terça-feira, 19 de agosto de 2014

Destaque do Sul-Americano, Clarissa ressalta dificuldade de jogar na altitude

Eleita a MVP da competição, pivô da seleção brasileira elogia comissão técnica por conseguir minimizar efeitos dos 2.600 metros da cidade de Ambato, no Equador


Por Ambato, Equador



Os 2.600 metros acima do nível do mar foram um dos maiores adversários do Brasil no Sul-Americano de basquete feminino, encerrado nesta segunda-feira com o 25º título da seleção brasileira. Eleita a melhor jogadora do torneio (MVP), a pivô Clarissa ressaltou a dificuldade do grupo em superar a altitude enquanto esteve na cidade de Ambato, no Equador. Mesmo com a sua capacidade física limitada por fatores naturais, a equipe comandada por Luiz Antônio Zanon conquistou o título de forma invicta, derrotando a Argentina por 59 a 47 na final.

- Foi bastante pesado e cansativo jogar com altitude. É impressionante como sentimos a diferença no nosso corpo. Mas viemos bastante preparadas para enfrentar essa adversidade. A nossa nutricionista fez todo um trabalho de suplementação e alimentação, além da preparação física e a fisiologia que da mesma forma nos preparou para alcançarmos o limite máximo do nosso físico. A comissão técnica trabalhou muito para nos ajudar a alcançar esse resultado. Deu certo e conquistamos o título - ressaltou a atleta do Americana.

Clarissa basquete brasil sul-americano (Foto: Divulgação/CBB)
Clarissa vibra com a conquista do Sul
-Americano (Foto: Divulgação/CBB)

Aos 26 anos, Clarissa justifica o troféu de MVP com o seu empenho e dedicação aos treinamentos. Disciplinada, a pivô costuma a ser uma das primeiras atletas da seleção a acordar quando o grupo está concentrado para competições.

- Eu acordo cedo naturalmente, então já inicio todos esses trabalhos que faria na quadra. Mesmo que pouco, ganho um tempo a mais para ir trabalhando a bola e fazendo antes as atividades. Para mim são muito importantes os exercícios de fortalecimento por causa das lesões que já tive, para manter uma qualidade física um pouco melhor e não ter dificuldade de me manter no peso. Na parte médica as fisioterapeutas me ajudam muito nesse processo de entendimento do meu corpo, pois sempre passam exercícios novos que vou agregando à rotina - destacou.

Com 79 pontos anotados nas cinco partidas do Sul-Americano (uma média de 15.8 pontos por jogo), Clarissa afirmou que se sente feliz pelo reconhecimento do seu trabalho. Entretanto, ela lembrou que ainda tem muito a evoluir no basquetebol.

Brasil sul-americano basquete feminino (Foto: Divulgação/Fiba-Américas)
Seleção feminina conquistou o título 
de forma invicta (Foto: Divulgação/
Fiba-Américas)

- Sei que preciso melhorar muito ainda, e venho me dedicando todos os dias para alcançar o meu máximo. Penso que já que escolhi ser jogadora de basquete, então tenho que tentar ser a melhor. É preciso estar pronto todos os dias, pois quando a dificuldade chegar você saberá como encarar - frisou.

A seleção feminina do Brasil embarca, nesta terça-feira, para a Europa, onde irá disputar os Torneios Internacionais em Istambul, na Turquia, de 22 a 24 de agosto, e em Limoges, na França, de 26 a 30. Os amistosos servem de preparação para a Copa do Mundo da Turquia, de 27 de setembro a 5 de outubro.  


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2014/08/destaque-do-sul-americano-clarissa-ressalta-dificuldade-de-jogar-na-altitude.html

Ponte Preta sobra no segundo tempo contra o América-RN e engata a trinca

Com golaço de Adrianinho, Macaca faz 2 a 0 na Arena das Dunas, embala de vez na Série B e freia empolgação do Mecão, que deixa campo vaiado


 A CRÔNICA


por GloboEsporte.com

Foram 90 minutos de disposição e atenção total. No meio deles, 10 minutos de futebol envolvente e um lance genial. A combinação deu à Ponte Preta a terceira vitória consecutiva na Série B do Campeonato Brasileiro. Com um golaço de Adrianinho e um início de segundo tempo arrasador, a Macaca passou pelo América-RN por 2 a 0 na noite desta terça-feira, na Arena das Dunas, pela 17ª rodada, e entrou de vez na briga pelo G-4.


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A atuação em Natal consolida a reação alvinegra na Série B. Desde que Guto Ferreira assumiu o cargo de treinador, o time vem crescendo. O amadurecimento ficou mais uma evidente com o desempenho no segundo tempo, quando a Macaca sobrou. Muito graças aos 10 minutos iniciais.
Muito graças ao talento de Adrianinho, que passou por três marcadores dentro da área para abrir placar. Rafael Costa voltou a deixar sua marca. No restante do tempo, a segurança da defesa e a qualidade do meio de campo asseguraram o resultado positivo, que levou a equipe aos 28 pontos, cada vez mais na cola dos concorrentes diretos.

O América-RN, por sua vez, nem de longe lembrou o time que eliminou o Fluminense da Copa do Brasil no Maracanã ou que passou pelo Icasa fora. A boa fase sofreu um duro golpe. A lua de mel com a torcida foi interrompida. A derrota gerou vaias ao apito final. Pior: segurou o Mecão no meio da tabela. A irregularidade, marca registrada do time na temporada, impediu uma aproximação efetiva do G-4. O América tem 23 pontos e volta a campo sábado, contra o Náutico, na Arena Pernambuco. O próximo desafio da Ponte está marcado para sexta, quando tem um confronto direto contra o América-MG, novamente fora de casa, desta vez em Belo Horizonte.

Ponte preta comemora gol contra o américa-rn (Foto: Frankie Marcone / Agência estado)I
Início arrasador no segundo tempo 
garantiu vitória à Ponte (Foto: 
Frankie Marcone / Agência estado)
Lances de perigo apenas no fim

A boa fase dos times demorou para aparecer no primeiro tempo. Faltava aproximação entre os setores. As bolas esticadas facilitavam a vida das defesas. Pimpão, pelo América, e Cafu, pela Ponte, eram os mais acionados, mas também não estavam em noite inspirada. Com o passar do tempo, o cansaço foi batendo, e os espaços, aparecendo. Os donos da casa cresceram de produção e criaram duas boas chances com Wanderson. Do lado da Macaca, Guto Ferreira pedia uma participação mais efetiva de Adrianinho, que até então só havia aparecido em um chute de longe. Com o camisa 10 apagado, a Macaca apostava nas laterais, principalmente com Rodinei. Foi por ali que nasceram os dois principais lances dos campineiros, um seguido do outro. Primeiro, Rodinei cruzou, e Roni foi travado na entrada da pequena área. Na cobrança de escanteio, Andrey soltou a bola, e Tiago Alves acertou a trave. Foi assim, com o América melhor e a Ponte perigosa, que acabou o primeiro tempo.


Olha ele aí, Guto!
Talvez Guto Ferreira tenha cobrado Adrianinho no primeiro tempo por saber que o camisa 10 tinha condições de render mais. É aquele velho ditado: você só pega no pé de quem confia. Tudo o que faltou para o meia antes do intervalo sobrou no segundo tempo. A Macaca foi no embalo do seu maestro e deslanchou. Quem voltou com mudanças foi o América-RN (Arthur Henrique e Morais nos lugares de Paulo Henrique e Douglas Costa, respectivamente), mas era a Macaca quem parecia outra. Com um início arrasador, encaminhou a vitória nos primeiros 11 minutos.

Adrianinho abriu caminho com um golaço, aos quatro minutos. Após Rafael Costa parar em Andrey, ele pegou a sobra dentro da área, se livrou de dois marcadores e deixou o terceiro no chão com um corte seco. Depois, foi só tocar com categoria para as redes. Golaço! Antes, o meia já havia deixado Rafael Costa na cara de Andrey, que salvou. Aos 11 minutos,

porém, atacante e goleiro voltaram a ficar cara a cara e, desta vez, Rafael Costa levou a melhor e converteu a cobrança de pênalti, ampliando a vantagem. Bateu o desespero no América-RN, que se lançou ao ataque. A Ponte manteve o ritmo e teve outras oportunidades para até golear, mas parou em Andrey, com pelo menos duas defesas, e também na falta de capricho no passe final. A partir dos 30 minutos, com o Mecão inofensivo, a Macaca apenas administrou o placar com inteligência.




