quarta-feira, 25 de junho de 2014

Comitiva com dinheiro de prêmio para seleção de Gana chega a Brasília

Após ameça de greve por parte dos jogadores, federação envia da África premiação atrasada pela classificação para a Copa do Mundo: valor estimado de US$ 3 milhões


Por Brasília

 
Ao que tudo indica, a promessa da Associação Ganesa de Futebol de pagar aos jogadores, ainda nesta quarta-feira, a premiação pela classificação para a Copa do Mundo foi cumprida. De acordo com o Jornal Nacional, da TV Globo, uma comitiva com o prêmio atrasado chegou a Brasília na noite desta quarta-feira. Segundo a Agência France Press, o valor é de aproximadamente US$ 3 milhões.

A comitiva desembarcou em avião fretado na Base Aérea de Brasília - local que vem sendo usado pelas seleções na capital federal - e seguiu com escolta policial direto para o hotel em que a seleção de Gana está hospedada, onde chegou por volta das 21h. Toda a operação para trazer o dinheiro para o Brasil aconteceu porque os jogadores não aceitaram que o pagamento fosse feito via transferência bancária e exigiram dinheiro vivo.

Segundo comunicado oficial publicado pela federação nesta quarta-feira, o presidente Dramani Mahama conversou pessoalmente com os jogadores para garantir o pagamento da premiação individual, que, de acordo com o site African Football, gira em torno dos US$ 100 mil (cerca de R$ 225 mil) por atleta. 

Avião prêmio Gana (Foto: Reprodução / TV Globo)
Comitiva desembarca em na Base Aérea em 
Brasília na noite desta quarta-feira 
(Foto: Reprodução / TV Globo)

- O governo está pré-financiando o pagamento das Estrelas Negras, que será reembolsado quando a Fifa pagar a cota de participação de Gana na Copa do Mundo após a disputa do torneio no Brasil - diz o comunicado. 

jogadores de Gana recebendo o dinheiro no hotel (Foto: Almir de Queiroz / TV Globo)
Jogadores de Gana recebem a premiação e 
cheiram o dinheiro (Foto: 
Almir de Queiroz / TV Globo)

A notícia de que o elenco ganês não estava em paz com Associação Ganesa de Futebol surgiu quando os jogadores não foram ao treino, que estava marcado para as 18h de terça-feira no CT dos Bombeiros, em Brasília. Na ocasião, a assessoria de imprensa do país africano não deu nenhuma explicação para o cancelamento da atividade. E o representante da Fifa no local também afirmou que não foi repassado do motivo da ausência dos jogadores. Apenas que recebeu uma ligação de um integrante da delegação dizendo que o treino não iria mais acontecer. A ausência dos jogadores no treino só evidenciou que a situação no grupo estava no limite. Antes disso, eles se recusaram a sair de Maceió, local onde estão baseados, rumo a Brasília.  

jogadores de Gana recebendo o dinheiro no hotel (Foto: Almir de Queiroz / TV Globo)
Delegação de Gana recebendo o dinheiro no 
hotel (Foto: Almir de Queiroz / TV Globo)

Após algumas conversar e reuniões, o clima de greve foi amenizado, e o técnico de Gana, James Appiah, confirmou em entrevista coletiva, nesta quarta-feira, em Brasília, que o boicote organizado pelos jogadores da seleção africana é devido ao não pagamento da premiação para a disputa da Copa do Mundo.  

jogadores de Gana recebendo o dinheiro no hotel (Foto: Almir de Queiroz / TV Globo)
Dinheiro chegou na noite desta quarta-feira e 
foi entregue à seleção de Gana (Foto: Almir 
de Queiroz / TV Globo)


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Brasileiras vencem todos os seus jogos no primeiro dia em Stavanger

Ágatha/Bárbara Seixas, Juliana/Maria Elisa e Maria Clara/Carol estreiam no Grand Slam da Noruega com duas vitórias cada dupla


Por Stavanger, Noruega


Maria Clara e Carol Grand Slam Noruega Vôlei de Praia (Foto: CBV)
Maria Clara e Carol em ação (Foto: CBV)

As duplas femininas do Brasil tiveram ótimo desempenho nos primeiros desafios pelo Grand Slam de Stavanger, na Noruega, nesta quarta-feira. Os seis jogos que tiveram a presença de parcerias brasileiras foram vencidos pelas jogadoras do país. Nesta quinta, haverá o complemento  da primeira fase.

No Grupo D, Agatha e Bárbara Seixas venceram com autoridade seus dois primeiros jogos. Na estreia, com um pouco mais de trabalho, despacharam Nyström/Nyström, da Finlândia, por 2 sets a 0 (21/17 e 21/19). Em seguida, bateram Broder-Valjas, do Canadá, pelo mesmo placar (parciais de 21/16 e 21/15). Nesta quinta, elas disputam a liderança do grupo com as americanas Day e Summer.

Maria Elisa e Juliana foram as únicas a vencer duas vezes pelo Grupo G. As brasileiras tiveram de jogar os três sets nos dois confrontos. O primeiro 2 a 1 foi sobre Ukolova/Prokopeva (RUS) (parciais de 21/17, 16/21 e 15/9), depois, contra as argentinas Gallay/Klug (18/21, 21/18 e 15/9). Para concluir a fase na dianteira do grupo com 100% de aproveitamento, será preciso superar nesta quinta uma dupla da casa: Treland/Pedersen.

A situação de Maria Clara e Carol no Grupo H é idêntica a de Maria Elisa e Juliana: somente as brasileiras venceram duas vezes. Ganharam da dupla Mashkova/Tsimbalova, do Cazaquistão, por 2 a 0 (22/20 e 21/14) e depois sofreram para superar as russas Syrtseva/Moiseeva por 2 a 1, parciais de 18/21, 21/18 e 15/13. Elas concluirão a primeira fase contra as norueguesas Kongshavn/Kjølberg.

Ágatha Grand Slam Noruega Vôlei de Praia (Foto: CBV)
Ágatha e Bárbara vencem seus dois primeiros 
jogos em Stavanger (Foto: CBV)


FONTE:

Bruno Soares terá Martina Hingis como parceira nas duplas mistas

Brasileiro será o parceiro da ex-número 1 do mundo, estreando apenas na 2ª rodada. Dupla aguarda duelo J. Ward/Anna Smith x N. Monroe/Shuai Zhang


Por Londres


Ex-número 1 do mundo, a suíça Martina Hingis será a parceira de Bruno Soares no torneio de duplas mistas de Wimbledon. A dupla será cabeça de chave e já entra na segunda rodada, aguardando o vencedor do duelo James Ward/Anna Smith x Nicholas Monroe/Shuai Zhang.

Tenis Martina Hingis Miami (Foto: Getty Images)
Martina Hingis voltou às quadras este ano, 
depois de sete anos afastada 
(Foto: Getty Images)

Atual número 3 do ranking de duplas, Soares vem de um vice-campeonato no ATP de Eastbourne, quando atuou ao lado do austríaco Alexander Peya. Na final, os algozes foram o filipino Treat Huey e o britânico Dominic Inglot, que triunfaram por 2 sets a 1, parciais de 7/5, 5/7 e 10/8.

tênis bruno soares aberto da austrália (Foto: Getty Images)
Bruno Soares atuará ao lado de estrela do 
tênis feminino (Foto: Getty Images)

Aos 33 anos, Martina Hingis voltou às quadras este ano, depois de anunciar sua aposentadoria em 2007, alegando problemas físicos. Em março, jogando ao lado da alemã Sabine Lisicki, ela faturou o seu primeiro título após o retorno. A conquista aconteceu no WTA de Miami.


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/Wimbledon/noticia/2014/06/bruno-soares-tera-martina-hingis-como-parceira-nas-duplas-mistas.html

Com atuação arrasadora, Murray bate eslovaco e avança em Wimbledon

Atual campeão, britânico número 5 do mundo cede só dois games no fácil triunfo por 3 sets a 0 sobre Blaz Rola (92ª), pela segunda rodada


Por Londres


Andy Murray foi arrasador nesta quarta-feira na grama do All England LawnTennis Club, em Londres. Defensor do título de campeão em Wimbledon, o britânico número 5 do mundo perdeu apenas dois games, não deu qualquer chance na segunda rodada para o eslovaco Blaz Rola (92º do ranking) e o atropelou com uma empolgante vitória por 3 sets a 0, com parciais de 6/1, 6/1 e 6/0, em apenas 1h24min de ação (veja o vídeo com o game final).

