quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Campeãs nas quadras, Adenízia e Thaísa querem título do carnaval 2015

Centrais do Osasco e da seleção bicampeã olímpica se preparam para o desfile, de olho no segundo título seguido da Unidos da Tijuca: "Ali dentro também vale troféu"


Por
Rio de Janeiro


O que aquela porta guardava fez o ambiente parecer familiar. Todos os troféus e prêmios conquistados pela Unidos da Tijuca estavam ao alcance das mãos. As mesmas que em quadra não se cansam de erguê-los e que agora querem ajudar a levantar mais um, só que na Marquês de Sapucaí. Atual campeã do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro, a escola de samba trará em um de seus carros alegóricos Adenízia e Thaísa, centrais da seleção bicampeã olímpica de vôlei. Nesta segunda-feira, elas visitaram o barracão, tiraram as medidas para a confecção das fantasias e entenderam um pouco mais sobre o enredo de 2015, que terá a Suíça como tema.

Adenízia e Thaísa visitam barracão da Unidos da Tijuca (Foto: Danielle Rocha) 
Thaísa e Adenízia na sala de troféus da Unidos 
da Tijuca (Foto: Danielle Rocha)


O convite foi feito pela empresa produtora de alimentos do país europeu, que patrocina o Osasco, time que as duas defendem na Superliga. Não pensaram duas vezes para dizer sim. Adenízia já sentiu o gostinho de enfrentar uma passarela. Há quatro anos, saiu no chão, na X9 Paulistana. Mas desta vez, diz que a responsabilidade só fez aumentar. Estará num lugar de destaque, na alegoria que remete ao filme a "A fantástica fábrica de chocolate".

Adenízia e Thaísa visitam barracão da Unidos da Tijuca (Foto: Danielle Rocha)Centrais conheceram o trabalho no barracão da escola (Foto: Danielle Rocha)


- A gente vai ter que manter a escola no topo. Quando abrimos a porta e vimos esses troféus deu um friozinho na barriga. Temos que tentar fazer o que fazemos na quadra. E todos aqui estão trabalhando mostrando foco e determinação. Adorei a fantasia e sei que este desfile vai ter um gostinho especial. Vou poder dizer que desfilei e fui campeã - disse.

Se Adenízia já é uma veterana no samba, Thaísa viverá a experiência pela primeira vez. A falta de oportunidade e de tempo costumavam deixar a carioca na condição de espectadora. E sempre que pensava em carnaval, lembrava dos tempos de infância, quando saía com os amiguinhos pelas ruas da Tijuca - bairro onde morava e jogava -, para provocar e correr dos bate-bolas. Espera agora ter a mesma coragem para passar bem pelos 700m da Avenida.

 - Vou ficar nervosa. Acho tão bonito, mas nunca pensei nessa possibilidade. Estou acostumada a enfrentar a Rússia, os Estados Unidos, o que é mais fácil para mim. Não sou a Adenízia que sabe sambar (risos). Mas ali dentro vale troféu. É parecido com o vôlei: temos que estar focadas, jogar por amor a escola e buscar fazer o que fazemos no nosso dia a dia. Não tinha melhor lugar para eu começar a desfilar.  

Adenízia e Thaísa visitam barracão da Unidos da Tijuca (Foto: Danielle Rocha)Fantasia que será usada por Adenízia e Thaísa  (Foto: Danielle Rocha)


E já recebendo dicas de quem entende do riscado. Depois de conhecerem o trabalho feito por artesãos e costureiras no barracão, as centrais seguiram para o evento de apresentação dos protótipos das fantasias na quadra da agremiação. Adenízia queria conhecer a atriz e rainha da bateria, Juliana Alves. Ao lado dela, contou como era a roupa com detalhes de chocolate que vão vestir, mostrou que sabe fazer os movimentos com os braços que pede a ocasião e não quis se arriscar muito com os pés, ensaiando timidamente um passinho de samba a pedido da anfitriã. Acabou recebendo elogios daquela que também é uma fã das meninas da seleção e ouviu com atenção as orientações para ganhar o público.

- Para falar a verdade foi muito bem, mostra que tem samba no sangue. Eu é que vou precisar de muitas dicas para chegar um pouco perto delas no vôlei (risos). Eu acompanho sempre que posso os jogos delas. São rainhas dentro de quadra e têm conquistar o público também. E num desfile isso é feito com olhar, sorriso e cantando o samba. Vão precisar se preparar para chegar bem no dia, vestir a fantasia e deixar o samba fluir. Essa vitória, esse brilho que elas carregam vai nos trazer um grande reforço - afirmou Juliana.    

Adenízia e Thaísa visitam barracão da Unidos da Tijuca (Foto: Danielle Rocha)
Thaísa, Juliana Alves e Adenízia na quadra da 
Unidos da Tijuca (Foto: Danielle Rocha)


Invictas na Superliga, com quatro triunfos em quatro compromissos, as pupilas do técnico Luizomar de Moura esperam contar com a compreensão dele e com as brechas na agenda de treinos para pegarem a ponte aérea vez ou outra para participarem dos ensaios.
- Vamos ter que arrumar tempo. Temos jogos às sextas, mas dá para vir para o Rio no sábado. É importante. E é legal juntar campeã com campeã, né? Inspira - disse Adenízia.

