terça-feira, 21 de julho de 2015

Com três gerações diferentes no time, Brasil conquista o tri no tênis de mesa

Trio nacional, composto por Hugo Calderano, 19 anos, Thiago Monteiro, 34, e Gustavo Tsuboi, 30, bate Paraguai na final e fica com a medalha de ouro no Pan



Por
Direto de Toronto


Soberana. Assim pode ser resumida a campanha brasileira por equipes no tênis de mesa masculino. Nesta terça-feira, o trio brasileiro formado por Gustavo Tsuboi, Hugo Calderano e Thiago Monteiro venceu o Paraguai por 3 jogos a 0 e garantiu o tricampeonato por equipes do Pan. A campanha foi impecável: cinco confrontos e cinco vitórias por 3 a 0. No time brasileiro, três gerações diferentes: Thiago Monteiro, de 34 anos, em seu quinto Pan, Gustavo Tsuboi, 30, no quarto, e Hugo Calderano, 19, fez sua primeira participação no evento.

Hugo Calderanom Thiago Monteiro e Gustavo Tsubo tênis de mesa pan-americano 2015 (Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COB)
Trio brasileiro com as medalhas de ouro 
(Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COB)


É a quarta medalha da carreira de Thiago Monteiro, campeão de duplas em 2003, e por equipes nos anos de 2007 e 2011. O cearense também esteve no bronze por equipes em 1999. Segundo o experiente atleta, entrar na seleção está mais difícil do que em outras épocas:

-  Ainda não tenho lugar cativo nesse time, mas mostrei que estou bem e poderia mesmo estar nessa equipe. A gente era favorito aqui no Pan, e a melhor maneira de honrar isso era ser campeão dessa forma, invicto, sem perder nenhum jogo. - disse Thiago.


Se Thiago conquistou seu quarto ouro, Gustavo Tsuboi chegou ao terceiro ouro da carreira. Campeão de 2007 e 2011, ele comemorou o ouro, mas disse que a tensão foi diferente de outros anos:

- A gente vibrou, claro, mas não tanto. Talvez porque não tenha sido um jogo tão complicado quanto o dos outros anos. Mas ficamos muito felizes, o trabalho foi feito. A gente sabia do nosso potencial, a equipe evoluiu bastante, estávamos focados em ganhar o ouro - disse Tsuboi.

O primeiro jogo da série contra o Paraguai foi de Hugo Calderano diante de Alejandro Toranzos. O brasileiro jogou tranquilo e conseguiu venceu em 18 minutos, 3 a 0, parciais de 11/6, 11/4 e 11/6.

Mais experiente do time, Thiago Monteiro chegou ao quarto ouro em Jogos Pan-Americanos. O atleta de 34 anos venceu o segundo jogo da série contra o Paraguai: contra Marcelo Aguirre, fez  3 a 0, parciais de 12/10, 11/7 e 11/4

O jogo de duplas sacramentou a vitória. Gustavo Tsuboi e Hugo Calderano derrotaram Axel Gavilan e Marcelo Aguirre também por 3 sets a 0.


Hugo Calderanom Thiago Monteiro e Gustavo Tsubo tênis de mesa pan-americano 2015 (Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COB)
Brasil conquista o tricampeonato (Foto: 
Jonne Roriz/Exemplus/COB)


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Caçula do Pan, porto-riquenha de 14 anos é bronze no tênis de mesa

Destaque de sua seleção no Pan, Adriana Diaz buscará medalha no torneio individual e já mira os Jogos Olímpicos Rio 2016: "Vou com tudo para as classificatórias"



Por
Direto de Toronto, Canadá


Com apenas 14 anos, Adriana Diaz parecia mais feliz com o mascote ganho no pódio, do que com a medalha de bronze por equipes. A porto-riquenha foi o principal nome da equipe que foi ao pódio nesta terça-feira no tênis de mesa. Com 1,44m de altura e um sorriso tímido e leve, Adriana saiu feliz com o que conquistou em quadra:

- Estou muito orgulhosa, é meu primeiro Pan-Americano, me sinto muito feliz. É verdade que não tenho palavras, é algo muito grande o que fizemos. Estou muito emocionada - disse a atleta, enquanto mexia nos pelos do Pachi, mascote de pelúcia que ganhou no pódio. 


 Comandado por Hugo Hoyama, Brasil leva prata
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Adriana Diaz tênis de mesa Porto Rico caçula do pan (Foto: GloboEsporte.com)
Adriana Diaz com a medalha de bronze 
conquistada no tênis de mesa (Foto: 
GloboEsporte.com)


Dar o melhor de mim, jogar bem cada ponto e não temer nenhuma outra jogadora. Dessa forma, posso ir mais longe, não temo nenhuma jogadora"
Adriana Diaz,
atleta de Porto Rico

O resultado a coloca como a mais nova medalhista do Pan de Toronto até o momento. Sua grande companheira no Pan é a irmã mais velha, Melanie, 19, que também foi ao pódio com a seleção de Porto Rico. As duas começaram a jogar cedo por influência dos pais.

- Joguei pela primeira vez aos quatro anos, meus pais jogavam e eu comecei a treinar desde cedo - disse.

Mas a atleta de 14 anos não está satisfeita. Nesta quarta-feira, faz sua estreia na chave de simples. Mesmo sendo a caçula, ela diz não ter medo de nenhuma jogadora e sonha em participar dos Jogos Olímpicos de 2016.

- Dar o melhor de mim, jogar bem cada ponto e não temer nenhuma outra jogadora. Dessa forma, posso ir mais longe, não temo nenhuma jogadora. A meta é jogar as Olimpíadas de 2016, vou com tudo para as classificatórias. Não tem problema ser a mais nova, a minha equipe é minha família - disse.

Porto Rico chegou até a semifinal com o Brasil e acabou derrotado por 3 a 1. A única vitória do time caribenho foi exatamente com Adriana, que derrotou Gui Lin por 3 sets a 2.


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"Paizão" Hugo Hoyama leva meninas à prata inédita no tênis de mesa

Na primeira final em Pan, seleção feminina não resiste aos Estados Unidos e é derrotada na decisão do ouro. Seleções contavam com chinesas naturalizadas



Por Direto de 
Toronto, Canadá

 
Gui Lin, tênis de mesa, Pan de Toronto, Brasil (Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COB)Gui Lin bem que tentou, mas não conseguir vencer americana (Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COB)


O feitiço virou contra o feiticeiro. Depois do Brasil se "beneficiar" com atletas naturalizados no polo aquático, hóquei na grama e esgrima, foi a vez de outros países utilizarem competidores nascidos fora para garimpar medalhas. A seleção americana, que conta com duas chinesas naturalizadas no time, Jiaqi Zheng e Yue Wu, derrotou o trio brasileiro por 3 a 0. O time verde-amarelo, comandado por Hugo Hoyama, contou com uma chinesa Gui Lin, e outras duas brasileiras genuínas, Ligia Silva e Caroline Kumahara.

