁ ELIMINADO

Ex-líder do ranking de duplas da ATP, Marcelo Melo não conseguiu um bom resultado e se despediu do Grand Slam britânico ao lado do parceiro Ivan Dodig. A dupla cabeça de chave número cinco do torneio foi eliminada por R.Klaasen (AFS) e R.Ram (EUA), em sets diretos, com duas parciais perdidas no tie-break 7/6 (7/3), 7/6 (7/5) e 6/3, em 2h17m de duelo.
Melo e Dodig sofreram com os saques rivais e não tiveram uma chance sequer de quebra durante toda a partida. Mesmo conseguindo mais winners (14 a 10), também erraram mais (11 a 9), contando lances capitais, como um voleio de Melo na rede, no tie-break do segundo set.

Klaasen e Ram esperam pelo vencedor do jogo entre R.Stepanek (CZE) e N.Zimonjic (SER) e os irmãos Bryan (EUA) para saber quem enfrentar nas quartas de final.


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/Wimbledon/noticia/2016/07/apos-quase-5-horas-e-discussoes-com-arbitra-soares-tem-jogo-interrompido.html

Sem problemas, Murray bate Kyrgios e se classifica para as quartas de final



WIMBLEDON 2016


Britânico derrota australiano em sets diretos e mede forças com Tsonga por semifinal



Por
Londres



Com uma atuação sólida, o britânico Andy Murray deu mais um passo em busca da vaga na final de Wimbledon. O tenista da casa passou longe de sofrer com o australiano Nick Kyrgios nesta segunda-feira, pelas oitavas de final do Grand Slam britânico. Em apenas 1h42, o número 2 do mundo se classificou para a próxima rodada aplicando 3 sets a 0, parciais de 7/5, 6/1 e 6/4, sobre o 18º do ranking.

Campeão em 2013 encerrando um jejum de 77 anos para a Grã-Bretanha no torneio, Murray está disputando Wimbledon pela primeira vez após o retorno da parceria com o técnico Ivan Lendl. O próximo compromisso, valendo vaga nas semifinais, é contra o francês Jo-Wilfried Tsonga (12º), que vencia o compatriota Richard Gasquet por 4/2 no primeiro set quando o adversário abandonou o jogo por lesão.

Andy Murray, Wimbledon, tênis (Foto: Reuters)
Murray recebe os aplausos dos torcedores
 após se classificar para as quartas de final 
(Foto: Reuters)


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/Wimbledon/noticia/2016/07/sem-problemas-murray-bate-kyrgios-e-se-classifica-para-quartas-de-final.html




Após fechamento de teto, Serena leva todos os games e avança com "pneu"



WIMBLEDON 2016




Kuznetsova foi interrompida em 5/5 devido a umidade na quadra; daí para frente, líder do ranking vence oito games seguidos e se garante nas quartas




Por
Londres


Serena Williams, Wimbledon, tênis (Foto: Getty Images)Depois de patinar, Serena passeou em Wimbledon nesta segunda (Foto: Getty Images)


Enquanto as condições não eram as melhores, com a grama de Wimbledon úmida, a russa Svetlana Kuznetsova fez jogo equilibrado com Serena Williams.  A americana muitas vezes sofria com os escorregões (veja no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo).

 Porém, quando o teto da quadra central foi fechado, a 14ª do ranking sequer teve chances diante da número 1 do mundo. O jogo desta segunda-feira foi paralisado em 5/5 no primeiro set, com uma quebra para cada lado. Após meia hora de espera para o acionamento da cobertura, a americana venceu os dois games seguintes do set e em seguida aplicou um "pneu": 7/5 e 6/0, para avançar com propriedade às quartas de final do Grand Slam britânico.

+ Boleiro escorrega depois de Serena e rival reclamarem de grama úmida

Serena vai disputar a próxima rodada contra outra russa. A adversária da vez será Anastasia Pavlyuchenkova (23ª), que passou pela americana Coco Vandeweghe (30ª) com um duplo 6/3.



VENUS RETORNA  ÀS QUARTAS SEIS ANOS DEPOIS

Irmã de Serena, a ex-número 1 do mundo Venus Williams está de volta às quartas de final de Wimbledon após seis anos. A classificação veio nesta segunda-feira, depois da vitória sobre a espanhola Carla Suárez Navarro (12ª) por 2 sets a 0, parciais de 7/6(3) e 6/4.