Mosaico Adenízia e Thaísa visitam barracão da Unidos da Tijuca (Foto: Danielle Rocha) 
Fotos: (Danielle Rocha)


FONTE:


Minas é derrotado pelo Rio em casa, e Jaqueline já quer estrear no sábado

Equipe mineira segue sem vencer na Superliga, enquanto o time carioca se mantém com 100% de aproveitamento. Ponteira do Minas espera jogar na próxima rodada


Por
Belo Horizonte


Antes do apito inicial, a festa foi grande no ginásio do Minas em Belo Horizonte, com a apresentação oficial da ponteira Jaqueline à torcida mineira. Mas, assim que a bola subiu, o Rio de Janeiro mostrou sua força como atual campeão da Superliga feminina e, em 1h16 de jogo, fez sua melhor exibição e venceu por 3 sets a 0 (15/25, 13/25 e 19/25), mantendo sua invencibilidade e impedindo o Minas de conhecer sua primeira vitória. Ao time mineiro resta aguardar pela estreia de Jaqueline, o que pode acontecer na próxima partida, segundo a própria jogadora.

- Estou muito feliz com a recepção que tenho tido aqui, dos torcedores e das pessoas dentro do clube. Infelizmente não pude jogar ainda porque tenho passado por uma bateria de exames, como se fosse uma pré-temporada, mas vamos ver se sábado vai dar para fazer alguma coisa. Essa semana vou me dedicar muito na parte física, tenho o joelho operado, então não dá pra vacilar, tenho que fortalecer bastante para que eu possa jogar sábado e representar o Minas da melhor maneira possível - afirmou a jogadora ao SporTV, ainda antes do início da partida.

vôlei Minas x Rio de Janeiro (Foto: Orlando Bento)
Minas não resistiu ao Rio de Janeiro mesmo 
jogando em casa nesta terça-feira (Foto: 
Orlando Bento)


O Troféu Viva Vôlei, de melhor jogadora da partida, ficou com a ponteira Natália, maior pontuadora com 17 pontos: "Acho que foi importante o jogo de hoje para a gente, porque viemos de um jogo ruim contra o Maranhão, então foi bom para recuperar a confiança. Ainda estamos começando a criar uma cara, é importante essa sequência de jogos para pegar ritmo", disse. 

O Minas permanece com apenas um ponto somado depois de cinco partidas, na penúltima posição, e na próxima rodada terá pela frente o São José, no dia 29, às 16h, na casa do adversário. O Rio de Janeiro joga um dia antes, quando recebe o Araraquara às 19h. A equipe chegou aos 11 pontos, subindo para a quarta posição.

O Minas começou a partida com Walewska, Carol Gattaz, Lia, Carla, Mari, Camila e Tica, e entraram Ju Nogueira, Tica, Laís, Camila e Naiane, sob o comando do técnico Marco Queiroga. O Rio de Janeiro entrou em quadra com Gabi, Bruna, Juciely, Fofão, Natália, Carol e Fabi, e o técnico Bernardinho ainda contou com Régis, Amanda e Roberta.

vôlei Minas x Rio de Janeiro (Foto: Orlando Bento)Carol Gattaz ainda tentou segurar o Rio, mas não conseguiu (Foto: Orlando Bento)


O jogo

Apesar de o Rio de Janeiro sair na frente do comando do placar, o Minas conseguiu a virada com 6 a 5, e após três erros de saque o técnico Bernardinho foi à loucura na beira da quadra. Com o time carioca com dificuldades na recepção, o time da casa conseguiu comandar o jogo até 12 a 11, quando Natália e Gabi, mesmo sem a bola certeira na mão, conseguiram virar do jeito que chegava. O primeiro ponto de bloqueio só saiu com o Rio, que marcava 19 a 15 àquela altura. Daí em diante, o time da casa não se encontrou mais e o atual campeão da Superliga fechou o primeiro set em 25 a 15, com 23 minutos.

Se na primeira parcial do jogo o Minas contou com seis pontos de erros do Rio de Janeiro, no segundo set o time carioca não deu essa chance. Com 7 a 3 após Gabi soltar o braço para cravar a bola no lado adversário, o time de Bernardinho deslanchou no placar. Em certa altura, num bloqueio para cima de Mari Paraíba, o Rio abria 12 pontos de vantagem com 22 a 10 no placar. Com 24 minutos, a equipe visitante fechou o segundo set com 25 a 13.

No terceiro set, o Minas voltou disposto a complicar a vida do Rio de Janeiro, e comandou o placar durante boa parte do tempo, apesar do equilíbrio. A maior vantagem das donas da casa foi com 10 a 7 no placar, depois de melhorar o passe nas bolas de contra-ataque. Mas num bloqueio de Natália, a equipe visitante voltou para o jogo e virou justamente com a ponteira, com 13 a 12. A partida ficou equilibrada até Amanda ir para o saque, e o Rio então deslanchou na partida, e fechou o duelo de novo com ela, Natália, com um bloqueio, com 29 minutos.


FONTE:

Mestra na quadra, Sheilla vive dias de aluna fora do ginásio na Turquia

Melhor oposta do Mundial da Itália, bicampeã olímpica tem aulas de culinária e de turco para buscar uma melhor adaptação à nova rotina como jogadora do Vakifbank


Por
Rio de Janeiro


Sheilla Vôlei Turquia (Foto: Arquivo Pessoal)Sheilla exibe prato de salada (Foto:Arquivo Pessoal)


A decisão de sair do aconchego da casa da avó, em 2004, não foi das mais fáceis. Não para alguém de 20 anos, que iria passar os próximos quatro em outro país. Mas o crescimento que desejava passava pela Itália. Foi lá que a Sheilla de hoje foi forjada, como costuma dizer. Uma década depois, a melhor oposta do último Mundial se impôs um novo desafio. Fez as malas e mudou-se para Istambul para defender o Vakifbank. Há um mês, vem se adaptando ao estilo de jogo da equipe, assim como à nova rotina fora de quadra. Além de uma professora de turco, com quem terá aulas a partir da próxima semana, Sheilla também tem aprendido a comandar as panelas. 

