domingo, 22 de maio de 2016

Léa Maria: "Aquarius", um filme de resistência




FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/lea-maria-aquarius-um-filme-de-resistencia



"A direita quer boicotar porque mostra justamente um Brasil que eles tentam esconder"
publicado 22/05/2016
sonia braga
Sonia Braga de volta à Terra do Sol
Conversa Afiada republica da Carta Maior crítica de Léa Maria, sempre de brilho intenso:


Aquarius, um filme de resistência

Aplaudido no festival de Cannes, Aquarius é um filme que a direita quer boicotar porque mostra justamente um Brasil que eles tentam esconder. 

Aquarius é um filme de resistência,” disse o diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, 48 anos, em entrevista coletiva, esta semana, diante da mesma entusiasmada recepção de público e de crítica com que Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, foi saudado no Festival de Cinema de Cannes em 1964 – outro filme de resistência.
 
A semelhança não pára aí. O clássico filme incendiário de Glauber foi apresentado pela primeira vez, em sessão fechada, no Rio de Janeiro, quatro dias depois do comício de Jango, na Central: 17 de março de 64. Agora, com uma notável atuação de Sonia Braga (ressaltada pela mais respeitada crítica internacional) Aquarius, libelo contra a especulação imobiliária desenfreada que desfigura as grandes cidades brasileiras, parece simbolizar aquilo em que está se transformando a sociedade brasileira como escreveu o crítico do jornal britânico The Guardian, Peter Bradshaw: "Essa rica e misteriosa história brasileira é sobre desintegração social".
 
Para ele, o roteiro, escrito por Kleber, sobre uma mulher de 66 anos, crítica musical aposentada, em pé de guerra contra uma construtora que quer demolir o prédio em que mora, é "linda" e "surpreendente."
 
Já o crítico brasileiro e editor do site Filme B, Pedro Butcher, lembra que o diretor tem um ”controle absoluto do cinema”, demonstrado em O Som ao Redor, seu primeiro longa- metragem de ficção.

"Toda a mídia do Brasil falou sobre o gesto do protesto,” observa surpreso, o autor de Aquarius, que também é roteirista, tem formação jornalística e já exerceu a crítica de filmes, a respeito do protesto e da denúncia do elenco no tapete vermelho do festival.
 
“Aproveitar os holofotes de Cannes deu certo", disse nas primeiras entrevistas concedidas depois da exibição oficial. “O filme é de resistência e é um pouco um filme de sobrevivência; mas mais ainda se trata de um filme sobre a energia necessária para existir. Às vezes cansa, mas há que encontrar mais energia para continuar a lutar. Penso que a Sônia entendeu isso logo”.
 
Outro diretor brasileiro que se apresenta em Cannes este ano, na categoria de documentário, com o filme Cinema Novo, Eryk Rocha, filho de Glauber, comenta que o atentado à produção de cultura sofrida pelo país, neste momento, “revela a falta de visão e de dimensão estratégica da importância da cultura e da educação no Brasil. E talvez elas sejam as duas coisas mais importantes do mundo contemporâneo no século 21. São questões estratégicas de Estado de muitos países desenvolvidos, como aqui na França, e essa fusão de ministérios, no Brasil, revela uma miopia, uma falta de projeto, tanto de cultura quanto de educação.” Eryk foi outro que, em suas entrevistas, se mostrou radicalmente contra o impedimento da presidente Dilma e denunciou o golpe.
 
Na trama, que como afirma o The Guardian, é, de certa forma, uma metáfora do Brasil, “abordando temas como nepotismo, corrupção e cinismo”, Sonia Braga, no seu desempenho do personagem de Clara, brilha e deixou fascinados os críticos presentes ao festival. “Clara já é uma das heroínas mais revolucionárias do cinema brasileiro, uma mulher forte como  não se encontra no cinema nesta faixa etária: na sua potência como mãe, na sua potência profissional, na sua potência erótica,” louvou o jornal português O Público.
 
A inesquecível Dona Flor, por sua vez, comenta: “O problema é com os ricos. Querem tirar a todos tudo o que eles têm e querem fazer as cidades feias,” ela acrescentou, no encontro com a mídia, à afirmação do ator Humberto Carrão, outro do elenco de Aquarius, que fala da “falta de educação dos ricos.” Ambos se referiam ao contexto da personagem no filme, uma sexagenária, a única habitante de um edifício na Praia da Boa Viagem, no Recife dos anos 40, que, não querendo abandonar as suas memórias, torna-se “um foco de resistência para os projetos de uma imobiliária e da sua ferocidade,” como diz O Público.
 
Outros calorosos elogios vêm da revista americana Variety, uma das mais importantes da indústria cinematográfica. Para ela, Sonia está "incomparável" no papel de Clara. O autor do texto, Jay Weissberg, definiu Aquarius como um filme "mais sutil, mas não menos maduro" do que O som ao redor, de quatro anos atrás.
 
Para a jornalista Letícia Constant, do Le Monde, o longa é um forte candidato na corrida pela Palma de Ouro. E a conceituada crítica de cinema do jornal, Isabelle Regnier, considerou Aquarius o melhor filme exibido até agora na competição oficial. O jornal escreve que o diretor pernambucano enfoca os problemas do Brasil contemporâneo com beleza e musicalidade.
 
Ela considera um gesto "simples e forte” o protesto dos artistas no tapete vermelho: “Faz eco à revolta da personagem Clara, interpretada por Sônia Braga.”
 
O Libération também adorou o filme de Kleber que deve estrear no Brasil ainda no segundo semestre deste ano.  O diário de esquerda destaca que ele apresenta no filme um retrato magnífico dos males da sociedade brasileira por meio da Clara “em luta contra a ganância do capitalismo”. Para o Libé a atuação de Sônia Braga é “resplandecente”.
 
O crítico Luiz Joaquim, do site www.cinemaescrito resume as confluências do filme de Glauber e de Mendonça: “Assim como Deus e o diabo assombrou a todos por mostrar o óbvio no que diz respeito a questões da reforma agrária (e não apenas isso), tão em voga no Brasil daquele ano, Aquarius deverá encantar a todos em função de uma muito bem delineada personagem feminina, sexagenária e determinada a nunca renunciar àquilo que acredita ser o correto - mesmo que para isso precise lutar sozinha contra um gigante milionário em recursos financeiros e políticos.”
 
“Soa familiar?” ele pergunta.
 