Cinco vezes campeã de Wimbledon, Venus não figurava entre as oito melhores do torneio desde 2010. Agora a atual 8ª do ranking da WTA tenta disputar a semifinal novamente, o que aconteceu pela última vez em 2009, quando foi vice-campeã diante de Serena. Ela disputará a vaga contra a cazaque Yaroslava Shvedova (96ª).

Venus Williams, Wimbledon, tênis (Foto: Reuters)
Venus comemora a classificação para as quartas 
de final de Wimbledon (Foto: Reuters)


FONTE:

Com tranquilidade, Federer domina americano e chega às quartas de final




WIMBLEDON 2016



Igualando recorde de Navratilova, suíço passa por cima de Steve Johnson e na próxima rodada enfrenta cabeça de chave pela primeira vez nesta edição: Marin Cilic




Por
Londres



Roger Federer segue caminhando com tranquilidade no lugar em que é sete vezes campeão. Na abertura da segunda semana de Wimbledon, nesta segunda-feira, o atual número 3 do mundo não deu chances para o americano Steve Johnson (29º do ranking da ATP) em partida válida pelas oitavas de final e se garantiu na próxima fase em sets direitos, nas parciais de 6/2, 6/3 e 7/5. Com este resultado, o suíço chegou a 306 vitórias em Grand Slams, igualando o recorde da tcheca naturalizada americana Martina Navratilova.

Roger Federer, Wimbledon, tênis (Foto: Reuters)
Federer só enfrentou tenistas que não eram 
cabeça de chave até agora nesta edição de 
Wimbledon (Foto: Reuters)


Bastante eficiente no serviço, Federer controlou facilmente os dois primeiros sets. Johnson, por sua vez, esboçou uma reação e chegou a ter uma quebra de vantagem na metade do terceiro set, mas o suíço a devolveu no game seguinte. Uma nova quebra no 11º game significou a saída do ex-líder do ranking de um 1/3 para o 6/5. Na sequência, ele mais uma vez não demorou a confirmar o serviço, ainda liquidando a fatura com um ace de segundo serviço.

Na próxima rodada, Federer vai enfrentar um cabeça de chave pela primeira vez nesta edição de Wimbledon. O adversário nas quartas de final é o croata Marin Cilic (13º) que se classificou depois que o japonês Kei Nishikori (6º) abandonou o confronto desta segunda-feira por causa de lesão - Cilic vencia por 6/1 e 5/1.


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/Wimbledon/noticia/2016/07/com-tranquilidade-federer-domina-americano-e-chega-quartas-de-final.html

Após visita de ministro de Temer, Lava Jato trocou delegados da força-tarefa



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/apos-visita-de-ministro-de-temer-lava-jato-trocou-delegados-da-forca-tarefa


Montagem: Blog do Esmael
 
Jornal GGN - Uma denúncia divulgada pelo blog de Esmael Morais afirma que logo após a visita de Alexandre de Morais, ministro da Justiça do governo interino de Michel Temer, houve um desmanche de delegados da Polícia Federal que integravam a equipe da força-tarefa do juiz Sergio Moro, do Paraná.
 
O blogueiro alertou que a troca abrupta de delegados ocorre paralelamente a boatos de que uma delação de advogado alvo da Lava Jato estaria mirando em juízes, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
 
A repercussão do caso já havia sido noticiada pelo jornalista Jorge Moreno, de O Globo. Neste domingo (03), Morais publicou que "não se fala de outra coisa nos bastidores aqui na República de Curitiba e em Brasília", sobre o possível envolvimento de magistrados na Lava Jato, dentro das informações de um delator.
 