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Romagnoli chega a acordo com Bahia e retorna ao San Lorenzo, diz jornal

Meia contará com ajuda do clube argentino para pagar metade da multa cobrada pelo time brasileiro e deve voltar a Buenos Aires já nesta quarta-feira


Por Salvador


Romagnoli volta ao San Lorenzo, OLÉ (Foto: Reprodução / OLÉ)Romagnoli volta ao San Lorenzo, OLÉ (Foto: Reprodução / OLÉ)

Romagnoli está de volta a Boedo. Segundo o jornal argentino “Olé”, o meia acertou sua rescisão de contrato com o Bahia e voltará ao San Lorenzo para jogar o Mundial de Clubes. O jogador, de 33 anos, quer encerrar no clube onde foi criado. Ele está em Salvador desde o último domingo. Chegou à capital baiana e foi recebida com festa pela torcida. Vestiu a camisa do Tricolor e, após várias reuniões com a diretoria do clube brasileiro, conseguiu satisfazer seu desejo, que era o de retornar ao Ciclón.  
Segundo o Olé, Romagnoli devolveu os U$ 50 mil dólares pagos pelo Bahia em janeiro, quando as duas partes firmaram o pré-contrato. Além disso, o jogador pagará mais U$ 250 mil para garantir a desvinculação com o time. O valor será pago com uma ajuda do San Lorenzo. O Bahia cobrava U$ 500 mil, multa que constava no contrato assinado no início do ano. Segundo o “Olé”, Pipi Romagnoli deve voltar a Buenos Aires já nesta quarta-feira.

A diretoria do Bahia, no entanto, ainda não se manifestou. Deve se pronunciar apenas na próxima quinta-feira, após o jogo contra o Criciúma pelo Brasileirão, que será nesta quarta-feira.  A primeira conversa entre Romagnoli e o Tricolor foi realizada na noite de domingo, logo após a chegada do atleta a Salvador, quando o jogador reafirmou o desejo de não cumprir o pré-contrato. O clube, por sua vez, não abria mão do pagamento da multa. A direção do Bahia ainda propôs ao jogador a permanência dele até dezembro deste ano – o contrato inicial tem duração até o final de 2015. 

romagnoli bahia (Foto: Raphael Carneiro)
Romagnoli foi recebido com festa pelos 
torcedores do Bahia 
(Foto: Raphael Carneiro)


Renato marca no início e no fim e dá a vitória ao ABC sobre o Ceará

Lateral do ABC marca aos três minutos de jogo, vê o Ceará empatar com gol contra de Marlon, mas decide aos 46 do 2° tempo para o time potiguar


 A CRÔNICA


por GloboEsporte.com

 
O dia era dele. Com menos de três minutos de jogo e aos 46 da etapa complementar, o lateral Renato balançou as redes do Ceará no Estádio Presidente Vargas, nesta terça-feira, e decidiu o jogo contra o líder da Série B do Brasileirão: 2 a 1. Em dia pouco inspirado no meio-campo, o Vovô não conseguiu reverter o resultado em casa e esbarrou no goleiro Gilvan, na trave e nos impedimentos de Bill.

Surpreendendo a torcida no PV, Renato marcou o primeiro do ABC aos dois minutos de bola rolando. Na metade do segundo tempo, saiu outro do visitante, mas desta vez contra. Após cruzamento de Bill, Marlon presenteou o Ceará com o gol de empate. No segundo tempo, a decisão ficou para o fim. Novamente ele, Renato, aos 46, balançou as redes do PV e decidiu para os potiguares, que chegam aos 24 pontos, subindo para a nona posição. O Vovô segue líder, com 31 pontos, mas corre o risco de perder a ponta da tabela, já que o Vasco encara o Vila Nova ainda nesta terça.


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No começo, Renato
Mesmo jogando fora de casa, o ABC começou no ataque. E com eficiência.
Com menos de três minutos, Renato recebeu pela direita, avançou sobre o zagueiro Anderson e chutou cruzado contra a meta de Jaílson: 1 a 0. Sem se abalar com o gol relâmpago, o Vovô mostrou por que é o líder da Série B e partiu para o ataque. Bill teve boas oportunidades e até carimbou a trave. Mas o gol saiu dos pés do zagueiro Marlon. Contra. Após cruzamento de Bill, o beque do ABC acabou marcando contra o patrimônio. O prejuízo poderia ter sido maior se Lulinha tivesse aproveitado a sobra após chute na trave de Samuel Xavier. Mas o primeiro tempo terminou na igualdade.

No fim, Renato de novo
Na volta do intervalo, as chegadas ao ataque das duas equipes perderam a intensidade. Com Nikão e Eduardo em noite pouco inspirada, o Ceará não conseguiu criar jogadas de perigo. O ABC também não ameaçava o gol de Jaílson. A melhor chance veio após chute de longa distância de Ricardinho, aos 30 minutos, colocando Gilvan para trabalhar. Bill até deixou o dele, mas a arbitragem já havia marcado o impedimento. O Vovô pressionou nos minutos finais, mas não conseguiu a virada. Melhor para o cara do jogo, Renato. Mais uma vez, agora no fim, o lateral teve a chance e não desperdiçou: 2 a 1 para o ABC, que calou a torcida no PV.




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Videogame, piadas e poesia: na Vila Olímpica, Time Brasil se sente em casa

À vontade, jovens brasileiros criam clima descontraído em Nanquim: "O sonho de qualquer atleta está no meio dessa experiência", diz Anderson, dos 400m rasos


Por Nanquim, China


Videogames, chocolates e uma atmosfera bem brasileira. Os quartos da meninada do Brasil durante as Olimpíadas da Juventude, em Nanquim, na China, pouco diferem do dia a dia de suas casas, mesmo do outro lado do mundo. Durante a competição, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) fez de tudo para que eles se sintam à vontade. Os 97 atletas ocupam cinco andares de um dos prédios da Vila Olímpica, e a juventude, aliada à convivência com atletas da mesma idade, cria um clima perfeito para que todos estejam relaxados para competir sem sentir tanto o peso da responsabilidade.
É o caso de Matheus Santana, da natação, e dos meninos do atletismo. O prodígio brasileiro espanta a ansiedade no videogame, no andar de convivência criado pelo COB. Do outro lado, Kelves Santos, 16 anos, do salto em distância, quando não está fazendo as vezes de piadista com os colegas do atletismo, prefere exercitar a escrita. Estilos e escolhas que vão conviver juntos até o dia 28, quando acabam as Olimpíadas da Juventude.


Atletas brasileiros se divertem jogando videogame (Foto: Reprodução)Atletas brasileiros se divertem jogando videogame em Nanquim (Foto: Reprodução)

- Meu passatempo sempre foi o videogame. Gosto muito, e pelo menos dá para a gente se divertir um pouco, não só aqui, mas também em outras áreas da vila. É bacana, bem legal para a convivência - declarou Matheus Santana.

O COB separou os jovens pelo critério de participação na competição. Atletas que competem no mesmo dia ou em sequência ficam nos mesmos apartamentos, com quartos para duas ou três pessoas, e uma sala, além de dois banheiros. Não há cozinha, já que todos fazem suas refeições no refeitório comunitário, com atletas de outros 203 países, e as roupas são lavadas em uma lavanderia self-service e comunitária. Quem não usar o serviço pode pagar para tê-lo.

- É cada um por si, não tem moleza. Tem uma lavanderia lá embaixo, você lava a roupa, seca, é cada um por si - disse Danilo Goulart, de 17 anos, do salto em altura.


Delegação brasileira está no mesmo local em Nanquim (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)
Delegação brasileira está toda no mesmo 
local em Nanquim (Foto: Wander 
Roberto/Inovafoto/COB)

Danilo divide quarto com Kelves, do salto em distância. Seu companheiro, de 16 anos, é o poeta da turma. No quarto, tem um caderno onde escreve suas experiências em Nanquim e nas competições de que participa. E quase uma dúzia de perfumes.