Por uma vaga nas oitavas de final, Murray vai encarar o espanhol Roberto Bautist August (23º), que derrotou em partida também nesta quarta-feira o tcheco Jan Hernych (285º) por 3 sets a 1 (7/5, 4/6, 6/2 e 6/2).

Andy Murray x Blaz Rola Wimbledon tenis (Foto: Reuters)
Andy Murray rebate bola durante a sua fácil 
vitória sobre Blaz Rola (Foto: Reuters)

Número 5 do mundo, Andy, além de tentar o bicampeonato em Wimbledon quer usar a competição para apagar o ano fraco que ele vem tendo. O número 1 da Grã-Bretanha ainda não conquistou nenhum título em 2014 e tem como melhores campanhas a semifinal em Roland Garros e as quartas de final no Aberto da Austrália. Vencer pelo segundo ano seguido na sua casa seria a melhor reabilitação possível. Um triunfo também serviria para consolidar a sua parceira com a francesa Amelie Mauresmo, que passou a treinar Andy neste mês.

Logo no primeiro game, Murray quebrou o saque de Rola e ficou ainda mais confiante para o jogo. Com bons golpes e errando muito pouco, o tenista da casa não dava muitas chances para o seu oponente. Rola até encaixa um bom número de bolas vencedores, porém, quando pressionado, ele errava e cedia pontos de graça. Atual campeão de Wimbledon, Andy conseguiu quebrar o saque do eslovaco mais uma vez. Isso aconteceu no quinto game, quando ele abriu 4 a 1. O primeiro set estava encaminhado. Só restava ao quinto do mundo confirmar dois serviços. Mas nem preciso. Depois de sacar bem e fazer 5 a 1, ele quebrou Rola pela terceira vez e fechou o primeiro set em 6/1, em 28 minutos.

Andy Murray x Blaz Rola Wimbledon tenis (Foto: Reuters)
Andy Murray vibra durante o seu tranquilo 
triunfo(Foto: Reuters)

O defensor do título voltou ainda mais dominante para a segunda parcial. Agressivo, com bom aproveitamento dos pontos no primeiro serviço e contando novamente com erros de Blaz , o britânico venceu os cinco primeiros games, com direito a três quebras de saque incontestáveis. Quando parecia que pintaria um pneu, Rola reagiu e conseguiu vencer o sexto game, arrancando aplausos e risos do público no All England LawnTennis Club. Mas Murray deixou claro que queria encurtar o jogo o quanto antes e foi arrasador no game seguinte. Ele não cedeu pontos e fechou o segundo set em 6/1.

Murray já começou quebrando o saque de Rola no primeiro game do terceiro set. Com aproveitamento dos pontos na casa dos 80% tanto no primeiro como no segundo serviço, o preferido da torcida local seguiu voando e deixou no ar a chance do único pneu na partida. Ele confirmou o seu saque no segundo game e depois deu show. Variando as jogadas e fazendo o eslovaco correr de um lado para o outro, o escocês levantou a torcida que lotou a quadra 1 de Wimbledon. E o pneu veio! No sétimo game, Murray não cedeu um pontinho sequer e venceu por 6/0, fechando a partida por arrasadores 3 sets a 0.


Outros resultados desta quarta-feira:

Sergiy Stakhovsky (UCR) 3 x 0 Ernests Gulbis (LAT) - 6/1, 6/3 e 7/6 (5)
Kevin Anderson (AFS) 3 x 0 Edouard Roger-Vasselin (FRA) - 7/6 (0), 1/6, 6/3 e 6/4
Grigor Dimitrov (BUL) 3 x 0 Luke Saville (AUS) - 6/3, 6/2 e 6/4
Andrey Kuznetsov (RUS) 3 x 2 David Ferrer (ESP) - 6/7 (5), 6/0, 3/6, 6/3 e 6/2
Leonardo Mayer (ARG) 3 x 1 Marcos Baghdatis (CYP) - 7/6 (4), 4/6, 6/1 e 6/4
Roberto Bautista Agut (ESP) 3 x 1 Jan Henrych (CZE) - 7/5, 4/6, 6/2 e 6/2
Tomas Berdych (CZE) 3 x 1 Bernard Tomic (AUS) - 4/6, 7/6 (5), 7/6 (3) e 6/1



FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/Wimbledon/noticia/2014/06/com-vitoria-arrasadora-murray-bate-eslovaco-e-avanca-em-wimbledon.html

Victoria Azarenka falha em momento decisivo e é eliminada em Wimbledon

Sérvia Bojana Jovanovski surpreendeu a bielorussa e eliminou uma top-10 do torneio. Ela ainda espera a definição da adversária para a terceira rodada


Por Londres


Uma das surpresas do dia no gramado de Wimbledon foi a eliminação de Victoria Azarenka. Em seu segundo jogo pelo Grand Slam britânico, em 2h09 de partida, a bielorussa foi derrotada pela sérvia Bojana Jovanovski por 2 sets a 1, parciais de 6/3, 3/6 e 7/5, e deu adeus ao torneio.
Bojana enfrentará na terceira rodada a vencedora do duelo entre a tcheca Tereza Smitkova e a americana Coco Vandewegne.

Bojana Jovanovski vence azarenka em wimbledon (Foto: Reuters)
Bojana Jovanovski vence Azarenka e vai à 
terceira rodada em Wimbledon (Foto: Reuters)

Os dois primeiros sets foram idênticos. No primeiro, Jovanovski se aproveitou do excesso de erros não forçados de Azarenka para quebrar o serviço da rival no quarto game e ganhar por 6 a 3. Na parcial seguinte, quem conseguiu a quebra no game 4 foi a número 9 do mundo, que foi bem efetiva na definição dos pontos e igualou o placar.

No set desempate, um jogo elétrico. A sérvia abriu 4 a 1, mas Azarenka conseguiu o empate ganhando três games seguidos. Quando o placar marcava 6 a 5 para Jovanovski, a sérvia teve a chance de quebrar Victoria e matar o jogo, o que acabou acontecendo.


Outros jogos desta quarta-feira:

Casey Dellacqua (AUS) 0 x 2 Agnieszka Radwanska (POL) - 4/6 e 0/6
Petra Kvitova (CZE) 2 x 0 Mona Barthel (ALE) - 6/2 e 6/0
Yvonne Meusburger (AUT) 0 x 2 Na Li (CHN) - 2/6 e 2/6
Vera Zvonareva (RUS) 2 x 1 Tara Moore (GBR) - 6/4, 6/7(3) e 9/7
Kurumi Nara (JPN) 0 x 2 Venus Williams (EUA) - 6/7(4) e 1/6
Victoria Azarenka (BLR) 1 x 2 Bojana Jovanovski (SER) - 3/6, 6/3 e 5/7
Misaki Doi (JPN) 0 x 2 Ekaterina Makarova (RUS) - 5/7 e 4/6
Lucie Safarova (CZE) 2 x 0 Polona Hercog (SLO) - 7/6(7) e 7/5
Caroline Garcia (FRA) 2 x 0 Varvara Lepchenko (EUA) - 7/5 e 6/3
Ana Konjuh (CRO) 2 x 1 Yanina Wickmayer (BEL) - 3/6, 6/2 e 6/2
Elena Vesnina (RUS) 0 x 2 Barbora Zahlavova Strycova (CZE)  - 4/6 e 2/6
Maria Kirilenko (RUS) 0 x 2 Shuai Peng (CHN) - 0/6 e 3/6
Zarina Diyas (KAZ) 2 x 0 Kristina Mladenovic (FRA) - 7/6(4) e 6/4
Tereza Smitkova (CZE) 2 x 0 Coco Vandeweghe (EUA) - 6/3 e 7/6(4)


victoria azarenka perde em wimbledon (Foto: Reuters)
Victoria Azarenka perde em Wimbledon e deixa
 a quadra número 3 (Foto: Reuters)


FONTE:

Djokovic sofre, mas supera veterano tcheco e avança em Wimbledon

Número 2 do mundo, sérvio precisa de mais de 3h para derrotar Radek Stepanek (38º) em quatro sets e ir à terceira rodada na grama londrina


Por Londres, Inglaterra


Novak Djokovic precisou de muita paciência para superar nesta quarta-feira o veterano tcheco Radek Stepanek na segunda rodada em Wimbledon. Em um jogo no qual ele só quebrou duas vezes o saque do adversário de 35 anos e ainda perdeu um set no tie-break, o número 2 do mundo não teve moleza contra o 38º do ranking e venceu por 3 sets a 1 com parciais de 6/4, 6/3, 6/7 (5) e 7/6 (5), em 3h17min, na quadra central do All England LawnTennis Club, em Londres. Na busca por uma vaga nas oitavas de final, o sérvio, que obteve a sua 40ª vitória em Wimbledon, vai encarar o francês Gilles Simon (44º), que bateu o holandês Robin Haase (53º) por 3 sets a 0 (7/6 (1), 6/4 e 6/4).