A chinesa naturalizada Gui Lin, que está no Brasil há dez anos, foi um dos destaques do time. Com a prata no peito e os olhos cheio de lágrimas, a mesa-tenista estava em um misto de alegria e tristeza. Ao lado de Hugo Hoyama, ela agradecia ao pupilo:
- Todo mundo sabe nossa relação, ele é meu paizão, estou desde que eu cheguei no Brasil com ele, para mim é muito marcante - disse Gui Lin.

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Para o técnico Hugo Hoyama, que está em seu sétimo pan-americano, o primeiro como técnico, o rótulo de pai é levado a sério em algumas ocasiões:

- Se eu fosse o paizão eu estaria careca, porque essa aí apronta (risos). Brincadeira, Eu gosto e sei que tenho a missão de ajudá-la da melhor maneira. É realmente uma relação de pai para filho, é muito respeito. Não temos segredos um com o outro - disse o treinador de 46 anos.

Gui Lin tênis de mesa Brasil Pan de Toronto (Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COB)
Gui Lin foi destaque da seleção feminina, 
medalha de prata em Toronto (Foto: 
Jonne Roriz/Exemplus/COB)


No primeiro jogo do confronto, Gui Lin começou bem contra Jiaqi Zheng, chegou a vencer o primeiro set, mas não resistiu ao melhor jogo da americana e perdeu por 3 a 1, parciais de 7/11, 11/9, 11/6 e 11/8. Na sequência, Caroline Kumahara perdeu para Lily Zhang por 3 a 2 (11/3, 7/11. 11/4, 5/11 e 12/10). A brasileira jogou bem, chegou a perder um match point no último set, mas foi batida pela americana. 

Nas duplas, Gui Lin e Ligia Silva foram derrotadas pelas americanas Yue Wu e Jiaqi Zheng por 3 a 0, parciais de 12/10. 11/6 e 11/8. É apenas a terceira vez que o tênis de mesa feminino consegue o pódio em Jogos Pan-Americanos, as duas outras foram de bronze, em 1991 e 1995.

A história de Hugo Hoyama com os Jogos Pan-Americanos é gigantesca. Como jogador, foram dez medalhas de ouro e um total de 15 pódios, em sete Pans. Na primeira vez que veio ao evento, já conseguiu levar o time feminino à inédita decisão por equipes.

As três jogadoras voltam a entrar em ação nesta quarta-feira pela chave de simples, em busca de uma inédita medalha. 



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Na areia, Lili/Carol bate "queridinhas do Canadá" e é bronze: "Valeu ouro"

Dupla brasileira nem liga para fãs presentes apoiando rivais, tem atuação impecável, com destaque para o saque de Carol, e garante 1ª medalha da carreira em Pans



Por
Direto de Toronto, Canadá

Carol e Lili bronze volei de praia Pan Toronto (Foto: AP)Carol e Lili comemoram o bronze em Toronto (Foto: AP)


As arquibancadas da arena de vôlei de praia em Toronto, no Canadá, estavam lotadas. O "mar vermelho" tomava conta do lugar para a disputa da terceira colocação do feminino. Tudo para ver as "queridinhas" do Canadá, Taylor Pischke e Melissa Humana-Paredes, as jovens promessas de 22 anos (saiba mais sobre elas). Mas o que os canadenses não esperavam é que, do outro lado, Lili e Carol Horta tivessem entrado dispostas a fazer tudo pelo bronze. 

Diferentemente da semifinal, em que sofreram contra as provocadoras argentinas Ana Gallay e Georgina Klug, nesta terça-feira as brasileiras não tiveram dificuldades para fazer 2 a 0, parciais de 21/9 e 21/14. Assim, conquistaram o terceiro lugar, primeiro pódio da carreira das duas nos Jogos Pan-Americanos. O ouro foi justamente para a dupla da Argentina, que fez 2 a 1 nas cubanas Lianma Flores e Leila Martines, parciais de 21/17, 19/21 e 15/7.

- Não sei nem descrever a importância dessa medalha para mim. É um sonho estar nesse Pan. Foi uma meta e estou muito feliz de levar essa medalha para o Brasil. Queríamos muito estar na final, buscando o ouro, mas o que tínhamos hoje era conquistar esse bronze e, para mim, do jeito que jogamos hoje, essa medalha valeu ouro. Conseguimos superar a tristeza de não ir para a final e colocar em prática todo o nosso jogo. Erramos pouquíssimo - disse Lili, rasgando elogios para Carol Horta e dizendo que ela "ganhou o primeiro set sozinha".

Lili e Carol bronze pan-americano (Foto: Julio Cortez/AP Photo)
Lili e Carol batem rivais canadenses na disputa 
pelo terceiro lugar (Foto: 
Julio Cortez/AP Photo)


Carol estava realmente inspirada. Ela conseguiu fazer seis aces em todo o confronto. Além disso, atacou 24 vezes e teve 15 acertos. Lili, por sua vez, não marcou em saques, mas fez dois pontos de bloqueio e, em 11 tentativas ofensivas, converteu 7. Enquanto isso, as brasileiras contaram com 12 pontos em erros das rivais.

- Representa o ouro, o ouro que tanto quisemos e viemos focadas nele. Infelizmente tropeçamos na semifinal contra a Argentina, mas fizemos dessa disputa do terceiro lugar a nossa final. Foi nosso melhor jogo de toda a competição, onde jogamos mais soltas, felizes e com menos pressão, por isso pareceu tão fácil assim. Mas, na verdade, nos concentramos e resolvemos relaxar. Hoje, nos divertimos.

Lili e Carol bronze pan-americano (Foto: Bruno Miani/inovafoto)
Lili e Carol fizeram 21/9 e 21/14 
(Foto: Bruno Miani/inovafoto)


Lili é casada com Larissa França, dupla de Talita atualmente, que tem dois ouros com Juliana em 2011, em Guadalajara, e 2007, no Rio de Janeiro, e um bronze, com Ana Richa, em sua primeira participação em 2003, em Santo Domingo. Ela se divertiu quando questionada se pretende chegar no número de conquistas da esposa.

