sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Bastidores: demissão de Baptista expõe racha e antecipa eleição no Flu


Peter Siemsen e Mário Bittencourt têm relação tumultuada por problemas financeiros e crise dentro de campo, que determinou a saída do treinador das Laranjeiras




Por
Rio de Janeiro




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Peter Siemsen Mário Bittencourt (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)
Lados opostos: Mário Bittencourt e Peter 
Siemsen estão rompidos no Fluminense 
(Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)


O vice-presidente de futebol Mário Bittencourt demite o técnico Eduardo Baptista, é retirado do cargo em seguida, o diretor executivo Fernando Simone também acaba afastado por 30 dias e ninguém mais sabe se o treinador de fato estava fora. A frase é longa e confusa, mas representa bem o que foi o dia 25 de fevereiro no Fluminense. A dúvida durou de 11h34, quando o GloboEsporte.com publicou a queda de Baptista, até 18h, momento em que o presidente Peter Siemsen enfim confirmou a demissão. Com o racha entre os diretores do futebol e o mandatário, ocasionado por problemas financeiros e agravado pela recente má fase dentro de campo, o clube das Laranjeiras antecipou a disputa eleitoral marcada para a segunda quinzena de novembro.


A queda de uma só vez dos três principais nomes do futebol, definida por Peter, é um indício do que irá ser o dia a dia tricolor até a votação. Mesmo com a saída, Mário tentará ser presidente. Celso Barros, antigo patrocinador, também promete concorrer. Conselheiros da Flusócio, maior grupo político, tentam construir uma terceira via. E o futebol fica à margem da intensa disputa.
- Está caindo tudo nas Laranjeiras hoje (quinta-feira), até os quadros das paredes - resumiu uma pessoa ligada à diretoria.

E a movimentação promete continuar. Em busca de reposição, o Flu tenta Levir Culpi. O ex-treinador do Atlético-MG é o preferido de Peter para o cargo. Nos bastidores das Laranjeiras, há quem diga que os primeiros contatos começaram há mais de duas semanas. O presidente nega. Cuca, também com recente passagem pelo Galo, é uma alternativa. E Jorge Macedo, gerente executivo do Internacional, o alvo para ser o novo responsável pelo futebol tricolor.

Faixas em Brasília


Fluminense - faixa - Mario presidente (Foto: Fred Huber)
Mário Bittencourt é abraçado por torcedor
 em Brasília horas antes da derrota por 2 a 
1 no Fla-Flu (Foto: Fred Huber)


Letras garrafais, letras da discórdia. Na passagem mais recente do Fluminense por Brasília, um pequeno grupo de torcedores exibiu duas faixas na porta do hotel que hospedou a delegação. Ambas endereçadas ao então vice de futebol do Tricolor, Mário Bittencourt. “São Mário...obrigado!!!” e “Mário para presidente”, diziam os textos. O dirigente, dispensado do cargo nesta quinta-feira, leu ambas e foi cumprimentar os autores. Um deles estava tão empolgado diante de Mário que, ao abraçá-lo, chegou a dar leves cabeçadas no então homem forte do principal departamento do clube. Uma dor de cabeça que não passou.

Peter Siemsen também estava na capital federal para o Fla-Flu e presenciou a cena. Ele, no entanto, não compartilha do desejo daqueles torcedores. As faixas foram assunto nas correntes políticas das Laranjeiras. Houve quem sugerisse a Peter que Mário impedisse os fãs de exibirem as faixas. O “conselho” chegou aos ouvidos de Mário, que alegou não ter qualquer contato prévio com aquela turma. Os dois fizeram lado a lado o trajeto da porta do hotel até o ônibus, e o mandatário tentou esconder o constrangimento. Não teve como.



Peter relacionou a saída de Mário ao desejo do dirigente de disputar a eleição presidencial do Tricolor, que será realizada em novembro deste ano (veja no vídeo acima). O mandatário justificou a decisão de exonerar o vice de futebol por este, no seu entendimento, confundir as atribuições do departamento com ambições políticas. Um desfecho previsível para uma relação marcada por altos e baixos.

- Política gera conflitos e debates em ano eleitoral. Com rede social, cada um faz a sua campanha. Estava cada vez mais claro que existia uma potencial candidatura e movimentos políticos, mas que não estão de acordo com o trabalho específico do futebol. Por isso, várias pessoas que já ocuparam esse cargo saíram antes do fim do mandato. Com a experiência que tive com outros, achei melhor mudar - disse Peter durante entrevista na quinta-feira.