Para derrotar o adversário de 35 anos pela 11ª em 12 duelos entre eles, Nole suou a camisa mais do que o habitual no histórico do confronto. Stepanek, que tem o oitavo lugar em 2006 como sua melhor colocação na lista da ATP, vendeu caro os pontos, sacou bem e foi buscar bolas muito complicadas. Djoko foi cirúrgico nos momentos mais decisivos dos dois primeiros sets, mas pecou no tie-break do terceiro set e precisou de mais uma parcial para sair vencedor e avançar à terceira rodada em Wimbledon.

Novak Djokovic x Radek Stepanek Wimbledon (Foto: Reuters)
Novak Djokovic se estica para buscar a bola 
na vitória sobre Stepanek (Foto: Reuters)

O sérvio busca na grama londrina o seu segundo título em Wimbledon e o seu sétimo de Grand Slam. Para isso, ele precisará melhorar o seu desempenho neste tipo de torneio na atual temporada. Campeão na grama londrina em 2011 e finalista no ano passado, Djokovic passou em branco nos dois primeiros Grand Slams desta temporada. Ele caiu nas quartas de final no Aberto da Austrália, competição que ele é tetracampeão, e perdeu para Rafael Nadal na final de Roland Garros.


O jogo
A partida começou com uma situação incomum. No primeiro game, os dois jogadores não concordaram com marcações do árbitro e pediram desafio.  Quem levou a melhor nos dois lances foi Djokovic, que venceu o primeiro game seu saque sem ceder nenhum ponto. Experiente, Stepanek fez frente ao número 2 do mundo no início de partida. Colocando bem o seu serviço, ele não enfrentou grandes dificuldades para vencer os seus dois primeiros games de serviço. Depois, ele passou a ter o seu serviço mais pressionado e teve de se virar parar não ser quebrado.  Aos poucos, Djoko foi se soltando mais e fazendo sobressair a sua maior qualidade. Porém, Radek fazia um belo primeiro set, com direito uma deixadinha desconcertante e uma paralela que levantaram a torcida britânica. Mas o sérvio é especialista em quebrar seus adversários em momentos fundamentais. E foi o que ele fez no décimo game, quando quebrou o saque do rival e fechou o primeiro set em 6/4, após 42 minutos.

Jelena Ristic namorada Novak Djokovic Wimbledon (Foto: Reuters)
Djoko teve o incentivo da namorada, Jelena 
Ristic,nas tribunas da quadra central 
(Foto: Reuters)

O segundo set começou na mesma toada. Stepanek era um adversário duro para o vice-líder do ranking. Só que ele começou a acusar um certo cansaço e Djoko soube aos poucos ir minando a resistência do veterano tcheco. Após ambos os tenistas confirmarem os seus dois primeiros serviços, Djoko venceu  variou bem os seus golpes, encaixou boas bolas vencedoras, venceu três games consecutivos e abriu 5 a 2, ficando bem perto de fechar o segundo set. Radek ainda conseguiu salvar um break point e vencer mais um game. Depois, Nole acelerou as trocas de bolas e, com um voleio, ele fechou o segundo set em 6/3.

Assim como acontecera nos dois primeiros sets, o jogo era bem movimentado e os dois tenistas conseguiam vencer os pontos nos seus saques. O tcheco encaixava mais bolas vencedoras e não dava moleza para Djoko, que continuava com um ótimo aproveitamento dos pontos disputados no seu primeiro serviço. No sexto game, Nole deu uma bobeada e dois break points. Mas ele se recuperou bem  com três aces e fechou o seu game mais complicado até então. Depois, os dois tenistas foram confirmando os serviços até que o placar ficou igualado em 6 a 6 e a parcial foi para o tie-break. No desempate, Stepanek conseguiu um mini-break e abriu 2 a 0, mas acabou tomando a virada do sérvio, que abriu 4 a 2. Entretanto, Nole vacilou feio e permitiu que o experiente oponente vencesse por 7 a 5, levando o jogo para o quarto set.

Se enganou quem imaginou que Stepanek iria sentir o peso dos seus 35 anos de idade no quarto set. Com a mesma energia e lutando por todas bolas, o tcheco vencia muito bem os seus  games de serviço e não deixava Djokovic gostar do jogo em nenhum momento. Concentrado, o sérvio até tentava forçar erros do seu oponente. Mas o experiente jogador insistia em complicar a vida do vice-líder do ranking mundial. Ele até teve dois break points no 11º game, mas Djoko foi buscar e vibrou muito ao conseguir abrir 6 a 5. Radek não deixou barato e empatou, levando também o quarto set para o tie-break. No desempate, Novak começou na frente e abriu 2 a 0, mas errou uma bola boba na rede, jogou uma bola para fora e permitiu que seu adversário empatasse. 
Depois, ele colocou a cabeça no lugar e abriu 5 a 2, mas voltou a dar mole e o aguerrido Radek Stepanek foi buscar em 5 a 5. Só que o tenista mais carismático do circuito cansou de brincar e, com uma cruzada de direita, ele fechou o tie-break em 7 a 5 e o jogo em 3 sets a 1.

Novak Djokovic x Radek Stepanek Wimbledon (Foto: Reuters)
Radek Stepanek não deu moleza para Djokovic 
na segunda rodada em Wimbledon 
(Foto: Reuters)

Outros resultados desta quarta-feira:
Andrey Kuznetsov (RUS) 3 x 2 David Ferrer (ESP) - 6/7 (5), 6/0, 3/6, 6/3 e 6/2
Sergiy Stakhovsky (UCR) 3 x 0 Ernests Gulbis (LAT) - 6/1, 6/3 e 7/6 (5)
Kevin Anderson (AFS) 3 x 0 Edouard Roger-Vasselin (FRA) - 7/6 (0), 1/6, 6/3 e 6/4
Grigor Dimitrov (BUL) 3 x 0 Luke Saville (AUS) - 6/3, 6/2 e 6/4
Leonardo Mayer (ARG) 3 x 0 Marcos Baghdatis (CHP) - 7/6 (4), 4/6, 6/1 e 6/4
Roberto Bautist August (ESP) 3 x 1 Jan Hernych (TCH) - 7/5, 4/6, 6/2 e 6/2
Alexandr Dolgopolov (UCR) 3 x 1 Benjamin Becker (ALE) - 6/7 (4), 7/6 (0), 6/3 e 6/4
Fabio Fognini (ITA) 3 x 1 Tim Puetz (ALE) - 6/2, 4/6, 7/6 (6) e 6/3
Jeremy Chardy (FRA) 3 x 2 Marinko Matosevic (AUS) - 6/7 (5), 7/6 (7), 7/6 (9), 4/6 e 7/5



FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/Wimbledon/noticia/2014/06/djokovic-sofre-mas-supera-veterano-tcheco-e-avanca-em-wimbledon.html

Após vitória em dois dias, Wozniacki precisa só de 59 minutos para avançar

Dinamarquesa passa fácil pela britânica Naomi Broady e vai à 3ª rodada em Wimbledon enfrentar a croata Ana Konjuh; Venus/Serena vence nas duplas


Por Londres


Depois de levar dois dias para vencer a israelense Shahar Pe'er na estreia em Wimbledon, devido ao mau tempo em Londres, Caroline Wozniacki precisou de apenas 59 minutos para eliminar a britânica Naomi Broady e avançar à terceira rodada do Grand Slam. A dinamarquesa fez 2 sets a 0 (6/3 e 6/2) com facilidade e agora terá pela frente a croata Ana Konjuh, que derrotou a belga Yanina Wickmayer por 2 a 1 (3/6, 6/2 e 6/2).

caroline wozniacki vence em wimbledon - 2ª rodada (Foto: Reuters)
Wozniacki vence britânica e avança em 
Wimbledon com facilidade (Foto: Reuters)

Wozniacki só precisou de uma quebra para vencer o primeiro set. E a tenista número 16 do mundo conseguiu logo no segundo game, abrindo 3 a 0. Depois disso, foi só administrar a partida e confirmar os saques fechar a parcial em 6/3.