Sim. É trágico viver para ver que, 52 anos depois de Glauber, entre lutas, idas e vindas, recuos e vitórias políticas e sociais progressistas, depois de tanto sofrimento, o povo brasileiro, como a Clara do pernambucano Kleber, é acossado pelo espírito da mesma malta que retorna desavergonhada, para desmontar uma jovem democracia.

Resumindo, para O Público,  Aquarius é um filme sensualíssimo, sereno e sinistro sobre a memória ameaçada. Para a tradicional revista francesa Première, o cineasta Kleber Mendonça Filho traçou uma crônica da sociedade brasileira com “ maestria e uma melancolia impressionantes."

Vídeo espetacular: Samba pela Democracia!



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/


#LutarSimTemerJamais


VEJA ESTE VÍDEO CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA

No rombo do Temer R$ 170 bi cabe tudo




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http://www.conversaafiada.com.br/economia/no-rombo-do-temer-r-170-bi-cabe-tudo



Barbosa: isso é marquetagem do Meirelles

publicado 22/05/2016
bessinha desvalidos

O Conversa Afiada reproduziu agudo artigo do Fernando Brito sobre o rombo do Temer.

Quem percebeu o tamanho do buraco foi o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco que, estranhamente, não fez parte da equipe de salvação nacional...

Numa entrevista ao Estadão, em comatoso estado, Franco, que afundou o Brasil com a super-valorização do Real e foi sumariamente demitido pelo FHC, chegou ao ponto de encontro com o Cerra: um rombo desse tamanho só se corrige com a venda de ativos!

Passar tudo nos cobres!

A preço de banana como o Cerra e o Fernando Henrique fizeram com a Vale.

Como o Malan e o Fernando Henrique que, além da Petrobrax, prometeram ao FMI vender o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa!

(É o que se lê, no trepidante "O Quarto Poder", nas págs. 418 e 419, no capítulo de titulo "FHC entregou a Petrobras - ao FMI e ao Citibank - antes de eleito".)

Recomenda-se a leitura do texto do Nelson Barbosa, ministro da Fazenda da Dilma (que nos poderia ter poupado o Levy...) sobre a marquetagem do Meirelles:


Sobre a Revisão da Meta Fiscal

(*) Nelson Barbosa

A equipe econômica, ao definir a nova meta de resultado primário para
2016, manteve, na sua essência, a estratégia de política fiscal
anunciada no início do ano e encaminhada ao Congresso Nacional por
meio do PLN01/16.
De forma idêntica ao anunciado em março, o governo em exercício
novamente solicitou ao Congresso espaço para acomodar frustrações
de receita, pagar investimentos e manter ações emergenciais. As
estimativas e parâmetros que fundamentaram a decisão foram
novamente atualizadas pelas equipes técnicas do Tesouro Nacional,
Receita Federal e Secretaria de Orçamento.
O valor dos recursos a serem descontingenciados na proposta do
governo provisório é o mesmo apresentado em março: R$ 21,2
bilhões. Também é igual o valor destinado ao PAC (R$ 9 bilhões), à
Defesa (R$ 3,5 bilhões), à Saúde (R$ 3,0 bilhões) e às transferências
da Lei Kandir (R$ 1,95 bilhão).
A apropriação da proposta do PLN01/16 pelo governo interino
evidencia a necessidade de flexibilização da meta de resultado
primário no curto prazo para que se mantenham os investimentos
públicos, as despesas essenciais do governo e a acomodação das
frustrações de receitas que têm se mostrado crescentes em função da
queda do nível de atividade econômica.
Em relação a proposta anunciada em março, as principais
modificações da proposta anunciada na sexta, 20 de maio, estão
concentradas em três pontos:
1) A revisão dos parâmetros macroeconômicos, que afetou as
projeções de receitas e despesas, faz parte dos trabalhos
normais de revisão da programação fiscal realizado
periodicamente pelas equipes técnicas dos ministérios da
Fazenda e do Planejamento. Cabe ressaltar que foi mantida a
estratégia adotada, desde o final de 2014, de basear as
projeções do governo em parâmetros de mercado. Nesse
ponto não houve, portanto, nem mais nem menos realismo por
parte do governo provisório.
2) A decisão de retirar das estimativas de receita e despesa
valores relacionados a projetos em tramitação no Congresso
Nacional, como a PEC da CPMF e o PL 4495/16, que
aperfeiçoa o pagamento de precatórios por parte da União, ou
medidas administrativas que poderiam ser implementadas
imediatamente pelo governo, como a melhoria de gestão na
Previdência e na concessão de benefícios assistenciais de
prestação continuada.
3) A decisão de incluir um teto para os passivos contingentes
decorrentes da renegociação das dívidas dos estados. Na
proposta apresentada em março, a iniciativa já constava
como uma das possibilidades de redução da meta fiscal, mas
não tinha sido fixado um valor máximo para o impacto fiscal
dessa renegociação devido à incerteza política e econômica
de tal processo.
Com base nos fatos acima, a nova proposta de redução da meta fiscal
dá continuidade à estratégia de flexibilização da política fiscal
anunciada pelo governo no início desse ano, por ocasião da reunião
do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em janeiro,
iniciada com a abertura do orçamento, em fevereiro, e formalizada
através do envio do PLN01/16, ao Congresso Nacional, em março.
Porém, a elevação substancial da previsão do déficit primário previsto
para 2016, sem a apresentação de medidas para reduzi-lo, acabou por
transformar a meta fiscal em um “piso fiscal”. Na prática, como dito
pelo Ministro do Planejamento na entrevista coletiva, a meta de déficit
de R$ 170,5 bilhões constitui um valor máximo para o déficit primário,
ou seja, um valor capaz de acomodar os cenários mais pessimistas de
frustração de receita e aumento de despesas.
Para facilitar a comparação entre as duas propostas de redução da
meta, a tabela 1 apresenta um resumo dos principais números
apresentados em março e maio.

(...)