Lili e Carol bronze pan-americano (Foto: Bruno Miani/inovafoto)Dupla comemora em frente à câmera após bater adversárias (Foto: Bruno Miani/inovafoto)


- Falo com ela toda hora, né? É meio difícil só porque lá no Japão fica meio confuso (Larissa está em Yokohama para disputa de uma etapa do Circuito Mundial). Ela deu todo apoio, nem falou do jogo em si, mas da emoção, de jogar tudo que eu pudesse, porque era um jogo importantíssimo. Ela passou por esse momento nas Olimpíadas quando perdeu a semifinal. Foi difícil recuperar e conquistar o bronze e só ela sabe o quanto é importante a medalha: "Vai ser muito importante, joguem muito por ela", foi o que ela falou. E foi o que fizemos. Foi bronze a minha primeira, a dela também, quem sabe eu não estou seguindo?.

O Brasil ainda teve outra medalha na competição pan-americana. Foi com Adriana Behar e Shelda. As duas foram ouro em Winnipeg 1999, primeira edição do vôlei de praia em Pans.

Para estar em Toronto, Lili e Carol abriram mão do Major de Gstaad, na Suíça, e perderão ainda o Grand Slam de Yokohama, no Japão, de 21 a 26 de julho. Cada um dos torneios vale 800 pontos (400 por atleta) na corrida olímpica (SAIBA MAIS). O próximo que elas irão participar é o Grand Slam de Long Beach, nos Estados Unidos, de 18 a 23 de agosto. Apesar de não falarem em desistir das Olimpíadas do Rio, em 2016, sabem que é muito difícil se classificarem pela vaga via Circuito Mundial, já que estão em sexto nessa briga. A outra vaga, em cada naipe, é por indicação técnica da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). 
o jogo

As canadenses entraram ovacionadas em casa, mas Lili, com seu habitual "ritual de concentração", as fitava séria, de semblante fechado. Ela e Carol entraram bem. Sem muita dificuldade, foram ditando o ritmo, enquanto viam as canadenses cometerem falhas. Conseguiram abrir 7 a 3. Depois de uma conversa, as "queridinhas do Canadá" até tiveram uma melhoram e se aproximaram um pouco, mas era evidente a diferença para a dupla do Brasil. Após dois aces seguidos de Carol, fecharam em 21 a 9.


Lili e Carol x Taylor Pischke e Melissa Humana-Paredes. vôlei de praia pan-americano 2015 (Foto: GloboEsporte.com)
Lili e Carol x Taylor Pischke e Melissa Humana-
Paredes: melhor para as brasileiras 
(Foto: GloboEsporte.com)


O segundo set começou mais parelho mas, ainda assim, Lili e Carol Horta estavam melhores. Carol acertou de novo no saque. Lili, vibrante como sempre, comandava a dupla. As canadenses batiam papo a todo tempo e, apesar do apoio dos locais, que cantavam "Let's Go, Canada" ("Vamos lá, Canadá") Taylor e Melissa não conseguiam fazer seu jogo engrenar. Alternavam lances de boa técnica com falhas bobas e, dessa forma, acabaram suprimidas. Lili e Carol fecharam jogo e set em 21 a 14.


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Yes, we can! Brasil vence os EUA no hóquei na grama e vai ao Rio 2016

Seleção bate os americanos nas quartas de final dos Jogos Pan-Americanos e consegue vaga inédita para as Olimpíadas. Jogadores choraram ao fim da partida



Por
Direto de Toronto, Canadá

 

Yes, we can! O esporte é minúsculo no Brasil, mas o tamanho do sonho dos meninos do hóquei sobre a grama era gigante. Fora da elite da modalidade, eles começaram há dois anos a busca por uma inédita vaga para as Olimpíadas. Superaram o preconceito dos rivais, até da família, treinaram fora do país e nesta terça-feira fizeram história. Ao vencer os Estados Unidos, 26º do ranking mundial da modalidade, nos pênaltis após o empate em 1 a 1, pelas quartas de final dos Jogos Pan-Americanos, no Canadá, o Brasil não só segue na briga por medalhas como conquistou o direito de disputar os Jogos Olímpicos de 2016. No total, 12 países vão estar no Rio de Janeiro disputando a medalha de ouro. Além da seleção, sete já garantiram vaga: India, Alemanha, Argentina, Holanda, Austrália, Bélgica e Grã-Bretanha.

Na semifinal, na próxima quinta-feira, o Brasil vai enfrentar o Canadá. A partida acontece às 20h30 (de Brasília). Na outra semifinal jogam Argentina e Chile.

hóquei sobre grama brasil x eua pan-americano 2015 (Foto: William Lucas/inovafoto)
Brasil bateu os EUA nos pênaltis e está garantido 
nos Jogos do Rio (Foto: William Lucas/inovafoto)


Saiba mais sobre o time de hóquei sobre grama do Brasil:

 "Jamaica Abaixo de Zero" do hóquei, seleção brasileira não liga para comparações
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 Camisa 10 da seleção de hóquei fez todos os gols da seleção no Pan


Será a primeira vez que o país terá um time da modalidade disputando as Olimpíadas. Após o apito final no campo da Universidade de Toronto, os jogadores não contiveram a emoção. Choraram, se abraçaram e festejaram muito a vaga que tanto buscaram e pela qual sacrificaram o trabalho e o estudo.

- Olha, eu não sei o que falar. Não sei se rio, se choro. É uma emoção muito grande. Uma felicidade imensa. Eu não sei o que dizer. Só sei que somos uma família, passamos por muitas coisas, provações, não desistimos, perseveramos, treinamos e hoje pudemos comemorar a maior vitória de nossas vidas. Vamos para as Olimpíadas do Rio 2016. Isso é um sonho - disse Bruno Mendonça ao final do jogo.

O Brasil é apenas o número 33 do mundo no hóquei sobre a grama e nunca conseguiu resultados expressivos internacionalmente. No Pan do Rio 2007, o único que havia disputado até então, perdeu todos os jogos e terminou em último lugar. Nunca disputou uma Copa do Mundo e a melhor colocação em um Campeonato Sul-Americano foi o terceiro lugar em 2013, quando o projeto do sonho olímpico já caminhava.

- Não dá para descrever. Não sei que horas a ficha vai cair. É muita alegria, eu não consigo expressar isso. É Olimpíadas. É vibrar bastante hoje, chorar, mas não vamos parar por aqui. Estamos nas semifinais e porque não podemos sonhar com uma medalha? - disse o capitão André Luiz Patrocínio.

hóquei sobre grama brasil x eua pan-americano 2015 (Foto: William Lucas/inovafoto)
Comemoração calorosa após a vitória 
 (Foto: William Lucas/inovafoto)


Borges faz gol e Faustino salva nos pênaltis

O jogo começou com os EUA assustando. Aos dois minutos, Holt bateu cruzado e Faustino defendeu. Na sequência, o Brasil cometeu uma infração e quase levou o primeiro gol em escanteio curto dos americanos. Aos seis minutos, o Brasil quase fez seu primeiro gol com Stéphane em outro escanteio curto, mas o goleiro americano salvou. No restante do primeiro período as equipes trocaram passes e não chegaram com perigo.