Delegados da Operação Lava Jato, da PF, foram substituídos abruptamente. Tal mudança brusca ocorreu alguns dias depois da visita do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, ao juiz federal Sérgio Moro.
A informação inicial da PF as trocas na Lava Jato teriam como objetivo ‘oxigenar o grupo, dando a ele um novo fôlego’.
O suposto desmanche da Lava Jato também coincide com boatos de superdelação contra juízes e ministros do Supremo e do STJ.
Em nota, a Polícia Federal jura que tudo continua como dantes e nega que haja pressão externa pelo fim da Lava Jato.
Confira a íntegra da nota:
“Considerando algumas matérias veiculadas recentemente na mídia nacional e o compromisso com a total transparência de todos os procedimentos relacionados à chamada Operação Lava Jato, a Polícia Federal vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
Esclarecemos que em momento algum a equipe de investigação sofreu qualquer tipo de pressão interna ou externa pela substituição desse ou daquele delegado.
De fato dois delegados estão deixando a equipe de investigação da Operação Lava Jato, mas não é verídica a informação de que a equipe dessa força tarefa esteja passando por um “desmanche”.
A PF substitui dois delegados que estavam em missão em Curitiba/PR – Eduardo Mauat da Silva (lotado no Estado do Rio Grande do Sul) e Duílio Mocelin Cardoso (lotado no Estado de Rondônia) – a quem agradece pelo trabalho realizado.
As autoridades acima serão substituídas pelos delegados Rodrigo Sanfurgo, ex-chefe da Delegacia de Combate a Corrupção e Crimes Financeiros de São Paulo, Luciano Menin, que já integrou a equipe Lava Jato em um passado recente, e Roberto Biazolli, autoridade com experiência em investigações internacionais, por ter trabalhado no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça (DRCI). Quanto ao Delegado Luciano Flores de Lima, sua saída ocorreu a pedido do servidor e é temporária, devendo reintegrar a equipe logo após o término de sua missão junto à Coordenação de Grandes Eventos em Brasília, durante o período dos Jogos Olímpicos 2016.
Essas mudanças são opções estratégicas da coordenação, com apoio irrestrito da equipe de investigação, Administração Regional e Direção Geral da Polícia Federal, visando oxigenar o grupo, dando a ele um novo folego, para que os trabalhos continuem buscando cada vez mais sua superação.
Por fim, para que a sociedade se tranqüilize, tenham certeza de que a Operação Lava Jato não sofrerá qualquer prejuízo em seus trabalhos investigativos e operacionais e, também tenham a idéia de nossa preocupação, a carga principal de inquéritos que estava com o delegado Eduardo Mauat da Silva foi entregue ao delegado Márcio Adriano Anselmo, conhecido por seu inquestionável trabalho junto a Lava Jato e originariamente o responsável por essas investigações”.

CARINA E O TAMANHO DO GOLPE NA EDUCAÇÃO



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/carina-e-o-tamanho-do-golpe-na-educacao



Quem não gosta de democracia age no escuro


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Às amigas e aos amigos do Conversa Afiada, primeiramente Fora Temer. Em segundo lugar, um caloroso abraço. Sou Carina Vitral, presidenta da UNE e ocuparei esse espaço nos próximos meses para debatermos a democracia no nosso país e os desafios que se colocam nesse delicado momento da nossa história. Estou feliz em juntar forças com o nosso PHA e com o time dos blogueiros "sujos" que, nos últimos anos e principalmente agora, fazem a verdadeira resistência contra o golpe e a mídia hegemônica.
A blindagem da chamada grande imprensa aos retrocessos do governo interino de Michel Temer está eclipsando mudanças sérias e graves operadas nos gabinetes de Brasília. A nós, da União Nacional dos Estudantes, preocupam muito aquelas ligadas à área da Educação. O golpe sobre o ensino do país já prepara um cadáver de peso: o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2014 e que está sendo enterrado pela equipe dos homens brancos do não presidente.
É o mesmo que tentam fazer, utilizando o Congresso, ao reduzir os investimentos nesse setor com a retirada de recursos dos royalties do petróleo e do pré-sal para o ensino público do país. Outra ofensiva foi a chamada PEC dos gastos públicos, protocolada por Temer no Congresso e que poderá ter forte impacto sobre os gastos orçamentários do estado para a área educacional. A tentativa de desmanche é rápida, radical e arbitrária, pois os golpistas sabem que são medidas que não seriam aprovadas pelas urnas e a opinião pública. Entre elas está a quebra do Conselho Nacional de Educação, que tem a participação da sociedade civil para o acompanhamento das políticas desse setor. Quem não gosta de democracia não gosta de participação popular, prefere agir no escuro.
É muito significativo que, além de tudo, esse governo flerte com ideias tão absurdas como a do movimento chamado “Escola Sem Partido”, uma gelatina fascista de propostas de censura e silenciamento da diversidade na produção do conhecimento. Para Temer e seu ministro Mendonça Filho, discutir o preconceito contra as mulheres, o racismo, a LGBTfobia, a diversidade e tolerância religiosa, ideológica, não são prioridades da escola. É uma concepção não somente autoritária, mas burra mesmo, distante das teorias mais avançadas sobre educação no mundo. Temos uma gestão interina que, em poucos meses, traz o vergonhoso saldo de receber o ator Alexandre Frota para debater educação e alterar maliciosamente a página de Paulo Freire na Wikipedia.
Enquanto isso, quem se satisfaz nesse cenário são os gananciosos megaempresários do ensino privado, próximos e consorciados a esse governo, aproveitando a instabilidade para ampliar a exploração das altas mensalidades e da educação de péssima qualidade de forma indiscriminada. A recente fusão dos grupos Kroton e Estácio, criando uma nova gigante de R$5,5 bilhões no mercado educacional, demonstra que a perspectiva é de lucrar de forma diretamente proporcional ao sucesso do golpe. São os que querem a educação como mercadoria e não como direito. Declarações do ministro sobre a possibilidade de cobrança de mensalidade em universidades públicas mostram cristalinamente de qual lado desse jogo ele está.
Enganam-se, no entanto, se acham que avançarão sem resistência. As recentes conquistas da educação, o Prouni, as cotas, a expansão de vagas nas federais, fazem parte do legado da nossa geração do movimento estudantil. E se há algo que a juventude brasileira vai fazer é defender o seu legado. Já fizemos isso em diversos outros momentos da história e faremos em quantos forem precisos. Já lutamos na democracia e fora dela, já fizemos isso sob perseguição, na clandestinidade, já fomos presos, torturados, assassinados e nunca desistimos.
Entre os dias 15 e 17 de julho, milhares de líderes estudantis brasileiros estarão juntos em São Paulo no Conselho Nacional de Entidades Gerais da UNE (Coneg). É hora de preparar a nossa contra-ofensiva. Golpistas, se preparem. Não tem arrego.
Abraços e nos vemos na luta!
Carina Vitral

