sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Artilheiro na praia, Jr. Negão é o novo técnico da seleção de futebol de areia


Capitão da conquista do tricampeonato mundial, ex-jogador será apresentado dia 4 de janeiro. Temporada 2013 terá eliminatórias sul-americanas e Mundial

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Segundo maior artilheiro da seleção brasileira de futebol de areia, com 318 gols - superado apenas por Neném, que anotou 336 -, Júnior Negão é o novo técnico da amarelinha. Aos 47 anos, o ex-capitão da equipe canarinho assume no lugar do pernambucano Guga Zloccowick - que permaneceu no cargo por 13 meses (35 jogos e 31 vitórias). Sua apresentação oficial será na próxima sexta-feira, ao lado da nova comissão técnica, no Centro de Treinamento da Federação de Beach Soccer do Estado do Rio de Janeiro (FEBSERJ), nas areias do Leme, na capital fluminense. Tempo curto e de muito trabalho, já que a temporada será repleta de torneios importantes, começando por dois quadrangulares internacionais. O mais importante vai acontecer na cidade argentina de Merlo: as eliminatórias sul-americanas, de 10 a 17 de fevereiro, que levará o campeão para a 3ª Copa Intercontinental de Dubai e valerá três vagas na Copa do Mundo, de 18 a 28 de setembro, no Taiti. Acostumado às vitórias, Negão sabe do potencial do time e aposta em dois pilares: trabalho e confiança.

- Temos que mostrar, novamente, o melhor futebol de areia do mundo. Temos os melhores jogadores e precisamos treinar, trabalhar forte, recuperar a alegria, voltar a atacar como Brasil, isso sempre foi o diferencial da seleção brasileira, por isso sempre fomos vencedores. Treinando forte, vamos evoluir, a confiança vai voltar, o time vai lutar e conquistar títulos importantes - afirmou o novo treinador.

Ex-jogador Júnior Negão é o novo técnico da seleção brasileira de futebol de areia (Foto: Divulgação/CBBS)Júnior Negão beija a taça, entre os jogadores Buru e Bruno Malias (Foto: Divulgação/CBBS)

Há quatro anos, em 28 de dezembro de 2008, o amistoso "Encontro de Gerações" marcava a aposentadoria de Negão, recordista de partidas oficiais pela seleção brasileira (318 jogos), em Vitória (ES). De lá para cá, o ex-jogador investiu numa carreira de dirigente, passando pela Federação de Beach Soccer do Estado do Rio de Janeiro (FEBSERJ) até assumir o projeto de futebol de areia do Vasco da Gama, que transformou o clube num colecionador de títulos:
campeão do 1º Mundialito (2011), medalhista de ouro na Copa Brasil (2011) e primeiro colocado no Desafio Rio-São Paulo (2010), entre outros, incluindo ainda conquistas no feminino. 

Esse ano é um ano importante, é ano de eliminatórias e de Copa do Mundo. O Brasil vai lutar para estar no Taiti, buscando o pentacampeonato e recuperar a hegemonia no esporte. Não podemos abrir mão da experiência, montar uma base que tenha qualidade e também juventude"
Júnior Negão

- Esse ano é um ano importante, é ano de eliminatórias e de Copa do Mundo. O Brasil vai lutar para estar no Taiti, buscando o pentacampeonato e recuperar a hegemonia no esporte. Não podemos abrir mão da experiência, montar uma base que tenha qualidade e também juventude, mesclar isso da melhor maneira. Estou tranquilo e confiante. Teremos duas semanas para trabalhar visando esses dois torneios em janeiro e vamos aproveitar esse tempo da melhor maneira para fazer uma boa preparação - frisou o novo treinador.

O ex-jogador assume o comando do time verde amarelo quatro anos após a sua despedida nas areias.

- Quatro anos, o tempo passou rápido, e o primeiro treino será no dia 4. Meu número da sorte é quatro, acho que estou voltando na hora certa e espero que essa sorte me acompanhe. A praia é a minha casa - completou.
Neném, Zico, Júnior, Paulo Sérgio, Magal e Claúdio Adão (Foto: Arquivo Pessoal)Negão (segundo da esq. para dir., embaixo), com Zico

Neném, Júnior e Claúdio Adão (Foto: Arquivo Pessoal)
Júnior Negão começou a carreira como jogador de futebol nas divisões de base do Flamengo, em 1981. O convite veio de Sebastião Lazaroni, treinador rubro-negro na época, que o viu jogando na praia. Ficou na Gávea até 1983. No ano seguinte, subiu para os juniores e passou a defender as cores do Fluminense. Como profissional, teve sua estreia no América (MG), onde permaneceu entre 1985 e 1988. Depois, chegou a jogar na Venezuela (Desportivo Itália), nas temporadas 1988 e 1989, e, em seguida, no futebol da Costa do Marfim (África, em 1990). Ao todo, das categorias de base até a profissional, marcou 86 gols. "Cria" do Leme, praia que frequentou desde criança, o filho do Seu Hilton começou a jogar o futebol de 11, onde defendeu clubes tradicionais da orla carioca, como Colorado, Areia, Copaleme e Racing. Ainda perto do mar, mas no futebol de areia, vestiu a camisa do clube do coração, o Vasco da Gama, conquistando o bicampeonato carioca (2001/04), além de cinco títulos do Brasileiro de seleções (1997/98 pelo Rio de Janeiro e 2002/03/04 por São Paulo).

Júnior Negão escreveu seu nome na história vestindo a amarelinha. Há 19 anos, em 1994, foi convidado para fazer parte da recém-criada seleção brasileira de futebol de areia, que tinha ídolos dos gramados em sua formação, como Paulo Sérgio, Júnior, Edinho, Zico, Cláudio Adão. Era a "época de ouro" da modalidade. Foi de Negão o primeiro gol do Brasil na praia, marcado na vitória sobre os Estados Unidos por 4 a 2, no 1º Mundialito, nas areias de Copacabana. Foi de Negão também o primeiro gol da Copa do Mundo FIFA, no mesmo local, em 2005. Tricampeão do torneio como capitão da equipe canarinho, o ex-camisa 8 ajudou o país a conquistar outros nove títulos do extinto Campeonato Mundial (95/96/97/98/99/00/02/03/04).

Após 15 anos defendendo o país como jogador, Negão volta a vestir a camisa amarela, com a missão de liderar e comandar a seleção, dessa vez, do lado de fora de quadra.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/eventos/futebol-de-areia/noticia/2012/12/artilheiro-na-praia-jr-negao-e-o-novo-tecnico-da-selecao-de-futebol-de-areia.html

Juventus vai aumentar valores para ter Llorente em 2013: R$ 19 milhões


Velha Senhora decide abrir os cofres para contar com o atacante do Athletic de Bilbao. Anteriormente, soma oferecida girava em torno de R$ 10 milhões

Por GLOBOESPORTE.COM Bilbao, Espanha

Fernando Llorente Athletic Bilbao (Foto: Getty Images)Fernando Llorente está na mira do Juventus para
a próxima temporada (Foto: Getty Images)

O Juventus vai abrir os cofres para tentar contratar o atacante espanhol Fernando Llorente, do Athletic de Bilbao. De acordo com o site "Goal.com", a Velha Senhora vai aumentar a oferta inicial de R$ 10 milhões para R$ 19 milhões para contar com o goleador da equipe basca em 2013.

A equipe italiana está em busca de um novo atacante por conta da lesão sofrida pelo dinamarquês Nicklas Bendtner. Llorente tem contrato com Athletic Bilbao até junho de 2013. Mesmo assim, o Juventus está disposto a investir pesado para tirar o jogador da equipe basco antes do término do seu vínculo.

Na opinião de Giusseppe Marotta, diretor do Juventus, caso a proposta por Llorente não seja aceita na janela de transferências de janeiro, o Juventus vai contratar o atleta de 27 anos ao término de seu contrato.