O segundo período foi mais do Brasil. A seleção chegou bem com Lucas Paixão e Stéphane, mas não conseguiu os gols. Aos oito minutos, Bruno Sousa salvou o Brasil debaixo da trave em chute de Orozco. Um minuto depois, os EUA tiveram um gol anulado por irregularidade na área do Brasil e o segundo período manteve o 0 a 0 no placar.

A terceira etapa teve início com pressão brasileira em busca do gol da vitória. Aos três minutos, a seleção saiu na frente com Matheus Borges. Em escanteio curto, ele recebeu de Bruno Sousa e finalizou para vencer o goleiro Rea: 1 a 0 para o Brasil. Foi o terceiro gol de Borges no Pan e o mais importante até agora na competição. No quarto e último período, os Estados Unidos assustaram aos 10 minutos, mas Faustino tirou novamente em cima da linha. Aos 56 minutos, os americanos empataram com Sundeen. Após lançamento da ponta, ele escorou dentro da área: 1 a 1. Sem outros gols, a decisão foi para os pênaltis.


O clima era de tensão. Mas foi quando o goleiro Faustino brilhou. Ele defendeu três cobranças. E com os gols de Lucas Paixão, Yuri e Bruno Sousa, o Brasil garantiu a vaga nas Olimpíadas. Além de avançar para uma inédita semifinal dos Jogos Pan-Americanos.

Brasil Estados Unidos Hoquei sobre Grama Pênaltis (Foto: GloboEsporte.com)

Penta, 2 ouros, 2 bronzes, prata: Brasil brilha na GR, mas fica abaixo de 2011

Time brasileiro conquista cinco medalhas, alcança marca histórica no conjunto, supera polêmica com queda de redução de nota de atleta e se despede de Toronto



Por
Direto de Toronto, Canadá

 
As disputas da ginástica rítmica terminaram nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, e o Brasil se despediu na segunda colocação entre os países. Foram cinco medalhas ao todo, sendo dois ouros, dois bronzes e uma prata. Embalados pelo brilho da jovem Laura Zeng, de apenas 15 anos, que conquistou cinco ouros, os Estados Unidos ficaram em primeiro, com 13 medalhas. 

Os melhores resultados brasileiros foram no conjunto, em que as meninas conseguiram uma marca histórica. Foram pentacampeãs no geral, ou seja, desde o ouro em Winnipeg 1999, em que a técnica Camila Ferezin participou como atleta, não sabem o que é outro lugar no pódio. 

Angélica ginástica rítmica fita último dia Jogos Pan Americanos 2015 (Foto: Ricardo Bufolin/ CBG)
Angélica ginástica rítmica fita último dia 
Jogos Pan Americanos 2015 (Foto: 
Ricardo Bufolin/ CBG)


Apesar do ótimo desempenho, o Brasil não conseguiu superar o Pan de Guadalajara, em 2011. Na edição mexicana, foram três bronzes e uma prata com Angélica Kvieczynski na disputa individual. No conjunto, as meninas ficaram com três ouros. Agora, terão o Mundial em setembro, na Alemanha onde a missão é terminar pelo menos entre as 10 primeiras. Depois, o foco será  as Olimpíadas de 2016. O time já tem a vaga por ser país-sede, mas não terá vida fácil diante de potências da modalidade.

Aém das conquistas no Pan, houve polêmicas, como a redução de nota de duas brasileiras após um protesto, belas performances (CONFIRA GALERIA DE FOTOS), algumas falhas, que até custaram medalha, e histórias interessantes, como a da técnica brasileira Camila Ferezin. E o GloboEsporte.com faz uma retrospectiva da participação da ginástica rítmica. 

Protesto reduz nota, e brasileira acaba perdendo bronze

No primeiro dia, as ginastas brasileiras não gostaram do julgamento nas apresentações de arco e bola, respectivamente, e protestaram. O resultado foi negativo. Na reavaliação, os juízes ainda diminuíram as notas. Angélica Kvieczynski sofreu um corte de 15.475 para 15.100. Natália Gaudio, de 13.100 para 12.900. A diferença custou caro para Angélica no individual geral, ficando em quarto lugar, com uma diferença de 0.224 para Patricia Bezzoubenko, do Canadá, (60.175 contra 60.399). 


Angélica Kviecznski em sua apresentação no arco, no Pan de Toronto (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)
Angélica Kviecznski em sua apresentação 
no arco, no Pan de Toronto 
(Foto: Ricardo Bufolin / CBG)


Redenção e dois bronzes para Angélica nas finais individuais por aparelho

Se ficou fora do pódio no individual geral, Angélica se recuperou nas finais por aparelho. Classificada para quatro decisões, conseguiu um lugar no pódio em duas. Primeiro, no duelo brasileiro com Natália Gaudio, levou a melhor, deixando a compatriota em quarto lugar. Um ritual da mãe ajudou a atleta de Toledo a sair medalhista de bronze. No peito, ela carregava um broche com um "santinho". Nesse caso, tratava-se de São Sebastião, segundo ela, protetor dos atletas.

Angélica Kvieczynski ginástica rítmica fita Jogos Pan Americanos Toronto 2015 (Foto: Sergio Dutti/Exemplus/COB)
Angélica Kvieczynski ginástica rítmica fita 
Jogos Pan Americanos Toronto 2015 
(Foto: Sergio Dutti/Exemplus/COB)


No dia seguinte, com um novo "santinho" no collant, uma imagem que representa o Espírito Santo, ela voltou a ganhar um bronze. Desta vez, foi na final da fita. A conquista, aliás, foi especial por se tratar da 100ª medalha do Brasil nessa edição do Pan. Assim, ela deu adeus a Toronto com o sorriso no rosto.

- Vim em busca de medalhas, saio com a cabeça erguida, gostei da minha competição. Vamos rever algumas coisas que precisam melhorar. Temos o Mundial agora (em Stuttgart, na Alemanha). Foi muito boa a competição, foi maravilhoso. (O bronze) tem gostinho de ouro. (O balanço) é muito positivo. A ginástica rítmica do Brasil tem evoluído muito. Estamos brigando com potências que estão treinando nos melhores polos do mundo e vemos que a escola brasileira não está atrás - disse.