Atritos entre Mário e Peter passaram a ser constantes no ano passado. Houve um momento em que o presidente chegou a esvaziar o vice de futebol. Foi assim, por exemplo, na apresentação de Eduardo Baptista. Virou queda de braço. A situação ainda piorou recentemente com os problemas financeiros do clube. Depois dos altos gastos no início do ano, os principais deles comandados pelo próprio Peter (como as contratações de Henrique e Richarlison), o presidente mandou fechar a torneira. Mais do que isso: pediu para Mário e para o diretor executivo Fernando Simone cortarem gastos no futebol e pressionava a dupla por isso.

O buraco no orçamento é de cerca de R$ 8 milhões. É preciso tirar jogadores jogadores considerados caros e pouco efetivos da folha ou então vender algum atleta - Marlon é a bola da vez. Peter chegou até a eleger dois atletas que deveriam sair. O orçamento de 2016, aliás, deverá ser o primeiro dos cinco anos de gestão do presidente a conter uma previsão de venda de jogador, algo subjetivo.

Queda de braço


eduardo baptista e marcos jr (Foto: andré durão)Eduardo Baptista: 13 derrotas em 26 jogos e pressão insustentável (Foto: André Durão)


O presidente, que nunca mostrou-se entusiasta da candidatura de Mário, tentou se impor em vários momentos, mas esbarrou na resistência do vice de futebol. Apesar de se colocar como o principal responsável pela contratação de Eduardo, o presidente perdeu a paciência com o técnico logo após a primeira derrota da equipe no Campeonato Carioca. Ali, já queria vê-lo fora das Laranjeiras - por mais que seja adepto da filosofia de apostar em técnicos baratos como Cristóvão, Ricardo Drubscky, Enderson Moreira e o próprio Baptista. Bittencourt foi contra.

Em conversas informais e em entrevistas, Mário sempre ressaltou que a ideia era apostar no trabalho de longo prazo do treinador. Mas mudou de ideia após as últimas apresentações. O discurso desmotivado no vestiário após a derrota para o Botafogo contribuiu ainda mais para selar o destino no técnico. O vice tentou contato com o mandatário, mas não foi atendido. Com a informação que deveria ser exonerado do cargo no retorno ao Rio, decidiu, então, demitir Eduardo Baptista e fazer contato com Eduardo Uram, empresário do técnico Cuca.

Peter não estava fora de área ou com o aparelho celular descarregado. O presidente, que já havia decidido tirar o vice-presidente de futebol e afastar o diretor executivo, ficou no aguardo da medida que Bittencourt tomaria - ainda assim ele garante ter trocado mensagens com Mário e marcado uma reunião para a última quinta. O duelo ganhava um novo episódio ali. A nota oficial do clube não trazia a confirmação da saída de Eduardo, mas sim a do vice-presidente. Já Simone, a quem Peter se referiu com carinho na entrevista, foi afastado por 30 dias e retirado da pasta. Deve ser realocado para funções adminstrativas.

- Falei com o Mário por mensagem depois do jogo e combinamos de decidir hoje. O combinado era esse. Trocamos várias mensagens. Defini que a gente iria conversar pessoalmente no Rio após o desembarque da equipe. Essa era a forma adequada de enfrentar um momento difícil. Era como deveria acontecer. Eu iria comunicar a saída do Mário, do Simone e depois falaria com o Baptista, que estava em Campinas - disse Peter.

Fernando Simone, diretor de futebol do Fluminense, e Mário Bittencourt, vice de futebol (Foto: Richard Souza)
Fernando Simone e Mário Bittencourt: 
dupla deixa o comando do futebol do 
Fluminense (Foto: Richard Souza)


A possível candidatura de Mário Bittencourt não tem o apoio da Flusócio, principal grupo político do Fluminense que ajudou a eleger Peter duas vezes. Na visão de membros do grupo, Mário não se encaixa no perfil controlável desejado. O posto de candidato da situação está vago. O vice-presidente de Projetos Especiais, Pedro Antônio Ribeiro da Silva, também é figura neste jogo de xadrez. Pedro e Mário se estranharam em vários momentos, e o homem forte do CT tricolor, dono dos cheques que custeiam a obra, é contra a candidatura do advogado.