A diretoria chegou a cogitar o retorno de Manolo Gabbiadini, que está emprestado ao Bologna. Porém, o técnico Antonio Conte preferiu deixar o jovem de 21 anos ganhar mais experiência atuando fora da Velha Senhora. Nomes como o do polonês Lewandowski, do Borussia Dortmund, e do marfinense Drogba, do Shangai Shenhua, da China, também foram cogitados.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2012/12/juventus-vai-aumentar-valores-para-ter-llorente-em-2013-r-19-milhoes.html

Com Pato próximo, Timão muda de postura e admite negociar Martinez


Diretoria espera propostas oficiais e quer ouvir do jogador qual a intenção dele para o próximo ano. Clube não aceita menos de R$ 6,1 mi por ele

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo

Coletiva Martinez Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Diretoria promete não abrir mão de Martinez por
menos de R$ 6,1 milhões (Foto: Marcos Ribolli)

O início de 2013 pode não ser decisivo apenas para a contratação do zagueiro Gil e do atacante Alexandre Pato pelo Corinthians. A diretoria do Timão quer ouvir da boca do argentino Martinez quais as pretensões dele para o próximo ano. Com a provável chegada do atacante do Milan, o clube já não descarta vender o gringo antes do início das competições.

Contratado após a Libertadores, Martinez não conseguiu se firmar como titular e, no início de novembro, surpreendeu a direção ao afirmar em entrevista coletiva que poderia deixar o clube caso não fosse titular no próximo ano. Os dirigentes alvinegros minimizaram a declaração publicamente, mas, internamente, reclamaram.

Nos dias que sucederam a conquista do Mundial de Clubes, no Japão, o atacante foi colocado em diversas especulações de negócio, principalmente envolvendo clubes argentinos – o Boca Juniors surgiu como o grande interessado em contratá-lo. Carlos Martinez, pai do jogador, irritou a diretoria paulista por aceitar conversar com as equipes sem comunicar ao Timão.

A cúpula do futebol corintiano aguarda pela chegada de propostas oficiais para discutir o que fará.
 A tendência é de que Martinez e os representantes dele sejam chamados para uma reunião no CT Joaquim Grava no início do ano para discutir o futuro.

O Corinthians, porém, promete dificultar a saída para não ter prejuízo financeiro com o atleta de 27 anos. O clube não aceita vendê-lo por menos de US$ 3 milhões (cerca de R$ 6,1 milhões), valor que Timão desembolsou na compra do jogador junto ao Vélez, da Argentina. Empréstimo ou a colocação de um outro jogador na transação também são opções descartadas pelo Alvinegro.


A chegada de Alexandre Pato promete dificultar ainda mais a vida do argentino no Timão. Caso o atacante do Milan seja contratado, o técnico Tite ficará com seis opções para o setor ofensivo – os outros são Emerson, Guerrero, Jorge Henrique e Romarinho.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2012/12/com-pato-proximo-timao-muda-de-postura-e-admite-negociar-martinez.html

Michel Alves é apresentado e diz não temer comparações com Prass


Goleiro, de 31 anos, afirma que apostou na grandeza do clube ao fazer o acerto, apesar de ter consciência das dificuldades financeiras do Vasco

Por Fred Huber Rio de Janeiro

O Vasco apresentou nesta sexta-feira, em São Januário, seus primeiros reforços para a próxima temporada, o goleiro Michel Alves e o atacante Thiaguinho. O arqueiro, de 31 anos, ajudou o Criciúma a subir para a Primeira Divisão e agora tem outra missão: substituir Fernando Prass, que estava na Colina desde 2009 e se transferiu para o Palmeiras. Ele assinou contrato de duas temporadas.

O diretor de futebol vascaíno, René Simões, fez muitos elogios ao provável camisa 1 e disse que a concorrência será grande na posição.

- Estamos felizes de sermos o primeiro clube do Rio a apresentar reforços. O Michel é um jogador que acompanho há bastante tempo. Quando o nome foi analisado, agradou ao Carlos Germano e ao Ricardo Gomes. Vai ter uma briga boa. Temos dois outros goleiros muito bons, o Alessandro e o Diogo. Sua carreira é pautada por desafios, e este será mais um - afirmou o dirigente.

Michel Alves, Vasco (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)Michel Alves se apresentou ao Vasco nesta sexta-feira (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)

Michel Alves tem consciência de que as comparações com Prass serão inevitáveis, mas quer construir aos poucos a sua própria história na Colina.

- Tudo o que o Prass conquistou aqui foi por merecimento. O reconhecimento é justo. Responsabilidade é assim, tem que estar preparado para conquistar a confiança de todos. Vou provar que a diretoria estava certa ao buscar meu nome. A comparação é inevitável, mas seu fizer um bom papel a torcida vai apoiar.

O goleiro recordou que já teve outra oportunidade para acertar com o Vasco mas não conseguiu.Ele disse que, apesar das dificuldades financeiras do clube, fez a escolha certa ao apostar na grandeza do Cruz-Maltino.

Tudo o que o Prass conquistou aqui foi por merecimento. O reconhecimento é justo. Responsabilidade é assim, tem que estar preparado para conquistar a confiança de todos. Vou provar que a diretoria estava certa ao buscar meu nome. A comparação é inevitável, mas seu fizer um bom papel a torcida vai apoiar"
Michel Alves

- Meu agente é o Paulo Roberto, que tem uma história no clube. Em 2008 ou 2009 tive chance de acertar e não se confirmou. Minha opção é porque acredito nas pessoas que estão no comando do clube. Eles têm capacidade e discernimento. Minha opção é porque é o Vasco, um time grande onde vou ter todo respaldo para desenvolver meu trabalho.

O Vasco vive uma época de incertezas e desconfiança por parte da torcida, mas Michel Alves acredita que só com o trabalho dentro de campo é que o novo grupo irá provar que tem valor.

- Sabemos o que vamos enfrentar, a responsabilidade é todo dia, no futebol a exigência é assim. O René nos falou bastante sobre grupo. Todos têm que fazer por merecer vestir essa camisa.
 Acredito no trabalho, não adianta ficar falando. A cobrança vai existir sempre, o importante é estar preparado. Com atitude que conseguimos demonstrar para as pessoas.

O goleiro vai conhecer os novos companheiros a partir do dia 3 de janeiro, quando os jogadores se reapresentam. A pré-temporada será em Pinheiral, no Sul-Fluminense. Uma boa oportunidade para Michel se entrosar com os outros arqueiros e com Carlos Germano.

- Não conheço pessoalmente ainda, mas todos falam bastante da qualidade deles. Meu objetivo é jogar, ajudar, participar efetivamente. Disputa é normal.

FONT:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2012/12/michel-alves-e-apresentado-e-diz-nao-temer-comparacoes-com-prass.html

Com estilo futurista em pôster, Ronaldinho lança filme na Índia


À la 'Space Jam', que tinha Michael Jordan como astro principal ao lado de Pernalonga, R49 vai encarar seres de outro planeta em 'R10 - The Movie'

Por GLOBOESPORTE.COM Pune, Índia

O atacante Ronaldinho Gaúcho, do Atlético-MG, lançou nesta sexta-feira, em Pune, na Índia, o projeto do filme "R10 - The Movie". Ao lado do irmão Assis, R49 exibiu o pôster na festa de lançamento da produção, que começará a ser produzida em 2013. No cartaz, a animação desenvolvida exibiu um jogador com estilo futurista.

Ronaldinho, Filme (Foto: Agência AFP)Ao lado do irmão Assis, Ronaldinho Gaúcho lança filme na Índia (Foto: Agência AFP)

Os produtores do longa ainda não deram muitas pistas do enredo, mas Ronaldinho terá a missão de combater alienígenas que tentam dominar o mundo. O jogador desembarcou em Pune na última quinta-feira e foi recebido com festa pela população e autoridades locais.