Conjunto brasileiro no topo: dois ouros e uma prata

Na primeira decisão que participou, o conjunto brilhou no geral e, de cara, já conseguiu uma marca histórica. Com uma apresentação irretocável e um remix de diversas músicas do país, o time acabou levando a medalha de ouro (30.233 no somatório geral), batendo Estados Unidos (29.275) e Cuba (25.692). O repertório de canções nacionais começou com "Mas que Nada", seguida de "Tico-Tico no Fubá", "Alegria Olodum", "Brasileirinho" e fechou com um pedacinho do Hino Nacional. Assim, elas se tornaram pentacampeãs do Pan. O Brasil é soberano no conjunto desde o Pan de Winnipeg 1999, também no Canadá.

Ginástica Rítmica Conjunto  Penta Campeã Panamericana (Foto: RICARDOBUFOLIN/CBG)
Ginástica Rítmica Conjunto Penta Campeã 
Panamericana (Foto: 
RICARDOBUFOLIN/CBG)


O segundo ouro veio na fita, com americanas e canadenses na segunda e terceira colocação. Com a mesma rotina, o time entrou confiante na final do misto, entre arcos e maças, mas sofreu uma pequena falha. No finzinho da apresentação, uma das maças ficou caída no chão. Essa diferença, segundo a técnica Camila Ferezin, foi crucial para que o Brasil terminasse com a prata. O ouro foi americano, enquanto o Canadá levou bronze nessa.

 Veja o quadro de medalhas completo e confira a agenda dos esportes no Pan
 Leia mais notícias dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá
- Conseguir chegar aqui e conquistar essas medalhas de ouro e essa prata, que tem sabor de ouro, foi especial. Passamos por muitos problemas e superamos muitas coisa. Estamos superfelizes - opinou a ex-ginasta.


Ginástica Rítmica  Brasil (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)
Ginástica Rítmica Brasil (Foto: 
Ricardo Bufolin/CBG)


Campeã como atleta em 99 com bebê no colo repete título com filha Maria Clara

Quando Camila Ferezin foi ao Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999, estava com um bebê de colo. João Lucas tinha cinco meses e deu sorte à mãe. A atleta saiu com uma medalha de ouro no conjunto ao lado da irmã Alessandra e das companheiras de seleção brasileira. Quis o destino que, 16 anos depois, voltasse ao Canadá para disputar outro Pan. E com outro neném. Dessa vez, contudo, a competição foi em Toronto, o “amuleto da sorte” foi uma menina, a pequena Maria Clara, de quatro meses, e o pentacampeonato do conjunto brasileiro foi conquistado como treinadora (fora o ouro nas fitas e a prata no misto entre arcos e maças).

Camila Ferezin, técnica da ginástica rítmica, com a filha no colo (Foto: Divulgação)
Camila Ferezin, técnica da ginástica rítmica, 
com a filha no colo (Foto: Divulgação)


Ela participou de, pelo menos, dois outros títulos. O único em que ficou fora foi no Rio de Janeiro, em 2007, quando atuou como comentarista. Em 2003, na edição de Santo Domingo, foi auxiliar da treinadora. Em 2011, em Guadalajara, seu primeiro como técnica, saiu com três ouros: conjunto por países, bolas e misto (com fitas e arcos). 


FONTE:

Basquete: com "fábrica" de bolas de três, Brasil castiga Porto Rico na estreia

Com aproveitamento impressionante nas bolas de três pontos (16/34), seleção masculina passeia sobre rival e começa o Pan com triunfo de respeito: 92 a 59



Por
Direto de Toronto, Canadá
 
Hettsheimeir, Brasil x Porto Rico Basquete Jogos Pan-Americanos Toronto 2015 (Foto: Inova Foto)Hettsheimeir, Brasil x Porto Rico Basquete Jogos Pan-Americanos Toronto 2015 (Foto: Inova Foto)


Os brasileiros acordaram com a mão calibrada. Sobrou para a seleção de Porto Rico. Com atuação praticamente impecável tanto na defesa quanto no ataque, o Brasil começou fulminante no basquete masculino dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O triunfo por 92 a 59 foi construído praticamente no primeiro quarto, quando o Brasil colocou 10 bolas de três pontos e fez 31 a 6. No segundo período, novo passeio, e os portorriquenhos, inconsoláveis, terminaram o primeiro tempo com apenas 17 pontos, só três a mais que Rafael Hettsheimeir, por exemplo. Ele foi o cestinha do Brasil no jogo com 19 pontos e ainda pegou dois rebotes. Vitor Benite também fez a diferença no ataque, com 16 pontos anotados. Na defesa, JP Batista pegou 11 rebotes. Ao todo, o time de Rubén Magnano anotou 16 bolas de três.

- A bola caiu. Vem caindo em toda a preparação. Mas o fator chave foi a defesa. Abrimos 20 pontos nos primeiros três minutos de jogo. Mas todos deram 100% na defesa para que isso funcionasse. Jogo na posição 5 e esse pivô é difícil arremessar. Mas é uma arma que tenho. É treino. Já fazia na Espanha. E isso tem me ajudado bastante - disse Rafael Hettsheimeir.

Porto Rico veio para o Pan sem importantes nomes. Não estão no Canadá os jogadores Ricky Sanchez, Peter John, Renaldo Balkman e Moe Harkless, os dois últimos com passagens pela NBA (principal liga de basquete do mundo). Do lado do Brasil, as estrelas da liga americana também não vieram, como Nenê, Tiago Splitter, Leandrinho e Anderson Varejão, além da ausência de Marcelinho Huertas, do Barcelona, e das estrelas que jogam no país, como Alex e Marquinhos.

Na próxima rodada, na quarta-feira, o Brasil enfrenta a Venezuela, às 14h30 (de Brasília). Para fechar a primeira fase, a seleção joga na quinta, dia 23, contra os Estados Unidos, às 22h (de Brasília). A disputa vai direto para as semifinais, com dois times avançando de cada lado. O outro grupo tem México, Argentina, Canadá e República Dominicana.

Benite Brasil Porto Rico Basquete Pan Toronto (Foto: AP)
Benite Brasil Porto Rico Basquete 
Pan Toronto (Foto: AP)


PASSEIO DESDE O INÍCIO

O Brasil começou com Rafael Luz, Augusto Lima, Benite, Hettsheimeir e Léo Meindl. Já Porto Rico iniciou com Barea, Villafañe, Ayuso, Carmona e Clemente. E a seleção brasileira não deu chances aos rivais. Com três minutos de duelo, abriu 11 a 2 com cestas de três de Léo Meindl, Rafael Luz e Hettsheimeir. A fábrica de bolas de três não tinha vim. Benite e Hettsheimeir, por mais duas vezes, colocaram a seleção com 20 a 2 em seis minutos jogados. Seis bolas de três em dez, com 60% de aproveitamento. E Porto Rico pediu tempo. Imparável, Hettsheimeir chegou aos 14 pontos com sua quarta bola de longa distância: 23 a 2. Larry Taylor foi quem manteve a média impressionante com outras duas. Fim de quarto e 31 a 6 para a seleção.