- Eu gosto de me perfumar e também de escrever bastante. Na escola tenho aula de filosofia, então levo a sério para escrever coisas que estão acontecendo comigo e que sinto, e tenho muito ainda a escrever. O caderno ainda tem muito espaço. Ainda tenho até o dia 28 para escrever - contou Kelves.



FONT:
http://globoesporte.globo.com/jogos-olimpicos-da-juventude/noticia/2014/08/videogame-piadas-e-poesia-na-vila-olimpica-time-brasil-se-sente-em-casa.html

Atlético freia Real no Bernabéu e leva decisão para Calderón. CR7 preocupa

Gol aos 42 minutos frustra a torcida merengue em noite de reencontro e homenagem para Di Stéfano. Luso jogou apenas 45 minutos e foi substituído por James Rodríguez


Por Madri


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Não há nada de amistoso em uma disputa de Supercopa da Espanha. São somente dois jogos, mas vale título, e ninguém quer ficar atrás do rival - ainda mais quando do outro lado está um adversário centenário. Foi quente o primeiro encontro entre Real Madrid e Atlético depois da final da Liga dos Campeões, há pouco mais de três meses, conquistada pelos merengues. Desta vez, não houve vencedor. O empate por 1 a 1 prevaleceu e foi comemorado como vitória pelos colchoneros no Santiago Bernabéu.

Parecia tudo bonito para a festa da Real. Até os 42 do segundo tempo. O gol, que até então dava a vitória aos merengues, foi feito por James Rodríguez, o primeiro do colombiano com a camisa branca. A partida também ficou marcada pelas homenagens ao ex-jogador Di Stéfano, maior craque da história do Real, falecido há pouco mais de um mês. Um lotado Santiago Bernabéu aplaudiu Di Stéfano de pé, ao som de My Way, de Frank Sinatra, em uma cena emocionante. Mas os merengues não conseguiram completar a homenagem com vitória. Raúl Garcia, meio torto, meio estiloso, desviou a bola para dentro do gol de Casillas, após falha da zaga em cobrança de escanteio, e empatou o jogo.



Gol atlético de madrid - Real Madrid x Atlético de Madrid (Foto: AFP)
Raúl García desvia e empata para o 
Atlético aos 42 minutos do segundo 
tempo (Foto: AFP)

Cristiano Ronaldo atuou 45 minutos e foi quem deu vaga a James, no intervalo. Depois de um início empolgante, foi caindo de nível, perdeu jogadas fáceis por desconcentração e saiu de campo com apenas uma finalização, de cabeça, por cima do gol. A substituição é um indício de que, ao contrário do que dizem os médicos do Real, o atual melhor do mundo não está 100%. Nas fotos da comemoração do título da Supercopa da Uefa ele já havia aparecido fazendo tratamento à base de gelo após a partida. O português vira dúvida para o jogo de volta, no Vicente Calderón, na próxima sexta-feira.

O Atlético de Simeone conseguiu, de certa maneira, fazer a ausência dos bons dribles e tabelas plásticas, ser bonita. As duas linhas de quatro, perfeitamente desenhadas no campo, foram de causa invejar em nós, brasileiros, ainda um pouco traumatizados pelo 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo. Assim como na temporada passada, a defesa do Atlético segue dando aulas de marcação, sem dar espaço para os adversários - zagueiro brasileiro Miranda, convocado nesta terça por Dunga, é uma dessas engrenagens. Mas o Atlético também deixou o jogo feio em alguns momentos, fazendo cera e catimba em todas as oportunidades que tinha. Tudo isso reflexo do bom trabalho do argentino Diego Simeone.



Homangem Di Stefano, Real Madrid x Atlético de Madrid (Foto: Agência EFE)
Real organizou bonita homenagem ao 
ídolo Alfredo Di Stéfano, morto 
durante a Copa do Mundo (Foto: 
Agência EFE)


Jogo quente. Como manda o figurino

Cristiano Ronaldo começou a partida em seu habitual ritmo infernal, buscando jogo, passando o pé por cima da bola. Só que o português foi rapidamente frustrado pelo Atlético de Madrid. Com duas linhas de quatro perfeitas na marcação, as mesmas responsáveis pelo título do Espanhol na temporada passada, os colchoneros não deram espaço para o atual melhor do mundo mostrar sua qualidade na primeira etapa.



Cristiano Ronaldo - Real Madrid x Atlético de Madrid (Foto: Efeservicios)Cristiano deixou o jogo no intervalo (Foto: Efe)


Por isso, faltou futebol nestes 45 minutos iniciais. O Atlético jogou para não deixar o Real jogar. Do outro lado, os merengues tiveram problemas na articulação do jogo pela falta de entrosamento entre Kroos, Modric e Xabi Alonso, atuando juntos pela primeira vez no meio de campo, sem um armador mais ofensivo. Ancelotti tinha James Rodríguez, Di María e Isco no banco.

Esses elementos deixaram o jogo tenso, e um pouco violento. Com 12 minutos disputados, o Atlético já tinha dois cartões amarelos, para Koke, e Siqueira, que era quem tinha mais dificuldades no combate homem a homem, contra Bale, mas sempre contava com a boa cobertura de Godín. As poucas chances de finalizações criadas o Real mandou para fora. Foram duas as mais perigosas: aos 10, com Bale chutando de longa distância, e aos 40, quando o galês cruzou para Ronaldo, que cabeceou por cima.

O Atlético até chegou a levar perigo, mas também não teve categoria para abrir o placar. Jogando da maneira mais simples possível, os colchoneros não aproveitaram as chances que tiveram em contra-ataques por afobação. Mandzukic esteve duas vezes na cara de Casillas e deu dois presentes ao goleiro.



Real melhora mesmo sem cr7
O Real Madrid voltou para o segundo tempo sem Cristiano Ronaldo, mas melhorou na partida. James Rodríguez entrou atento e participativo. Jogando pela ponta esquerda, o colombiano preencheu bem a vaga de CR7 e auxiliou na armação do meio de campo. Aos poucos, os merengues foram se soltando e abusaram dos dribles para furar o bloqueio do Atlético.

Bale e Carvajal mostraram entrosamento pelo lado direito e foram os que chegaram mais perto de abrir o placar nos primeiros minutos. No entanto, sem pontaria. Os dois chutaram para fora suas melhores chances, aos 2 e 8, respectivamente. A pressão do Real esquentou ainda mais o jogo. Sergio Ramos e Mandzukic quase foram expulsos em disputa de bola mais ríspida, mas o árbitro resolveu tudo com dois cartões amarelos.



James Rodriguez comemroa gol do Real Madrid contra o Atlético de Madrid (Foto: Agência EFE)
James marcou o seu primeiro gol pelo 
Real Madrid (Foto: Agência EFE)


Só dava Real, ainda sem gol. O grito entalado demorou 35 minutos da segunda etapa para sair. James Rodríguez, em sua segunda chance de marcar, pegou sobra de bola mal afastada pela defesa e encheu o pé, dentro da área. A bola desviou em Ansaldi antes de entrar, só para aumentar o drama, e morreu no fundo das redes.

Poderia ter sido mais para o Real. Pepe quase marcou de cabeça após cobrança de escanteio aos 41. Mas a aplicação do Atlético de Madrid, e sua costumeira frieza jogando em estádios adversários, foi premiada no minuto seguinte. A zaga merengue falhou ao afastar bola levantada na área também em escanteio, e Raúl Garcia teve espaço para esticar o pé, e meio sem jeito, meio cheio de estilo, fazer o gol de empate. A decisão fica para o jogo do Calderón, na próxima sexta-feira.



Marcelo e Gabi Fernandez, Real Madrid x Atlético de Madrid (Foto: Agência EFE)
Marcelo foi titular no Real Madrid e 
teve atuação regular 
(Foto: Agência EFE)


FONTE:

Técnico argentino cumpre promessa e chama os mesmos jogadores da Copa

Treinador da Argentina divulga sua primeira lista visando o confronto amistoso de 3 de setembro contra a Alemanha, em Düsseldorf, reeditando final do Mundial


Por Buenos Aires, Argenitna


Tata martino argentina coletiva (Foto: Daniel Mundim)
Tata Martino em coletiva 
(Foto: Daniel Mundim)

Promessa feita é promessa cumprida. A primeira convocação da era Gerardo Martino a frente da Argentina foi feita como o prometido. No dia 3 de setembro, os hermanos enfrentarão a Alemanha, em Düsseldorf, com os 20 mesmos jogadores que atuaram na Copa do Brasil.