A redução de R$ 196,5 bilhões da meta fiscal anunciada na sexta-feira,
20, pelo governo provisório contempla os R$ 120,7 bilhões já
incluídos na proposta de redução da meta apresentada em março.
Sobre a redução adicional de R$ 73,8 bilhões, cabe ressaltar que a
proposta apresentada em março também incluía a possibilidade de
redução da meta por passivos contingentes decorrente da
renegociação das dívidas estaduais, mas sem especificar um valor. Na
proposta anunciada ontem isso foi incorporado, mas com a definição
de um teto de R$ 19,9 bilhões.
A “novidade” da proposta atual consiste, portanto, em reduzir a meta
fiscal desse ano em mais R$ 53,9 bilhões, sendo R$ 25,9 bilhões
decorrentes da redução adicional de projeção de receita líquida e R$
28 bilhões do aumento da projeção de despesas obrigatórias, em
grande parte, decorrente da não incorporação de medidas em
tramitação no congresso nacional.
Em contraste com os R$ 170,5 bilhões de piso para o déficit primário
da União anunciados pelo governo interino, a média das expectativas
de mercado, levantadas pelo Ministério da Fazenda, aponta para um
déficit de R$ 104 bilhões nesse ano1. Esse valor é compatível com a
proposta de redução da meta apresentada ainda em março, acrescida
do impacto da renegociação das dívidas estaduais.
Independentemente das diferenças de projeções e avaliações sobre o
cenário fiscal de 2016, é significativa a opção do governo por seguir a
estratégia fiscal anunciada no início desse ano, qual seja: combinar a
flexibilização da política fiscal no curto prazo com reformas fiscais de
longo prazo que diminuam o crescimento do gasto obrigatório da
União.
As propostas de março foram apresentadas e encaminhadas ao
Congresso Nacional por meio do PLN01/16 e PLP257/16, de forma
transparente e realista, com base nos parâmetros macroeconômicos
estimados à época – cabe ressaltar que realizados com a mesma
qualidade e rigor técnico inerente às equipes que permanecem no
comando das principais secretarias do Ministério da Fazenda e do
Planejamento.
Apesar de urgente, o debate sobre a mudança da meta fiscal foi
bloqueado ao longo dos primeiros meses de 2016 pela crise política,
que não permitiu, sequer, a instalação da Comissão Mista de
Orçamento pelo Congresso.
Neste momento tudo indica que parlamentares que antes se
posicionavam contra qualquer revisão da meta fiscal e de projetos
importantes para a gestão fiscal irão abrir mão dos debates e
audiências públicas para aprovar a mudança da meta em tempo
recorde.
A aprovação da mudança da meta fiscal é necessária e urgente para
evitar o contingenciamento total das despesas discricionárias da
União, que nada ajudaria a economia brasileira nesse momento de
redução da atividade econômica e acabaria por prejudicar a prestação
de serviços públicos essenciais à população.
O que é curioso no momento atual é a mudança súbita de
interpretação política sobre a mesma estratégia fiscal apresentada no
início desse ano. Diante dessa mudança, não causa surpresa que a
atual equipe econômica tenha que relançar a mesma proposta fiscal
apresentada em março como uma "novidade", como uma nova era de
"realismo fiscal".
Na verdade, o realismo fiscal e a mudança de foco do ajuste fiscal
para a reforma fiscal já estão em prática desde o início desse ano.
A diferença, agora, é que a equipe econômica decidiu rebaixar
excessivamente as expectativas sobre o resultado fiscal para que, de
hoje em diante, a adoção de qualquer medida que melhore as finanças
públicas, mesmo aquelas já propostas pelo governo no final de 2015 e
início de 2016, sejam retratadas como “novidades” ou “avanços” por
parte do governo interino.
Independentemente da retórica política que se adote, uma análise
imparcial dos números apresentados ontem indica que a meta fiscal se
transformou num piso fiscal, uma espécie de “cheque especial” de até
R$ 170,5 bilhões que permite uma redução substancial de receitas e
um aumento também substancial de despesas, e que dificilmente
deixará de ser cumprido. (Ênfase minha - PHA)

* Economista, foi ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff.



Amorim deposita Cerra num cantinho




FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/amorim-deposita-cerra-num-cantinho


O Cerra vai tirar os sapatos para entrar em Nova York, perguntaria o Celso Lafer... - PHA


publicado 22/05/2016
cannes
Cerra, vai denunciar o bolivariano Festival de Cannes? - PHA (Foto: Jean-Paul Pelissier/Reuters)
Conversa Afiada entrevistou o (grande) Ministro Celso Amorim sobre a jestão (revisor, não mexa aí) entreguista de Cerra no Itamaraty.

O que ele pretende fazer com a África, com a diplomacia de um país majoritariamente negro? - foi um dos temas da entrevista.

(É que na Moóca não tem negros e o chanceler saiu da Moóca, mas a Moóca não saiu dele.)

Agora, em antológico artigo na Fel-lha, Amorim encontrou o espaço em que Cerra pretende enfiar o Brasil:


Guinada à direita no Itamaraty

Uma imagem vale mais que cem palavras, diz o provérbio chinês; e uma ação vale por cem imagens, poder-se-ia complementar. E, no entanto, na diplomacia, as palavras podem ter grande peso.

A combinação das palavras com as ações em matéria de política externa, que se ouviram ou viram até aqui, inspira preocupação.

É até compreensível que o novo chanceler do governo interino defenda o processo que o guindou ao cargo, amplamente criticado no mundo, ainda que uma grande parte da população brasileira considere tal processo ilegítimo.

E não estamos falando apenas dos militantes do PT e do PC do B, mas de artistas e intelectuais, que, de maneira intuitiva, interpretam a alma do povo. Certamente, a imagem da equipe do filme "Aquarius", estampada pela Folha em sua primeira página da edição de quarta-feira (18), contrasta, inclusive por sua diversidade, com as figuras cinzentas que aparecem na cerimônia de posse do presidente interino. 

 Por um momento, ao vê-las, com os áulicos de ontem e de sempre, fui transportado aos eventos palacianos do tempo do governo militar, quando não se viam mulheres, negros ou jovens.

O que assistimos no Itamaraty guarda semelhança com esse quadro mais amplo.

Em suas primeiras ações, o novo chanceler disse a que veio: com palavras incomumente duras, que fazem lembrar os comunicados do tempo da ditadura, como a acusação de que governos de países da nossa região estariam empenhados em "propagar falsidades", as notas divulgadas (aliás, estranhamente atribuídas ao Ministério das Relações Exteriores e não ao governo brasileiro, como de praxe, com o intuito provável de enfatizar a autoria) atacam governos de países amigos do Brasil, ameaçam veladamente o corte da cooperação técnica a uma pequena nação pobre da América Central e acusam o secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), um ex-presidente colombiano, eleito pela unanimidade dos membros que constituem a organização, de extrapolar suas funções.