Brasil x Porto Rico, Pan-Americano, Toronto 2015, basquete (Foto: GloboEsporte.com)
Brasil x Porto Rico, Pan-Americano, Toronto 
2015, basquete (Foto: GloboEsporte.com)


Enquanto Porto Rico seguia amassando o aro, o Brasil voltou para o segundo quarto já com mais uma bola de três, de Fischer. Toledo depois anotou na bandeja, e Olivinha no contra-ataque: 38 a 6. Marcando sobre pressão a saída de bola, Porto Rico ao menos passou a dificultar mais o ataque do Brasil, e o jogo estacionou nos 38 a 6. Com bola de três de Olivinha, a 11ª do Brasil no duelo, a seleção seguia o passeio com 47 a 10 faltando quatro minutos para o fim do quarto. Em nova bola de Benite e outra de Rafael Luz, a seleção colocou 40 pontos: 51 a 11. Benite e Fischer, com mais duas bolas de longe, encerraram o primeiro período com 60 a 17. Resultado parcial: 13 bolas de três e 59% de aproveitamento de fora do perímetro.

Larry Taylor, Brasil x Porto Rico Basquete Jogos Pan-Americanos Toronto 2015 (Foto: Reuters)
Larry Taylor, Brasil x Porto Rico 
Basquete Jogos Pan-Americanos 
Toronto 2015 (Foto: Reuters)


Porto Rico voltou melhor no terceiro período, e Young finalizou na ponte-aérea ao ser servido por Barea. Com três minutos de quarto, a seleção ainda não tinha pontuado: 60 a 24. Em nova bola de três da seleção, com Toledo, o Brasil deu uma acalmada nos ânimos fazendo 64 a 27. Porto Rico conseguia achar mais espaços no ataque da seleção, mas Hettsheimeir seguia com a mão calibrada para os três pontos: 68 a 30. Em quarto equilibrado, Benite e Hettsheimeir conseguiram duas cestas e faltas que mantiveram a vantagem folgada em 73 a 36 faltando dois minutos para o fim do período. O quarto foi vencido por Porto Rico por 25 a 19, mas seguia com o Brasil na frente por 79 a 42.

Os dois minutos do último quarto foram sem pontos. Em cinco minutos jogados, Porto Rico tinha 3 a 2, e o placar 81 a 45 para a seleção brasileira. Administrando a vantagem obtida antes do intervalo, o Brasil rodava bem seu banco. Aos cinco minutos do período, Benite voltou a anotar bola de três pontos: 84 a 49. Rafael Mineiro entrou muito bem e, em outra bola de três, colocou 88 a 52 nos dois minutos finais de partida. No minuto final, a seleção apenas controlou o jogo e venceu por 92 a 59.



FICHA TÉCNICA

Brasil - 
Titulares: Rafael Luz (5), Augusto Lima (4), Benite (16), Hettsheimeir (19) e Léo Meindl (8). Entraram: Ricardo Fischer (3), Larry Taylor (6), Olivinha (9), Rafael Mineiro (11), JP Batista (6) e Marcus Toledo (5). Técnico: Rubén Magnano.

Porto Rico - 

 Titulares: Barea (6), Villafañe (3), Ayuso (4), Carmona (3) e Clemente (2). Entraram: Young (6), Mujica (6), Clavell (8), Collien (6), De Jesus (8), Graham (7) e Browne (0). Técnico: Richard Pitino.


FONTE:
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Substituta de Jaque contra os EUA, Mari Paraíba encanta e ganha elogios

Estrela da seleção sofre com dores nas costas, fica fora do duelo contra as americanas, e Mari vai bem: "Nunca vivi algo assim, é maravilhoso", disse a musa



Por
Direto de Toronto, Canadá

 
Grande estrela da seleção brasileira feminina de vôlei nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a ponteira Jaque amanheceu com dores nas costas e acabou poupada da partida contra os EUA, pelo fechamento da primeira fase do vôlei. De uma hora para outra, Mari Paraíba ganhou uma chance de substituir sua companheira da última Superliga e não decepcionou. Bem em quadra, Mari passou bem, atacou, defendeu, encantou a torcida brasileira que lotou o ginásio e ajudou na vitória por 3 a 2. Com o Brasil nas semifinais do Pan, Mari disse nunca ter vivido um dia assim e ganhou elogios do técnico José Roberto Guimarães.

Mari Paraiba Brasil EUA vôlei Pan Toronto (Foto: Inovafoto)
Mari Paraiba tenta um bloqueio contra os 
EUA (Foto: Inovafoto)


- Passaram milhões de coisas na minha cabeça quando soube que a Jaque não iria jogar e que ganharia uma chance de começar no lugar dela. Nunca vivi algo assim. É tudo a primeira vez e está sendo muito legal e satisfatório para mim - disse a musa, referindo-se ao público e a energia da galera nas arquibancadas.

Mari Paraiba Brasil EUA vôlei Pan Toronto (Foto: Inovafoto)Mari Paraiba sobe para um ataque (Foto: Inovafoto)


Depois de passar pelo vôlei de praia e quase pensar em abandonar a carreira, Mari voltou às quadras em 2014 e se destacou nas duas últimas Superligas. Técnico da seleção brasileira, José Roberto Guimarães elogiou não apenas o jogo de Mari, mas também suas atitudes e seu perfil. 

- A Mari, principalmente na composição do time, equilibrou o passo. E fez as outras jogarem. Ela entendeu o espírito da coisa, da necessidade dela naquela posição e o que deveria fazer. E cumpriu muito bem. Ela melhorou muito depois que passou pelo vôlei de praia. A manualidade dela é diferenciada. Coloca bola em ângulos que não é qualquer uma que coloca. Ela sempre passou bem, mas está mais madura. Passou por várias coisas. Aprendeu. Ela entra em um jogo como esse, que é complicado e me chama a atenção a personalidade dela. Isso é bacana - garantiu Zé Roberto.

Segunda maior pontuadora do Brasil com 17 acertos, Fê Garay destacou a força do Brasil e também elogiou Mari Paraíba. Brasil e República Dominicana estão classificados para as semifinais do vôlei feminino e só voltam a jogar no dia 23, na quinta-feira.

- Nosso time tem muitas qualidades e várias jogadoras que estão em busca de uma oportunidade. A Jaque não pôde jogar, mas quem entrou deu conta, foi muito bem e mostrou um excelente trabalho, como fez a Mari - disse Fê Garay.