Por necessidade e vontade. Janete Silveira, a amiga de longa data que trabalha como treinadora no vôlei italiano, é a consultora oficial. Envia as receitas, dá as dicas e a socorre, mesmo que a distância. O resultado tem sido compartilhado com orgulho em seu perfil numa rede social. Candidata ao prêmio de Atleta da Torcida, promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e com votação pela internet, a jogadora espera contar com o apoio de seus fãs para tentar colocar o troféu na galeria. 

- Eu não tinha hábito de fazer comida sempre. Só fazia quando dava aquele estalo. Mas era bem pouco mesmo, porque eu tinha empregada em casa e ela deixava tudo pronto para mim. Aqui estou gostando, estou fazendo muitos pratos italianos, massas e risotos que são fáceis e, como eu chego cansada e com fome, já quero descansar e dormir. De vez em quando faço uma carne, legumes, uma coisa mais brasileira. Feijão ainda não, apesar de encontrar aqui, porque não sei fazer mesmo - diverte-se.

Se o Brasil tem passado poucas vezes pelo prato, ao menos o idioma se mantém no dia a dia de Sheilla. As conversas com a búlgara Elitsa Vasileva, que vestiu a camisa do Campinas na última temporada, e com Carolina Costagrande, argentina naturalizada italiana, são muitas vezes em português. Ao lado delas, já conquistou o título da Supercopa.


Sheilla campeã da Supercopa da Turquia de vôlei (Foto: Reprodução / Facebook)
Sheilla comemora título da Supercopa da Turquia 
(Foto: Reprodução / Facebook)


Sheilla e Janete Vôlei Turquia (Foto: Reprodução / Instagram)Sheilla com Janete e a central Carol no Mundial da Itália (Foto: Reprodução / Instagram)


Principalmente da forma de trabalhar de Giovanni Guidetti. Antes de aceitar a proposta, Sheilla buscou informações sobre o técnico, que também comanda a seleção feminina da Alemanha. As referências foram as melhores e comprovadas neste primeiro mês de treinamento. Sob o comando dele, o Vakifbank ergueu duas vezes o troféu da Champions League (em 2011 e 2013). 

- Tinham dito que ele era um dos melhores técnicos do mundo. Realmente posso dizer que Giovanni tem uma visão de jogo muito grande. É perfeccionista também, quer sempre que a gente não erre, faça melhor. E a estratégia dele para jogar contra os outros times é muito interessante. Talvez seja o técnico fora do Brasil que mais dá treino. Às vezes, o da tarde chega a durar duas horas e meia, três horas. Treinamos de manhã musculação e bola. Ele divide em três grupos e eu faço um pouco de defesa de manhã. Estou adorando o treino dele e tenho pouco tempo livre. Tive dois domingos livres, uma segunda e só. Acho que até o Natal não vou mais ter um dia livre. Está muito puxado, porque a gente joga a Copa Turca, a Liga Turca e a Champions League. Estou gostando bastante daqui e acho que eles também estão gostando de mim.

A experiência de bicampeã olímpica é respeitada. A opinião de Sheilla é sempre levada em consideração. Nas ruas, ela também se surpreende ao ser reconhecida por gente que nem imaginava acompanhar sua trajetória nas quadras. Foi assim, na semana passada, durante uma caminhada despretensiosa por um pequeno mercado local.


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- Um turco chegou e veio contar que era meu fã. Começou a falar da minha carreira e vi que acompanhava mesmo. Depois perguntou da Thaísa e deu para ver que acompanhava vôlei. Aqui sempre tem gente que pede para tirar foto. Uns chegam e perguntam se sou jogadora do Vakifbank. Quando veem que sou brasileira, falam: "bicampeã olímpica". Eles me respeitam bastante pelas coisas que conquistei e fiz pela seleção e pelos clubes. Meu técnico gosta muito da maneira como enxergo o jogo. Um motivo que me fez vir para cá foi a possibilidade de um novo desafio. Na carreira de atleta é sempre bom ser instigada a fazer mais. Agora não estou mais no começo, mas no meio para o final da carreira já. Falta menos tempo para eu parar de jogar do que o tempo que joguei. Sabia que aqui encontraria um campeonato forte e que eu seria exigida ao máximo por ser estrangeira.  E estrangeira tem que dar 100% o tempo inteiro, tem que ser a jogadora de decisão. Comecei a crescer, a virar a Sheilla que sou hoje quando fui atuar na Itália. Agora acho importante um desafio para me manter no auge no fim da minha carreira.

E também para ficar mais perto e conhecer ainda melhor a forma de jogar de possíveis adversárias nas Olimpíadas do Rio 2016. O convívio será por duas temporadas. E ainda que a saudade de casa e do marido lhe aperte o peito, Sheilla diz que é o preço a ser pago.