O novo comandante, porém, só convocou jogadores que atuam fora de seu país, tendo ainda o prazo de dez dias para completar sua listagem com atletas do futebol doméstico. Caso Tata queira levar exatamente os mesmos nomes do Mundial, terá de incluir  Agustín Orion e Fernando Gago, ambos do Boca Juniors, além de Maxi Rodríguez, do Newell's Old Boys.


Confira a lista de Martino para o amistoso contra a Alemanha:

Goleiros: Sergio Romero (Sampdoria), Mariano Andújar (Napoli)

Defensores: Ezequiel Garay (Zenit), Hugo Campagnaro (Inter de Milão), Pablo Zabaleta (Manchester City),Martín Demichelis (Manchester City), Marcos Rojo (Manchester United), Federico Fernández (Swansea), José Basanta (Fiorentina)

Meio-campistas: Lucas Biglia (Lazio), Angel Di María (Real Madrid), Enzo Pérez (Benfica), Augusto Fernández (Celta de Vigo), Javier Mascherano (Barcelona), Ricardo Alvarez (Inter de Milão)

Atacantes: Gonzalo Higuaín (Napoli), Lionel Messi(Barcelona), Rodrigo Palacio (Inter de Milão), Sergio Agüero (Manchester City), Ezequiel Lavezzi (Paris Saint-Germain)



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-argentino/noticia/2014/08/tata-martino-cumpre-promessa-e-chama-os-mesmos-jogadores-da-copa.html

Nanquim, dia 3: Brasil iguala ouros de 2010, e carioca voa nos 50m livre

Com Edival Marques, no taekwondo, Brasil conquista segundo ouro na China, mesmo número de Cingapura, em 2010. Tênis de mesa e hipismo estão na briga por medalha


Por Nanquim, China


Foram necessários apenas três dias em Nanquim para o Brasil igualar o número de medalhas de ouro conquistadas na primeira edição dos Jogos, em 2010, em Cingapura. Depois do ouro da judoca Layana Colman, na segunda-feira, Edival Marques confirmou o favoritismo e também subiu ao lugar mais alto do pódio, na até 63kg do taekwondo. Há quatro anos, o Time Brasil foi ouro com Caio Clezar, no atletismo, e David Lourenço, no boxe. Com mais oito dias de disputas na China, a expectativa é que o Brasil bata as seis medalhas conquistadas anteriormente, já que a terça-feira foi de bons resultados nas eliminatórias.

Na natação, Matheus Santana garantiu vaga na final dos 50m livre. Além dele, Vitor Guaraldo está na decisão dos 50m costas. No tênis de mesa, Hugo Calderano foi até as semifinais, quando foi derrotado. Nesta quarta-feira, porém, ele joga pelo bronze e entra como favorito. No hipismo, Bianca Rodrigues está na final de saltos, na modalidade de equipes continentais.

No tênis, Orlando Luz está nas quartas, na chave de simples. Na vela, Pedro Correa e Natascha Boddener mantiveram o bom desempenho e seguem entre os primeiros. O dia também foi de disputas no badminton, ciclismo, remo, vôlei de praia, esgrima e basquete 3x3.

Edival Marques medalha Jogos Juventude (Foto: Thierry Gozzer)
Edival Marques põe o Brasil com o 
mesmo número de medalhas de 2010 
(Foto: Thierry Gozzer)


01
Matheus Santana voa em Nanquim
Na natação, o brasileiro Matheus Santana, recordista júnior dos 100m livre, foi o mais rápido do dia nos 50m livre. O carioca fez o tempo de 22s55 nas eliminatórias, pela manhã, e acabou como o melhor entre as sete baterias. Mais tarde, nas semifinais, conseguiu vaga na decisão, com o tempo de 22s48, o segundo entre os oito finalistas, atrás apenas do chinês Hexin Yu. Ele volta à piscina nesta quarta-feira, para a final dos 50m livre, como o favorito ao pódio. Matheus ainda nada os 100m livre em Nanquim.
Além dele, o Brasil também teve outros nadadores em ação nesta terça-feira. Bruna Primati ficou bem perto de uma medalha nos 800m livre, mas acabou em quarto lugar na final, com o tempo de 8m42s80. Vitor Guaraldo avançou às semifinais dos 50m costas. À tarde, o brasileiro avançou na briga por medalha com o tempo de 25s79, o terceiro melhor do dia, empatado com o russo Filipp Shopin. A final será no dia seguinte. 
Pela manhã, Natalia de Luccas, sexta em sua bateria dos 200m costas, ficou fora da final, com o tempo de 2m17s83. Giovana Diamante, nos 50m borboleta, também acabou fora das semifinais, com o tempo de 27s53. 



02
Taekwondo brilha com Edival
Edival Marques foi o grande nome do Brasil nesta terça-feira. Atual campeão do mundo na categoria cadete, no peso até 63kg, ele estreou direto nas quartas de final, e venceu por 16 a 4 o austríaco Eduard Frankford. Nas semifinais, seu rival foi Christian McNeish, da Grã-Bretanha. Nova vitória brasileira, agora por 11 a 5, e o bronze garantido. Mas o brasileiro queria mais. E conseguiu. Na decisão, ele venceu o mexicano Jose Ruben Nava Rodriguez  por 7 a 6 em uma luta eletrizante, ficando com o ouro em Nanquim. Veja como foi aqui.

Edival Marques leva medalha de ouro em Nanquim (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)
Edival Marques levou ouro para o 
Brasil no taekwondo (Foto: 
Wander Roberto/Inovafoto/COB)


03
Bianca na final do hipismo de saltos continental
A brasileira Bianca Rodrigues começou sua participação em Nanquim na disputa continental de saltos, por equipes. Sua equipe, com atletas do Uruguai, Chile, Paraguai e Argentina, com homens e mulheres, conquistou o segundo lugar, com quatro penalidades apenas. O time europeu foi o primeiro, sem penalidades. Na quarta-feira, Bianca briga por medalha, montando o cavalo La Gomera, ao lado dos companheiros sul-americanos.



04
Badminton - Ygor perde no simples e estreia nas duplas
Depois de perder para o campeão mundial, o chinês Guipu Lin, Ygor Oliveira fechou sua participação na fase de grupos nesta terça-feira. O brasileiro encarou o atleta de Taipei Chia-Hung Lu, e foi derrotado por 2 sets a 0, com parciais de 21/14 e 21/11. Ele também jogou pelas duplas mistas, atuando ao lado da ucraniana Lisna Vladyslava. Eles enfrentaram Yuqi Shi, da China, e Joy Lai, da Áustria, e Alex Vlaar, da Holanda, e perderam por 2 sets a 0, com parciais de 21/19 e 21/14.



05
Uncas sai da briga por medalha no remo
Único brasileiro ainda vivo na disputa do remo, Uncas Tales Batista não conseguiu classificação para a decisão no single-skiff. O brasileiro precisava ficar entre os dois melhores da sua regata, mas acabou com o quarto tempo, com a marca de 3m24s42. Já Sophia Py, que estava fora da briga por medalhas, encerrou sua participação em terceiro lugar na semifinal C/D, com o tempo de 3m59s45.

Uncas compete no remo (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)
Uncas compete no remo, mas não vai à 
decisão (Foto: Wander 
Roberto/Inovafoto/COB)


06
Meninas seguem invictas no vôlei de praia
Após tropeçarem na segunda-feira, a dupla brasileira George/Arthur se recuperou e venceu bem os britânicos Moore/Robinson por 2 sets a 0, com parciais de 21/7 e 21/10. O resultado manteve o time na briga por uma medalha. Se os meninos voltaram a vencer, no feminino a dupla campeã mundial Duda/Paty segue invicta. Elas superaram Van/Vi, do Vietnã, por 2 sets a 0, com parciais de 21/6 e 21/14. 