STF É O IMPÉRIO DA LEI



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/stf-e-o-imperio-da-lei



Procurador e delegado não são a Lei


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Conversa Afiada reproduz artigo de Mauro Santayana, na Carta Maior:

O STF e o império da lei

Na última semana, juízes e membros do Ministério Público, em São Paulo, manifestaram sua contrariedade e declararam-se “perplexos”, com a decisão da Suprema Corte, por meio do Ministro Dias Toffoli, de mandar soltar Paulo Bernardo, detido em Brasília, diante de seus filhos, em um apartamento pertencente ao Senado Federal, em espetaculosa ação da Polícia Federal que contou com a participação de numerosos homens e até mesmo de um helicóptero, como se o ex-ministro fosse um perigoso traficante de drogas, uma espécie de Pablo Escobar, entrincheirado em uma inexpugnável fortaleza no deserto, na fronteira sul dos EUA. 

Têm os nobres procuradores todo o direito de ficarem perplexos com a decisão do Ministro Toffoli. 

Como têm os cidadãos brasileiros - pelo menos aqueles que não fazem parte da manada psicótica manipulada por parte da mídia desde 2013 - o direito de, por sua vez, ficarem perplexos com a “perplexidade” dos procuradores, diante da clareza cristalina do que afirma a lei nesta República, a propósito das garantias aos direitos individuais, da presunção de inocência e do mais amplo direito de defesa que devem proteger o cidadão frente ao sistema e ao Estado, sempre que seu poder for distorcido ou exacerbado. 

Nunca é demais lembrar, reza a Constituição Federal, no Artigo 5:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 

LVII- ninguém será culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”; 

E o Código Penal: 

“Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. 

“Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 

Nos últimos tempos, têm se estirado e retorcido, como se fossem de látex, os princípios da lesividade; da materialidade; da culpabilidade; da velha e justa premissa “in dubio pro reo”; da jurisdicionalidade; do princípio acusatório; do princípio do encargo da prova - é à acusação que cabe provar a responsabilidade criminal do suspeito; e o do contraditório. 

A prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, da forma como foi executada, é mais um indício, sutil como um elefante, de o país em que estamos nos transformando, e dos riscos que corre, no Brasil de hoje, a Democracia. 

É da natureza humana a extraordinária sede de poder daqueles que têm algum poder. 

E é por isso que a distorção e a desobediência ao espírito da Lei precisam ser combatidas, principalmente quando cometidas por agentes do Estado, porque depois, com o passar do tempo, elas se tornam mais intensas e profundas e não podem mais ser controladas. 

Uma coisa é o combate real à corrupção. 

Outra, o discurso por trás dele, que, na maioria das vezes, ao contrário do que pensa a maioria, não é usado apenas pelos mocinhos, mas principalmente pelos bandidos. 