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Melhor em quadra, a dinamarquesa voltou mostrando que estava determinada a vencer o jogo por 2 a 0. Ela quebrou o saque de Broady já no primeiro game e depois repetiu a dose no quinto: 4 a 1. Não demorou para Wozniacki vencer por 6/2 e ganhar a partida em menos de 1h - mais precisamente, em 59 minutos.

Mais cedo, Victoria Azarenka, 9 da WTA e cabeça de chave 8, deu adeus ao Grand Slam de Wimbledon ao perder para a sérvia Bojana Jovanovski por 2 a 1. Já Venus Williams avançou ao bater a japonesa Kurumi Nara por 2 a 0.

Nas duplas, as irmãs Serena e Venus Williams suaram, mas venceram de virada e estrearam com o pé direito na grama inglesa. As americanas derrotaram a georgiana Oksana Kalashnikova e a ucraniana Olga Savchuk por 2 sets a 1 - parciais de 5/7, 6/1 e 6/4. Agora elas encaram a dupla formada pela alemã Kristina Barrois e pela suíça Stefanie Voegele.

venus e serena williams duplas wimbledon (Foto: Reuters)
Venus e Serena Williams vencem de virada 
(Foto: Reuters)

Outros jogos desta quarta-feira:
Casey Dellacqua (AUS) 0 x 2 Agnieszka Radwanska (POL) - 4/6 e 0/6
Petra Kvitova (CZE) 2 x 0 Mona Barthel (ALE) - 6/2 e 6/0
Yvonne Meusburger (AUT) 0 x 2 Na Li (CHN) - 2/6 e 2/6
Vera Zvonareva (RUS) 2 x 1 Tara Moore (GBR) - 6/4, 6/7(3) e 9/7
Kurumi Nara (JPN) 0 x 2 Venus Williams (EUA) - 6/7(4) e 1/6
Victoria Azarenka (BLR) 1 x 2 Bojana Jovanovski (SER) - 3/6, 6/3 e 5/7
Misaki Doi (JPN) 0 x 2 Ekaterina Makarova (RUS) - 5/7 e 4/6
Lucie Safarova (CZE) 2 x 0 Polona Hercog (SLO) - 7/6(7) e 7/5
Caroline Garcia (FRA) 2 x 0 Varvara Lepchenko (EUA) - 7/5 e 6/3
Ana Konjuh (CRO) 2 x 1 Yanina Wickmayer (BEL) - 3/6, 6/2 e 6/2
Elena Vesnina (RUS) 0 x 2 Barbora Zahlavova Strycova (CZE)  - 4/6 e 2/6
Maria Kirilenko (RUS) 0 x 2 Shuai Peng (CHN) - 0/6 e 3/6
Zarina Diyas (KAZ) 2 x 0 Kristina Mladenovic (FRA) - 7/6(4) e 6/4
Tereza Smitkova (CZE) 2 x 0 Coco Vandeweghe (EUA) - 6/3 e 7/6(4)



FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/Wimbledon/noticia/2014/06/apos-vitoria-em-dois-dias-wozniacki-precisa-so-de-59-minutos-para-avancar.html

Deodoro: prefeitura anuncia vencedor da licitação da região sul do complexo

Consórcio IBEG Engenharia e Construções Ltda terá como missão de construir o centro de hipismo, onde acontecem as provas de cross country, saltos e adestramento


Por Rio de Janeiro

A Prefeitura do Rio anunciou, nesta quarta-feira, o resultado da licitação para a construção e reforma das instalações da região sul do Complexo Esportivo de Deodoro, o qual receberá 11 modalidades olímpicas e quatro paralímpicas durante os Jogos de 2016. O vencedor foi consórcio IBEG Engenharia e Construções Ltda, com proposta de R$ 157.132.192,92. 

Complexo Olímpico de Deodoro (Foto: Reprodução )
Complexo Olímpico de Deodoro foi dividido em 
duas grandes regiões (Foto: Reprodução )

Com o resultado, estão finalizadas todas as licitações para as obras em Deodoro, uma das maiores preocupações da organização dos Jogos do Rio. No início de junho, foi anunciado o resultado da licitação da região norte, vencida pelo consórcio Complexo Deodoro, formado pelas construtoras Queiroz Galvão S/A e OAS S/A, com proposta no valor de R$ 643.707.225,70.

Os recursos para a realização dos projetos virão do Ministério do Esporte. As obras estão programadas para começar no segundo semestre de 2014 e serão concluídas no primeiro semestre de 2016.

O local foi dividido em duas grandes áreas delimitadas pela linha férrea. A região norte inclui o circuito de canoagem slalom, a pista de mountain bike, a pista de BMX, o centro de tiro esportivo, a arena de rúgbi, o combinado do pentatlo moderno, a Arena Deodoro (esgrima do pentatlo moderno e preliminares do basquete feminino), o centro de hóquei sobre grama e a piscina do pentatlo. Na região Sul será erguido o centro nacional de hipismo, onde acontecerão as competições de cross country, saltos e adestramento.

Complexo Olímpico de Deodoro (Foto: Reprodução )
Obras no complexo estão previstas para 
começar no segundo semestre deste ano 
(Foto: Reprodução )

Além da construção do complexo esportivo, foi realizada uma licitação, em março, para melhorias viárias no interior e no entorno do Complexo. O edital prevê reformas em 11 vias, compreendidas em uma área de cerca de 284 mil m². A vencedora foi a MRJE Construtora, com proposta de R$ 49,3 milhões. Entre as obrigações da empresa estão obras de pavimentação e acessibilidade, construção de cerca de 2km de ciclovias e reforma dos passeios, que inclui melhorias de calçadas, meios-fios, iluminação, sinalização viária e plantio de árvores. Segundo a Prefeitura, as intervenções viárias vão começar ainda no primeiro semestre deste ano.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2014/06/deodoro-prefeitura-anuncia-vencedor-da-licitacao-da-regiao-sul-do-complexo.html

Defesa de Suárez sugere que Chiellini tem lesão e diz: "Não houve mordida"

Presidente e advogados da federação uruguaia tentam livrar atacante de punição


Por Rio de Janeiro

Antes de encerrar o prazo das 17h, estabelecido pela Fifa, a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) entrou com a defesa de Luis Suárez, no Rio de Janeiro. Com uma comitiva liderada pelo presidente da entidade,  Wilmar Valdez, acompanhado dos advogados Alejandro Balbi e Jorge Barrera, os uruguaios alegaram que o atacante não chegou a morder o zagueiro  Giorgio Chiellini na vitória da Celeste sobre a Itália. Além disso, a defesa sugeriu que o defensor italiano já tinha uma lesão no ombro.

- Não houve mordida. Foi uma jogada casual, em que o jogador perde o equilíbrio e o choque ocorre. Poderia ter sido um duro golpe na nunca, no pescoço ou nas costas. E isso é o que você vê: um choque, nada mais - disse Dehl, em entrevista ao jornal uruguaio “Ovación”.

Segundo o jornal uruguaio, foram apresentados vídeos, fotos e textos jurídicos para defender o jogador, que ficou em Natal e não deu qualquer tipo de declaração. Já o diário “El Observador” informou que uma carta de 17 páginas foi apresentada ao tribunal.