As duplas descansam nesta quarta-feira e voltam a jogar no dia 21. Duda e Paty enfrentam Gerson e Rohrer, da Suíça, enquanto George e Arthur jogam contra Navickas e Vaskelis, da Lituânia.

vôlei George Brasil Jogos Olímpicos da Juventude (Foto: FIVB)
George (foto) e Arthur se recuperam 
na competição com vitória sobre 
britânicos (Foto: FIVB)


07
Ciclismo fora da final por equipes
Nesta terça-feira, Renata Silva Lopes fez sua estreia pelo Brasil na modalidade BMX. A brasileira ficou em 23º lugar, com a marca de 50.423. No masculino, também no BMX, Rodrigo Quirino foi o 20º, com 51.306. Com os resultados, os brasileiros avançaram para as baterias de quartas de final. Renata pontuou com 46.497, e Rodrigo fez 45.625, ficando fora das semifinais. Ambas as disputas contaram para a classificação geral por equipes, masculina e feminina, que une várias modalidades do ciclismo e termina no dia 22.



08
Marostega cai nas oitavas
Pedro Marostega representou o Brasil no jogo florete. Na primeira fase, o menino avançou para as oitavas de final como o sexto colocado do seu grupo. Na fase eliminatória, encarou o sul-coreano Cheol Myeong Seo, e acabou eliminado, perdendo por 15 a 11. O brasileiro ainda volta a competir na disputa de times continentais mistos. A brasileira Gabriela Cecchini também está na disputa, que acontece nesta quarta-feira e pode render medalha para o Brasil.



09
Calderano vai brigar pelo bronze
Invicto na fase de grupos, Hugo Calderano entrou nas quartas de final com moral após vencer dura partida nas oitavas, no dia anterior. O brasileiro teve pela frente Patryk Zatowka, da Polônia, e novamente mostrou que o terceiro lugar no ranking mundial até 18 anos não é à toa. A vitória, apertada, veio por 4 sets a 3, com parciais de 13/11, 7/11, 11/4, 4/11, 11/4, 10/12 e 11/6. Nas semifinais, Hugo encarou Yuto Muramatsu, do Japão, e acabou derrotado por 4 sets a 1, parciais de 11/1, 11/4, 10/12, 11/6 e 11/8. Nesta quarta-feira, o brasileiro vai brigar pela medalha de bronze, contra o atleta de Taipei Heng-Wei Yang.

Calderano vai brigar pelo bronze em Nanquim (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)
Calderano vai brigar pelo bronze em 
Nanquim (Foto: Wander 
Roberto/Inovafoto/COB)


10
Basquete 3x3 não decola
As meninas do Brasil jogaram contra a Venezuela e perderam pela chave de grupos, pelo placar de 12 a 10. Elas voltaram a atuar mais tarde, quando também bateram a Síria, por 19 a 7. Já o time masculino conseguiu seu primeiro triunfo, sobre Andorra, por 21 a 2, no único jogo do dia. Nesta quarta-feira, ambos os  times voltam a atuar. O masculino pega Espanha e Rússia, enquanto o feminino joga uma partida isolada contra a Hungria.



11
Brasileiros seguem bem na vela
Na primeira regata do dia da classe Byte CII, Natascha Boddener foi a quinta colocada. No masculino, Pedro Correa foi o terceiro. Com várias regatas canceladas durante o dia, Daniel Rocha, da classe Techno 293 Windsurfe, teve suas duas regatas canceladas. Na segunda regata da Byte CII, Pedro repetiu o terceiro lugar, e Natascha melhorou seu desempenho, também com um terceiro posto. Ambos estão entre os primeiros colocados e na briga por medalha. Eles voltam a competir nesta quarta, em mais três regatas, assim como Daniel Rocha.



12
Orlando vence nas simples e duplas mistas
Orlando Luz abriu o dia na chave de simples diante do peruano Juan Jose Rosas. Terceiro colocado no ranking da ATP até 18 anos, o brasileiro venceu seu rival por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4, avançando às quartas de final, quando pega Clement Geens, da Bélgica, nesta quarta-feira. Ele ainda voltou à quadra para a disputa das duplas mistas, ao lado de Luisa Stefani. A dupla do Brasil encarou Ys Chung e Buayam, e venceu por 2 sets a 0, com 6/2 e 6/2 no placar, indo ao segundo round. Orlando volta a jogar nesta quarta-feira, quando atua pela chave de duplas com Marcelo Zormann, pelas quartas de final, contra Rosas e Alvarez, do Peru. O time venceu o tradicional torneio de Wimbledon este ano.



13
Programação brasileira na quarta-feira
Tênis - Orlando Luz e Marcelo Zormann jogam pelas quartas de final nas duplas; Orlando Luz joga pelas quartas de final da chave simples;
Natação - Matheus Santana nada a final dos 50m livre; Natalia de Luccas nada as eliminatórias dos 50m costas; Andreas Queiroz nada as eliminatórias dos 200m peito (final à noite); Giovana Diamante nada as eliminatórias dos 200m livres (final à noite); Brasil nada as eliminatórias dos 4x100m medley masculino (final à noite);


Vela - Pedro Correa e Natascha Boddener competem em três regatas na classe Byte CII; Daniel Rocha faz três regatas na classe Techno 293 Windsurfe;
Atletismo (eliminatórias) - Ana Karolyne de Campos Silva (800m rasos), Elen Camilo Vasconcelos  (salto em distância), Paolla Ferlin Luchin  (110m com barreiras), Anderson Cordeiro Lima Cerqueira  (400m rasos), Danilo de Souza Goulart  (salto em altura),  Maycon Bonadio (lançamento de disco), Vitor Henrique Venâncio (110m com barreiras), Thais Lindemayer Gomes  (salto com vara);
Basquete 3x3 - Masculino: Brasil x Espanha e Rússia; Feminino: Brasil x Hungria;
Ciclismo - Time masculino e feminino na modalidade cross-country olímpica;
Esgrima - Pedro Marostega e Gabriela Cecchini na disputa por equipes continentais;
Ginástica artística - Flávia Saraiva na final 



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-olimpicos-da-juventude/noticia/2014/08/nanquim-dia-3-brasil-iguala-ouros-de-2010-e-carioca-voa-nos-50m-livre.html

Presença de Nadal não é garantida para confronto entre Brasil e Espanha

Médico e assessor não estipulam data para espanhol retornar da lesão no punho direito. Miúra anunciou na segunda que não vai disputar o US Open


Por Rio de Janerio


A ausência de Rafael Nadal no US Open, que será realizado entre 25 de agosto e 8 de setembro, pode ter efeitos diretos na Copa Davis. Isso porque o número 2 do mundo é dúvida para a repescagem do Grupo Mundial entre Brasil e Espanha, que será disputada no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, entre os dias 12 e 14 de setembro.

- Para mim, é difícil pensar em objetivos, como a Copa Davis, é difícil dizer quando eu voltar, porque agora eu só tenho que pensar em me curar. O que importa é que eu perdi a oportunidade de jogar três torneios muito importantes. E eu não posso ir a um Grand Slam jogando apenas o topspin ou o slice de backhand. Por isso, seria impossível ganhar. Eu vou voltar quando os médicos disserem e quando eu puder bater o backhand de duas mãos sem dor - disse Nadal à televisão espanhola "IB3".

rafael nadal contra Kukushkin em wimbledon (Foto: Reuters)
Nadal não disputa jogos oficiais desde 
Wimbledon, que terminou no começo 
de julho (Foto: Reuters)

O médico pessoal de Nadal e também da Real Federação Espanhola de Tênis, Ángel Ruiz-Cotorro, explicou o porquê do espanhol não ir defender o título em Nova York neste ano e não estipulou uma data para o retorno do Touro Miúra (apelido do tenista) ao circuito.

-Estávamos na etapa final, mas ele não pôde se recuperar em relação à exigência de um US Open, que é de cinco sets. Rafa fez tudo que deveria fazer, treinando todos os dias, mas quando não se está 100%... O processo agora é continuar com o repouso, a fisioterapia e a reabilitação. 
Seguiremos fazendo exames nos próximos dias e tem de haver uma margem de tempo para que (a lesão) cicatrize bem - comentou Ruiz-Cotorro ao jornal espanhol "Marca".