- Espero que o Brenno consiga chegar no dia 31 de dezembro. Ele tem o último jogo com o Pinheiros (é técnico da equipe na LDB) no dia 30 de dezembro, ainda não está definido o local, então se não for em São Paulo vai ser difícil pegar o voo porque ele chegaria às 21h30. Mas eu tenho esperança de passar o Réveillon com ele. É difícil ficar longe dele, da minha avó, da minha família. Sinto saudade, mas estou focada no vôlei, tentando ganhar os jogos que tenho até o Natal, antes de Brenno chegar, de alguém vir me visitar. Estou morrendo de saudade, mas faz parte.    

Mosaico Sheilla Vôlei Turquia (Foto: Editoria de arte)
Sheilla exibe em seu perfil os pratos que 
aprendeu a fazer, passeios e momentos 
com o time (Foto: Editoria de arte)


Vira e mexe se pega com o pensamento perdido por aqui. Mas outras tantas vezes, se vê de volta ao Mediolanum Forum Assago, palco da fase final do Mundial da Itália. Aquele revés - o único da campanha - para os Estados Unidos na semifinal da competição, no dia 11 de outubro, ainda dói. Mais ainda quando teve de rever as imagens dia desses.

- Não tem como não lembrar. É uma derrota que não vou esquecer nunca, assim como não esqueço até hoje as derrotas nas finais dos Mundiais de 2006 e 2010. Mas a vida passa. Um dia a gente teve que fazer um vídeo aqui, do time que tem a Larson (oposta americana) e ainda não havia vídeo de jogo do campeonato turco, então eles me pediram desculpa porque colocaram o daquela partida que a gente perdeu a semifinal. Se eu lembrar do Mundial sempre fico triste, mas também fico alegre pela superação que a gente teve para disputar o terceiro lugar. Aquela amargura, aquela tristeza vai sempre ter, mas faz parte. Vida de atleta não é feita só de vitória, a gente tem que saber superar as derrotas e pensar para frente. Graças a Deus a minha tem muito mais vitória do que derrota (risos).  



FONTE::
http://glo.bo/1ATpjYB

Quem ri por último? Fabiana e Suelen entram no clima de Atlético x Cruzeiro

Companheiras de equipe no Sesi-SP, jogadoras posam com camisas de seus times antes da final deste quarta-feira. Clubes mineiros decidem o título da Copa do Brasil


Por
São Paulo


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O clima da final da Copa do Brasil também chegou aos bastidores do vôlei brasileiro. Companheiras de equipe no Sesi-SP, Fabiana e Suelen estão convivendo com a rivalidade entre Atlético-MG e Cruzeiro horas antes da decisão do Mineirão. Através de uma conta nas redes sociais, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) postou uma foto da dupla vestida com o uniforme dos clubes do coração, mostrando a ''rivalidade''. A central Fabiana é torcedora do Galo, enquanto Suelen é fã da Raposa.

Fabiana x Suelen do Sesi - Atlético-MG x Cruzeiro - vôlei e futebol (Foto: Reprodução/Instagram)
Fabiana x Suelen do Sesi - Atlético-MG x Cruzeiro 
- vôlei e futebol (Foto: Reprodução/Instagram)


O duelo mais importante entre Cruzeiro e Atlético-MG na história será disputado nesta quarta-feira no Mineirão, às 22h (de Brasília). O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real. O Galo venceu a primeira partida por 2 a 0.


FONTE:
http://glo.bo/11ZVyWB

Fim de gestão no Botafogo tem empréstimo com comissão misteriosa

Clube pega R$ 3 milhões e paga R$ 300 mil. Contrato assinado por Assumpção indica advogado de Sidnei Loureiro, que clube diz desconhecer, para receber valor


Por
São Paulo e Rio de Janeiro


Um dos últimos atos do presidente Maurício Assumpção no Botafogo pode deixar a nova gestão, que assume o clube nesta quarta-feira, de cabelos em pé. Entre setembro e outubro, o clube buscou um empréstimo de R$ 3 milhões junto a um grupo de empresários de São Paulo. E pagou 10% de comissão pela transação. Quem recebeu essa comissão é o mistério que a nova diretoria terá de solucionar. Na última segunda-feira, dia 24, o contrato foi objeto de discussão no Conselho Fiscal do clube, que enviará questionamentos ao Conselho Diretor pedindo todas as comprovações legais da transação. 


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O GloboEsporte.com teve acesso a um contrato, com data de 1º de setembro, assinado e rubricado pelo então presidente do clube e pelo vice-presidente de Finanças, Chico Fonseca. Segundo o documento, o Botafogo contrairia um empréstimo de R$ 3 milhões de Marcus Vinicius Sanchez Secundino, pessoa física, que trabalha em conjunto com dois ex-membros do Grupo Sonda – Thiago Ferro e Fernando Garcia. O contrato previa que o clube receberia R$ 2,7 milhões na conta do HSBC que pertence à Companhia Botafogo no dia 17 de outubro. O restante, ou seja, 10% do valor do contrato, deveria ser depositado na conta de um intermediário indicado pelo clube. A cláusula 1.2.1 é clara: "por conta e ordem do BFR, o valor do empréstimo será creditado conforme segue". Esse intermediário seria o advogado carioca César Reis,  proprietário da conta-poupança na Caixa Econômica Federal indicada no documento.

Documentos_CONTRATOS-BOTAFOGO_01 (Foto: Infoesporte)
Contrato aponta pagamento de 
comissão para advogado de 
ex-gerente de futebol do 
Botafogo (Foto: Infoesporte)


No dia 17 de outubro, o Botafogo recebeu R$ 2,7 milhões na conta indicada. Foi o segundo empréstimo feito pelo trio de empresários ao Botafogo. No primeiro, feito em 2013, não houve intermediário nem comissão, e o valor foi o mesmo: R$ 3 milhões. Só que, no primeiro mútuo, Ferro (através da GT Sports) e Garcia (através da LF Assesoria Esportiva) também emprestaram dinheiro ao clube. No segundo, apenas Marcus Sanchez emprestou. 
 