As dificuldades na relação entre Peter e Mário tornaram-se robustas principalmente por conta dos perfis dos dirigentes. A forma como Peter conduz o clube, com decisões intempestivas e constantes mudanças de ideias, encontrou resistência de Bittencourt, conhecido pela gestão ambiciosa e explosiva, muitas vezes além da conta e considerada por membros da diretoria e ex-dirigentes como uma estratégia equivocada. Criou-se o choque. Mas a relação não está acabada. Mário continua sendo o advogado do Fluminense e quer virar presidente.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2016/02/bastidores-demissao-de-baptista-expoe-racha-e-antecipa-eleicao-no-flu.html

Jorginho justifica time misto e avalia o tropeço: "Não estamos preocupados"


Técnico diz que precisava poupar atletas, aprova testados e pede ajuda da torcida para os criticados Riascos e Yago Pikachu: "É importante apoiar"




Por
Rio de Janeiro


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O Vasco perdeu os 100% de aproveitamento do Campeonato Carioca, mas o técnico Jorginho não se incomodou. Preocupado em poupar alguns atletas importantes e observar outros, o treinador aprovou a atuação do time misto cruz-maltino no empate em 2 a 2 com o Friburguense, em São Januário, pela sexta rodada.

Jorginho - Vasco - Friburguense (Foto: André Durão)
Jorginho orienta equipe do Vasco durante 
empate com o Friburguense, em São 
Januário (Foto: André Durão)


- Não estamos preocupados. É claro que queríamos ganhar, mas temos objetivo maior que é ganhar o campeonato. Tínhamos preocupação com alguns jogadores que vinham de uma intensidade forte. Foi ótimo (o jogo), porque a gente deu ritmo de jogo para alguns jogadores importantes. Fiquei satisfeito com a atuação da equipe. Foi muito bom o resultado em termos técnicos e táticos – afirmou o treinador.  

Jorginho testou cinco jogadores no time: Bruno Gallo, Henrique, Mateus Pet, Matheus Índio e Eder Luis. Os gols, porém, vieram de um velho conhecido: Riascos, que chegou a irritar alguns torcedores com lances bobos. O treinador pediu paciência e apoio ao colombiano, e também a Yago Pikachu, vaiado no fim do jogo.

- A torcida reclamou em lances que ele errou, mas é assim: no futebol, todos erramos. Torcedor não adianta, é passional. Mas é importante apoiar os atletas. Peço para a torcida apoiar, aplaudir.
Com 16 pontos, o Vasco lidera o Grupo A do Campeonato Carioca e volta a São Januário no próximo domingo para enfrentar o Botafogo, às 19h (de Brasília), pela sétima rodada. As duas equipes já têm vaga garantida na Taça Guanabara.


Confira a íntegra da coletiva:  

Clássico com o Botafogo
São duas equipes invictas. Vai ser um excelente jogo pelo que as equipes vêm mostrando. O Botafogo é uma equipe sólida, competitiva, está lançando jovens.    

Pênalti para o Friburguense
É questão de interpretação. Acaba criando confusão para todos nós. Não sabemos se foi ou não. É uma situação difícil até para o próprio árbitro tomar uma decisão.  

Ausência de Nenê
Estávamos sem Mattos, Julio Cesar, Andrezinho, Jorge Henrique, basicamente metade da equipe. Mudou um pouco a forma de a equipe jogar, mas a nossa equipe não depende apenas de um jogador
Jorginho, treinador do Vasco

Estávamos sem Mattos, Julio Cesar, Andrezinho, Jorge Henrique, basicamente metade da equipe. Mudou um pouco a forma de a equipe jogar, mas a nossa equipe não depende apenas de um jogador. Sabemos da importância do Nenê, mas também dos outros.  

Lesão de Rodrigo
Conversei com ele no intervalo, no pós-jogo. Vamos fazer uma análise melhor amanhã. Vão fazer um exame para saber o grau dessa contusão.  

Jogadores testados
O Índio estava bem, a substituição foi uma mudança tática. Eder já vem jogando normalmente, a gente conhece bem. Sobre o Pet, fiquei feliz pela movimentação dele, foi mais protagonista do que nas outras oportunidades. Henrique não comprometeu, foi firme na marcação, efetivo no mano a mano.