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O assessor do tenista, Benito Perez-Barbadillo, seguiu a mesma linha que o médico e disse ao SporTV.com que após o US Open poderá dar informações mais concretas sobre a presença de Nadal na Copa Davis.
Essa será a oitava vez que brasileiros e espanhóis se encontrarão na Copa Davis e o primeiro confronto em 18 anos a ser disputado na cidade de São Paulo. O piso de jogo será o saibro, de mistura diferente daquele utilizado no Brasil Open.


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/copa-davis/noticia/2014/08/presenca-de-nadal-nao-e-garantida-para-confronto-entre-brasil-e-espanha.html

Sem representantes no feminino, Brasil tem quatro atletas no qualifying

Em busca de vagas na chave principal do Grand Slam, Rogerinho e Ghem jogam nesta terça, enquanto Feijão e Clezar entram em quadra na quarta


Por Nova York



João Souza Feijão - Tênis - Poznan Polônia (Foto: Divulgação)
Feijão lidera quarteto do Brasil que 
disputa oqualifying a partir desta t
erça (Foto: Divulgação)

A partir desta terça-feira, quatro tenistas brasileiros vão lutar para se classificarem para a chave principal do US Open, último Grand Slam da temporada, que acontece entre 25 de agosto e 8 de setembro, em Nova York. Porém, nenhum é representante do feminino. Quem tentará se juntar a Thomaz Bellucci na elite do torneio americano - Teliana Pereira é a única brasileira na competição - são João Souza (Feijão), Rogério Dutra Silva (Rogerinho), Guilherme Clezar e André Ghem.

Os dois primeiros a entrarem em quadra pelo qualifying serão Ghem e Rogerinho, ambos nesta terça-feira. Ghem (209º do ranking) jogará às 12h (de Brasília) contra o argentino Guido Andreozzi (173º). Por volta das 16h é a vez de Rogerinho (162º) enfrentar o eslovaco Andrej Martin (153º).
Feijão (113º) e Clezar (191º) estreiam somente na quarta-feira. Eles pegam, respectivamente, o ucraniano Illya Marchenko (163º) e o argentino Martin Alund (192º), em horário ainda a ser definido pela organização do Grand Slam americano.


O SporTV2 vai transmitir ao vivo a chave principal do US Open.


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2014/08/sem-representantes-no-feminino-brasil-tem-quatro-atletas-no-qualifying.html

Após série de finais, Federer entra em alta no US Open: "Grande confiança"

Com dois títulos e dois vices nos quatro torneios jogados depois de Roland Garros, suíço chegará a Nova York como tenista com mais vitórias em 2014


Por Cincinnati, EUA



Da tormenta que foi o ano de 2013 para um momento recente de alegrias em 2014, Roger Federer ganhou confiança para a disputa do US Open, último Grand Slam da temporada, que começa no dia 25 de agosto, em Nova York. Depois de Roland Garros, o número 3 do mundo participou de quatro torneios e chegou às finais de todos. Com o título do ATP 250 de Halle, os vice-campeonatos em Wimbledon e no Masters 1.000 de Toronto e o triunfo do último domingo no Masters 1.000 de Cincinnati, o suíço chegará ao evento americano como um dos tenistas em melhor fase no circuito, aos 33 anos de idade.

tenis roger federer cincinnati (Foto: Getty Images)
Além do maior número de vitórias, 
Federer tem o terceiro melhor 
aproveitamento de 2014 
(Foto: Getty Images)

Em termos de partidas ganhas, Federer lidera absoluto. Ele é o que mais venceu na temporada até agora, com 49 vitórias. São cinco a mais que o espanhol Rafael Nadal, que está parado desde Wimbledon por conta de uma lesão e anunciou nesta segunda-feira que não defenderá o título do US Open. Federer também tem o terceiro melhor aproveitamento da temporada (84,4%), atrás somente do sérvio Novak Djokovic (86,7%), que acumulou eliminações precoces nas oitavas de final em Toronto e em Cincinnati, e de Nadal (84,6%). E por fim, é o segundo melhor jogador em ranking da série de torneios do verão norte-americano, superado apenas pelo canadense Milos Raonic, que foi campeão do ATP 500 de Washington no início de agosto.

- Agora especialmente entro com grande confiança. Eu bem posso descansar, em vez de ter de trabalhar em algumas coisas, então é só manutenção. Isso também é bom para a cabeça. Sei que meu jogo está onde eu queria que estivesse. Agora é manter o alto nível - comentou Federer após o título em Cincinnati.

A fase de Federer é bastante distinta àquela vivida no ano passado, quando sofreu com dores nas costas. Na mesma época em 2013, o suíço estava nas últimas posições do top 10 da temporada, com risco até ficar fora do ATP Finals, torneio que reúne os oito melhores do ano, em novembro, em Londres - ele acabou se classificando e sendo semifinalista. Também tinha apenas um título (Halle), ao contrário dos três que já garantiu em 2014 (Dubai, Halle e Cincinnati).

O sorteio da chave principal do US Open está programado para esta quinta-feira. O Grand Slam americano terá transmissão ao vivo do SporTV2.


FONTE
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2014/08/apos-serie-de-finais-federer-entra-em-alta-no-us-open-grande-confianca.html

Com dancinha, Djokovic encara balde de gelo e desafia Jordan e Mr.Bean

Número 1 do mundo esbanja bom humor ao enfrentar o banho gelado


Por Rio de Janeiro


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Depois de ter sido chamado pelo quarteto John McEnroe, Sabine Lisicki, Bernard Tomic e o cantor Niall Horan, da banda One Direction, o sérvio Novak Djokovic encarou com bom humor o desafio do balde de gelo. Com direito a dancinha de aquecimento ao som da música "Ice ice baby" e até depois de ficar totalmente molhado, o número 1 do mundo gritou ao receber o banho gelado, se estapeou e repassou a corrente para o ex-jogador de basquete Michael Jordan, o ator Rowan Atkinson (que dá vida ao personagem Mr. Bean) e a cantora barbuda Conchita Wurst.

montagem -  Djokovic balde de gelo (Foto: Editoria de Arte)
De peito aberto, Djokovic encara o 
desafio do balde de gelo 
(Foto: Editoria de Arte)

Fenômeno nas redes sociais nas últimas semanas, o desafio do balde de gelo (Ice Bucket Challenge, em inglês) consiste em tomar um banho de balde de gelo ou doar US$ 100 (cerca de R$ 225) para instituições de caridade. A brincadeira surgiu para chamar a atenção para a esclerose lateral amiotrófica (ALS, na sigla em inglês), doença degenerativa do sistema nervoso. As doações a princípio só seriam encaminhadas à ALS Foundation, mas o desafio cresceu e passou a promover outras causas, embora a ALS continue como carro-chefe.

A lista de atletas que aceitaram o desafio é grande. Além dos astros do basquete LeBron e Kevin Durant, tomaram o banho gelado nomes como os tenistas Andy Murray, Amélie Mauresmo, Victoria Azarenka, Caroline Wozniacki e Grigor Dimitrov, a jogadora de vôlei de praia Gabrielle Reece, a judoca Kayla Harrison e o astro do futebol Cristiano Ronaldo, que desafiou as celebridades Beyoncé, Jennifer Lopez e Lil Wayne. Neymar e Messi também participaram.

No Brasil durante o evento “Bolt Contra o Tempo”, o jamaicano Usain Bolt também entrou na onda, assim como a velocista campeã olímpica Carmelita Jeter. A americana encarou o balde de gelo na praia do Leme, no Rio de Janeiro.

De acordo a ALS Association, as doações estão quase chegando ao equivalente a US$ 9.7 milhões (R$ 22 milhões) desde o dia 29 de julho, quando o desafio do banho de gelo começou a se espalhar entre as celebridades.  


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2014/08/com-dancinha-djokovic-encara-balde-de-gelo-e-desafia-jordan-e-mrbean.html

Jovem de 15 anos é convocado pela Noruega após atrair interesse do Real

Martin Odegaard, que ainda fez testes no Manchester United e no Bayern de Munique, é chamado para amistoso contra os Emirados Árabes


Por Oslo


Martin Odegaard  (Foto: Reprodução / Site Oficial Godset)Martin Odegaard defenderá a seleção da Noruega (Foto: Reprodução / Site Oficial Godset)

O jovem Martin Odegaard, de apenas 15 anos, foi convocado para defender a Noruega no amistoso contra os Emirados Árabes na semana que vem e, caso vá a campo no duelo, se tornará o jogador mais jovem a defender a seleção de seu país.