- Temos algumas fotos do Chiellini com uma lesão nessa área do ombro esquerdo. Por isso pedimos um relatório forense para ver se as imagens que surgiram após o jogo correspondem a realidade ou se o jogador italiano já tinha uma lesão lá - disse Barrera, o outro advogado, ao Observador.

Ao todo, 19 membros do tribunal, presidido pelo suíço Claudio Sulser, vão decidir o futuro do atacante. Ele foi enquadrado, de acordo com o comunicado divulgado pela Fifa, nos artigos 48 e 57 do código disciplinar da entidade.

A imprensa uruguaia acredita que o resultado do julgamento sairá na noite desta quarta-feira, mas é possível que esse prazo se estenda até a quinta-feira.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/uruguai/noticia/2014/06/defesa-de-suarez-sugere-que-chiellini-tem-lesao-e-diz-nao-houve-mordida.html

De folga, Holanda aproveita piscina em clube do Rio e "pendura" a conta

Jogadores curtem dia ensolarado com os familiares, mas delegação deixa o local prometendo pagar a consumação somente na quinta-feira


Por Rio de Janeiro

van persie caiçaras piscina holanda (Foto: Gustavo Rotstein)
Van Persie jogou frescobol dentro da piscina 
(Foto: Gustavo Rotstein)

A seleção holandesa curtiu a quarta-feira de folga, um dia bonito e ensolarado no Rio de Janeiro, com banho de piscina. Os jogadores da Laranja aproveitam o calor na capital fluminense para ir a clube na Lagoa Rodrigo de Freitas, da Zona Sul da cidade, com familiares e foram bastante assediados pelos sócios. Sempre acompanhada de muitos seguranças, a delegação se sentiu incomodada com o assédio grande de fãs - no Rio é feriado por causa do jogo entre França x Equador, no Maracanã - e deixou o local sem pagar parte da conta: antes de ir embora, um membro da delegação combinou com o gerente do bar da piscina que voltaria na quinta para pagar os cerca de R$ 150 consumidos pelo grupo (basicamente com água, sucos e refrigerantes).

holanda jogadores de folga caiçaras (Foto: Gustavo Rotstein)
Holanda: folga com piscina e muito sol no Rio 
de Janeiro (Foto: Gustavo Rotstein)

A delegação chegou por volta das 14 e causou alvoroço. Seguranças, aos poucos, evitaram um aproximação maior dos fãs e pediram para que evitassem as fotos. Em um primeiro instante, os jogadores cogitaram voltar ao hotel, mas depois relaxaram e aproveitaram como podiam. Dentro da piscina, Van Persie jogou frescobol enquanto outros atletas jogavam vôlei. Van Gaal, tomando sol, foi o mais atencioso com todos e não se recusou a bater fotos com ninguém.


folga holanda piscina (Foto: Gustavo Rotstein)
Holandeses brincando com a bola na piscina 
(Foto: Gustavo Rotstein)

Após cerca de 30 minutos, o meia-atacante Robben e o meia Sneijder deixaram o clube, entraram em um carro oficial da Fifa e foram embora. Eles passaram rapidamente no hotel que está hospedada a seleção laranja e saíram novamente. Fer e Blind nem foram ao clube. Saíram em um carro separado com membro do departamento médico da seleção.

Próximo das 16h20, a delegação deixou o Caiçaras para retornar ao hotel. Van Persie foi o mais assediado e bateu muitas fotos, mas não conseguiu atender todo mundo. Número de fãs que cercaram o craque do Manchester United era muito grande.

Sneijder e Robben (Foto:  Bernardo Eyng)
Sneijder e Robben deixam o clube no carro 
oficial da Fifa (Foto: Bernardo Eyng)

A seleção holandesa, primeira no Grupo B com 100% de aproveitamento na campanha na primeira fase, volta aos gramados no domingo, contra o México, pelas oitavas de final. O jogo está marcado para 13h no Castelão.


Van Gaal Holanda no Clube Caiçaras (Foto: Gustavo Rotstein)
Van Gaal, bem humorado, pegou sol e deu 
atenção aos fãs (Foto: Gustavo Rotstein)

folga holanda piscina (Foto: Gustavo Rotstein)
Kuyt com as crianças na piscina 
(Foto: Gustavo Rotstein)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/holanda/noticia/2014/06/de-folga-holanda-aproveita-piscina-e-sol-em-clube-do-rio-e-causa-alvoroco.html

CR7 tem última chance para espantar maldição de Figo, Ronaldinho e Messi

Caso não marque contra Gana nesta quinta-feira, em Brasília, camisa 7 de Portugal deixará Copa sem gols, assim como aconteceu com outros três melhores do mundo


Por Campinas, SP

O fantasma apareceu em 2002. Repetiu a eficiência quatro anos depois. Foi persistente na África do Sul em 2010. Resta a Cristiano Ronaldo exterminá-lo. A partir das 13h desta quinta-feira, o maior craque da atualidade joga não só para garantir Portugal nas oitavas de final, mas também por Luis Figo, Ronaldinho Gaúcho e Messi. O gajo entra em campo para corrigir uma injustiça temporal que assola os últimos vencedores do prêmio de melhor jogador do mundo em anos de Copas. Todos eles deixaram o torneio sem gols. Cabe a CR7 acabar com isso.

Cristiano Ronaldo treino portugal (Foto: Getty Images)
Cristiano Ronaldo joga por fim de maldição que 
assola os últimos melhores jogadores do mundo 
(Foto: Getty Images)


MELHORES DO MUNDO

1994 - Baggio - vice-campeão
1998 - Ronaldo - vice-campeão
2002 - Figo - cai na primeira fase
2006 - Ronaldinho - quartas
2010 - Lionel Messi - quartas


A maldição, na verdade, começou nos Estados Unidos em 1994, quando Roberto Baggio chutou por cima do travessão a chance de ser o herói do tetracampeonato mundial. Na Copa seguinte, um mal-estar horas antes da final tirou de Ronaldo a chance de acabar com a história antes que ela se fortalecesse. Os dois só têm um alento em relação aos sucessores: marcaram gols, lideraram as duas equipes e alcançaram a decisão, trajetória bem diferente dos demais.

Esperança portuguesa em 2002, Figo naufragou ainda na primeira fase, ao ser eliminado para Coreia do Sul e Estados Unidos. O meia era o craque mais badalado do planeta pelos feitos com o Real Madrid, mas não repetiu as atuações com a camisa da seleção, vista antes da Copa como candidata à sensação. Não foi, muito por causa da ausência do camisa 7.

O que parecia um acidente de percurso virou tradição em 2006. Na pele de melhor do mundo, Ronaldinho sucumbiu com o badalado quadrado mágico do Brasil (completado por Kaká, Adriano e Ronaldo). Limitou-se a passes laterais e deixou a magia no Barcelona, por quem tinha vencido tudo nos dois anos anteriores. Se antes do Mundial falava-se que o Gaúcho alcançaria Pelé, a análise pareceu absurda após o sumiço do camisa 10 contra a França, nas quartas de final.

messi e ronaldinho, brasil x argentina, olimpiadas de pequim 2008 (Foto: Getty Images)
Messi e Ronaldinho passam Copa em branco 
depois de serem eleitos pela Fifa: azar de 
sobra (Foto: Getty Images)

O número também não deu sorte a Lionel Messi na Copa da África do Sul, em 2010. Líder de uma seleção argentina pouco inspirada, La Pulga bem que tentou. Foi o que mais finalizou entre os comandados de Maradona, mas não conseguiu acabar com a sina. Culpa dos goleiros e dessa maldição. Despediu-se nas quartas de final contra a Alemanha, quase aos prantos em campo e sem entender o que havia lhe acontecido. Genial no Barcelona, mas sem inspiração para comandar os hermanos.

É este peso que está nas costas de Cristiano Ronaldo, principal esperança de manter Portugal na Copa do Brasil. Após desbancar o rival argentino na eleição dos melhores do mundo, o craque português chegou ao auge com a camisa do Real Madrid, ao vencer a Liga dos Campeões. Mas a que custo? Assim como Figo, Ronaldinho e Messi, CR7 teve uma temporada desgastante do ponto de vista físico e paga o preço justamente no momento em que a seleção mais precisa.