Camila Brait Fernanda Garay Barbara Mari Paraiba volei Brasil Pan Toronto (Foto: AP)
Camila Brait, Fernanda Garay, Barbara e Mari 
Paraiba vibram contra os EUA (Foto: AP)


Adenizia Mari Paraiba Brasil EUA vôlei Pan Toronto (Foto: Inovafoto)
Adenizia e Mari Paraiba no bloqueio contra 
Fawcett (Foto: Inovafoto)


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Brasil arrasa República Dominicana e avança à semi com 100% no handebol

Seleção faz 48 a 18 em terceiro compromisso no Pan e aguarda definição do Grupo B para conhecer adversário na próxima fase. Cuba e Chile disputam a vaga



Por
Toronto, Canadá


Handebol Pan Brasil República Dominicana (Foto: Time Brasil)Brasil superou a República Dominicana com facilidade nesta terça (Foto: Time Brasil)


Uma goleada arrasadora para garantir os 100% de aproveitamento. O Brasil não teve pena da República Dominicana e fez 48 a 18 em partida que encerrou a participação na primeira fase da disputa masculina no handebol nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, nesta terça-feira. Com a liderança do Grupo A, os brasileiros terão pela frente Cuba ou Chile nas semifinais, dependendo da definição do segundo colocado no Grupo B. O Uruguai, que fez 26 a 17 no Canadá, ficou com a outra vaga da chave.
  
Com duas vitórias em dois jogos, a Argentina é a favorita para confirmar a liderança em duelo com os chilenos, às 21h30 (de Brasília). Antes, Cuba encara Porto Rico precisando vencer e secar o Chile para avançar. As semifinais estão marcadas para quinta-feira.  

Já classificado para fase seguinte, o Brasil entrou em quadra nesta terça como grande favorito diante dos dominicanos. No primeiro tempo, o placar já apontava 30 a 7, o que permitiu uma atuação em ritmo mais lento na etapa final, com parcial de 18 a 11. O sonoro 48 a 18, que teve Fábio Chiuffa como artilheiro, com dez gols, foi a maior goleada da competição - o Brasil tinha feito 34 a 17 no Canadá, e 38 a 18 no Uruguai.


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Em dia inspirado de gigante Renan, Brasil vence Argentina e se classifica

Com bela atuação do oposto de 2,17m, seleção domina a rival e triunfa por 3 a 0. Com resultado, Brasil termina em primeiro lugar no grupo e vai direto para a semifinal



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Direto de Toronto, Canadá
 
Com 2,17m de altura, Renan Buiatti é o mais alto dentre os 589 atletas brasileiros que estão disputando os Jogos Pan-Americanos, em Toronto. Nesta terça-feira, ele voou e não tomou conhecimento do bloqueio argentino. Com uma grande atuação, fez 17 pontos e comandou a vitória sobre a rival Argentina por 3 sets a 0, parciais de 29/27, 25/21 e 25/22, após 1h35min de partida. Com o resultado, o Brasil se recupera da derrota para Cuba e fecha a primeira fase na liderança do Grupo A, classificando-se direto para as semifinais. A Argentina, até então invicta e líder do grupo, vai precisar jogar as quartas de final. O próximo jogo da seleção será na próxima sexta-feira, contra adversário ainda a ser definido.

Com 2,17m, Renan salta para o bloqueio na vitória do Brasil sobre a Argentina nos Jogos Pan-Americanos (Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV)
Com 2,17m, Renan salta para o bloqueio na 
vitória do Brasil sobre a Argentina nos 
Jogos Pan-Americanos (Foto: 
William Lucas/Inovafoto/CBV)


Em Toronto, Renan chama a atenção de quem está torcendo pela seleção brasileira. Sem ter seus principais nomes nos Jogos Pan-Americanos já que o técnico Bernardinho preferiu priorizar a Liga Mundial, na qual o Brasil acabou eliminado antes das semifinais, o oposto rapidamente caiu no gosto dos fãs pela sua altura. Tanto que foi, disparado, o jogador mais assediado após a vitória. Atrás da arquibancada, dezenas de torcedores encontraram uma forma de chamá-lo para tirar fotos antes de ele entrar no vestiário .

Renan vôlei Pan fãs (Foto: GloboEsporte.com)
Renan vôlei Pan fãs (Foto: GloboEsporte.com)


- Nossa, ele é muito mais alto aqui de perto - comentou uma menina, que esperava a chance de bater uma foto ao lado de Renan.

Solícito, o jogador atendeu um por um. Ficou quase cinco minutos com os torcedores. Tirou mais de 20 fotos antes de receber um beijo da esposa, que está em Toronto, e ir para o vestiário.

 Aos 25 anos, Renan atualmente joga na Itália e tenta se firmar no grupo principal de Bernardinho. A altura é uma aliada. De acordo com a Confederação Brasileira de vôlei, ele alcança 3,30m atacando e 3,14m no bloqueio. A rede oficial no vôlei masculino mede 2,43m. 

- No vôlei, ser alto só ajuda. Ajuda bastante (risos) - disse.

Mas Renan, que calça 48 e tem 1,30m só de pernas, sofre no cotidiano. 

- É complicado. Muita coisa não foi feita para a gente. Andar de avião, de carro. A gente precisa se adaptar para fazer muita coisa. 

Em alguns momentos, é difícil até mesmo para tirar fotos com os fãs.

Renan selfie seleção brasileira (Foto: Reprodução / Instagram)
Renan selfie seleção brasileira 
(Foto: Reprodução / Instagram)


- Gente, chega um pouco mais para trás senão fica difícil o ângulo - pedia um pai no meio da multidão de torcedores minutos antes ao tentar enquadrar Renan com a filha, que não devia ter mais de 1,60m.

Pelo menos, as selfies estão sempre garantidas. Com braços longos, o oposto é o responsável por tirar ótimas fotos com os companheiros neste período na seleção.
a partida

O primeiro set foi muito equilibrado. As duas seleções se alternavam no placar, sem nenhuma conseguir abrir mais do que dois pontos de vantagem. Quando Gonzalez errou um ataque, o Brasil teve o set point em 24 a 23. Mas na jogada seguinte, a Argentina conseguiu virar com uma largada de De Cecco. A partida seguiu lá e cá. O Brasil tinha em Maurício Souza e Renan bolas de segurança. A torcida brasileira, a maioria no ginásio, apoiava a seleção. E finalmente quando João Rafael acertou um ace, o Brasil fechou o primeiro set em 29 a 27.


Saiba como foi a vitória brasileira lance a lance

No segundo set, nada mudou. A partida seguiu muito equilibrada sem nenhuma seleção conseguir se desgarrar no placar. No primeiro tempo técnico, o Brasil vencia por 8 a 7. Após o tempo técnico, o Brasil acertou o bloqueio e passou a dominar a partida. Abriu 14 a 10. E a partir daí foi só administrando, sem deixar a Argentina encostar até o final do set. Em um saque para fora de De Cecco, o Brasil fechou o segundo set por 25 a 21.