Pinochet, Suharto, Salazar, entre muitíssimos outros, e, principalmente, Mussolini e Hitler, dele fizeram sua bandeira e seu diabólico e demagógico ariete contra a Democracia, usando-o para abrir caminho para o poder, e para implantar em seus países e mais tarde em toda a Europa ocupada um regime de terror assassino e demente, responsável pela prisão, a tortura e o genocídio de dezenas de milhões de pessoas. 

Nem serve, como muitos o vêm também, de panaceia para nada. 

A Itália, terra da Operação Mãos Limpas, continua tão ou mais corrupta - ou corruptível - como antes, como se pode ver pelos mais recentes escândalos envolvendo a Velha Bota, e mesmo na China comunista - onde é punida quase que sumariamente com a morte - a corrupção continua existindo, porque o que muda uma Nação não são operações jurídico-policiais, em si, mas alterações e aperfeiçoamentos reais no sistema político. 

O Inferno - como o próprio demônio vive repetindo, satisfeito - está cheio de boas intenções. 

O discurso de combate à corrupção não pode, como está ocorrendo no Brasil, se sobrepor ao desenvolvimento nacional, aos Três Poderes e às instituições. 

Ele não pode estar acima da Democracia, que é, por natureza, tão diversa quanto problemática - já que reflete, como ocorre em qualquer país do mundo, os problemas e defeitos de toda a sociedade - mas que representa ainda o melhor regime encontrado nos últimos 2.500 anos para regular a vida das nações, dos estados, das comunidades e dirimir as diferenças dos variados grupos sociais. 

Nem pode se arvorar em juiz do regime político vigente, ou do sistema de presidencialismo de coalizão, já que esse tipo de prerrogativa é atributo exclusivo do Legislativo - eleito pelo voto soberano de dezenas de milhões de brasileiros - e não de juízes de primeira instância, nem de policiais federais, nem de procuradores, que não tem função de mando nem de comando, e são - com todo o respeito que mereçam pelo seu trabalho - meros servidores do Estado. 

Se tem gente, nessas instituições, que acha que ao passar em concurso, foi escolhido pelo destino para “consertar” o país - os nazistas pensavam o mesmo sobre a República de Weimar - eles devem afastar-se de suas respectivas carreiras e disputar, no voto, uma cadeira na Câmara ou no Senado, ou em uma Assembleia Nacional Constituinte. 

E parar de acreditar que vão fazer isso prendendo a torto e a direito, sem nenhum respeito pela Lei e a Constituição, políticos e empresários, com base em ilações forçadas e em delações “premiadas” dignas da Alemanha Nazista ou da União Soviética de Stalin. 

Principalmente, quando eles mesmos não são perfeitos - é preciso lembrar que não existe corporação nenhuma que o seja, em nenhum lugar do mundo - como demonstram:
a) - A prisão de dois adolescentes, separadamente, em duas cidades do interior de São Paulo, por terem “ousado” - apoiando-se no direito de expressão, um dos princípios basilares da Constituição Federal - criticar a polícia em comentários nas redes sociais.
b) - Os mais de 70 juízes "condenados" a bem do serviço público, a continuar recebendo integralmente altíssimos proventos depois de "aposentados",
c) - As dezenas de processos movidos por juízes e procuradores do Ministério Público, contra o jornal Gazeta do Povo, do Estado do Paraná - estado onde fica a "República de Curitiba" - por este ter denunciado, publicando documentos comprobatórios, que os proventos das duas classes passaram de 550.000 reais per capita no ano passado, muito acima, portanto, do teto legal correspondente ao salário de Presidente da República.
Processos criticados pela ministra Carmem Lúcia e suspensos por decisão da Ministra Rosa Weber, há poucos dias, em outra medida extremamente louvável do STF, voltada para o restabelecimento de um mínimo de bom-senso e de respeito à legalidade no universo jurídico nacional. 

Está se produzindo no Brasil uma espécie de macarthismo tupiniquim que - ao contrário também do que pensam muitos - será, como ocorreu nos EUA, duramente condenado pela História. 

Cabe ao Supremo Tribunal Federal decidir se seus membros agirão com coragem e dignidade, como guardiões da Lei e da Constituição, nesta desafiadora fase da vida nacional, ou se, por pressão de parte da mídia e da massa ignorante e intolerante que ela manipula, acabarão cedendo e aceitando tornar-se silenciosos cúmplices de uma tragédia anunciada, que não se encerrará agora, e que, pelo contrário, poderá se aprofundar com a entrega do país ao fascismo nas eleições presidenciais de 2018. 