Carro, boleirama (Foto: Reprodução / Twitter)R49 postou foto em carrão vermelho antes do
lançamento de filme, na Índia (Reprodução/Twitter)

Via Twitter, Ronaldinho Gaúcho comemorou o evento de lançamento e revelou que o filme será exibido nos cinemas em 2014.

- Estou na Índia para lançar o mais bacana filme de animação da história. O filme irá para as telas em 2014, e eu serei o personagem principal.

O filme será produzido pela Bala Entertainment International, que pertence ao mesmo presidente do grupo Vencky´s e dono do clube inglês Blackburn. O filme terá o mesmo estilo de “Space Jam”, longa que o astro do basquete americano, Michael Jordan, contracena com personagens da “Looney Tunes” como Pernalonga e Patolino.

Sucesso nas redes sociais

Ainda na internet, Ronaldinho Gaúcho aproveitou para agradecer o carinho dos fãs. Na última semana, a página do jogador no Facebook atingiu seis milhões de "curtidas".
- Seis milhões de fãs. Obrigado a todos - postou R49.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2012/12/ronaldinho-lanca-filme-na-india.html

Entre a esperteza e a trapaça: como o 'jeitinho brasileiro' entra em campo


Personagens de diferentes áreas do futebol discutem os limites da malandragem: outra face do talento ou concessão à desonestidade?

Por Alexandre Alliatti Rio de Janeiro

Chris Eaton, um australiano, é diretor de integridade da ICSS, o Centro Internacional de Segurança no Esporte, entidade sem fins lucrativos criada no Qatar para investigar, em diálogo com a Fifa, questões relacionadas à proteção aos atletas, ao comportamento deles em campo e ao combate à corrupção, expressa principalmente com a venda de resultados. Quando vê um jogador de futebol simulando, fingindo, enganando o árbitro, o dirigente sente um temor: de que aquele sujeito de chuteiras seja um corrupto em potencial.


  É uma visão combativa, certamente vista como exagerada por muitos. E que amplia a discussão sobre os limites da simulação em um campo de futebol. Para Eaton, no momento em que um jogador abre brecha para o fingimento com o objetivo de vencer uma partida, a corrupção está mais viva; se o atleta dá uma concessão à burla da regra, também faz uma concessão em seu caráter, e aí abre o caminho até para ajeitar resultados - a grande preocupação dele na ICSS.

Será? No futebol brasileiro, tão acostumado à encenação, a opinião de Chris Eaton pode soar radical. É uma questão de estabelecer onde fica a fronteira entre o legal e o ilegal, o moral e o imoral: se o fingimento é mais uma face da esperteza ou se é pura e crua trapaça. Em um debate com mais perguntas do que respostas, o GLOBOESPORTE.COM ouviu personagens de diferentes áreas do futebol para discutir os limites da malandragem, do jeitinho brasileiro, nos campos de futebol - para tentar entender de onde viemos e para onde vamos.

Luiz Adriano se desculpa, Seedorf faz pedido

"O choro é livre", escreveu o brasileiro Luiz Adriano, atacante do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, no dia 20 de novembro, em seu perfil no Twitter. No instante em que usava o limite de 140 caracteres da rede social para ironizar seus críticos, o jogador já era alvejado por meio mundo por causa do gol que acabara de marcar sobre o Nordsjaelland, da Dinamarca, pela Liga dos Campeões da Europa. Depois de a arbitragem parar o jogo para atendimento médico a dois atletas, Luiz Adriano pegou uma bola que aparentemente seria devolvida ao adversário, driblou o goleiro e fez o gol (recorde no vídeo). Ao fintar a gentileza, um mandamento das quatro linhas em lances de lesão, Luiz Adriano ajudou sua equipe a golear por 5 a 2, mas se deu mal depois: levou um jogo de suspensão, teve que pedir desculpas públicas, virou sinônimo de desrespeito ao fair play. E apagou a mensagem que deixou no Twitter...

Os lamentos, pelo extremismo do lance, foram quase unânimes - Luiz Adriano argumentou que estava desatento na jogada, incapaz de perceber que era um momento de fair play. A revolta se sustentou em uma percepção: de que mais do que um desrespeito à regra, foi um momento de desconsideração à moral do esporte - esse conjunto invisível de normas que dita o comportamento dos atletas enquanto estão competindo.

O lance de Luiz Adriano pode ser cruzado com declarações dadas em outubro por Clarence Seedorf. O holandês do Botafogo se mostrou incomodado com aquilo que ele diagnosticou como um hábito do jogador brasileiro: simular, fingir, tentar levar vantagem (observe no vídeo ao acima).

- O futebol tem uma importância enorme, socialmente falando, e os jogadores precisam ser mais leais. Ser malandro parece um pouco demais. É importante que haja solidariedade, que sejam honestos. (...) Jogar-se no chão para o árbitro entender mal a jogada é uma malandragem, e não respeito isso - disse o jogador ao "Esporte Espetacular".

Esperteza ou trapaça? Outra face do talento ou concessão à desonestidade? Abaixo, o leitor encontra a visão de personagens de campos variados do futebol sobre o assunto.

De onde viemos: a sociedade, a cultura, a arbitragem
Paulo Autuori treina a seleção do Qatar. O Oriente Médio é mais uma cultura a rechear a carreira do técnico brasileiro, campeão por clubes como Botafogo, Cruzeiro e São Paulo. Ele já teve vivências na América do Sul (Peru), na Europa (Portugal) e na Ásia (Japão). Conhece diferentes sociedades e os códigos que as regem. E parte de uma ideia inicial ao analisar o comportamento dos atletas: de que absolutamente nada no futebol brasileiro pode ser observado fora do contexto social do próprio país.

Paulo Autuori, do Al-Rayyan, do Qatar (Foto: Divulgação)Paulo Autuori, técnico do Qatar,alerta contra ahipocrisia no futebol Foto: Divulgação)

- O futebol é um fenômeno sócio-econômico. Não podemos deixar de associar o lado cultural com as coisas que se passam na sociedade. Acho muita graça quando um cidadão comum fica p... porque alguém tenta passar a perna nele. O cara fica p.... Mas quando é o time dele que ganha num lance de malandragem, ele acha legal. Como cidadão, não gosta de ser ludibriado, mas se transforma quando é torcedor e admite essa malandragem para que seu time ganhe. É uma contradição. Cheira a hipocrisia. Nunca vou deixar de associar esse lado social desse lado esportivo. Trabalhamos no futebol, mas existe uma vida por trás - opina o treinador, por telefone, desde Doha, no Qatar.

Ou seja: um sujeito se irrita quando alguém fura a fila, quando o ônibus não para no ponto, quando o teleatendimento de uma empresa qualquer o segura durante eternidades na linha, mas aceita que seu centroavante cave um pênalti. Ronaldo Helal, sociólogo, professor da faculdade de comunicação social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, corrobora a visão de Autuori ao lembrar que a malandragem é um elemento da cultura brasileira - por vezes louvado, visto por um viés positivo, de criatividade, de inteligência. Ele lembra de dois personagens clássicos de nossa literatura: Leonardo, em "Memórias de um Sargento de Milícias", de Manuel Antônio de Almeida, e Macunaíma, o herói sem caráter de livro homônimo de Mário de Andrade. Os malandros cantados por Chico Buarque, Bezerra da Silva ou Zeca Pagodinho ou encenados por Hugo Carvana, Nuno Leal Maia ou Joel Barcelos também são exemplos.

- Isso não está no eu. Está no nós. É da literatura, e vai para a imprensa. O aluno passa no vestibular e mente que levou uma vida normal, que não estudou tanto assim. O repórter pega e deixa a edição mais bonita. É assim. É uma coisa cultural mesmo.