Um misto de prepotência e de arrogância pode ser lido nas entrelinhas, como se o Brasil fosse diferente e melhor do que nossos irmãos latino-americanos.

Talvez, por prudência (ou temor do sócio maior dessa entidade), as notas evitaram palavras equivalentes sobre a OEA (Organização dos Estados Americanos), a despeito das expressões críticas do seu secretário-geral e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Até o momento, eximiu-se de manifestar-se sobre as preocupações expressadas pela pequena, mas altiva Costa Rica, insuspeita de bolivarianismo.

Mas o que mais preocupa é o afã em diferenciar-se de governos anteriores, acusados de ação partidária, como se esta só existisse na esquerda do espectro político. Quando o partido é de direita, e as opções seguem a cartilha do neoliberalismo, não haveria partidarismo. Tratar-se-ia de políticas de Estado.

Há muito que "especialistas", cujos discursos são ecoados pela grande mídia, acusam de "partidária" a política externa dos governos Lula e Dilma, esquecendo-se que muitas de suas iniciativas foram objeto de respeito e admiração pelo mundo afora, como a própria Unasul —aparentemente desprezada pelos ocupantes atuais do poder— os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul; sem os quais não teria havido a primeira reforma real, ainda que modesta, do sistema de cotas do FMI e do Banco Mundial) e o G-20 da OMC (Organização Mundial do Comércio), que mudou de forma definitiva o padrão das negociações em nível global.

Ao mesmo tempo, busca-se derreter o Mercosul, retirando-lhe seu "coração", a União Aduaneira (para tomar emprestado uma metáfora do presidente Tabaré Vasquez).

Em matéria comercial, o afã em aderir a mega-acordos regionais do tipo do TPP (a Parceria Transpacífico ) denota total ignorância das cláusulas, que cerceiam possibilidades de políticas soberanas (no campo industrial, ambiental e de saúde, entre outros).

Chega a ser espantoso que alguém que se bateu, com coragem e firmeza, pelo direito de usar licenças compulsórias para garantir a produção de genéricos, não esteja informado da existência de cláusulas, intituladas enganosamente de Trips plus (na verdade, do nosso ponto de vista, seriam Trips minus), que, de forma mais ou menos disfarçada, reduzem a latitude para o uso de tais medidas, no momento em que comissões de alto nível criadas pelo secretário-geral da ONU alertam para o risco de debilitar a Declaração de Doha sobre Propriedade Intelectual e Saúde, consagrada pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, aprovada pelos chefes de Estado na 20ª Assembleia Geral da ONU.

A África, de onde provém metade da população brasileira e onde os negócios do Brasil cresceram exponencialmente —sem falar na importância estratégica do continente africano para a segurança do Atlântico Sul- ficará em segundo plano, sob a ótica de um pragmatismo imediatista. Sobre os Brics, o Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), as relações com os árabes, uma menção en passant. Esqueça-se a multipolaridade, viva a hegemonia unipolar do pós-Guerra Fria. Nada de atitudes independentes.

A Declaração de Teerã, por meio da qual o Brasil, com a Turquia (e a pedido reiterado do presidente Barack Obama, diga-se de passagem) mostrou que uma solução negociada era possível, completou seis anos, no dia 17 de maio. Na época, foi exaltada por especialistas das mais variadas partes do mundo, inclusive nos Estados Unidos. Porém causou horror aos defensores do bom-mocismo medíocre em nosso país.

Mas as elites não terão mais nada a temer. Nenhuma atitude desassombrada desse tipo voltará a ser tomada. O Brasil voltará ao cantinho pequeno de onde nunca deveria ter saído.

CELSO AMORIM, diplomata de carreira, foi ministro das Relações Exteriores (governos Itamar e Lula) e da Defesa (governo Dilma) 

Na TIME: chanceler suspeito de negócios duvidosos com a Chevron!




FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/na-time-chanceler-suspeito-de-negocios-duvidosos-com-a-chevron


"Novo Governo não tem uma semana e já traz a semente de um escândalo"

publicado 22/05/2016
temer jamais
Chupa Globo, na cobertura da Virada Cultural, em SP
A publicação americana "Oilprice.com", que se hospeda no site da revista TIME, considera que a conversa do Padim Pade Cerra com a diretora da Chevron, captada no WikiLeaks, contém a semente de um escândalo!


Brazil’s New Foreign Minister Suspected Of Dubious Dealings With Chevron

Brazil’s new government is less than a week old, and already there are seeds of a scandal after a strong media backlash against the fact that the cabinet is all-white, all-male. Now a leaked cable from 2010, published on the WikiLeaks website, has put foreign minister Jose Serra in the spotlight.

The 2010 cable contains a quote from the then-presidential candidate Serra regarding the legislative framework of the development of Brazil’s pre-salt oil deposits, which goes as follows: “Let those guys [Worker's Party] do what they want. There will be no bid rounds, and then we will show everyone that the old model worked...And we will change it back.”

(...)

"Deixa esses caras do PT fazer o que quiserem... Aí, a gente vai mostrar que o sistema antigo (de concessão vs partilha do Lula e Gabrielli - PHA) funcionou. E vamos mudar isso tudo!"

Em tempo: o Conversa Afiada, sempre que necessário,vai regar o canteiro, para que essa semente frutifique...

PHA





Gilmar cavou o próprio impeachment!



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/gilmar-cavou-o-proprio-impeachment


Cada vez que ele fala o Supremo fica menor!


publicado 22/05/2016
bessinha gilmar
Do Ministro (sic) Gilmar (PSDB-MT):


“Não conhecia impeachment de vice-presidente”, diz Gilmar Mendes 

André Richter - Repórter da Agência Brasil
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (5) que nunca ouviu falar da possibilidade de impeachment de um vice-presidente da República. Em conversa com jornalistas antes da sessão da Segunda Turma do STF, Mendes disse também que a Câmara dos Deputados poderá recorrer à Corte para questionar a decisão do ministro Marco Aurélio, que determinou a abertura de processo de impedimento do vice-presidente, Michel Temer.

"Eu também não conhecia impeachment de vice-presidente. É tudo novo para mim. Mas o ministro Marco Aurélio está sempre nos ensinando", ironizou.

(...)