Ele já fez testes no Manchester United e no Bayern de Munique na temporada passada e despertou o interesse de grandes clubes europeus. O Real Madrid, por exemplo, já teria feito uma oferta de 12 milhões de libras (cerca de R$ 46 milhões), de acordo com a imprensa inglesa.

Torcedor do Liverpool, o jovem meia defende a equipe profissional do norueguês Stromsgodset e tem passagem pela seleção sub-17 da Noruega. 
Ao saber da notícia, ele se disse chocado.

- É um sonho que se torna realidade. Estou chocado – disse o jogador.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2014/08/jovem-de-15-anos-e-convocado-para-noruega-apos-atrair-interesse-do-real.html

Histórias Incríveis: partida com sangue de "desertor" difamou América do Sul

Final do Mundial de Clubes de 1969, entre Estudiantes e Milan, rotulou futebol do continente como violento em duelo que teve argentino caçado e brasileiro artilheiro


Por Rio de Janeiro

Nestor Combin desembarque Milan 1969 jornal (Foto: Reprodução / Domenica del Corriere)
"A noite de fogo": manchete da revista Domenica del Corriere de 04/11/1969 com Combin ensanguentado (Foto: Arquivo Histórico do Corriere della Sera, da Fundação Corriere della Sera / Maglia Rossonera.it)

A briga em campo entre as seleções sub-20 de Brasil e Argentina, na noite de segunda-feira pelo torneio de Valência, na Espanha, deixou o público no estádio espantado. Até mesmo um clássico de juniores corroborou para a má reputação que carrega o futebol sul-americano aos olhos europeus.
Cenas de violência se tornaram comuns em torneios como a Libertadores e a Copa Sul-Americana e fizeram a Conmebol criar um código e um tribunal de disciplina para começar a punir episódios como a confusão dos argentinos do Arsenal de Sarandí e policiais militares em Belo Horizonte, no ano passado; a pancadaria entre jogadores e comissão técnica de Grêmio e Huachipato na cidade chilena de Talcahuano, também em 2013; a intimidação do atual campeão San Lorenzo, ao partir para cima do árbitro enfrentando até a força policial por causa da marcação de um pênalti nesta temporada; entre tantos outros.

A fama negativa acompanha o esporte no continente desde o fim da década de 60 por causa do Mundial de Clubes. O primeiro formato do torneio, que colocava frente a frente o campeão europeu e o sul-americano em jogos de ida e volta entre 1960 e 1979, espalhou o medo em outros países após a disputa de violentos confrontos, especialmente na Argentina. E o mais assustador deles aconteceu em 1969, quando o Milan, da Itália, ergueu o primeiro de seus quatro títulos mundiais em meio a agressões e prisões de jogadores.

No dia 22 de outubro daquele ano, a Bombonera foi palco do duelo entre Estudiantes e Milan. Era o jogo de volta da decisão, que começou com um 3 a 0 para os italianos no estádio San Siro. A tarefa de inverter o elástico placar adverso parecia impossível, mas não desanimou os argentinos de lotarem o estádio com 45 mil pessoas. E o clima pesado de um país que vivia uma ditadura militar entrou em campo. Ao sair do túnel para o gramado, os jogadores do clube italiano, já preocupados com possíveis hostilidades, carregaram uma bandeira da Argentina. De nada adiantou a cordialidade. Foram alvos de moedas e café quente jogados da arquibancada. Depois, durante o aquecimento, serviram de mira para os atletas hermanos chutarem bolas em sua direção. Mas a estratégia para amedrontar os adversários não parou por aí e levou a graves consequências.

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Contra um jogo duro e a vantagem dos italianos, a garra argentina rompeu limites e virou violência no segundo tempo, quando o placar final de 2 a 1 para os donos da casa - insuficiente para conquistar o título - já estava construído. E o principal alvo em campo foi Nestor Combin. Um argentino de nascença que fez sua carreira na Europa, naturalizou-se francês e foi acusado de ser um desertor na Argentina por deixar seu país antes de cumprir o serviço militar, exercido na época aos 20 anos de idade. O atacante foi agredido duas vezes: levou um chute no rosto do goleiro Alberto Poletti e uma cotovelada do zagueiro Aguirre Suárez, que quebrou seu nariz e o deixou inconsciente, banhado em sangue e fora de combate. 
Outros jogadores milanistas também foram vítimas das agressões, como o atacante Pierino Prati (sofreu uma concussão cerebral) e os meias Gianni Rivera e Giovanni Lodetti, alvos de socos e pontapés pelas costas. Os defensores argentinos Aguirre Suárez e Eduardo Manera foram expulsos.

violência final Mundial 1969 Milan x estudiantes (Foto: Revista El Gráfico)
Combin (esq.) e Prati (dir.): vítimas de 
agressões em campo (Foto: concessão 
da Revista "El Gráfico" 28/10/1969)

Naquele time do Milan também estava um brasileiro descendente de italianos: Angelo Sormani, ex-ponta-direita do Santos de Pelé, Pepe e Coutinho. Desde 1961 na Itália, ele conta que os argentinos deram declarações na época com promessas de jogo duro e que tentaram fazer intimidações no estádio San Siro, com gritos de guerra e provocações no túnel de acesso ao gramado. O pior ainda estava por vir, e até hoje a batalha da Bombonera não sai da memória.

Foi um massacre. Começaram adar chute de todo jeito, queriam ganhar por força, batendo em todo mundo. Até deu medo. (...) Não tinha televisão como hoje, a bola estava de um lado do campo, e eles davam chute na gente do outro.

(...) A gente estava preocupado porque sempre soubemos que era muito difícil jogar lá por causa da famosa garra argentina. Mas transformaram garra em ameaça"

Angelo Sormani, ex-ponta-direita do Milan
- Foi um jogo duro, mas aqui eles não podiam fazer mais do que isso. Na volta não teve nem jogo, foi um massacre. Começaram a dar chute de todo jeito, queriam ganhar por força, batendo em todo mundo. Até deu medo. Sorte que fizemos um gol rápido, complicou muito para eles. O juiz também teve medo, consentiu. Não tinha televisão como hoje, a bola estava de um lado do campo, e eles davam chute na gente do outro. Tomei uma cotovelada no nariz, mas deu para continuar o jogo. Eu aceitei tudo porque estava ganhando (o título), senão ia dar qualquer murro também (risos). Estávamos preocupados porque sempre soubemos que era muito difícil jogar lá por causa da famosa garra argentina. Mas transformaram a garra em ameaça - contou o ítalo-brasileiro, que atualmente vive em Roma, na Itália, aos 73 anos.

Ao apito final do árbitro chileno Massaro, os jogadores do Milan sequer conseguiram comemorar o inédito título mundial. Alguns dos argentinos do Estudiantes procuraram ainda mais confusão, policiais tiveram que entrar em campo, e os milanistas precisaram se abrigar no vestiário da Bombonera, segundo Sormani.

- A reação foi de muita preocupação. Acabou o jogo, fomos todos para dentro do vestiário. Não teve premiação solene, entortaram até a copa (troféu). Parecia que bateram com ela no chão antes de entregarem para a gente. Na Itália mandamos arrumar, foi um título muito importante para o Milan - relatou o ítalo-brasileiro, ainda com um português fluente, mas trocando algumas palavras com o italiano.

Info frases Mundial (Foto: Infoesporte)

A violência desagradou até a didatura, que usava as glórias do futebol para encobrir a situação política dos governos militares na Argentina. Poletti, Manera e Aguirre Suárez foram detidos e passaram um mês na prisão. Além disso, os três receberam severas punições da Associação de Futebol Argentino (AFA): Aguirre Suárez foi suspenso por 30 jogos e por cinco anos de torneios internacionais; Manera também pegou uma pena parecida, 20 partidas de gancho e três anos sem competir fora do país. Já Poletti recebeu o castigo mais severo ao ser banido do futebol - punição que foi perdoada sete meses depois, após a queda da ditadura.