Jefferson no treino do Botafogo (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)Jefferson vê simulações como um defeito do atletabrasileiro (Foto: Cezar Loureiro /Agência O Globo)

Daí para o campo, é um passo. Parece claro que se trata de uma característica do jogador brasileiro. Mas a dúvida, maleável de acordo com a opinião de cada um: é um defeito? Para Jefferson, goleiro do Botafogo e da seleção brasileira, é.
- Cada país tem uma cultura. Na Argentina, os caras são catimbeiros. O brasileiro gosta de ser esperto, quer ser malandro. E acha que é mais esperto que o outro. É um defeito. É feio. O jogo fica ruim. E sabemos que os goleiros também fazem isso. Às vezes, está 1 a 0 e o cara fica matando tempo - observa o jogador.

Mas a visão crítica não é unânime. Há quem veja nessa malandragem uma simples ação de jogo, um macete legal para vencer a partida. Zinho, ex-jogador da seleção brasileira, ex-treinador do Miami FC e ex-diretor do Flamengo, acha válido, por exemplo, um atleta forçar o terceiro cartão amarelo em seu time quando está convocado para defender a Seleção. Em lances de simulação, ele opina que cabe mais ao árbitro punir do que ao jogador evitar.

- A questão do cartão é até normal. O cara já vai ficar fora do jogo. Não me parece que seja burlar a lei. E a simulação, cabe ao árbitro punir. Tem coisas que fazem parte, que são da atmosfera do futebol, mas não podem ser ilegais. Se o jogador simula, o árbitro tem que punir. Se não pode proibir o jogador de matar tempo, tem que dar acréscimo.

Em 2011, Kleber Gladiador, hoje no Grêmio, teve um lance parecido com o de Luiz Adriano em jogo entre o Palmeiras e o Flamengo. A bola foi parada para atendimento médico, e parecia que seria devolvida aos rubro-negros. Mas o atacante partiu com ela na direção do gol - chutou para fora. Depois, declarou:

- Acho que tem muita hipocrisia. O fair play é bom só para tua equipe, né? Para a equipe dos outros, não é bom. É legal o juiz falar que só pode bater a falta depois do apito e mesmo assim o cara bater? É legal? É legal o jogo parar e o cara (em referência a Ronaldinho Gaúcho) tentar tocar por cima do Marcão (o ex-goleiro Marcos) para ganhar tempo? Onde está o fair play?
A arbitragem é uma questão central. Jogadores, treinadores e ex-atletas reclamam que os apitadores brasileiros transformam qualquer contato em falta. Consequentemente, isso estimula o boleiro a simular em campo - para levar a vantagem da marcação do juiz. De fato, o Campeonato Brasileiro, considerados os principais do mundo, é aquele com maior número de faltas, como mostrou em outubro o blog do ex-árbitro Leonardo Gaciba, comentarista da TV Globo e do SporTV. Aqui, o jogo é parado quase duas vezes mais do que na Argentina, por exemplo.

- Se eu fosse um diretor de árbitros, chamaria a imprensa e diria que os árbitros estão orientados a deixar o jogo correr. Temos que baixar o número de faltas. Se a comissão desse esse aval, a coisa iria mudar - comenta Gaciba.

Belletti soccerex (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Belletti: brasileiros são chamados de Mickey Mouse na Europa (Foto: André Durão/Globoesporte.com)

Vira a velha questão do ovo ou da galinha: quem nasceu primeiro? São dois caminhos: ou o árbitro brasileiro marca mais faltas porque o jogador daqui simula mais, ou o jogador daqui simula mais porque o árbitro brasileiro marca mais faltas. Seja como for, parece haver um equilíbrio entre o teatro do atleta e a permissividade do apito. O problema é quando o brasileiro vai para culturas menos simpáticas à simulação. Aí ocorre um choque, como exemplifica o ex-lateral-direito Belletti, que defendeu clubes como Barcelona e Chelsea na Europa.

- Eles ficam muito incomodados quando o jogador brasileiro tenta simular. Não aceitam. Na Europa, o jogador brasileiro é chamado de Mickey Mouse, acho que por ser um rato, por tentar ser mais esperto. Lembro de uma vez, quando eu estava no Chelsea, antes de um jogo, no túnel, me preparando para entrar em campo, em que o Makelele (ex-volante francês) olhou para mim e disse: "Não tente se atirar no campo, porque aqui não funciona assim".

Mas a simulação não é exclusividade brasileira. Longe disso. Fora do país, pipocam encenações, algumas que ultrapassam o limite do ridículo, como aconteceu no jogo entre Chile e Equador, pelo Sul-Americano Sub-20 de 2011. Bryan Carrasco, da seleção chilena, pegou o braço de um adversário e o jogou contra seu rosto, fingindo ter levado um soco. Em 2009, na Suécia, um goleiro tentou diminuir o tamanho do próprio gol, mexendo na posição da trave.

Para Autuori, a questão não está na exclusividade, mas na frequência. O jogador brasileiro simula mais, na opinião dele.
- Quando a gente fala em corrupção no Brasil, precisamos saber que realmente existe em todo lugar, mas esporadicamente; no Brasil, é a toda hora. Quando algo é usado por quase todos, vira uma característica. O mesmo vale para isso de tentar ser malandro. O futebol brasileiro não precisa disso. Se eu disser que não vejo isso em outros lugares, estarei mentindo. Eu vejo, mas de forma esporádica. E mais: quando acontece, é punido. Pode passar pelo árbitro, mas depois, com vídeo, quem fez acaba tomando punições.

Ludibriar árbitros e adversários não é cria dos últimos anos. Em 1962, pegando um exemplo clássico, Nilton Santos cometeu pênalti contra a Espanha, mas deu um passo para fora da área, e o juiz caiu na ilusão dele. Marcou falta. Em 1969, Dé (o Aranha), do Bangu, arremessou uma pedra de gelo na bola, em jogo contra o Flamengo, e assim desarmou o zagueiro Reyes e fez o gol. Em 1957, Nelson Rodrigues escreveu uma crônica em que citava uma "cusparada metafísica" como protagonista de um jogo. Explica-se: em partida entre o Flamengo e o Canto do Rio, o rubro-negro Dida cuspiu na bola antes de cobrança de pênalti para a equipe adversária - para desconcentrar Osmar, o batedor. Bingo: ele errou o pênalti.

- Isso sempre existiu. Mas na minha época chamavam de "recurso" - brinca Carlos Alberto Torres, capitão do Brasil no tricampeonato mundial, em 1970.

Para onde vamos: as categorias de base, a vigilância, a corrupção

Clemer, técnico dos juvenis do Inter (Foto: Divulgação)Clemer já viu técnico questionando garoto por nãoter tentado cavar um pênalti (Foto: Divulgação)

Clemer foi goleiro por mais de 20 anos. Defendeu clubes como Portuguesa e Flamengo antes de chegar ao Inter, onde foi campeão do mundo em 2006. Ele segue no clube gaúcho, mas agora como treinador. E treinador de garotos. Acaba de ser campeão brasileiro com o time juvenil. Com a vivência diária dos embriões de futuros profissionais, o treinador não tem dúvida: simulações nascem já nas categorias de base.

- Eu tento passar a meus atletas a ideia de seguir o jogo, de tentar o drible, de tentar a jogada. Falo isso pra eles. Quando você fala sério, fala com firmeza, eles aceitam, porque é um período de aprendizagem. Mas vejo muitos jogadores fazendo isso nas categorias de base. Já vi treinador dizendo pro menino: "Deveria ter caído, deveria ter cavado".

Segundo Clemer, a permissividade da arbitragem é a mesma nas categorias de base. E, de acordo com Gaciba, a propensão dos atletas para simular também já é vista ali.

- É uma política desde as categorias de base. Isso é ensinado ao jogador. Quando tem o contato, se ele tenta fazer o gol e não cai, é repreendido, chamado de burro - afirma o ex-árbitro.