O camisa 7 ainda tem uma chance de superar os antecessores. Um gol contra Gana pode não ser suficiente para manter o país no Mundial, mas serve para enfatizar o quanto Ronaldo é diferente dos outros. Mostrar, ele já mostrou que é acima da média. Agora, é hora de comprovar.

Cristiano Ronaldo EUA x Portugal (Foto: Reuters)
Craque português só tem dois gols em Copas, 
ambos marcados em 2006, quando ainda era um 
garoto (Foto: Reuters)


FONTE:

Shaqiri brilha, Suíça supera trauma de Honduras e tem Argentina pela frente

Europeus vencem por 3 a 0 com três gols do camisa 23 em assistências de Drmic e avançam às oitavas de final da Copa. Próximo desafio é parar Messi


 A CRÔNICA

por Ivan Raupp

O tempo deu uma oportunidade de ouro para a Suíça. A missão era tentar reconstruir no Brasil a história que havia terminado em total decepção em 2010. Há exatos quatro anos, em situação semelhante, a seleção de Ottmar Hitzfeld foi eliminada na África do Sul após ficar no 0 a 0 com a já quase eliminada Honduras na última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo. A chance foi agarrada com unhas e dentes. Neste 25 de junho, na Arena Amazônia, em Manaus, os europeus venceram os mesmos hondurenhos por 3 a 0, superaram o trauma em relação ao adversário e garantiram a vaga nas oitavas de final. Para isso, também contaram com o empate entre França e Equador no Maracanã. Craque da partida, Shaqiri liderou sua seleção e marcou os três gols.


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O próximo desafio é mais pesado: a Argentina de Messi, que se classificou em primeiro lugar no Grupo F. O jogo será realizado às 13h da próxima terça, na Arena Corinthians, em São Paulo.
Os suíços apresentaram um futebol melhor do que o de quatro anos atrás, mas ficaram longe de uma performance perfeita. Em 2010 eles não tinham Shaqiri, que fez a diferença nesta quarta-feira. Chutou, driblou, lançou e fez até gol do meio-campo, que não valeu porque o árbitro já havia paralisado o jogo para atendimento de um jogador de Honduras. E ele teve a parceria fiel de Drmic, autor das três assistências. Antes de Shaqiri, apenas o alemão Müller havia feito três gols numa mesma partida partida nesta Copa, contra Portugal. A defesa, por outro lado, cometeu muitas falhas e deixou a desejar. Contou com a falta de pontaria dos hondurenhos.

Shaquiri Honduras e Suíça (Foto: Agência Reuters)
Shaquiri marcou os três gols da Suíça (Foto: 
Agência Reuters)Pressão inicial da Suíça 

O show de Shaqiri começou cedo. Logo aos 3 minutos, Drmic fez ótima jogada, e Valladares salvou Honduras na conclusão do camisa 23. Mas ele venceria o goleiro em seguida, aos 5, ao acertar belo chute de fora da área no ângulo. Desta vez, o arqueiro fez golpe de vista errado e não chegou a pular na bola. Um início promissor do ataque dos helvéticos.


A defesa suíça, no entanto, não estava no mesmo nível dos homens de frente. Insegura, permitiu avanços do adversário. Benaglio quase entregou ao errar passe para Rodriguez, mas Honduras não conseguiu aproveitar. O time centro-americano tinha mais posse de bola, mas faltou qualidade para resolver.

Em rápido contra-ataque aos 30 minutos, Drmic deixou Shaqiri livre. O meia-atacante do Bayern de Munique teve categoria para bater rasteiro tirando do goleiro: 2 a 0. A Suíça ganhou ainda mais confiança e passou a tomar conta do jogo na parte final do primeiro tempo. A crença hondurenha já estava praticamente zerada.

Valon Behrami e Marvin Chavez Honduras e Suíça (Foto: Agência Reuters)
Valon Behrami e Marvin Chavez duelam em 
Honduras x Suíça (Foto: Agência Reuters)

Honduras peca no ataque
A única esperança de Honduras era ir com tudo para o ataque, e foi o que eles fizeram. A zaga da Suíça voltou a complicar-se na segunda etapa e apenas assistiu ao cruzamento na área para Bengston. O atacante cabeceou o vento na hora do peixinho. No lance seguinte, o camisa 11 driblou Benaglio e chutou, mas Rodriguez salvou a pátria quase em cima da linha. O árbitro ainda colaborou ao não marcar pênalti de Djorou em Jerry Palacios.

Quando a Suíça era dominada e parecia sentir o calor de Manaus, quem apareceu? Shaqiri, claro. Em novo contra-ataque, ele recebeu outra vez de Drmic na área e bateu no contrapé de Valladares para fazer o terceiro dele e da equipe.

A torcida brasileira se sensibilizou com Honduras e clamou por um gol, mas não deu. Benaglio apareceu bem na segunda metade do segundo tempo e fez defesas importantes. O camisa 1 teria sido fundamental caso a Suíça dependesse do saldo de gols. Mas o Equador ficou pelo caminho antes disso. Vaga carimbada pelos suíços. O desafio agora, diga-se de passagem muito maior, é parar Messi.




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Olho nela: França esconde titulares, elimina Equador e passa em primeiro

Sem mais de metade do time, Bleus são burocráticos, mas controlam o jogo e, com empate sem gols, tornam Equador o único sul-americano fora 


 A CRÔNICA

por Alexandre Alliatti

Futebol protocolar, empate por 0 a 0, atuação insípida, inodora e incolor. Observar a França desta quarta-feira, no Maracanã, foi um convite à tentação de não ver nos Bleus a menor condição de ir longe na Copa. Será? Mesmo sem seis titulares do último jogo, a seleção europeia dominou boa parte do jogo, eliminou o Equador do Mundial e garantiu o primeiro lugar do Grupo E. Solidificou sua boa campanha da primeira fase, alicerçada em vitórias expressivas sobre Honduras (3 a 0) e Suíça (5 a 2). Foi a sete pontos e pega a Nigéria nas oitavas de final.


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O Equador, prejudicado pela expulsão de Antonio Valencia no começo do segundo tempo, é o único sul-americano eliminado da Copa do Mundo - apesar da pressão colocada nos minutos finais. Deixou a segunda colocação com a Suíça, que foi a seis pontos ao bater Honduras por 3 a 0. Ela pega a Argentina nas oitavas de final.

Benzema foi um dos raros protagonistas da França em campo. E viveu seu primeiro jogo sem gols no Mundial. Foi bem marcado por Erazo, zagueiro do Flamengo, que chegou a ter o nome gritado no Maracanã – que, por outro lado, chegou a vaiar o desempenho das duas equipes.

Griezmann Equador x França (Foto: Reuters)
Griezmann acerta a trave do Equador no 
melhor momento da França no jogo 
(Foto: Reuters)

França, pela metade, é melhor que o Equador
A França foi a campo sem seis titulares. Entre eles, boa parte de sua base defensiva: Debuchy, Evra e Varane - que se somaram aos meias Valbuena e Cabaye e ao atacante Giroud.

Aconchegada por bom saldo de gols (seis, contra zero do Equador e dois negativos da Suíça), a equipe europeia sabia que só uma hecatombe poderia tirar sua vaga ou mesmo a primeira colocação. Teve conforto, e fez dele tranquilidade para controlar a bola, jogar com calma, fazer o relógio do jogo bater em seu ritmo.

Ao fim da primeira metade do jogo, a posse de bola era de 56% para os franceses, mas chegou a ultrapassar 60% no começo do período. A queda justifica-se: conforme passava o tempo, com a vitória parcial da Suíça sobre Honduras, mais e mais as ações ofensivas se faziam necessárias para os sul-americanos. Mas eles demoraram a acordar para a realidade – alheios aos avisos da torcida de que “sí, se puede”. Cederam a partida para a França nos primeiros movimentos e só se tornaram ativos no jogo quando viram a eliminação ganhar forma.