Preocupação e boicote: o Mundial pós-69
Foi a gota d'água para um torneio que já havia enfrentado problemas parecidos nos anos anteriores. Em 1967, no encontro entre Racing, da Argentina, e o Celtic, da Escócia, o goleiro europeu Ronnie Simpson foi atingido por uma pedra da arquibancada, e seis jogadores terminaram expulsos ao todo. No ano seguinte, o Estudiantes estreava na competição contra o Manchester United, da Inglaterra. No confronto, o atacante escocês Denis Law levou quatro pontos para fechar um corte na perna, e dois atletas que se envolveram em briga receberam cartão vermelho. Nas duas ocasiões, os argentinos saíram como campeões.
Mas a batalha de 1969 não foi ocultada. As manchetes dos jornais dos dois países não a deixaram cair no esquecimento. "Noventa minutos de uma caçada humana", públicou o italiano "Gazzetta dello Sport". "A página mais negra do futebol argentino", estampou a revista argentina "El Gráfico" em 28 de outubro de 1969.

Info_MUNDIAL-ANOS70-5 (Foto: Infoesporte)

- Os meios de comunicação de alcance nacional, como "Clarín", "La Nación", "Crónica", "La Prensa", o jornal "La Razón" e a revista "El Gráfico" evidenciaram o lado negro daquele Estudiantes, do grau de deslealdade com que jogou. Deve-se ter em conta que o time era tão elogiado como criticado por seu modo de atuar, rotulado como um antifutebol - contou Carlos Rodriguez Duval, jornalista do diário "Olé", da Argentina.

A opinião foi compartilhada por outros países e deixou uma reputação negativa tanto para a América do Sul quanto para o Mundial de Clubes. A maioria dos campeões europeus, desde então, passou a boicotar o torneio nos anos 70. O Ajax (Holanda), em 1971 e 73, o Bayern de Munique (Alemanha), em 1974, o Liverpool (Inglaterra), em 1977, e o Nottingham Forest (Inglaterra), em 1979, recusaram-se a participar da disputa no continente sul-americano, e os representantes nesses anos foram os vice-campeões da Europa. Em 1976, o Bayern de Munique fez uma pesquisa para saber se era seguro enfrentar o Cruzeiro no Brasil antes de aceitar disputar a final. E em 1975 e 78, a competição sequer foi realizada. Era a senha para que o campeonato encontrasse outra fórmula, e a alternativa foi para ser realizado em jogo único em país neutro. Isso aconteceu em 1980, quando o torneio recebeu o patrocínio de uma montadora de automóveis asiática e foi levado para o Japão.

- Foi uma partida que marcou, os clubes europeus não queriam mais jogar lá (na América do Sul), a Europa não tinha mais interesse. Não precisava a gente recomendar isso, todo mundo viu. Toda a imprensa falou do assunto, até os jornais argentinos. Foi uma página muito feia para o futebol argentino. Espero que tenham melhorado - lamentou Sormani.

Combin, o desertor na prisão
Não só de sangue foi o pesadelo de Nestor Combin em seu retorno à Argentina. Desacordado após as agressões que o tiraram de campo, o atacante levou um susto ao despertar: no lugar do estádio e da torcida, estavam uma prisão de Buenos Aires e seus policiais. Antes que o jogo na Bombonera pudesse terminar, ele havia sido detido sob a acusação de ser um desertor e deixar o país para não cumprir o serviço militar. Após receber atendimento médico, o jogador alegou que se alistou no exército da França depois de imigrar. Mas não foi fácil convencer os argentinos. Tanto que precisou ser interrogado três vezes e passar a noite inteira num colchonete na cadeia.

- Tive medo de ficar na Argentina para prestar serviço militar - confessou para a revista italiana "Domenica del Corriere" do dia 4 de novembro de 1969.

Nestor Combin desembarque Milan 1969 montagem (Foto: Montagem sobre foto da AFP / Reprodução Domenica del Corriere)
Combin voltou à Itália com rosto 
desfigurado (Foto: Montagem sobre 
foto da AFP / Reprodução Domenica 
del Corriere)

O Milan precisou agir nos bastidores, negociar com a AFA e os militares. E Combin foi libertado na manhã seguinte, quando todos os jogadores já o aguardavam de malas prontas no aeroporto. Ao serem avisados que o companheiro estava a caminho, todos se dirigiram para o avião. Alguns, revoltados, fizeram gestos ofensivos contra o país antes de embarcar. Faltava só o protesto em forma de desabafo de quem mais sofreu na final.
Um desertor para o militarismo. Mas para as pessoas, torcedores,
foi um rival importante do futebol, com um pouquinho mais de bronca por ser natural da Argentina. Essa violência contra ele não creio que necessariamente seja fruto de patriotismo, e sim um exagero do já natural jogo duro que caracterizava aquele Estudiantes. Em todo caso, podem tê-lo visto como 'malandro'"
Carlos Rodriguez Duval, jornalista do diário

"Olé", da Argentina, sobre Nestor Combin
- No dia seguinte, pela manhã, ficamos sabendo que liberaram o Combin, e estávamos todos já dentro do avião esperando por ele. Ele apareceu de última hora, chegou em caminhonete da polícia. Quando entrou no avião, todos comemoraram, e houve uma cena interessante: ainda na porta, ele se virou para fora e cantou o hino francês. Acho que foi a última vez que esteve na Argentina (risos) - revelou Sormani.

Carlos Rodriguez Duval, do diário "Olé", da Argentina, viu de perto a decisão do Mundial de 1969 e as agressões a Combin. Para o jornalista, a violência não foi fruto de patriotismo, apesar de o atacante do Milan ter se naturalizado e defendido a seleção da França, inclusive na Copa do Mundo de 1966. Segundo Duval, o ex-jogador não foi tratado como um traidor pelas pessoas em seu país natal.

- O que aconteceu a Nestor Combin foi fruto de curiosidade. Curiosidade sobre um jogador com irrelevante passado futebolístico em seu país de origem. Mas um aventureiro que provavelmente se foi para evitar o serviço militar e depois prosseguiu no futebol de lá, na França e na Itália. Com certeza um desertor para o militarismo. Mas, para as pessoas, os torcedores, foi um rival importante do futebol, com um pouquinho mais de bronca (reitero, para a torcida do Estudiantes) por ser natural da Argentina. Essa violência contra ele, não creio que necessariamente seja fruto de patriotismo, e sim um exagero do já natural jogo duro que caracterizava aquele Estudiantes. Em todo caso, podem tê-lo visto como um malandro. Da arquibancada, se podiam ouvir ofensas a ele, mas lamentavelmente isso é rotina contra qualquer rival - explicou.

Após o título mundial, Combin ficou no Milan até 1971, depois passou pelo Metz e Red Star, antes de encerrar a carreira no Hyères, todos da França, em 1977. Aos 72 anos, o ex-jogador ainda vive no país nos dias de hoje.

Sormani e o lamento do artilheiro do Mundial

angelo sormani milan taça Champions (Foto: Divulgação/Site Oficial do Milan)Sormani com a taça da Liga dos Campeões de 1968-1969 (Foto: Divulgação / Site Oficial do Milan)

Passada a batalha da Bombonera, o regresso dos jogadores à Itália foi comemorado como título de Copa do Mundo, com festa no aeroporto para recepcionar os jogadores. Com a taça em mãos e o rosto desfigurado, Combin voltou como herói para os italianos. Rivera, autor do gol do Milan na Argentina, também teve papel de destaque. E o único brasileiro envolvido na final não ficou atrás da dupla. Com dois gols marcados no San Siro, Sormani garantiu a grande vantagem dos italianos e terminou como o artilheiro do torneio. O ponta-direita classificou o primeiro título mundial da equipe milanista como o momento mais importante da carreira, mas não escondeu um lamento.

- O Milan já tinha perdido para o Santos em 1963, então chegamos com muita força e não deixamos perder a ocasião. A gente era tecnicamente superior, tínhamos um timaço. Foi o jogo mais importante da minha vida, mas todo mundo só fala até hoje da briga - queixou-se.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/mundial-de-clubes/noticia/2014/08/historias-incriveis-partida-com-sangue-de-desertor-difamou-america-do-sul.html