O GloboEsporte.com teve acesso a esse contrato no dia 12 de novembro e, na mesma data, procurou o advogado César Reis no Rio de Janeiro. Reis informou o seguinte em entrevista gravada: 


– Quem fez essa transação foi o meu filho. Eu sou advogado, ele é advogado... Foi na minha conta, mas não fiquei com o dinheiro. Peguei o dinheiro e transferi para três empresas que participaram dessa transação.

– Do empréstimo?

– Não. Das empresas que ganharam comissão para isso, através do... Acho que foi do Sidnei, se não me engano. As empresas são legais, têm CNPJ, tudo direitinho. Não sei se ele participa. Não sei se ele tem vinculação, aí eu não sei. Mas vou falar com meu filho para falar com o Sidnei. Eu nem conheço o Sidnei.


Minutos depois, quando o advogado foi novamente indagado sobre o destino da comissão, seguiu o diálogo:

– Mas quem arranjou isso tudo foi o Sidnei?

– Foi, foi o Sidnei. Não tem nada a ver. A gente apenas foi verificar se era legal. Ele que arrumou.

– E a comissão foi para ele?

– Não, não foi para ele, (foi) para as empresas que ele trabalha com isso, acho que são três empresas, se não me engano. O dinheiro bateu na conta, peguei, transferi, tudo direitinho, tirei o meu percentual de honorários, que a gente tinha combinado. Ganhou a comissão dele, a gente teve até um valor de imposto. Um cara você vai pegar um dinheiro e não vai pagar o imposto? Tem de ter um valor retido para imposto, tranquilo. 

Sidnei, no caso, é Sidnei Loureiro, funcionário do Botafogo de janeiro de 2009 até abril de 2014, quando deixou o clube. Na segunda-feira, dia 18 de novembro, o GloboEsporte.com entrou em contato com Guilherme Reis, filho de César.

– O Sidnei é cliente do escritório, mas não temos nenhum contrato que o Botafogo seja parte – disse, informando que o escritório representa funcionários do clube.


Renan conversa com o fisioterapeuta Flavio Meirelles e o supervisor Sidnei Loureiro (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Sidnei Loureiro foi gerente de futebol do Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)


Guilherme Reis é casado com Júlia, filha de Eduardo Húngaro. Húngaro é ligado a Sidnei Loureiro, que por sua vez sempre foi próximo do presidente Maurício Assumpção. Na mesma sexta-feira, a reportagem falou também com a assessoria do empresário Fernando Garcia, que confirmou o empréstimo mas disse não ter indicado intermediário.

– Foi pago o que o Botafogo pediu. De nossa parte não houve indicação de nenhum intermediário – disse a assessoria.


No contrato assinado por Assumpção e Fonseca constava a informação de que o depósito de Marcus Sanchez na conta de César Reis aconteceria "a pedido do Botafogo de Futebol e Regatas" (veja documento em anexo). No item g das considerações iniciais, o contrato informa:

“CÉSAR foi o responsável por intermediar em benefício do BFR o novo empréstimo a ser contratado entre o BFR e MARCUS, razão pela qual o BFR se comprometeu a lhe pagar a remuneração de R$ 300 mil reais”.


A cláusula 1.2.2  é ainda mais explícita:

“A indicação das contas bancárias e determinação de crédito na conta de terceiro é de responsabilidade do BFR, tendo sido uma determinação expressa do BFR, sem qualquer interferência de MARCUS, que apenas efetuará os créditos nas contas indicadas”.

Documentos_CONTRATOS-BOTAFOGO_02 (Foto: Infoesporte)
Contrato foi assinado pelo presidente 
Maurício Assumpção e por seu vice 
de finanças (Foto: Infoesporte)


Na sexta-feira, dia 21 de novembro, a reportagem procurou Sidnei Loureiro. O ex-gerente do Botafogo disse que César Reis se confundiu:

– A situação que o César passou para você é de outra coisa, que não tem nada a ver com essa situação de empréstimo de dinheiro para o Botafogo. E mesmo que fosse, eu não estava no Botafogo. Quem conseguiu esse dinheiro tem mais é de ser comissionado. Imagina colocar R$ 3 milhões no Botafogo há dois, três meses. Ninguém é maluco. Mas, enfim, não vem ao caso. Esse contrato não foi assinado, o erro já foi corrigido. 

 

No mesmo dia 21 de novembro, a reportagem procurou o clube. O Botafogo, em resposta por e-mail,  disse desconhecer César Reis:

"O Botafogo F.R. tem dois contratos distintos de empréstimo com a participação do Sr. Marcus Sanchez Secundino, um de 2013 e outro de 2014. O contato para a realização dos empréstimos foi o Sr. Thiago Ferro. O Botafogo desconhece o Sr. César Reis, cujo nome não consta na versão final do contrato, assinada pelo clube e por todos os envolvidos".