Apesar de montar um time misto, a França conseguiu concatenar bem suas jogadas. Sissoko saracoteou pelo meio, geralmente buscando Benzema, bem marcado por Erazo. Chutes de Griezmann e do próprio Sissoko assustaram a meta equatoriana. Benzema também mostrou a cara – quase fez de cabeça, em cruzamento de Sagna, e arriscou em chute de fora da área. Mas a melhor oportunidade francesa foi em cabeceio de Pogba. Dominguez espalmou a escanteio.

Benzema e Erazo Equador x França (Foto: André Durão / Globoesporte)
Erazo fez bom trabalho na marcação de 
Benzema (Foto: André Durão / Globoesporte)

O Equador, embora dominado, não escondeu armas. E a principal foi a velocidade. Duas arrancadas, uma de Enner Valencia e outra de Arroyo, alertaram a França de que havia adversário do outro lado. E um adversário que quase foi para o vestiário com a vitória. Valencia, de cabeça, forçou o goleiro Lloris a salvar os Bleus.

Segundo tempo
As vaias que as duas equipes levaram ao fim do primeiro tempo parecem ter beliscado os impulsos dos jogadores. O comecinho da etapa final já foi bem mais movimentada. Em menos de dez minutos, bola na trave para a França (Sagna cruza, Griezmann cabeceia, Domínguez desvia, e bola acerta a trave), cartão vermelho para o outro Valencia do Equador, Antonio (por solada em Digne), e gol claro jogado no ralo pelos sul-americanos, mesmo com um a menos em campo – quando Enner Valencia puxou contra-ataque a acionou Noboa, que perdeu o compasso na corrida, não recebeu a bola no ponto certo e, assim, desperdiçou a oportunidade.

A vantagem numérica foi a senha para a França controlar ainda mais a partida. O Equador ficou no velho dilema do cobertor curto: precisar atacar com uma peça a menos e evitar reações ofensivas do rival. Muito difícil. Não por acaso, os franceses ameaçaram com Matuidi, após receber de Benzema. E com Pogba - de cabeça, perdeu gol feito.

A parte final do jogo não combinou com o restante dele. As equipes se tornaram mais ofensivas - em grande parte, graças à sanha do Equador, desesperado por um gol. Ibarra quase conseguiu. Lloris fez grande defesa. Benzema, Giroud e Pogba responderam pela França, mas sempre faltou algum detalhe para a bola entrar. E assim foi mantido o 0 a 0, esse bom disfarce para um time que pode incomodar muito favorito nas fases eliminatórias.




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Banho e rua: sob chuva, Bósnia tira o Irã em novo dia de gols na Fonte Nova

Seleção de Safet Susic ignora eliminação precoce, se lança ao ataque e vence iranianos por 3 a 1, com gols de Dzeko, Pjanic e Vrsajevic


 A CRÔNICA

por Helena Rebello

A chuva que caiu nesta quarta-feira em Salvador foi de choro para os asiáticos. Mesmo já eliminados da Copa, os jogadores da Bósnia-Herzegovina se lançaram ao ataque como se a classificação às oitavas estivesse em jogo – justamente o que faltou ao Irã, que de fato tinha possibilidades de avançar ao mata-mata pela primeira vez na história. Com postura ofensiva durante os 90 minutos, os europeus mantiveram a alta média de gols da Arena Fonte Nova vencendo por 3 a 1, com gols de Dzeko, Pjanic e Vrsajevic, selando a eliminação do Irã do Mundial diante de 48.011 presentes. Como consolo, Reza Ghoochannejad descontou para os iranianos e marcou o primeiro - e único - gol de sua seleção na competição.

Para avançar às oitavas, o time comandado pelo português Carlos Queiroz precisava de uma ajuda da Argentina diante da Nigéria. Os hermanos fizeram a parte deles e, por 3 a 2, garantiram 100% de aproveitamento e o 1º lugar do Grupo. Mas, mesmo com a derrota, os africanos levaram a segunda vaga na chave.

Já a Bósnia se despede da Copa em terceiro lugar na chave, com três pontos em três jogos. Na estreia, a seleção foi derrotada por 2 a 1 pela Argentina. Depois perdeu por 1 a 0 para a Nigéria em jogo com gol de Dzeko erradamente anulado pela arbitragem. O Irã, com um ponto conquistado no empate com os africanos na estreia, volta para casa pelo menos com o alívio de não ter passado em branco na competição.

Vrsajevic gol bósnia x irã (Foto: Reuters)
Vrsajevic e seus companheiros comemoram 
terceiro gol da Bósnia (Foto: Reuters)

Bósnia domina primeiro tempo morno
As propostas das duas seleções ficaram claras desde o início e contrastavam com as necessidades de cada equipe no grupo. Mesmo já eliminada, a Bósnia-Herzegovina dominava o meio campo e se lançava ao ataque com frequência, com os meias sempre buscando Dzeko. Dependendo de uma vitória e uma combinação de resultados para avançar às oitavas, o Irã se fechou na defesa e apostou nos contra-ataques.

Como consequência da postura em campo, as melhores chances no princípio do jogo foram da Bósnia. Dzeko, em giro de primeira, e depois em cabeçada sem força, obrigou Haghighi a trabalhar. Aos 23 minutos, o camisa 11 finalmente acertou o alvo. Em jogada individual, o atacante limpou a jogada pelo meio e chutou rasteiro, no canto esquerdo, sem chance de defesa para o goleiro iraniano.

Com a classificação às oitavas ainda mais distante – naquele momento Argentina e Nigéria empatavam em 1 a 1 -, o Irã finalmente passou a se a arriscar mais à frente. No lance seguinte ao gol, Shojaei mandou uma bomba no travessão, e no rebote Reza Ghoochannejad completou em posição de impedimento. Foi o bastante para fazer a torcida asiática, em maioria na Fonte Nova, voltar a gritar.

Dzeko bósnia (Foto: Reuters)
Dzeko comemora primeiro gol da Bósnia no 
duelocontra o Irã (Foto: Reuters)

No quesito eficiência, no entanto, os dois times deixaram a desejar. No meio campo, sobraram passes errados, rifadas de bola e faltas duras – o árbitro Carlos Velasco economizou e não distribuiu nenhum cartão. Os europeus ainda finalizaram em direção ao gol duas vezes, com Vrsajevic, que chutou torto após bela arrancada, e Ibisevic, que tentou de fora da área. Do lado iraniano, parecia haver ansiedade para que o intervalo chegasse logo e para que os atletas recebessem alguma instrução salvadora do técnico Carlos Queiroz.

No segundo tempo, Irã marca pela primeira vez no Mundial
O segundo tempo manteve um padrão parecido com o da primeira etapa. O Irã até se lançou mais ao ataque. Mas Dejagah foi flagrado em posição de impedimento duas vezes seguidas. O clima do jogo ficou quente quando Timotian deu uma entrada dura em Besic, que quis tomar satisfação e foi contido pelos companheiros. O árbitro, mais uma vez, preferiu ficar só na base da conversa.

A Bósnia cresceu em campo e voltou a se lançar ao ataque. Após boa triangulação, Pjanic apareceu livre para tocar na saída de Haghighi e ampliar para 2 a 0. Tranquilos, os europeus se deram ao luxo de desperdiçar uma série de boas oportunidades. Na única brecha que teve, o Irã desencantou no Mundial. Nekounam cruzou pela esquerda e Reza Ghoochannejad descontou. A comemoração, porém, durou pouco. Em contra-ataque logo após a saída de bola, Vrsajevic chutou cruzado para reestabelecer a vantagem bósnia: 3 a 1.

Nos últimos minutos de jogo, muita polêmica e confusão.  Os ânimos se acirraram a cada falta mais dura, e Karim Fard recebeu cartão amarelo após reclamar acintosamente pedindo pênalti. Atrás de um placar ainda mais elástico para se despedirem do Brasil com honra, como disseram durante as entrevistas da véspera, os bósnios seguiram buscando o quarto gol em contra-ataques. Não tiveram novo sucesso, mas o 3 a 1 era o bastante para deixá-los com dignidade no adeus.