Jefferson, goleiro do Botafogo, concorda.

- Isso vem da base. Desde criança, o menino cai na área e pede pênalti.
Os entrevistados para esta reportagem acreditam que vem aumentando a dose de simulação. E é uma contradição, já que a vigilância também é maior. Há mais câmeras de olho. Se o atleta encena em campo, corre o risco de ser ridicularizado depois. E até punido, como aconteceu com Luiz Adriano. A frequência de encenações é tanta, que o GLOBOESPORTE.COM criou, no Brasileirão, o quadro "Ator da rodada", mostrando lances claros de simulação (veja uma compilação dos lances no vídeo acima).

Em outros momentos e outras competições, há variações até cômicas. Em 2011, no jogo entre Operário-PR e Mirassol, pela Série D, o árbitro Rodrigo Nunes de Sá desabou no gramado quando um atleta se aproximou dele, alegando ter sido agredido. O vídeo acima indica que o apitador forçou a barra. Veja bem: um árbitro! Dois anos antes, o argentino Escudero, do Corinthians, simulou ter sido atingido... pela bandeira do assistente. Mais uma vez, as imagens mostraram que não passou de uma encenação.

Mas por que fazer isso? Por que correr o risco até de pagar mico para levar vantagem em um lance? Pelo valor que tem a vitória, talvez.

- O que o cara quer é ganhar o jogo. Depois ele vai ver se vão falar alguma coisa. Infelizmente, em algumas situações, pensando apenas no resultado, pode acabar valendo a pena o cara simular, porque o árbitro está pressionado, e o jogador (adversário) pode já ter um amarelo, por exemplo, e ser expulso - observa Clemer.

soccerex coletiva Chris Eaton (Foto: André Durão/Globoesporte.com)Chris Eaton tem opinião forte: de
que simulação pode levar à corrupção em campo(Foto: André Durão/Globoesporte.com)

É aí que entra a preocupação de Chris Eaton. Para ele, a supervalorização dos resultados está no centro da discussão.
- Quanto mais dinheiro, quanto mais sucesso, quanto mais prestígio o esporte envolver, mais isso vai acontecer. As vantagens de se vencer são muito grandes - diz ele.
Autuori parte do mesmo raciocínio. Para ele, existe uma pressão exagerada pela vitória, e isso abre brechas para ações desesperadas.

- Isso vem crescendo a partir do momento em que cada um pensa que tem que passar a imagem da vitória, e aí passa a admitir qualquer coisa. É a vitoria a todo custo. Existe essa necessidade de ganhar de qualquer maneira. Essa pressão está matando muita coisa. O ser humano não tem necessidade de ser campeão 24 horas por dia. Ser vencedor não é isso.
O foco de Chris Eaton está na venda de resultados, um processo, segundo o australiano, crescente em todo o planeta, com jogadores cometendo pênaltis ou errando gols de propósito, para beneficiar apostadores. Por causa do perigo que cerca o futebol, o dirigente é rígido em sua percepção: simplesmente não podem existir poréns ao fair play.

- Quando os jogadores são condescendentes com as regras do jogo, podem acabar fazendo coisas muito piores. Quando você sai da linha, fica a um passo de fazer outras coisas. "Ah, este jogo não vale nada, por que você não aceita 50 mil euros para ajudar no resultado?". É preciso haver consequências para isso. As crianças estão vendo. Se elas veem esse tipo de coisa, vão fazer o quê?
FRASES O QUE ELES PENSAM SOBRE SIMULAÇÕES E MALANDRAGENS NO FUTEBOL (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)

Everardo Rocha, antropólogo, professor da PUC-Rio, cria uma ideia interessante: que o talento do jogador brasileiro já implica uma ideia de encenação, mas dentro da lei - enganar o adversário em um drible, iludir o goleiro em uma cobrança de falta, criar uma farsa em uma jogada que parece ser um chute direto, mas acaba sendo um lance ensaiado.

- O futebol tem uma característica que ajuda a fantasia, o inesperado, o drible. É mais imprevisível, é propício a enganar o adversário, surpreender. É isso de futebol moleque, que todo mundo adora. É a molecagem do Garrincha, contrária ao futebol mecânico dos europeus. É um futebol de ilusão, de engano, e esse lado foi muito glorificado pela torcida, pela mídia. São coisas ligadas à ilusão. Daí para você fazer uma coisa um pouco além, fora da regra, uma ilusão desonesta, é um passo muito pequeno. Esse excesso de glorificação do futebol artístico em oposição ao futebol mecânico, duro, tático, é facilitado em nosso imaginário.

O casamento entre o pensamento de Everardo Rocha sobre a origem dessa malandragem e o temor de Chris Eaton sobre as consequências dela criam três níveis no debate sobre a simulação em campo: primeiro, a encenação com a bola nos pés, legal, artística; segundo, o fingimento para iludir árbitros, para aproximar uma vitória; terceiro, a burla total à lei, com a corrupção, com a venda de resultados.

- Toda essa discussão pode não ser uma questão de lei, mas é uma questão de integridade e honestidade. Se o atleta não joga limpo, o que se pode esperar dele? - questiona Chris Eaton.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2012/12/entre-esperteza-e-trapaca-como-o-jeitinho-brasileiro-entra-em-campo.html

Pai de Neymar vê Barça como clube ideal para filho, mas apenas em 2014


Neymar da Silva revela a site espanhol a vontade do atacante de sair no futuro, mas vê filho jogando em prol do futebol arte no Brasil no momento

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP

A popularidade de Neymar não se restringe mais às fronteiras brasileiras. Sonho de diversos clubes da Europa e considerado o melhor jogador sul-americano do ano, o atacante ganhou mais um destaque no site esportivo espanhol “Sport.es”, que publicou uma entrevista com o pai do jogador do Santos e o seu gestor de carreira, Eduardo Musa. Os dois deixam claro que é desejo do jogador ir para um grande clube europeu (Neymar da Silva chega a apontar o Barcelona como destino ideal), mas veem na sua permanência em solo brasileiro uma chance de resgatar o valor do futebol nacional.

- Sim, esse é o seu desejo (sair do Brasil). Assim ele fará em 2014. Por isso, reduzimos o contrato de 2015 para 2014, para que possa ir, porém até o Mundial ele vai dar a oportunidade ao futebol brasileiro de se levantar. Ele fica pelo suporte de alguns patrocinadores que entraram e disseram: ‘Neymar não pode sair, tem que ficar no Brasil, pois quanto mais tempo ele ficar melhor será para o Brasil’ – falou o pai.

Pai do Neymar (Foto: Reprodução / Sport.ES)Pai de Neymar e Eduardo Musa falam sobre a carreira do craque do Santos (Foto:Reprodução / Sport.ES)

É assim que as pessoas próximas ao camisa 11 do Santos e da seleção brasileira o enxergam: um salvador do futebol arte. Porém, durante a entrevista o próprio pai pede paciência e explica que ainda se trata de um jovem de 20 anos, que ainda tem muito para amadurecer. As investidas de Real Madrid e Barcelona também são lembradas durante a conversa com o repórter espanhol.

Confira a entrevista na íntegra:
Está em busca da volta da cultura futebolística que sempre tivemos e que perdemos"
Pai de Neymar

Relação do Brasil com Neymar
Temos que pensar que hoje, no Brasil, Neymar não é apenas futebol, também representa um fator cultural. Está em busca da volta da cultura futebolística que sempre tivemos e que perdemos. Graças a ele, as pessoas e a imprensa estão pedindo novamente um futebol mais atrevido e mais criativo. É algo parecido com o que acontece com o Barcelona.


Barcelona
O Barcelona tem maravilhado, não por conquistar muitos títulos, mas sim por como joga. Eles mostram ao mundo um estilo, uma forma de jogar que era muito brasileira, mas que já não praticávamos. Com Neymar acontece o mesmo em nosso país, é uma esperança para todos.