Estamos agindo como se o pseudo combate à corrupção - no caso, uma doutrina jurídica que solta corruptos ou os “condena” a passar um ou dois anos em nababescas mansões - e pune homens públicos sem sinais de enriquecimento ilícito ou contas na Suíça a pesadas penas de prisão por atos de natureza político-partidária-eleitoral, não trouxesse, para o país, pesados danos colaterais, ou fosse, de per si, o mais alto objetivo nacional neste momento, justificando, direta, indireta, kafkianamente, todo tipo de ilegalidade e despautério. 

Algumas das maiores empresas do Brasil, de todos os matizes e áreas de atuação, são invadidas por membros das forças de segurança praticamente a cada novo dia, prejudicando seu crédito, seu valor, seus acionistas, os seus trabalhadores e suas famílias - demitidos às dezenas de milhares - seus mercados, sua credibilidade externa, seus projetos - que são interrompidos - e centenas de pequenos e médios fornecedores que as atendem, que também passam a quebrar e a cortar funcionários em nefasta reação em cadeia. 

Gigantescos projetos, de refinarias, plataformas de petróleo, complexos petroquímicos, irrigação e saneamento, navios, ferrovias, rodovias, energia, defesa - que não eram executados nessa dimensão e amplitude há décadas - são embargados judicialmente ou atrasados indefinidamente, seguindo o curioso raciocínio de que, para tentar achar, em uma obra, 2 ou 3% de suposta propina - o dinheiro arrecadado até agora em recuperação de desvios é pífio, por isso se recorre a “multas” para justificar o seguimento dos processos - não interessa se os outros 97% forem transformados em sucata, provocando bilhões e bilhões de dólares em prejuízo, ou se no final serão lançados, na prática, técnica, empresarial, e estrategicamente, no lixo. 

O programa do submarino atômico brasileiro está sendo investigado, o almirante responsável pelo bem sucedido programa nacional de enriquecimento de urânio foi preso, o controlador da empresa responsável pela construção do míssil A-Darter da Aeronautica encontra-se detido. 

Essa situação está abrindo caminho para a entrega da indústria bélica brasileira a controladores estrangeiros, depois de anos de esforço da iniciativa privada e das Forças Armadas, para evitar que isso ocorresse. 

É preciso não esquecer, nunca, que a criminalização da política - com a desculpa de se dar combate à corrupção e o recurso a um anticomunismo hidrofóbico, anacrônico, psicótico e obtuso - é a pedra fundamental dos governos totalitários. 

No Brasil, essa combinação nefasta levou ao fim da Democracia; a várias tentativas de derrubar Juscelino Kubitschek, de inviabilizar Brasília, os programas de industrialização e modernização do país, de energia e transporte; e ao suicídio, com um tiro no peito, do Presidente Getúlio Vargas. 
Carlos Lacerda, apelidado de "O Corvo", símbolo e quintessência do golpismo hipócrita, canalha, entreguista e mau caráter, dizia de JK, em uma frase digna de um manual da CIA à época da Guerra Fria, que tornou-se uma espécie de roteiro estratégico dos golpistas latino-americanos: "esse homem não pode ser candidato. Se for candidato, não pode ser eleito para a Presidência da República. Se for eleito, não podemos permitir que governe, e se governar, ele tem que ser derrubado". 

Os “políticos”, como chamados, genericamente, pela massa conservadora que os despreza e odeia - com todos os seus defeitos, que espelham a formação, limitações e idiossincrasias de seus eleitores - estão longe de ser perfeitos. 

E isso não ocorre apenas aqui, mas em todas as nações democráticas do mundo.

Mas é a eles que pertencem os votos. 

Votos que, não interessa a quem sejam dirigidos, se escudam no sagrado artigo primeiro da Constuição Federal, que reza que “todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido”. 

É esse poder que deve ser respeitado e obedecido, acima de todos os outros, que dele derivam, como base e introito da Constituição, da República, da Lei, da Democracia e da Liberdade. 

Há quem tenha se habituado, nos últimos tempos, a tratar o voto como se este fosse um aspecto secundário da vida política nacional, que pode ser questionado, desrespeitado, relevado ou contornado, com base em ações de um ou outro segmento do Estado ou da opinião pública. 