Diz o Artigo 52 da Constituição de 1988, devidamente estuprada pelos Golpistas:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

I -  processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade (ênfase minha – PHA), bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;

II -  processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;


Nos pênaltis, Bayern de Munique bate o Borussia e é campeão no adeus de Guardiola




COPA DA ALEMANHA 2016


Após 0 a 0 no tempo normal e prorrogação, Bayern vence por 4 a 3 nos pênaltis


 Gazeta Press
AFP / Christof Stache
Foi sofrido, dramático e emocionante. Mas Pep Guardiola se despediu na noite desde sábado do comando do Bayern de Munique com mais um título no currículo. Depois de um insistente 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, quando os jogadores já se arrastavam em campo, a vitória por 4 a 3 nos pênaltis deu aos bávaros a taça da Copa do Alemanha em cima do maior rival, o Borussia Dortmund, em uma linda festa no estádio Olímpico de Berlim, na capitão alemã.

A conquista representa o 18º título da Copa da Alemanha ao Bayern de Munique, que venceu novetaças de 2000 para cá. Campeão da Bundesliga (campeonato alemão) com dez pontos de frente justamente em cima da equipe de Dortmund, o Bayern chega ao seu sétimo título sob o comando do técnico espanhol, que a partir de agora assume o Manchester City, da Inglaterra, e dá lugar ao treinador Carlo Ancelotti. Além dos dois títulos desta temporada, Guardiola também levou o Mundial de Clubes (2013), a Supercopa da Uefa (2013), a Copa da Alemanha (2013/2014) e a Bundesliga em mais duas oportunidades (2013/2014, 2014/2015).

Antes do clássico, que recebeu 74.322 torcedores no estádio construído para os Jogos Olímpicos de 1936 e que também já sediou final de Copa do Mundo, em 2006, e da Ligas dos Campeões, em 2013, o Bayern superou Nottingen, Wolsburg, até então atuais campeões, Darmstadt, Bochum e Werder Bremem.

Enquanto isso, o Borussia Dortmund pagou o preço por ter abdicado de jogar da forma como atuou nos últimos meses. Apostando na força defensiva, o time aurinegro teve nas arquibancadas sua grande força e não soube aproveitar as poucas oportunidades que teve em raros contra-ataques.

Thomas Tuchel, de 42 anos, perdeu a grande chance de conquistar seu primeiro título na carreira e o zagueiro Mats Hummels se despediu de forma melancólica. Um dos maiores ídolos da história recente do Borussia, o alemão vai seguir o caminho já percorrido por Mario Götze, em 2013, e Robert Lewandowski, em 2014, e defenderá justamente o Bayern na próxima temporada. Visto como traidor por boa parcela da torcida vice-campeão neste sábado, Hummels sequer conseguiu encerrar a partida. Teve de ser substituído aos 32 minutos do segundo tempo por causa de câimbras. 

Só o início

Antes da bola rolar, a Alemanha mostrou que não é só em campo que tem dado show e evoluído a cada ano. A cerimônia pré-jogo arrepiou até mesmo aqueles que assistiam pela TV e aguçou ainda mais a expectativa pelo início do clássico com o estádio Olímpico de Berlim completamente lotado e dividido entre bávaros e aurinegros.

Com a bola rolando, o que se viu na primeira etapa foi um Bayern dominante, com maior posse de bola (62%) e mais agudo no ataque. Enquanto isso, o Borussia apostava na transição rápida e no seu forte setor defensivo, com três zagueiros. Reus e Aubameyang muitas vezes precisavam se virar sozinhos contra dois ou três marcadores.

Foram poucas chances de gol. Muller assustou duas vezes, aos 3 e aos 21 minutos, em chute de fora da área e em caeçada, após cobrança de escanteio, respectivamente. Aos 32, o brasileiro Douglas Costa recebeu na esquerda de Ribéry, cortou para dentro e bateu forte. O goleiro Burki espalmou e Lewandowski viu o árbitro ignorar seu pedido pênalti no rebote.

Só aos 43 minutos o Borussia conseguiu ser efetivamente perigoso, em bola parada. Mkhitaryan colocou a bola na área e, depois do ensaio bem feito, Bender teve a oportunidade de abrir o placar, se tivesse acertado em cheio na bola, que acabou chegando fraca às mãos de Manuel Neuer.

Fogo na arquibancada

Apesar de toda a organização e rigidez alemã, a final deste sábado também mostrou que torcedores não são tão diferentes assim em qualquer lugar do mundo. Antes do reinício do jogo, o árbitro precisou aguardar que se apagassem os sinalizadores oriundos da torcida de Dortmund, que formou uma espécie de ‘muralha amarela’ improvisada atrás de uma das metas, e levou muita fumaça preta campo a dentro. 

Bola rolando de novo

Mas, o Borussia só conseguia ser melhor na disputa externa, nas arquibancadas. Foi a bola rolar novamente para o Bayern de Munique voltar a se impor. Logo aos 6 minutos, Ribéry recebeu com liberdade dentro da área e bateu cruzado. Lewandowski, no carrinho, por pouco não abriu o placar. No lance seguinte, Douglas Costa voltou a assustar o goleiro Burki em lance pela direita. Pressão dos bávaros, enquanto a equipe de Thomas Tuchel tinha dificuldades de passar pelo meio de campo.

Mas, no futebol, o erro pode ser fatal. E no primeiro deslize do Bayern, o Borussia Dortmund esteve muito próximo de balançar as redes. Contra-ataque rápido pela esquerda com Reus, que serviu Aubameyang. O atacante recebeu e bateu forte, mas por cima do gol, aos 11 minutos.

Os espaços apareciam e a dramaticidade aumentava a cada minuto. O Beyern chegava a sofrer com alguns contra-ataques, mas aos 19 teve nova grande oportunidade de marcar. Muller fez jogada individual e serviu o artilheiro Lewandowski, que desperdiçou chance incrível já dentro da área.

Aos 29, foi a vez de Ribéry ter a sua chance. O atacante francês partiu para o mano a mano pela esquerda e bateu para grande defesa de Burki, que conseguiu fazer a intervenção mesmo depois de um desvio da bola no meio do caminho.

E aos 32 minutos se encerrou uma grande história. O zagueiro Mats Hummels sentiu uma lesão e teve de ser substituído. Foi o adeus do jogador, que defenderá justamente o Bayern de Munique na próxima temporada. Um dos maiores ídolos da história recente da equipe de Dortmund, Hummels foio visto como traidor por grande parte da torcida aurinegra.

Desta forma, a lamentação mesmo veio aos 39 minutos, quando o Borussia aproveitou amis uma bobeada do Bayern para sair em velocidade até a bola chegar aos pés de Aubameyang, que de frente para Neuer, bateu por cima. Inacreditável! A melhor oportunidade de gol do jogo. E a última, antes da prorrogação. 