Como Neymar continua no país

Ele está com o suporte de alguns patrocinadores que entraram e disseram: ‘Neymar não pode sair, tem que ficar no Brasil, pois quanto mais tempo ele ficar melhor será para o Brasil’


Europa
Sim, esse é o seu desejo. Assim ele fará em 2014. Por isso, reduzimos o contrato de 2015 para 2014, para que possa ir. Porém, até o Mundial ele vai dar a oportunidade ao futebol brasileiro de se levantar.


Neymar após o Prêmio Brasileirão 2012 (Foto: Vanessa Carvalho / Ag. Estado)Neymar sai do Prêmio Craque do Brasileirão 2012com troféus (Foto: Vanessa Carvalho / Ag. Estado)

Permanência no Santos
Apesar da derrota na Libertadores, foi um bom ano, como comprovam os títulos individuais. É claro que há a opção de sair do clube. Há essa possibilidade, se o amanhã o Neymar não estiver feliz em Santos, ele pode sair. Para isso existem os períodos de transferências. Temos que esperar. Nós não podemos prever o que vai acontecer. Os assuntos esportivos vão prevalecer em uma escolha de um futuro clube. Pode ter certeza disso. Isso é um tema muito relevant.

Dinheiro x Carreira
Neymar é diferente dos outros. Com 13 anos, o então presidente do Santos Marcelo Teixeira, deu um milhão de reais para ele não ir para o Real Madrid. Isso nunca aconteceu antes no Brasil. E, agora, Neymar vai ser o primeiro a sair e já ter a sua independência financeira garantida. Neymar quebrou a dinâmica de jogadores brasileiros que saíram para encontrar a melhor proposta financeira, independentemente da sua posição pessoal. Não dissemos "não, obrigado" ao Real Madrid para ir onde há mais dinheiro agora. O que estamos oferecendo aos grandes clubes europeus é: "vai chegar um cara que não pensa em seu dinheiro, mas apenas em jogar futebol". É claro que temos nossas preferências. Sabemos exatamente em que clubes Neymar se encaixa e o que vai ser bom para ele profissionalmente. Estamos trabalhando nisso. No Brasil há uma unanimidade, todos apontam para o Barça como seu melhor destino.


O futebol do Barcelona é semelhante ao de Neymar"
Pai de Neymar

Melhor destino para o futuro
Fico me perguntando isso (sobre qual o melhor destino para Neymar). Bem, no Barça, é claro. O futebol do Barcelona é semelhante ao de Neymar, certo? Barça faz gols de dentro da área, como Neymar. Mas temos que esperar. O Barça pode não querer tê-lo em 2014. Como eu posso dizer agora que Neymar quer ir para o Barcelona? O Barcelona também não pode dizer nada, porque você pode chegar em 2014 e, em seguida, não querer mais. Melhor para todo mundo é ficar quieto.


Negociações
Claro que nós conversamos. Acha que também não falamos com o Real Madrid? Temos amigos lá. O representante de Neymar, Wagner Ribeiro, é um grande amigo de Florentino. Eu também tenho amigos que estão em Barcelona.


Neymar, Argentina e Brasil (Foto: Mowa Press)Neymar é um dos principais nomes da seleção brasileira para o mundial de 2014 (Foto: Mowa Press)

Vontade do jogador
Neymar não ignora que o Barcelona tem histórico de brasileiros. Não podemos ser hipócritas. Neymar tem seus ídolos e é normal querer ter sucesso onde Romário e Ronaldo jogaram. Isso não pode ser negado. A família opina, mas a palavra final será sempre de Neymar, não minha como pai.
Neymar ainda não é um Messi ou um Cristiano Ronaldo, mas vai atingir o nível dos grandes jogadores"

Autor
Planos de jogar até os 35 anos
Se Neymar sair antes de 2014, será mais um salto em sua vida. Neymar nunca jogou em sua categoria natural, chegou à equipe principal e em menos de um ano já era o melhor. Fez o mesmo na Seleção. Nós não podemos cometer os mesmo erros que os outros. Neymar precisa crescer e amadurecer. Por que não pode ter uma carreira de sucesso progredindo naturalmente? Muitos eram muito jovens quando saíram. O que Neymar ama é jogar futebol. Vamos fazer todo o possível para ele jogar até os 35 anos de idade. Pode haver alterações em nosso planejamento? Sim, é provável que isso aconteça? Não. Mas não é definitivo.


Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo
Neymar ainda não é um Messi ou um Cristiano Ronaldo, mas vai atingir o nível dos grandes jogadores. O que temos que fazer? Cuidar dele. Neymar não tem a idade desses grandes jogadores. Ele tem que entender que ele é um cara de 20 anos, carregando um clube, um país atrás dele e tem suas obrigações. Então o meu trabalho, e da equipe que trabalha comigo, é dar liberdade para ele só pensar em jogar futebol. Nós conversamos sobre tudo. Ele gosta do Xavi, Messi, Cristiano Ronaldo. Mas hoje, Neymar ainda está na posição de fã. Não é um herói. Talvez ele já seja no Brasil, mas não se parece com um.

Neymar inauguração quadra (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Neymar é assediado pelos pequenos torcedores (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2012/12/pai-de-neymar-afirma-que-filho-atua-no-brasil-para-resgatar-futebol-arte.html

Infecção estomacal faz Rafael Nadal desistir de disputar o Australian Open


Estou muito triste de ter que anunciar que não vou jogar', diz o espanhol

Por GLOBOESPORTE.COM Melbourne, Austrália

Rafael Nadal tênis Wimbledon 1r (Foto: Getty Images)Rafael Nadal está fora do Australian Open, primeira
grande competição de 2013 (Foto: Getty Images)

Os fãs de Rafael Nadal vão ter de esperar mais um pouco para ver o tenista espanhol de volta às quadras. Depois de desfalcar o torneio-exibição de Abu Dhabi, que está acontecendo esta semana, o número 4 do mundo anunciou nesta sexta-feira que também está fora do Australian Open, o primeiro Grand Slam da temporada 2013. O atleta afirma que ainda não se recuperou de uma infecção estomacal.

- Sinto muito e estou muito triste de ter que anunciar que não vou jogar o Australian Open. Meu joelho está melhorando, mas um vírus estomacal me deixou incapaz de estar preparado a tempo para voltar e disputar um torneio tão rigoroso como é um Grand Slam - afirmou Nadal.

Nadal, que já havia desistido do torneio de Abu Dhabi pelo mesmo motivo, explicou que a infecção não permitiu que fizesse uma preparação adequada para uma competição de peso como o Australian Open.

- Por causa do vírus, não fui capaz de fazer qualquer tipo de treino nos últimos dias e não seria justo ir para a Austrália tão mal preparado. Você precisa do seu corpo o melhor possível para o Australian Open. Foi uma decisão difícil e estou extremamente desapontado por faltar a um evento tão grande. 

Atual número 4 no ranking mundial, o tenista espanhol não joga um torneio desde junho, quando foi eliminado do Torneio de Wimbledon ainda na segunda rodada. Desde então, ficou fora das Olimpíadas, do US Open e do ATP Finals por causa de uma lesão denominada Síndrome de Hoffa - uma inflamação crônica na gordura dos joelhos, localizada atrás do tendão patelar.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/12/infeccao-estomacal-faz-rafael-nadal-desistir-de-disputar-o-australian-open.html


Anselmo Ramon será indiciado por homicídio culposo e lesão corporal


Delegado João Uzzum afirma que inquérito sobre o acidente em que o jogador atropelou dois ciclistas deve ser concluído em janeiro

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador

O atacante Anselmo Ramon, do Cruzeiro, precisará prestar contas à Justiça. Nesta sexta-feira, o delegado João Uzzum, titular da 18ª Delegacia, em Camaçari, confirmou que o jogador será indiciado por lesão corporal e homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. No dia 8 deste mês, o atleta atropelou dois ciclistas na BA-099, nas imediações do município de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. Uma das vítimas morreu no local.

acidente Anselmo Ramon (Foto: Everaldo LIns / Divulgação)Carro do jogador ficou destruído por conta do acidente (Foto: Everaldo LIns / Divulgação)

- Acredito que na primeira quinzena de janeiro o inquérito tenha sido concluído. Ele vai ser indiciado. Depois o inquérito é relatado e emitido ao Ministério Público, que a partir daí vai instaurar uma ação penal – afirmou o delegado.