Ghoochannejhad  bosnia x ira (Foto: Reuters)
Ghoochannejhad comemora primeiro e único 
gol de Irã na Copa do Mundo de 2014
 (Foto: Reuters)
 



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Uma hora de Messi é suficiente, e Argentina bate a Nigéria "em casa"

Craque marca dois e é poupado. Com vitória por 3 a 2, hermanos esperam rival das oitavas e só pegam Brasil em eventual final. Nigéria avança


 A CRÔNICA

por Cahê Mota

Somente uma hora de Messi, e para que mais? Na comemoração atrasada do aniversário de 27 anos, o craque voltou a brilhar, deu à Argentina o primeiro lugar no Grupo F da Copa do Mundo e descansou. De brinde, empatou com Neymar na artilharia do Mundial. Diante de uma multidão de argentinos que invadiu Porto Alegre, Leo fez dois gols, arrancou, driblou, armou e foi o destaque da vitória por 3 a 2 sobre a Nigéria, nesta quarta-feira, no Beira-Rio, no encerramento da primeira fase. Aos 17 do segundo tempo, saiu de campo ovacionado para dar lugar a Ricky Alvarez e se poupar visando às oitavas de final. Rojo marcou o terceiro dos hermanos.


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Em meio à empolgação, um alerta: os dois gols de Musa para os nigerianos deixaram claro a fragilidade da defesa argentina. Da linha de quatro, apenas o herói Rojo faz bom Mundial, enquanto Garay, Fede e Zabaleta dão espaços e exibem exageradas doses de insegurança. No ataque, Lavezzi substituiu um lesionado Agüero ainda no primeiro tempo e despontou como boa opção. Di María teve sua melhor atuação na Copa, enquanto Higuaín, apesar da luta e maior movimentação, decepcionou mais uma vez.

A Nigéria, que perdeu para Argentina pela quarta vez nos últimos seis Mundiais, também não tem do que reclamar. Com quatro pontos, contou com a ajuda da Bósnia, que venceu o Irã, e avançou para as oitavas de final. Ambos aguardam a definição do Grupo E para saberem quem enfrentam: França, Suíça, Equador e até Honduras estão na briga. Já se sabe, no entanto, que os hermanos jogam terça-feira, às 13h (de Brasília), na Arena Corinthians, em São Paulo, enquanto os africanos vão ao Mané Garrincha, em Brasília, um dia antes.

Toca para o Messi que é gol
Messi. Uma palavra por si só poderia resumir o primeiro tempo da partida no Beira-Rio. A Argentina jogou melhor do que nos últimos jogos, é verdade. A Nigéria também mostrou seu valor com uma tática clara de explorar os espaços na frágil defesa argentina, não dá para negar. Mas é difícil mudar o assunto quando se tem Messi em campo. Mais do que isso, quando se tem um Messi sedento pelo protagonismo. Aniversariante da véspera, o craque recebeu uma multidão de compatriotas em Porto Alegre e comemorou da maneira que mais gosta: fazendo gols.

Musa segundo gol Argentina x Nigeria (Foto: Reuters)
Messi disputa bola com nigerianos 
(Foto: Reuters)

O relógio apontava pouco mais de dois minutos quando Mascherano encontrou o espaço que tanto faltou diante do Irã. Com um lindo tapa na bola, o volante deixou Di María em boa condição. O jogador do Real Madrid invadiu a área e chutou forte. Enyeama fez boa defesa, mas a bola tocou na trave e sobrou à feição logo para Lionel Messi. Não havia o que fazer. O craque encheu o pé e fez o Beira-Rio explodir. Não demorou muito, porém, para que os argentinos tomassem um banho de realidade: a euforia com o ataque é proporcional à preocupação com a defesa.

Já aos três minutos, os nigerianos aproveitaram a lentidão de Gago no meio-de-campo para puxar um contra-ataque. Como tinha acontecido contra a Bósnia e o Irã, Zabaleta deu espaços às suas costas, onde Musa recebeu, limpou para direita e acertou bonito chute. Romero chegou na bola, mas não conseguiu impedir o gol. Começo de jogo avassalador. A Argentina, por sua vez, era senhora da partida e administrava melhor a posse de bola do que nas rodadas anteriores.

Com maior movimentação, os homens de frente encontravam espaços. Higuaín saía da área e tabelava com facilidade, Di María arrancava e chutava de fora da área. Messi se mexia de tudo quanto é lado, mas Agüero decepcionava. Apático, pouco apareceu, até que caiu em campo queixando-se de uma lesão e deu lugar a Lavezzi. O quadrado mágico virava losango, com o Pocho aberto pela direita e Pipita mais centralizado. Já a Nigéria marcava no campo de defesa e preparava o bote nas costas da defesa. O passe, por sua vez, não era bom.

Em Salvador, a Bósnia abriu vantagem sobre o Irã, e o empate era ótimo para os dois em Porto Alegre: a Argentina era líder, e a Nigéria já tinha a vaga nas oitavas quase garantida. A partida passou a ficar monótona, mas Messi e Di María não queriam que fosse assim. Primeiro, Angelito chutou de fora para boa defesa de Enyeama. Pouco depois, foi o camisa 10 que cobrou falta no ângulo e parou no goleiro. Aos 46, porém, não teve perdão. Messi arrancou, driblou dois e foi derrubado. Nova oportunidade, chute colocado no ângulo e festa: 2 a 1 no Beira-Rio. Na Copa, 4 a 4 entre Messi e Neymar.

Messi Argentina x Nigéria (Foto: AP)
Messi comemora um dos gols da Argentina 
(Foto: AP)

Defesas vacilam, Argentina vence, e Messi descansa
Na volta do intervalo, os papéis se inverteram em relação à primeira etapa. Foi a Nigéria que logo fez seu gol, mas recebeu o troco praticamente no ataque seguinte. Aos dois minutos, Musa mais uma vez evidenciou a fragilidade da defesa da Argentina. O atacante fez boa tabela com Emenike em cima de Garay, bateu Fede Fernandez sem maiores problemas e deslocou Romero. Igualdade no placar, e igualdade entre Musa e Messi. Mais dois minutos se passaram, e os hermanos voltaram a ficar à frente. Lavezzi cobrou escanteio, a defesa nigeriana mostrou que também sabe falhar, e Rojo escorou no segundo pau.

Musa gol Argentina x Nigeria (Foto: Reuters)
Musa comemora gol da Nigeria contra 
Argentina(Foto: Reuters)

Imparável pelos lados do campo, Lavezzi era quem mantinha a Argentina acesa. Já Messi dava o toque de genialidade. Como armador, o craque deixou Higuaín em boa condição para finalizar, mas Pipita parou em Enyeama. O atacante do Napoli tentava de tudo quanto é jeito acabar com o jejum de gols. A ansiedade, por sua vez, era nítida e as finalizações sem precisão. Na arquibancada, a torcida, que ficou quase todo o primeiro tempo calada, começou a festejar. O repertório vasto de canções passou a ser entoado, até que veio o banho de água fria: Messi deixou o campo.

Com a primeira colocação do grupo praticamente assegurada, Alejandro Sabella pouco se importou com o show, pouco se importou com a festa, e já mirou as oitavas de final. Ovacionado, o craque deu lugar a Ricky Alvarez aos 17. A Argentina perdeu qualidade e intensidade. A partida perdeu muito da graça. Com a vitória da Bósnia sobre o Irã, a Nigéria também não forçava muito e parecia que somente Lavezzi e Di María queriam jogar. Em linda jogada ensaiada em cobrança de falta, Pocho quase marcou o quarto. Merecia pelo que fez na partida.

Os minutos finais do jogo do Beira-Rio foram sem graça, monótonos em campo. Se era assim, a torcida resolveu se divertir. De um lado, os argentinos cantavam que Maradona é maior que Pelé. 
Do outro, os brasileiros respondiam com gritos de pentacampeão. A disputa ganhou seu terceiro capítulo nas arquibancadas. Em campo, só depois de mais três jogos. Líderes de seus grupos, Brasil e Argentina só se enfrentam em uma possível final, dia 13 de julho, no Maracanã. Até lá, a disputa segue no grito, segue entre Messi e Neymar.

Messi gol Argentina x Nigeria falta (Foto: Reuters)
Eneyema observa bela cobrança de falta de 
Messi no segundo gol argentino (Foto: Reuters)




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