Prorrogação

Com os jogadores exaustos, a partida não mudou seu perfil na prorrogação. A primeira etapa de 15 minutos teve mais uma vez o Bayern dominando territorialmente e o Borussia apostando em uma bola. Assim, logo na primeira jogada, Lewandowski ficou de frente para o goleiro Burki, mas Durm travou a batida de forma espetacular e salvou o time de Dortmund, que respondeu só aos 13 minutos, quando Mkhitaryan dominou dentro da área e bateu forte, pela linha de fundo.

Na segunda parte da prorrogação, os jogadores já não tinham mais condições ideias de praticar o mesmo futebol de antes. A cada saída de bola, era fácil identificar atletas agachados, pedindo água ou até mesmo atendimento médico. Ribéry, por exemplo, não aguentou e pediu para sair.
Assim, não teve jeito. Como no ano passado, Bayern e Munique e Borussia Dortmund foram aos pênaltis na Copa da Alemanha, com a diferença de que em 2015 o clássico era válido pelas semifinais.

Na cal

Nos pênaltis, o título ficou com o Bayern de Munique. O Borussia Dortmund começou batendo e marcando com Kagawa, mas Bender e Sokratis pararam em Neuer. Enquanto o goleiro Burki só defendeu a batida de Kimmich. Assim, com os pênaltis convertidos de Vidal, Lewandowski, Muller e, por último, o brasileiro Douglas Costa, a equipe de Guardiola chegou ficou com ataca, mesmo com as cobranças convertidas por Aubameyang e Reus, ainda pelo Dortmund.
FONTE:

Vasco joga mal, faz o básico contra o Tupi, mas vence a segunda na Série B





BRASILEIRÃO 2016 - SÉRIE B


02ª RODADA


Sonolento na maior parte do jogo, time de Jorginho derrota os mineiros por 1 a 0, gol do zagueiro Luan, e está na ponta da tabela. Invencibilidade sobe para 29 partidas




Por
Rio de Janeiro




Gol Vasco Luan - Nenê - Vasco x Tupi (Foto: THIAGO RIBEIRO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)
Luan carrega Nenê nas costas: camisa 10 cruzou, 
zagueiro marcou de cabeça (Foto: THIAGO 
RIBEIRO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)


A invencibilidade continua. Agora, são 29 partidas sem perder. Nos dois primeiros compromissos da Série B, duas vitórias. Mas o futebol do Vasco na tarde deste sábado, em São Januário, contra o Tupi-MG, foi sonolento. Sem criatividade, e em alguns momentos aparentemente sem vontade, o time do técnico Jorginho fez o básico. O zagueiro Luan, de cabeça, marcou o único gol do confronto. O resultado de 1 a 0 não convenceu. O Galo Carijó acertou o travessão de Martín Silva duas vezes, foi perigoso em outros lances, mas faltou eficiência.  

Com o resultado, o Vasco chega aos seis pontos e já é o primeiro na tabela. O Tupi perde mais uma e começa mal a sua campanha na Segundona. Em duas partidas, duas derrotas. As equipes voltam a campo na próxima terça-feira. O Cruz-Maltino enfrenta o Vila Nova, em Brasília, enquanto o Galo Carijó vai receber o Paysandu, em Juiz de Fora.  

Deu sono. Um primeiro tempo que deixou muito a desejar em São Januário. O início de jogo deu a impressão de que seria animado, quando o Tupi testou Martín Silva em chute de Jonathan e depois acertou o travessão num chutaço de Filipe Alves, isso aos dois minutos. Pouco depois, aos cinco, o Vasco perdeu o meia Andrezinho, machucado. O garoto Evander entrou e teve boa participação. A monotonia só foi quebrada aos 21. Thalles ganhou do zagueiro na corrida e bateu forte. O goleiro Glaisson pegou. Só que o goleirão não foi tão bem um pouco depois. Aos 37, Nenê cobrou falta para a área, o camisa 1 saiu muito mal, e o zagueiro Luan abriu o placar. Placar magro, futebol ruim.

A postura do Vasco melhorou muito no começo da etapa final. O time manteve o domínio, mas mostrou-se disposto a tentar resolver o jogo. Só que as tentativas não empolgavam. Ao contrário. Foi uma superioridade sem resultado. O Tupi passou a acreditar. E avançou. Aos 23, o volante Marcelo Serrato chutou de longe e acertou o travessão do Vasco novamente. Quatro minutos depois, Martín Silva parou um bom chute de Henrique. Só que a expulsão de Jonathan prejudicou a tentativa de empate, e os vascaínos ainda chegaram duas vezes. Primeiro, com Thalles, que teve tarde ruim na Colina e não conseguiu voltar a marcar. Depois, com Nenê, que quase fez um gol olímpico.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-b/noticia/2016/05/vasco-joga-mal-faz-o-basico-contra-o-tupi-e-vence-segunda-na-serie-b.html

Flu vira sobre Santa Cruz, mas pênalti equivocado decreta o empate: 2 a 2




BRASILEIRÃO 2016 

02ª RODADA



No segundo gol tricolor, de Gum, lance que deu origem ao escanteio teve Fred em posição irregular. Com resultado, time nordestino assume liderança provisória




Por
Rio de Janeiro




(OBS, DO BLOG:
VEJA O VÍDEO CLICANDO 
NO LINK DA FONTE NO
FINAL DA MATÉRIA ABAIXO)




Em jogo intenso no Raulino de Oliveira, Fluminense e Santa Cruz empataram em 2 a 2, com direito a polêmica. Grafite abriu o placar para o time nordestino aos sete minutos do segundo tempo. Em outros sete minutos, a equipe carioca virou, com Scarpa de falta aos 12, e Gum aos 14. A partida continuou bastante disputada, em ritmo veloz, e um equívoco da arbitragem acabou decretando o empate. Aos 37, Grafite recebeu na área, teve alguma dificuldade para dominar, e, quando ajeitou para chutar e levou a perna para trás, esbarrou em Wellington Silva e caiu. A arbitragem marcou pênalti, que ele mesmo bateu para dar números finais ao placar: 2 a 2. Com o empate, o Santa Cruz, por ora, é líder do Brasileiro.