Segundo João Uzzum, o fato de Anselmo Ramon não possuir carteira de habilitação é um agravante no processo.

- O fato de ele não ser habilitado é um agravante. Isso implica aumento em um terço até metade da pena cabível aos crimes de homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor - ressaltou.

Cachorro na pista
Em depoimento prestado cerca de uma semana após o acidente, Anselmo Ramon revelou que havia bebido no dia anterior ao acidente, mas que tinha dormido antes de seguir viagem para tentar anular o efeito do álcool. O jogador disse ainda que perdeu o controle do carro que dirigia, um Chrysler 300, após tentar desviar de um cachorro que atravessava a rodovia.

- O jogador disse que passou um cachorro na frente dele na estrada e, quando ele foi desviar, adentrou no mato, perdeu a direção do veículo e bateu em um morro. Ele não teria percebido que atropelou as pessoas porque perdeu momentaneamente os sentidos. Só recobrou quando foram prestados os primeiros socorros e aí tomou conhecimento de que havia atropelado os ciclistas. Ele disse que na tarde anterior ao acidente esteve em um churrasco em Lauro de Freitas, onde teria ingerido bebida alcoólica, cinco cervejas, e depois foi para a localidade de Jauá, onde tem uma casa de praia, com um amigo, onde passaram a noite. Pela manhã, ele foi sozinho para Dias D'Ávila - contou o delegado.

acidente Anselmo Ramon (Foto: Everaldo LIns / Divulgação)Um dos ciclistas atropelado pelo jogador morreu no local do acidente  (Foto: Everaldo LIns / Divulgação)

Anselmo Ramon declarou ainda que estava sem cinto de segurança no momento do acidente e confirmou que não possui habilitação para dirigir.

Acidente
O acidente envolvendo Anselmo Ramon ocorreu por volta das 9h30m do dia 8 deste mês. Segundo dados da Polícia Rodoviária Estadual, o jogador estava sozinho no veículo, que ficou destruído por conta do acidente. O atacante do Cruzeiro não apresentava sinais de embriaguez. Antes de atropelar os ciclistas, o carro colidiu com uma árvore.

vitima acidente anselmo ramon (Foto: Reprodução / TV Bahia)Vítima afirmou que o carro estava 'rápido'
(Foto: Reprodução / TV Bahi
a)

O jogador teve ferimentos leves no acidente e recebeu alta médica no fim da tarde do dia 8, assim como Ednaldo Souza. Anselmo Ramon foi encaminhado para uma unidade de saúde de Candeias, cidade na região metropolitana de Salvador. Já Ednaldo foi socorrido para o Hospital Geral de Camaçari e falou sobre o susto do acidente ainda em uma cadeira de rodas.

- Vi o carro batendo na gente. O carro veio, eu de costas, ele de costas, pegou aqui do lado e sacudiu direto para o mato, pronto, só foi o que eu vi - contou a vítima.

A assessoria de imprensa do Cruzeiro informa que o clube não irá se pronunciar sobre o caso, já que se trata de um problema particular do jogador. No entanto, o clube concederá ao jogador apoio ou assessoria jurídica se for solicitado.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/ba/noticia/2012/12/anselmo-ramon-sera-indiciado-por-homicidio-culposo-e-lesao-corporal.html

Joia 2013: volante com fama de artilheiro, Dedé espera oportunidades


Capitão do time de juniores e fã de Renato, ele diz estar ansioso para saber se vai para a pré-temporada. Bom momento dos jovens o anima

Por Fred Huber Rio de Janeiro

Com os jovens em alta, os torcedores do Botafogo podem ter mais uma boa novidade na próxima temporada. Destaque da equipe de juniores, o volante Dedé, de 18 anos, surge como uma das grandes apostas. Ele chegou ao clube aos 12 anos indicado por um amigo que jogava nas categorias de base, fez o teste e foi aprovado. Em 2012, teve a oportunidade de ser relacionado nas partidas contra o Cruzeiro e Náutico no Campeonato Brasileiro, mas não entrou em campo.

Dedé, volante Botafogo (Foto: Divulgação/Site Oficial Botafogo)Dedé, volante Botafogo, durante a final da OPG (Foto: Divulgação/Site Oficial Botafogo)

Nos juniores, Dedé é o capitão, dono das bolas paradas e, apesar de não ser um homem de frente, tem como uma das características fazer gols. Na Taça Octávio Pinto Guimarães (OPG) de 2012, marcou cinco e ficou atrás apenas do atacante Sassá, que marcou seis, três nos dois jogos das finais contra o Flamengo.

- Eu marco forte, tenho uma boa transição de bola e faço infiltrações como se fosse um meia. Tenho um bom chute e faço gols. Sempre fui de chegar ao ataque, mas este ano está sendo especial. Fui o artilheiro do time na Taça BH e no torneio que disputamos na Holanda - disse Dedé.

Jair Ventura, que comandou o time sub-20 neste ano, é só elogios ao jogador. Ele considera Dedé um volante moderno e que, apesar de ser jovem, tem maturidade para ir bem no time de cima.

 - Ele foi meu capitão, é um líder nato. Volante que sai com muita qualidade e vai bem nas bolas paradas, tanto nas frontais quando nas laterais. Finaliza bem. Foi um dos artilheiros no período que fique no sub-20. É um volante moderno. Ainda tem mais dois anos nos juniores e temos bons jogadores na posição dele mas, se por acaso tiver uma oportunidade, vai corresponder - afirmou Jair, que em 2013 voltará a ser auxiliar na comissão técnica do time profissional.

O desejo de Dedé agora é ser uma peça cada vez mais presente no time alvinegro. A permanência do técnico Oswaldo de Oliveira, que costuma olhar com carinho para os atletas da base, o anima.

- A expectativa é grande, existe a ansiedade para saber se vou ser chamado para a pré-temporada. Vamos ver o que a diretoria e o Oswaldo decidem. Esta atenção aos jovens está sendo importante. As mudanças estão acontecendo no dia a dia e o Oswaldo tem dado as oportunidades. Tem o Jeferson, Dória, Jadson, Gabriel, Cidinho, Renan... Acho que este ano houve uma ênfase maior.

Dedé, volante Botafogo (Foto: Divulgação/Site Oficial Botafogo)Dedé é o capitão e líder da equipe
(Foto: Divulgação/Site Oficial Botafogo)

Apesar de ainda não ter feito a estreia nos profissionais, Dedé regularmente participa dos treinos e tem contato com os jogadores da equipe principal. Ele disse que especialmente os mais experientes ajudam bastante na adaptação.

 - Eles conversam e ajudam bastante, principalmente o Fellype Gabriel, o Seedorf e Andrezinho. Eles deixam os jovens bastante à vontade, isso é importante. Quando fui relacionado para o jogo contra Cruzeiro lembro que o Andrezinho conversou bastante comigo.

A grande concorrência entre os volantes pode dificultar as coisas para Dedé, mas ele não desanima. Além de Gabriel, Jadson e Renato, Marcelo Mattos e Lucas Zen estão se recuperando de lesão e devem estar à disposição no início do ano.