A atual caça às bruxas deriva da íntima convicção que têm setores do Ministério Público, da Polícia Federal e da Magistratura - não todos, graças a Deus - de que foram indiretamente escolhidos por Ele, por meio de concurso, para consertar o país, punir e exemplar a “classe” política, e corrigir distorções eventualmente criadas pelo voto “equivocado” - que na verdade é direto e soberano - de milhões de cidadãos brasileiros. 

Trata-se de temerário e perigoso engano. 

O papel da Polícia, do Judiciário, do Ministério Público, é fazer cumprir a lei, e, para isso, é preciso obedecê-la, primeiro, de forma plena, rigorosa e respeitosa. 

E o papel de julgar, moralmente, seus representantes, é do povo brasileiro - por meio da urna - e não de instituições que estão ali para ser igualmente julgadas pelo povo e para servir à população que paga, com seus impostos, seus salários.

Nesse aspecto manda mais o eleitor do que o Juiz, o Policial, o Procurador. 

Já que é preciso entender e reconhecer o fato, cristalino, de que trabalhar para o cumprimento da Lei não coloca ninguém acima da própria. 

E que é necessário compreender que o exemplo tem que partir dos servidores do Estado, que a ela devem a mais estrita obediência e observância dos grandes princípios que a norteiam. 

No Brasil de hoje, parece que nos esquecemos de tudo isso. 

Como nos piores regimes autoritários, instalou-se, na parte mais intolerante e ignorante da população e em certos setores do Estado, um clima de desatado linchamento que justifica e promove a prisão de brasileiros sem nenhuma prova, na maioria das vezes apenas com base em delações e ilações, e joga-se a chave da cela fora até que o cidadão, abandonado praticamente à própria sorte, invente uma história qualquer para delatar o próximo da fila, igualmente sem provas, para reaver alguma perspectiva de liberdade. 

Nessa situação absurda e surreal, que só chegou onde chegou porque não foi corrigida, controlada, desde o início, e deixou-se correr solto o processo de formação de um consenso jurídica e constitucionalmente insustentável, por meio do estabelecimento de um comportamento de boiada em alguns segmentos da opinião pública, que, entre outras coisas, insultam, ameaçam, impune e permanentemente, todos os dias, juízes do STF e a própria instituição, nos portais e redes sociais. 

Pretende-se impor, na base da pressão intensa e diuturna dessa parte da população - da qual fazem parte grupos nada “espontâneos” - a vontade de juízes de primeira instância, procuradores e policiais, não apenas ao Supremo Tribunal Federal, mas também ao Congresso Nacional e ao Executivo, como se o poder de que dispõem para fazer o que estão fazendo fluísse de fonte própria, e não do próprio Legislativo, que tem a prerrogativa, garantida por milhões de votos, de organizar-se a qualquer momento - nesse caso, com imprescindível urgência - para votar e alterar leis que tolham eventuais excessos e arbitrariedades, permitindo a correção da perigosa rota que estão tomando os rumos nacionais. 

Os juízes têm que parar de decidir por pressão da mídia e dos internautas que habitam o espaço de comentários dos portais e redes sociais - internautas que acham que podem obrigar o país a fazer o que lhes dê na telha - e de promover o espetáculo e a evidência para, ao buscar a aceitação e a admiração dessa minoria - porque de minoria se trata, não haja dúvida, como vemos nas últimas pesquisas - alimentar o seu ego e sua vaidade, e, em última instância, suas eventuais pretensões políticas ou eleitorais. 

Se os juízes e procuradores quiserem alterar o texto da lei, ou fazer política, devem recolher-se a seu papel constitucional, e preparar-se, com todos os ônus dessa decisão, para candidatar-se, no momento certo, como representantes. 

Até lá, só lhes resta aceitar e acatar as decisões do Supremo Tribunal Federal e do próprio Congresso Nacional, que possui - com todos seus eventuais defeitos - poder para legislar do modo que bem lhe aprouver. 

E ao Supremo Tribunal Federal, continuar trabalhando, paulatinamente - mas com firmeza cada vez maior - frente à Nação e à História, no fortalecimento de suas prerrogativas e autoridade, que estão sendo desafiadas constantemente por ameaças e pressões de todo tipo. 

Restaurando plenamente o Império da Lei e do Estado de Direito, para fazer cumprir, de forma clara, transparente, incontestável, o que está escrito na Constituição da República.