Segundo o clube, quem pediu a inclusão de um intermediário na transação foi o empresário Thiago Ferro:

"No segundo contrato de empréstimo, há outros envolvidos em relação ao primeiro. O Sr. Thiago Ferro informou haver a necessidade de intermediação para este empréstimo, visto que o Botafogo estava mais uma vez pedindo esforços nesse sentido e que havia outros envolvidos."
O GloboEsporte.com procurou diversas vezes o empresário Thiago Ferro, que não respondeu às ligações e mensagens. Na segunda-feira, dia 24, o Conselho Fiscal alvinegro pediu ao Departamento Financeiro o contrato de empréstimo. O diretor Marcelo Murad confirmou que o clube recebeu os recursos no dia 17 de outubro e mostrou o contrato em que César Reis consta como intermediário. Murad disse também que foi informado pelo advogado do futebol, André Alves, que um novo contrato teria sido pedido pelos empresários paulistas na quarta-feira, dia 21 de novembro – mais de um mês depois da transferência de recursos para o clube – e nove dias depois que o GloboEsporte.com entrevistou César Reis.


Nesse novo contrato, o nome do intermediário seria outro.  uma advogada chamada Michelle. 
Questionado sobre o paradeiro deste contrato no CF, Murad disse não ter a informação:

– O único contrato que chegou ao Financeiro é esse que vocês estão vendo. 


Mauricio Assumpção, Botafogo (Foto: Raphael Zarko)
Adeus melancólico: Na manhã desta quarta-feira, 
Mauricio Assumpção esteve no Engenhão para 
se despedir do elenco. Cabisbaixo na saída, o 
agora ex-presidente saiu em silêncio: "Não 
falo mais nada" (Foto: Raphael Zarko)


O Conselho Fiscal estranhou que o clube tenha recebido recursos sem que o departamento financeiro tenha recebido o contrato definitivo. Segundo um dos membros do conselho, Murad se disse envergonhado com a transação. O CF vai pedir ao Conselho Diretor do clube – e aos empresários envolvidos – todos os contratos e comprovantes envolvidos na transação:

– Temos dúvidas com relação a quem são os credores, quais são os valores que efetivamente foram pagos, cópias de comprovantes de depósito. Vamos pedir as comprovações legais e quem são os beneficiários dessas operações – disse Adriane Rego, secretária do Conselho Fiscal.



FONTE:
http://glo.bo/11ZJp4c

Com marcação e confiança, grupo de C. Eduardo vence luta por presidência

Integrantes da Chapa Ouro conseguem "anular" atuação de Montenegro e celebram vitória que os transformou de oposição ferrenha em situação


Por
Rio de Janeiro


Carlos Eduardo Pereira e Nelson Mufarrej eleições Botafogo (Foto: Sofia Miranda)
Carlos Eduardo Pereira e o vice Nelson Mufarrej: apreensão nas eleições do Botafogo (Foto: 
Sofia Miranda)


“Terminou a luta. Agora vai começar a guerra”. A frase dita por um dos integrantes da Chapa Ouro minutos após o término da apuração mostra que a nova diretoria do Botafogo não teve tempo de comemorar. Até porque nas 12 horas de votação foi executada uma verdadeira tática de guerra para ganhar votos e superar a Chapa Azul, encabeçada pelo novato Thiago Cesário Alvim, mas dominada por nomes fortes da política alvinegra. Durante toda a última terça-feira o espírito dos vencedores foi de otimismo, mas em certo momento passou por apreensão em relação ao resultado e, por fim, muita preocupação com o trabalho que se inicia nesta quarta.

Carlos Eduardo e a Chapa Ouro foram eleitos com 442 dos 1.225 votos, 95 a mais do que a Chapa Azul, segunda colocada. A partir de agora, o grupo que representava a mais ferrenha oposição a Maurício Assumpção no Conselho Deliberativo passará a responder pelo futuro do Botafogo.

Embora tenha sido eleita para trabalhar fora de campo, pode-se dizer que a Chapa Ouro deu um nó tático em seu principal rival. Anderson Simões, um dos homens de frente do grupo de Carlos Eduardo Pereira, esteve praticamente todo o dia lado a lado com o adversário Carlos Augusto Montenegro no lado de fora do casarão de General Severiano. Sempre em clima de cordialidade, ele passou quase todo o tempo conversando com o ex-presidente, principalmente quando era grande o fluxo de eleitores na sede. Assim, minimizou a atuação de um ícone da política alvinegra como cabo eleitoral da Chapa Azul. Os dois almoçaram juntos, ao lado de outros integrantes das eleições, e à noite, quando o novo presidente estava praticamente decretado, trocaram ideias sobre os rumos da administração do clube, em clima de cooperação.

Eleições Botafogo (Foto: Gustavo Rotstein)
Contratadas para panfletagem pela Chapa Ouro, 
mulheres sofreram implicância da "primeira 
dama" (Foto: Gustavo Rotstein)


Ao longo do dia, Carlos Eduardo se movimentou por toda a sede, conversando com eleitores, jornalistas e torcedores. Foi apresentado a integrantes de torcidas organizadas que apoiavam a Chapa Azul e prometeu lutar por ingressos populares. Deixou claro que a prioridade é encher o Engenhão no maior número possível de jogos, ressaltando que esse é um fator que deve ser mais importante do que rendas mais polpudas.

Enquanto isso, alguns de seus companheiros de chapa ficavam em alvoroço com a chegada de quatro mulheres contratadas para reforçar a panfletagem do partido em General Severiano. Com camisas decotadas e calças coladas, elas chamaram a atenção e foram posicionadas do lado de dentro do clube. Mas logo a estratégia precisou ser modificada por conta da implicância de Rose, mulher de Carlos Eduardo Pereira.

- Eu vou sair de perto antes que sobre pra mim. A Rose é braba - brincou um integrante da Chapa Ouro.