- Realmente tem bastante gente para este posição. Minha preocupação é fazer o meu trabalho para estar sempre bem preparado se tiver uma oportunidade. O Jadson e o Gabriel subiram há pouco tempo e conquistar o espaço deles, são bons exemplos. A mentalidade tem que ser essa, de estar preparado e agregar valor.

Dedé disse que tem dois jogadores como inspiração: Ramires, do Chelsea, e um que está bem mais por perto: Renato.

- Gosto muito do Renato, acho que ele tem uma saída de bola e um jeito de jogar que me agradam. Admiro o Ramires também, que tem uma transição e uma recomposição muito rápidas. Quando estou no profissional, sempre que podia estava perto do Renato. Ele me deixa bastante à vontade.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/12/joia-2013-volante-com-fama-de-artilheiro-dede-espera-oportunidades.html

De férias, Seedorf vai ao clube e faz trabalho físico preventivo


Alex Evangelista, fisioterapeuta do Bota, elogia iniciativa do holandês

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

seedorf Botafogo bicicleta pedalando (Foto: Gil Rodrigues/FotoRio News)Pedalar está entre as atividades de Seedorf nas
férias (Foto: Gil Rodrigues/FotoRio News)

Rio de Janeiro, férias, calor... mas para Seedorf há tempo para treinar. Nesta quinta-feira, o holandês foi até a sede do Botafogo, em General Severiano, para fazer um trabalho de prevenção e uma atividade física na academia. Tudo em nome do profissionalismo. O fisioterapeuta Alex Evangelista acompanhou o trabalho e elogiou a postura do camisa 10.

- Não é uma questão pontual, ao longo da carreira do Seedorf sempre foi assim. É uma rotina. Ele acha que o atleta quando para de treinar tem compensações a serem feitas antes de começar a rotina normal de treinamentos. Tirou as férias dele, considera que já foram suficientes, e começou a fazer este trabalho preventivo, para manutenção e correção - explicou Alex Evangelista.

Em sua passagem pelo Bota, Seedorf disputou 25 partidas em cinco meses e fez nove gols. No último jogo desta temporada, o clássico com o Flamengo, o jogador deixou o campo com um problema na coxa direita. De acordo com o fisioterapeuta, ele está recuperado.

- A lesão não afeta e não é o motivo para ele não vir dar início à preparação. Podia ter terminado a temporada com dois gols e correndo até o último minuto que faria o mesmo. É a rotina dele como atleta - acrescentou Evangelista.

A reapresentação do elenco profissional do Botafogo está marcada para o dia 4 de janeiro. Depois, os jogadores farão um período de treinamentos no CT da CBV, em Saquarema. O time estreia no Campeonato Carioca no dia 20, contra o Duque de Caxias, no Engenhão.
 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/12/de-ferias-seedorf-vai-ao-clube-e-faz-trabalho-fisico-preventivo.html

Jogo das Estrelas: Zico luta muito, mas passa em branco no empate


Com um gol no fim, Conca evita que time do Galinho perca no Morumbi. Lucas se despede de são-paulinos antes da apresentação ao PSG

Por SporTV.com São Paulo

Em sua penúltima participação no Jogo das Estrelas, que organiza desde 2004, Zico tentou de tudo para balançar a rede no Morumbi. Acertou a trave, parou em defesas do goleiro Ricardo Berna, desperdiçou oportunidades que não perderia em seu tempo de Flamengo. Mas não saiu derrotado de campo. Na partida beneficente realizada na noite desta quinta-feira, os Amigos do Zico empataram por 4 a 4 com as Estrelas do Brasil.

- Vai perder gol assim lá... Errei muito. O gol estava pequeninho - brincou o Galinho.
A 9ª edição do jogo beneficente serviu também como a despedida de Lucas do Morumbi e dos torcedores são-paulinos. Na noite do próximo domingo, o meia viaja para o Qatar, onde vai se apresentar ao Paris Saint-Germain, que treina no país.

Foi o segundo Jogo das Estrelas consecutivo no estádio do São Paulo. O ídolo eterno da torcida do Fla antecipou que somente disputará a partida mais uma vez, em 2013, no Maracanã, quando completará 60 anos.

- Os joelhos já não estão aguentando mais (...) Vou ter que ficar com o joelho no gelo o dia inteiro.

Zico partida Jogo das Estrelas (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Zico lutou bastante, mas não conseguir balançar a rede no Jogo das Estrelas (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Convidado especial do Galinho, Gustavo Kuerten não participou da partida, mas foi a campo e deu o pontapé inicial. Guga voltou a sentir dores no quadril, problema que o fez se aposentar do tênis em 2008. E confirmou que vai se submeter a uma cirurgia no local no início de 2013.

De olho na vitória no jogo que organiza, Zico escalou em seu time um meio-campo e ataque formados exclusivamente por jogadores em atividade: Lucas, Ganso, Conca, Marcos Assunção e Emerson Sheik. E bastaram dois minutos para o time do organizador abriu o placar. Zico acionou Gabriel pela direita. O lateral cruzou para Sheik, que chutou sem defesa para Zetti.

O eterno camisa 10 do Fla demonstrou que, aos 59 anos, enquanto o fôlego permite, mantém a velha categoria. Aos 19 minutos, o Galinho fez ótimo lançamento para Lucas. O agora ex-são paulino cabeceou rente à trave. Em seguida, Lucas retribuiu o presente para Zico, deixando-o livre diante de Zetti. Mas o Galinho acabou chutando para fora. E se penitenciou, dando cascudos na própria cabeça. Antes, o dono da festa já havia acertado a trave direita da meta adversária.

Lucas no jogo das Estrelas  (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Lucas se despediu do Morumbi antes da viagem
para a França (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte)

Coube ao lateral-direito Gabriel ampliar o marcador, após receber um ótimo passe de Ganso, aos 28. Após três gols corretamente anulados, o time das Estrelas do Brasil descontou aos 34, com Amoroso, após driblar dois marcadores. E empatou antes do intervalo, com uma cabeçada de Viola. O campeão mundial de 1994 virou o marcador aos três minutos do segundo tempo.

No segundo tempo, Zico se esforçou para deixar o seu gol. Mas sentiu o cansaço e o peso da idade. Em uma das melhores chances, completou para fora um belo passe do filho Thiago Coimbra. E parou três vezes em Ricardo Berna, que defendeu bombas do Galinho.

Quem conseguiu empatar o jogo foi um outro camisa 10: Paulo Henrique Ganso, acertando um chute rasteiro de fora da área aos 22.

Ibson recolocou as Estrelas do Brasil na frente, aos 35. E Zico ainda teve três ótimas chances de deixar o seu. Em duas, concluiu para fora, frente a frente com Berna. E parou no goleiro do Flu, que defendeu a conclusão do ex-jogador aos 43.

Coube ao argentino Conca evitar que o anfitrião deixasse o campo derrotado, empatando o jogo com um belo chute aos 45.

Amigos do Zico 4 x 4 Estrelas do Brasil

Amigos do Zico: Victor (Tadeu), Gabriel, Fábio Luciano, André Cruz e Wladimir (Milton Cruz); Marcos Assunção, Conca, Paulo Henrique Ganso e Zico; Lucas e Emerson Sheik.


Estrelas do Brasil: Zetti (Ricardo Berna), Correa, Juninho (Sérgio Soares) (Wellington), Fernando e Rubens Júnior (Caio Soares); Vampeta, Ibson e Amoroso (Dinei); Dinei (Amaral) (Rodrigo), Cláudio Adão e Viola.

Gols: Emerson, aos dois minutos do primeiro tempo; Gabriel, aos 28; Amoroso, aos 34; Viola, aos 41; Viola, aos três do segundo tempo; Ganso, aos 22; Ibson, aos 35; Conca, aos 45.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/jogos-festivos/noticia/2012/12/jogo-das-estrelas-zico-sua-camisa-pelo-gol-mas-passa-em-branco-no-empate.html