Renan ataca para fazer um de seus 17 pontos sobre a Argentina (Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV)
Renan ataca para fazer um de seus 17 pontos 
sobre a Argentina (Foto: William 
Lucas/Inovafoto/CBV)


No terceiro set, a Argentina voltou mais forte e errando muito pouco. Além disso, passou a forçar mais o saque, o que dificultava o passe brasileiro. Com isso, abriu uma vantagem de três pontos. No segundo tempo técnico, vencia por 16 a 13. O Brasil voltou mais agressivo depois da parada. E conseguiu empatar em 19 a 19. E, em seguida, virou para 20 a 19 após um erro de ataque de Conte. Era o sinal de que os rivais haviam perdido o controle. O caminho para a vitória estava aberto. O Brasil abriu vantagem. E fechou o terceiro set em 25 a 22.

- Foi uma excelente vitória. Jogar contra eles é sempre chato por causa das provocações. Jogo contra eles desde 2007. A maioria dos jogadores que estava do outro lado é da minha geração. 
Então enfrento eles há muito tempo. Conseguimos parar o ataque deles, bloqueamos bem e todos estão de parabéns. Jogamos bem melhor esse terceiro jogo e já evoluímos bastante desde o início. Agora temos que descansar um pouco e treinar nos dias que temos pela frente até a semifinal - disse Renan.


BRASIL
Murilo, Renan, Maurício Souza, Otávio, Douglas e Maurício Borges. Tiago Brendle (líbero)
Entrou: João Rafael
Técnico: Rubinho


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Juliana dos Santos acelera no fim, bate as rivais e é ouro nos 5.000m

Após ser mãe, esposa de Marílson vence em sua segunda prova oficial na distância. Em manhã das mulheres brasileiras, Jucilene é bronze, e velocistas vão bem



Por
Toronto, Canadá
 
A arrancada de Juliana dos Santos não surpreendeu apenas o estádio. Ao ser a primeira a cruzar a linha de chegada, nem a própria atleta parecia acreditar. A euforia ficou ainda mais visível no abraço apertado que deu em seu técnico, Adauto Domingues. Durante a disputa, encarou rivais com ritmo forte e soube controlar. De forma tática e bem pensada, atacou somente nos últimos 600m. Passou uma rival de cada fez e chegou ao ouro nos 5.000m no Pan de Toronto.  O tempo de 15m45s97 é o seu melhor na carreira. Brenda Flores, do México, ficou com a prata, com 15m47s19. Kellyn Taylor, dos Estados Unidos, completou o pódio.

Juliana dos Santos atletismo Pan (Foto: Erich Schlegel-USA TODAY Sports)
Juliana dos Santos comemora a vitória no Pan 
(Foto: Erich Schlegel-USA TODAY Sports)


O trajeto de Juliana até o topo do pódio foi maior que os 5.000m percorridos no Canadá. Esposa do maratonista Marílson dos Santos, foi ouro nos 1.500m dos Jogos do Rio, em 2007. Na edição seguinte, em Guadalajara, ficou fora por conta do nascimento do primeiro filho do casal, Miguel. De volta à competição, conquistou o ouro em Toronto em uma prova na qual ainda tenta se adaptar. Para se ter uma ideia, essa foi apenas a segunda prova oficial da corredora na nova distância. Mas ela ainda não decidiu qual prova tentará competir nos Jogos Olímpicos de 2016.

Foi a melhor prova da minha vida! Não estou nem acreditando ainda!  
Juliana dos Santos

 – Foi a melhor prova da minha vida! Não estou nem acreditando ainda! Era uma prova muito forte. Olhei para os tempos, mas disse que ia correr. Até onde eu aguentar. Falei que não ia desistir. Quando eu me vi em terceiro lugar, sem saber se estava perto, o telão não mostrava, ia junto com essa menina (mexicana), para tentar  pegar o primeiro lugar. Eu ainda não sei correr os 5.000m direito. Que continue assim, né? – brincou.

A disputa do Pan de Toronto foi mais que um testo de resistência e velocidade. Juliana teve que segurar o próprio coração. Voltar a ser atleta depois de ser mãe não foi uma decisão fácil e só aconteceu por conta de todo o incentivo de seu marido. Juliana ressaltou as dificuldades que enfrentou até o ouro em Toronto. Marílson, por sua vez, sofreu uma lesão e não pôde competir no Canadá.

– Ser mãe e voltar a ser atleta nesse nível... E eu não sou só atleta, eu sou esposa de um atleta também. De alto nível. Nós temos matado vários leões em casa para conseguirmos continuar bem nas competições e sem deixar o nosso filho. Queremos viver as coisas dele também, é uma coisa que não vai voltar. Falamos que vamos ser bons atletas, mas que vamos ser bons pais também – disse.


JULIANA É BRONZE NO LANÇAMENTO DE DARDO

No lançamento de dardo, outra medalha para o Brasil. Com uma bela prova, Jucilene Lima marcou 60,42m e ficou com o bronze. A canadense Elizabeth Gleadle levou o ouro, com 62,83, enquanto a americana Kara Winger ficou com a prata, com 61,44m. Após a competição a atleta brasileira ficou muito emocionada e chorou ao dar entrevistas.


Jucilene de Lima bronze dardo pan Toronto (Foto: Reuters)
Jucilene de Lima liderava a prova até a última 
tentativa (Foto: Reuters)


- A gente imaginar. Mas as adversárias são boas. Pensei que, se estou aqui, é porque também sou boa. Tenho essa capacidade. Pedi tanto a Deus uma medalha. Estou muito feliz. Vento contra atrapalha um pouco. Mas eu estou satisfeita com meu resultado de hoje - disse a atleta, que também disputará o Mundial de Atletismo de Pequim, em agosto. 

Nas eliminatórias dos 100m, outras brasileiras conseguiram bons resultados. Ana Cláudia Lemos avançou com o segundo melhor tempo para a semifinal. O tempo de 10s96, no entanto, não pôde ser ratificado como recorde sul-americano por conta do vento acima do permitido (+4km). Em outra bateria, Rosângela Santos também obteve a classificação com 11s08.

Entre homens, no entanto, os resultados não foram positivos nesta manhã. Atual campeão brasileiro dos 100m, Vitor Hugo dos Santos acabou cometendo um erro na saída do bloco e ficou apenas em sexto da bateria, sem classificação e com o tempo de 10s31. José Carlos Moreira, o Codó, foi desclassificado após queimar a largada. 


No salto com vara masculino, Thiago Braz foi eliminado sem acertar nenhum salto.


FONTE:
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