Anderson Simões e Carlos Augusto Montenegro eleições Botafogo (Foto: Gustavo Rotstein)
Anderson Simões conseguiu limitar atuação de 
Carlos Augusto Montenegro nas eleições 
Botafogo (Foto: Gustavo 

Rotstein)

Não deu outra: as meninas passaram a atuar do lado de fora da sede do Botafogo, mesmo que ainda atraindo os olhares daqueles que circulavam no local, distribuindo papéis com as propostas de Carlos Eduardo Pereira para o próximo triênio.

Às quase 2h desta quarta-feira, entretanto, o novo presidente dispensou a celebração. Depois de vibrar muito com a confirmação de que vencera as eleições e receber uma ligação de Maurício Assumpção lhe dando os parabéns, Carlos Eduardo se despediu de seus companheiros – que foram a um restaurante da Zona Sul – e, alegando cansaço, seguiu com Rose para sua casa, em Petrópolis, município da Região Serrana do Rio de Janeiro. Tudo para estar em General Severiano no início da tarde e começar o desafio mais importante de sua vida.


FONTE:
http://glo.bo/1ATkdeY

Carlos Eduardo Pereira é eleito o novo presidente do Botafogo

Novo comandante assume o Glorioso já nesta quarta-feira, no lugar de Maurício Assumpção, e tem pela frente árdua missão tanto dentro quanto fora dos gramados



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Rio de Janeiro


Se não tem sido exatamente um herói em cada jogo, em uma terrível campanha que pode acabar rebaixado, o Botafogo ao menos escolheu, nesta terça-feira, o presidente que tentará conduzir sua Estrela Solitária de volta à estrada dos louros. Com 442 votos, caberá a Carlos Eduardo Pereira, da chapa Chapa Ouro "Oposição Unida", o imenso prazer - e também a enorme responsabilidade - de dirigir o Glorioso no triênio 2015/16/17 em um cenário de grande dívidas e problemas, no futebol e noutros esportes. O novo comandante substitui Maurício Assumpção, que deixa o cargo melancolicamente, sem ter construído uma candidatura de situação, apoiado um dos concorrentes ou, 
mesmo, comparecido ao clube para acompanhar a eleição de seu sucessor.

O novo presidente sonhava com o retorno de Emerson Sheik, Julio Cesar, Edilson e Bolívar para o jogo deste domingo, contra o Santos, mas esses dois últimos já rescindiram contrato. 


- É uma responsabilidade muito grande. Esses eleições passaram uma mensagem muito importante, que nós precisamos unir o clube. Não vamos deixar que toda essa mobilização dos botafoguenses seja perdida. Todos os botafoguenses têm que ter consciência de que 2015 vai ser um ano muito difícil e por isso precisamos do apoio de todos. Estamos orgulhosos, mas cientes da nossa responsabilidade. E com a certeza de que vamos lutar para não causar nenhum tipo de decepção - disse Carlos Eduardo Pereira, em sua primeira entrevista como novo presidente do Botafogo, já na madrugada desta quarta-feira

Carlos Eduardo, Candidato Botafogo (Foto: Satiro Sodré / SSpress)
Carlos Eduardo Pereira vota em General 
Severiano: eleito o novo presidente do 
Botafogo (Foto: Satiro Sodré / SSpress)


No total, 1.225 sócios sócios participaram do pleito na sede de General Severiano, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Além dos 442 votos para o candidato vencedor, 347 foram para Thiago Alvim, da Chapa Azul "Por Amor ao Botafogo", o segundo colocado. Marcelo Guimarães (Chapa Cinza "Grande Salto") ficou na terceira posição, com 234. Em quarto e último lugar, aparece Vinícius Assumpção (Chapa Alvinegra "Vinicius Presidente"), com 200. Houve ainda dois votos nulos.


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E Carlos Eduardo mal terá tempo para comemorar a vitória nas urnas. O novo presidente do Botafogo assume o cargo já nesta quarta-feira e passará a ser alvo de cobranças para recolocar o Botafogo em seu rumo, principalmente no aspecto financeiro, e, assim, reconstruir uma imagem danificada dentro de fora de campo.

De aliado a adversário ferrenho de Maurício Assumpção

Carlos Eduardo Pereira será presidente do Botafogo pela primeira vez. Mas, ao contrário do antecessor Maurício Assumpção - que chegou em 2008 como uma cara totalmente nova no clube -, está longe de ser um novato na política alvinegra. E não somente por ter concorrido ao posto pela segunda vez. Aos 56 anos, o profissional da área de marketing e morador da cidade de Petrópolis (RJ) está inserido no dia a dia botafoguense há mais de duas décadas.

Carlos Eduardo Pereira Presidente Botafogo (Foto: Felippe Costa/GloboEsporte.com)Carlos Eduardo fala com Maurício pelo telefone celular (Foto: Felippe Costa/GloboEsporte.com)


Quando o Botafogo conquistou o título da Copa Conmebol, em 1993, Carlos Eduardo era vice-presidente administrativo. Desde então, é voz ativa nas reuniões de conselheiros do clube e sua atuação tem sido marcante, principalmente nos seis anos da gestão de Maurício Assumpção. Inicialmente integrante do grupo que conduziu o presidente, a partir de 2009 ele fez parte da ala que rompeu com o mandatário, cerca de seis meses depois. A partir de então, passou a ser um ferrenho opositor. A briga pelas suas causas também é capaz de transformá-lo. Cordial e de fala tranquila, foi visto algumas vezes em ásperas discussões - principalmente com Assumpção - em reuniões do Conselho Deliberativo.