Com o empate, o Fluminense chega aos quatro pontos em dois jogos neste Campeonato Brasileiro e ocupa, por ora, a segunda posição. O Santa Cruz, por sua vez, tem o mesmo número de pontos, mas leva vantagem no saldo de gols e por ora é líder da competição. Na próxima rodada, na quarta-feira, o Fluminense irá a São Paulo para enfrentar o Palmeiras, enquanto o Santa Cruz receberá o Cruzeiro no Arruda - ambos os jogos às 21h45.


Fluminense x Santa Cruz (Foto: Reprodução)
Fred foi bem marcado pelos defensores 
do Santa Cruz e não marcou gols 
(Foto: Reprodução)


O Fluminense começou o jogo no ataque, mas o primeiro lance de perigo foi um contragolpe do Santa Cruz em falha de Pierre. Keno sobrou livre, mas se enrolou e facilitou a vida de Cavalieri. Aos 23, uma bela conclusão de Richarlison, de bicicleta, terminou nas mãos de Tiago Cardoso. Pouco ameaçado, o Santa Cruz, aos 35, após boa jogada de Grafite, só esbarrou na falta de pontaria de Keno. Aos 44, mais um lance de muito perigo: Keno recebeu de Léo Moura, chutou, a bola desviou em Fernando Gabriel e por muito pouco não foi para a rede.

O segundo tempo começou em ritmo menos intenso, com o Fluminense novamente com maior posse de bola. E, de novo, quem chegou foi o Santa Cruz. Aos sete minutos, Thiago Costa fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Grafite, em dividida com Wellington Silva, completar: 1 a 0. Mas a alegria durou pouco: de falta, Scarpa empatou aos 12. E a virada também veio a jato. Aos 14, gol de Gum, e polêmica. Fred estava impedido no lance que originou o escanteio, e, após a cobrança concluída pelo zagueiro, Gerson também estava em posição irregular - mas a arbitragem considerou que não participou da jogada.

Fred desviou, Gum tentou de cabeça, o goleiro pegou e, na sobra, o zagueiro empurrou para a rede: 2 a 1. Aos 37, pênalti inexistente de Wellington Silva em Grafite. O atacante esbarrou no lateral quando tentou armar o chute e foi ao chão. O árbitro Jaílson Freitas marcou. Ele mesmo cobrou e empatou: 2 a 2. A torcida tricolor hostilizou bastante a arbitragem no fim da partida.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2016/05/flu-vira-sobre-santa-cruz-mas-penalti-polemico-decreta-o-empate-2-2.html

Análise: sem reforços e com DM cheio, Bento terá de tirar "leite de pedra"



BRASILEIRÃO 2016 

02ª RODADA


Com Cruzeiro mirando o mercado internacional, treinador português terá de esperar quase um mês para poder contar com jogadores vindos de fora do Brasil




Por
Belo Horizonte



A estreia de Paulo Bento mostrou pontos positivos, mas muitos outros de atenção e preocupação para o treinador português e a torcida cruzeirense. Empatar por 2 a 2 com o Figueirense, no Mineirão, pode ser considerado um tropeço no Brasileiro (confira como foi no vídeo clicando no LINK da FONTE  no final da matéria abaixo), mas, pela circunstância do jogo, ficou até de bom tamanho.


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O grande mérito da Raposa foi a vontade durante boa parte do jogo, principalmente no segundo tempo, quando conseguiu a igualdade no placar. Mas ficou evidente que o treinador ainda terá de trabalhar bastante para arrumar deficiências e encontrar uma forma da equipe jogar melhor. Além disso, provou que faz-se, realmente, necessária a contratação de reforços. O departamento médico, com muitos jogadores, também prejudica o início de trabalho do estrangeiro.

Bruno Ramires; Paulo Bento; Cruzeiro (Foto: Washington Alves/Light Press)
Paulo Bento tem o desafio de superar 
desfalques e não ter reforços (Foto: 
Washington Alves/Light Press)


Será preciso ter paciência. Com o Cruzeiro de olho no mercado internacional, o time só poderá regularizar a situação desses atletas após 20 de junho, data em que se abrirá a janela de transferências do exterior para o Brasil. Até lá, Paulo Bento terá de se virar com o que tem em mãos e buscar resultados positivos, que façam o time pontuar no Campeonato Brasileiro e não fincar os pés na briga contra o rebaixamento.

Além disso, a equipe terá de superar os desfalques. O Cruzeiro tem um extensa lista de atletas no departamento médico. Estão lá o lateral Mayke, os zagueiros Dedé e Manoel, o meia Marcos Vinícius, e os atacantes Judivan e Rafael Silva. Os meias Robinho e Alisson seguem sob os cuidados da preparação física. O colombiano Riascos, que está de volta após ser emprestado ao Vasco, ainda será observado e não deve ganhar chances no primeiro momento.

Assim, em seu primeiro mês de trabalho, Paulo Bento vai ter de trabalhar com o grupo que tem, aquele que até agora não agradou ao torcedor cruzeirense. Nasce aí o desafio de fazer essa quantidade ganhar um futebol mais vistoso e organizado, além de resultados, mas com pouco tempo de treino.
Nos próximos 10 dias, por exemplo, o português terá quatro jogos pelo Campeonato Brasileiro


Raio-X do jogo
No primeiro tempo, algumas mudanças ou conceitos que Paulo Bento talvez pretenda implantar ficaram nítidos. O Cruzeiro explorou muito as laterais do campo, com Élber na esquerda, e Pisano na direita. Os dois tinham auxiliares. Na hora do ataque cruzeirense, o volante Federico Gino (improvisado na lateral direita) e Sanchez Miño (na esquerda) viraram praticamente pontas ofensivos, o que aumentava os pontos de atenção do Figueirense e também ampliavam o leque de possibilidades cruzeirense (confira na imagem abaixo). Entretanto, deixavam a defesa mais exposta. A cobrança principal de Paulo Bento era que a primeira linha defensiva ficasse sempre compacta.


Cruzeiro atacante o Figueirense (Foto: Maurício Paulucci)
Cruzeiro atacando o Figueirense, com os 
dois laterais jogando como pontas (Foto: 
Maurício Paulucci)



Por causa do avanço dos laterais, Henrique e Bruno Ramires ficavam mais no resguardo da marcação. Mas, quando era possível, um dos dois subia para ajudar na flutuação da bola entre os lados do campo. Sem espaço para infiltrar na defesa do adversário, o time arriscou chutes de fora da área, o que não era muito comum com Deivid. Gino acertou dois bons chutes e levou perigo. Élber e Pisano tentaram uma vez cada um. Confira na foto abaixo a disposição tática dos jogadores na primeira etapa.