MORO, QUEM É O GRIZZO, AMIGO DO TEMER?



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/moro-quem-e-o-grizzo-amigo-do-temer



Brito vai fundo na denúncia da propina interina...

publicado 04/07/2016
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Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, no Tijolaço:

Quem é o Grizzo, da Argeplan e amigo do Temer? Perguntem ao Moro…

Depois da sensacional revelação de hoje do Paulo Henrique Amorim, em seuConversa Afiada, de que a origem do conglomerado empresarial do coronel reformado da PM paulista João Baptista de Lima, apontado pelo delator José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix, como intermediário na arrecadação de recursos ilícitos em um dos contratos da Eletronuclear, como “pessoa de total confiança de Michel Temer” que teria favorecido a contratação da empresa Argeplan para as obras de Angra 3 era uma modestíssima empresa de paisagismo, de apenas 500 reais de capital social, o Tijolaço foi atrás da história do famoso Lima, já que a nossa investigativa imprensa não vai.
E acabou encontrando outra incrível coincidência, como você verá adiante.
Lima, como se sabe, é o citado como “sócio de Temer” numa caixinha de propinas do porto de Santos, que apareceu numa ação de pensão alimentícia movida pela ex-mulher de outro propineiro.
Amorim mostra que ele tinha sociedade numa pequena empresa de paisagismo, a PDA – Projetos e Direção de Arquitetônica e, com ela, criou a PDA – Participações e Administração, uma holding empresarial (veja aqui a certidão da Junta Comercial de SP), com capital de R$100 mil, em 31 de outubro de 2011.
Um mês e meio antes, em 15 de setembro, Lima havia se tornado sócio da Argeplan, uma empresa voltada originalmente para projetos de arquitetura, o que pode ser comprovado pela reprodução de uma das páginas de sua ficha cadastral na Jucesp (veja aqui).
Tanto a Argeplan não se voltava para a área de construções que não tinha, como manda a lei, um diretor-técnico para isto. Só passou a ter quando para esta função foi indicado o senhor Geraldo Grizzo, como você pode verificar na reprodução do registro da Junta Comercial ao lado.
E o que tem o senhor Grizzo?
Uma história bem interessante.
É o presidente do PMDB de Jaú, em São Paulo, e no jornal Correio de Jahu diz ter intimidade com Temer:
Grizzo, que esteve com Temer há pouco mais de um mês, pretende agendar audiência no Planalto de que participarão Agostini e o vice-prefeito Sigefredo Griso (PMDB). A intenção é destrancar a principal vitrine do governo federal em Jaú – as obras de mais de R$ 40 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Talvez tenha mesmo, porque foi um modesto doador (R$ 1,5 mil) da campanha de Temer a deputado federal, em 2006.
Mas não é só isso.
Grizzo esteve metido em boas confusões.
Na Operação Curaçao da Polícia Federal, seu nome apareceu como um “laranja” de US$ 24 milhões.
É o que escreveu ninguém menos do que o Dr. Sérgio Fernando Moro, o mesmo da Operação Lava Jato:
34) conta aberta no FCIB em nome de Geraldo Grizzo (fls. 90-92 do apenso I e apenso XII): – movimentação de USO 24.299.138,00 em cerca de 1.205 transações; – ramo de atividades do titular da conta identificado no cadastro do FCIB “business services”, e endereço do controlador da conta em Jáu/SP, especificamente na Rua Anselmo Walvekens, 162, e em São Paulo/SP, especificamente na Av. Brigadeiro Faria Lima, 2961; – documentos da conta com as assinaturas de Geraldo Grizzo; Pelo que se depreende da documentação, a conta era controlada por Geraldo Grizzo, que a controlava a partir de São Paulo.
Em, um laudo da Polícia Federal, no STJ negando que fossem dele as assinaturas e que seu nome fora usado – não se sabe por que infeliz coincidência, claro – como “laranja” serviu para o arquivamento do processo contra Grizzo.
Grizzo também teve sorte no processo em que o juiz 2ª Vara Cível de Jaú, Leonardo Labriola Ferreira Menino, o condenou, em 2011, a ressarcir os cofres da Prefeitura da cidade, entre 1989 e 1992, por conta do superfaturamento de uma empresa que ganhou todas as 34 licitações de recapeamento asfáltico do município. Em 2013, o Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu todos os condenados.
O Dr. Grizzo, havendo repórteres, seria um personagem interessante para eles.