As desavenças, entretanto, não impediram Carlos Eduardo de atender o telefone pouco depois do fim da apuração. Maurício ligou para o celular de Gustavo Noronha, integrante da Chapa Ouro, e pediu para falar com seu sucessor, com êxito. O agora ex-presidente solicitou permissão para ir ao treino do Botafogo nesta quarta de manhã, e foi prontamente atendido.

Na terceira urna, o início da festa da Chapa Ouro

Chapa Ouro comemora Botafogo (Foto: Gustavo Rotstein/GloboEsporte.com)
Ao fim da apuração da terceira urna, membros 
da Chapa Ouro comemoram a vitória Foto:
Gustavo Rotstein/GloboEsporte.com)


Favorito nas pesquisas durante o dia, Carlos Eduardo Pereira abriu boa vantagem logo na primeira das quatro urnas. Na segunda, Thiago Alvim tirou discretamente a diferença. Porém, foi na terceira que veio a certeza da vitória, quando a apuração apontou 331 votos a 250.

Enquanto Carlos Augusto Montenegro, principal apoiador de Thiago Alvim, deixava o clube vencido pelo cansaço de um dia inteiro de atividades, os correligionários de Carlos Eduardo começaram a comemorar. Primeiro, discretamente. Pouco depois, de forma mais efusiva, com direito a xingamentos a Maurício Assumpção.

Marcelo Guimarães e Vinicius Assumpção foram os primeiros a cumprimentar o já virtual presidente. 

Nada mais havia a fazer. "Já era", lamentou Thiago Alvim, sem acreditar em virada na última urna. No salão nobre, botafoguenses cantavam o hino. Carlos Eduardo já não podia mais perder, perder para ninguém. Era o fim de um longo dia - e o início de uma jornada ainda mais longa.

Apesar de pequenas discussões, um início tranquilo


O iminente rebaixamento não influenciou de maneira negativa a eleição em General Severiano. Nas três primeiras horas de votação, o clima foi bastante cordial, interrompido apenas por dois contratempos: o primeiro ocorreu logo no início. Irritados com atraso que não chegava a 10 minutos, eleitores começaram a protestar (veja vídeo acima). José Luiz Rolim, presidente do Conselho Deliberativo, foi à fila e encerrou o bate-boca: "Já protestaram, houve o desabafo, agora vamos votar". O outro entrevero deu-se às 11h30, quando um torcedor solitário posicionou-se em frente à sede e disparou impropérios contra Maurício Assumpção, Vagner Mancini e os jogadores.

Adesivo distribuído nas eleições do Botafogo apontam Mauricio Assumpção como o pior presidente da História do clube (Foto: Fred Gomes)
Adesivo com críticas a Maurício Assumpção 
(Foto: Fred Gomes)


Carlos Eduardo foi o último a chegar ao clube. Em contrapartida, votou antes que seus três adversários. O segundo a depositar sua cédula em uma das quatro urnas foi Vinícius Assumpção, sendo seguido por Marcelo Guimarães e Thiago Cesário Alvim. Na boca de urna, Carlos Eduardo e Vinicius Assumpção se revezaram na liderança pela manhã. Amarildo, Carlos Alberto Torres e outros ídolos marcaram presença.

Entre materiais de campanha, um adesivo chamou a atenção: o que trazia o rosto de Assumpção, com os dizeres "Adeus, Maurício #piorpresidentedahistória".

Cantor rouba a cena em General Severiano


Por volta das 15h, a chegada de um botafoguense ilustre mobilizou boa parte dos sócios presentes. Agnaldo Timóteo foi logo cercado, recebendo carinho até maior do que o dispensado a ídolos do futebol. Barrado no início, mas logo liberado, o cantor não pôde votar. Segundo ele, por estar com a carteirinha vencida. No entanto, o botafoguense não deixou de dar sua opinião sobre o atual momento delicado do time no Brasileirão e criticou jogadores e Mancini.

-  Pensam que são Neymar, mas Neymar só tem no Barcelona - disse (veja no vídeo acima).

Eleição Botafogo polícia (Foto: Sofia Miranda)
Polícia revista membros de organizadas 
(Foto: Sofia Miranda)


Susto do lado de fora da sede


Alguns membros de torcidas organizadas do Botafogo criaram um pequeno alvoroço em frente ao casarão de General Severiano ao detonarem um artefato explosivo já no fim da tarde desta terça-feira. Os policiais militares presentes ao pleito revistaram os pertences de algumas pessoas e encontraram outras peças, prontamente confiscadas.

Corrida pelos últimos votos

O movimento de sócios em General Severiano aumentou bastante nas duas últimas horas de votação. Enquanto os quatro candidatos à presidência do Botafogo (Thiago Alvim, Vinícius Assumpção,  Marcelo Guimarães e Carlos Eduardo Pereira) posavam juntos para uma foto em frente à sede alvinegra, pessoas se dirigiam às urnas para participar da eleição e escolher quem seria o sucessor de Maurício Assumpção. Com um colégio eleitoral reduzido, qualquer voto a mais poderia ser decisivo.

Candidatos  Presidência Botafogo  (Foto: Satiro Sodré / SSpress)
Candidatos se cumprimentam: consenso de 
colocar o Botafogo em primeiro lugar 
 (Foto: Satiro Sodré / SSpress)


*Estagiária, sob supervisão de Gustavo Rotstein.



FONTE:
http://glo.bo/1vLswbj