Distribuição dos jogadores do Cruzeiro na partida contra o Figueirense (Foto: Maurício Paulucci)
Distribuição dos jogadores do Cruzeiro na 
partida contra o Figueirense 
(Foto: Maurício Paulucci)


Na segunda etapa, ao tomar mais um gol, a Raposa se desorganizou em termos de linha ofensiva. Arrascaeta passou a ter atuação mais tímida como segundo atacante, mas a entrada de Douglas Coutinho, que marcou o segundo gol cruzeirense, fez Willian crescer. Isso por que o atacante do Bigode fez o que melhor sabe: buscar a bola perto do meio e triangulá-la na intermediária. Coutinho foi importante homem de referência e contribuiu, e muito, para o Cruzeiro não sair com mais uma derrota no Brasileirão.

Como ponto de atenção ficou a jogada de bola aérea, lance que o time tomou os dois gols de Rafael Moura. Outra situação, já mais antiga, é a objetividade nas jogadas. Apesar ter tido o controle da posse de bola, a Raposa teve muitas dificuldades de infiltração, mas evoluiu já ao tentar mais chutes de fora da área.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/noticia/2016/05/analise-sem-reforcos-e-com-dm-cheio-bento-tera-de-tirar-leite-de-pedra.html

Análise: Palmeiras comete velhos erros defensivos em Campinas




BRASILEIRÃO 2016

02ª RODADA




Verdão dá espaços demais para a Ponte Preta no primeiro tempo e sofre dois gols de Felipe Azevedo. Time melhora com mudanças de Cuca. Moisés aparece bem




Por
São Paulo



O Palmeiras que atropelou o Atlético-PR, por 4 a 0, na estreia no Campeonato Brasileiro, voltou a exibir falhas que aparentemente estavam corrigidas na derrota para a Ponte Preta, no último sábado, em Campinas. E o preço foi alto. Com a defesa exageradamente aberta e desatenta em lances de bolas paradas, o Verdão perdeu por 2 a 1 e mostrou que ainda tem um longo caminho a seguir para se firmar como um dos favoritos ao título (assista aos lances da partida nos vídeos clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo).

Cuca avançou a equipe para tentar surpreender a saída de bola “estilo Audax” da Ponte Preta. Com quatro jogadores sufocando os defensores da Macaca, o Palmeiras travou a troca de passes do adversário e criou duas boas oportunidades em apenas dois minutos. O resultado só não foi melhor porque Gabriel Jesus e Cleiton Xavier finalizaram para fora, e o goleiro João Carlos salvou chutes de Róger Guedes e Cleiton Xavier.


Palmeiras pressiona a saída de bola da Ponte no início da partida (Foto: GloboEsporte.com)
Palmeiras pressiona a saída de bola 
da Ponte no início da partida


A Ponte corrigiu rapidamente o problema, conseguiu furar a marcação e expôs um buraco na defesa do Palmeiras. A linha formada por Tchê Tchê, Thiago Martins, Vitor Hugo e Egídio tinha espaços em demasia por onde a Macaca infiltrava sem muita dificuldade. Para piorar, Matheus Sales e Jean tiveram muita dificuldade para acompanhar a movimentação de Ravanelli e Clayson. O Verdão foi envolvido.

O primeiro gol da Ponte saiu em um erro primário de marcação do Palmeiras. Felipe Azevedo se posicionou na linha da grande área, atrás de Egídio e Gabriel Jesus e à frente de Alecsandro. Todos olharam apenas para a bola e deixaram o atacante se deslocar livre  para desviar de cabeça, vencendo Fernando Prass.

Veja como estava posicionada defesa palmeirense no lance no vídeo clicando no LINK  da FONTE:


Palmeiras deixa Felipe Azevedo livre em cobrança de falta que resultou em gol da Ponte (Foto: GloboEsporte.com)
Palmeiras deixa Felipe Azevedo livre em 
cobrança de falta que resultou em gol da 
Ponte (Foto: GloboEsporte.com)


O segundo gol foi ainda pior. A Macaca tocou a bola até encontrar um espaço para finalizar. E achou fácil. Matheus Jesus deu lindo passe na esquerda para Reinaldo entrar em velocidade. Pasmem: quem estava na marcação não era Tchê Tchê, Jean, Matheus Sales...era Alecsandro. Sim, o centroavante estava marcando como um lateral-direito! Egídio demorou a perceber a chegada de Felipe Azevedo do outro lado, e o Verdão acabou levando o segundo. Veja clicando no LINK da FONTE:


Cuca mexeu no intervalo e fez a equipe subir de produção discretamente. Rafael Marques entrou no lugar de Alecsandro, enquanto Dudu ocupou a vaga de Matheus Sales e foi posicionado pelo meio. Gabriel Jesus passou a ser centroavante. A Ponte colaborou com o crescimento adversário e recuou à espera dos contra-ataques. O Verdão passou a rodar a bola na frente da área, mas pouco produziu.

Cuca mexeu no Palmeiras no segundo tempo e conseguiu pressionar a Ponte (Foto: GloboEsporte.com)
Cuca mexeu no Palmeiras no segundo tempo 
e conseguiu pressionar a Ponte (Foto: 
GloboEsporte.com)

O Palmeiras melhorou mesmo quando Moisés foi a campo na vaga de Róger Guedes. O meio-campista chamou o jogo e passou a organizar a equipe. Enquanto o time pressionava, Cuca foi expulso por reclamação, e Cristian colocou uma bola na trave de Fernando Prass.
Um lance polêmico poderia ter mudado a história da partida. Aos 39, Gabriel Jesus chegou a fazer o gol, mas o árbitro Leandro Pedro Vuaden marcou posição irregular. O atacante, porém, recebeu a bola após um desvio de cabeça do zagueiro Douglas Grolli, da Ponte, o que anularia o impedimento. Veja clicando no LINK da FONTE:


A pressão aumentou. Moisés marcou aos 45 minutos aproveitando rebote na área da Ponte. O Palmeiras se lançou todo ao ataque, tentou sufocar, mas já era tarde demais para buscar o empate. Cuca, que prometeu o título a torcida, vai precisar de mais tempo para construir o Palmeiras campeão


FONTE
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2016/05/analise-palmeiras-comete-velhos-erros-defensivos-em-campinas.html