FONTE:

Riascos faz dois, comemora com filho, mas Vasco perde os 100% no Carioca


CAMPEONATO CARIOCA 2016

 

PRIMEIRA FASE - 06ª RODADA



Colombiano chega ao quinto gol na competição e pega herdeiro no colo em campo. Rômulo também se destaca pelo Friburguense e garante o 2 a 2 em São Januário





Por
Rio de Janeiro



Os poupados fizeram falta. Um dos poucos titulares escalados, Riascos até tentou chamar o protagonismo para si: mostrou a intensidade de sempre, marcou dois gols e pegou o filho no colo em comemoração inusitada. Mas não foi suficiente para o Vasco manter os 100% de aproveitamento no Campeonato Carioca. Em noite inspirada do atacante Rômulo, que também marcou dois gols, o Friburguense saiu de São Januário com empate por 2 a 2, pela sexta rodada da competição. Agora, só o Botafogo, rival do Cruz-Maltino no domingo, segue com campanha perfeita.

Por mais que o setor defensivo fosse o menos alterado em relação ao time principal, o Vasco se mostrou mais vulnerável do que vinha sendo. A equipe sofreu em 90 minutos o mesmo número de gols que tinha sofrido em cinco rodadas e ainda passou sustos com o bom ataque do Friburguense, formado por Rômulo e Maycon. Sem Rodrigo, que deixou o campo no primeiro tempo com luxação no ombro, Rafael Vaz falhou no primeiro gol e Luan cometeu o pênalti no segundo. Na proteção, Bruno Gallo e Julio dos Santos também não se encontraram e deixaram espaços para o time de Friburgo.  


Riascos - Vasco - Friburguense - Paulinho Riascos (Foto: André Durão)
Riascos com o filho Paulinho dentro de 
campo na comemoração do segundo 
gol (Foto: André Durão)


Riascos está longe de ser um primor de técnica, mas não peca pela omissão e foi recompensado por isso. Depois de um início de partida trágico, com muitos erros bobos, o colombiano já irritava o torcedor quando recebeu assistência de Eder Luis para empatar o placar no minuto final do primeiro tempo. Na etapa final, o roteiro se repetiu. Logo no início, Yago Pikachu descolou lindo passe e o atacante se enrolou na frente do goleiro. Pouco depois, se redimiu e escorou cobrança de escanteio para colocar o Vasco na frente do placar. Na comemoração, se empolgou e pegou o filho Paulinho no colo. Menos mal que o árbitro aliviou e não mostrou o terceiro cartão amarelo.  


Vasco - São Januário - Éder Luis (Foto: André Durão)Eder Luis disputa lance no meio. Atacante deu assistência para primeiro gol (Foto: André Durão)


Escalados para substituírem os dois principais nomes do elenco, Mateus Pet e Matheus Índio não aproveitaram a oportunidade dada por Jorginho. Por mais que repetir o sucesso de Andrezinho e Nenê seja uma missão complicada, os jovens arriscaram pouco e acabaram substituídos. Nos minutos iniciais, Índio até se apresentou bastante para o jogo, buscou tabelas com Eder Luis e se movimentou bastante, mas foi se apagando e saiu no intervalo. Já Pet, que chegou a ser titular no início da temporada, teve muito a bola em seus pés e simplificou as jogadas, com passes sem muita objetividade.  

Testado no segundo tempo Yago Pikachu foi outro que não aproveitou a oportunidade. Pelo menos, não para o torcedor. Apesar de ter descolado bom passe para Riascos e cobrado o escanteio que resultou no segundo gol, o principal reforço para temporada foi vaiado sempre que teve a bola nos pés nos minutos finais e saiu de campo xingado.

Com 16 pontos, o Vasco segue líder do Grupo A do Campeonato Carioca. No próximo domingo, às 19h (de Brasília), o compromisso será contra o Botafogo, que segue 100%, pela sétima rodada, em São Januário. O Friburguense, por sua vez, é o quarto do Grupo B, com sete, e recebe o Fluminense, quarta-feira, dia 2 de março, no Eduardo Guinle, em Friburgo.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2016/02/riascos-faz-dois-comemora-com-filho-mas-vasco-perde-os-100-no-carioca.html