quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Confiante sobre recorde de público, Nadal remarca exibição com Djokovic


Com um ano de atraso, encontro de espanhol com atual número 1 do mundo será realizado em julho, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri

Por GLOBOESPORTE.COM Manacor, Espanha

Aos poucos, Rafael Nadal demonstra confiança em sua recuperação e assume compromissos para 2013. O espanhol, que está afastado das quadras desde o final de junho, em decorrência de lesões nos joelhos, remarcou a exibição que fará ao lado de Novak Djokovic. Com um ano de atraso, o encontro será realizado em julho, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri. O evento, batizado de “Alma Nadal”, estava previsto para 14 de julho deste ano, mas foi adiado por causa dos problemas físicos que afetam o atleta.

Rafael Nadal quer bater recorde de público ao lado de Novak Djokovic (Foto: Getty Images)Rafael Nadal quer bater recorde de público ao lado de Novak Djokovic (Foto: Getty Images)

O principal objetivo do encontro, que terá a renda dos ingressos revertida para instituições de caridade, é bater o recorde de público para partidas de tênis solidárias. O alvo é o duelo de Serena Williams e Kim Clijsters disputado em 8 de julho de 2010, em Bruxelas, que reuniu 35.681 espectadores.

Organizada em parceria com a Fundação Real Madrid, a exibição já tinha mais de 30 mil ingressos vendidos quando foi adiada por causa do afastamento de Nadal. Na ocasião, o dinheiro foi devolvido. Diante da boa aceitação do público na primeira vez, o espanhol acredita que o encontro com Djokovic, atual número 1 do mundo, tem potencial de sobra para superar a plateia registrada no Williams-Clijsters de 2010.

Ainda incerto sobre sua participação no Australian Open, em janeiro, Nadal é esperado para o Mubadala World Tennis Championship, um torneio-exibição que será realizado nos Emirados Árabes entre os dias 27 e 29 de dezembro. O atual número 4 do mundo venceu a exibição em 2010 e 2011

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/12/confiante-sobre-recorde-de-publico-nadal-remarca-exibicao-com-djokovic.html

Mesmo contra lanterna, Cruzeiro prevê jogo difícil em Juiz de Fora


Equipes se enfrentam pela oitava rodada da competição, nesta quinta

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte

vôlei Marcelo Mendez (Foto: Danielle Rocha / Globoesporte.com)Mendez espera jogo difícil contra o Juiz de Fora
(Foto: Danielle Rocha / Globoesporte.com)

Na noite desta quinta-feira, às 20h (de Brasília), o Cruzeiro enfrenta, fora de casa, o time do Juiz de Fora. O duelo, válido pela oitava rodada da Superliga Masculina de Vôlei, marca o encontro de equipes que vivem momentos bem diferentes na competição. Isso porque o time celeste ocupa a segunda posição na tabela de classificação, com 17 pontos conquistados, enquanto o Juiz de Fora é o lanterna, com apenas cinco pontos.

Mesmo com a distância na tabela de classificação da Superliga, o Cruzeiro não acha que terá uma partida fácil contra o último colocado.

- Apesar da posição na tabela, o time de Juiz de Fora vem fazendo jogos bem disputados. Não será uma partida fácil, temos que entrar bem concentrados, mantendo nosso padrão de jogo o tempo inteiro, trabalhando muito bem o ataque e defesa – disse Marcelo Mendez, técnico do Cruzeiro, em entrevista ao site do clube.

Para vencer o desafio, o Cruzeiro conta com o ponteiro cubano Leal, um dos melhores atacantes da Superliga, com 45,83% de aproveitamento. O jogador também é dono do terceiro melhor saque. Ele está feliz por ajudar o time, mas esperar melhorar na competição.

- Fui muito bem recebido no clube e fico muito feliz por ajudar o meu time, mas ainda quero crescer muito mais na competição.
 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/noticia/2012/12/mesmo-contra-lanterna-cruzeiro-preve-jogo-dificil-contra-o-juiz-de-fora.html

Sesi-SP aproveitará folga na Superliga feminina para jogar torneio na Suíça


Equipe paulista vai encarar rivais internacionais entre 27 a 29 de dezembro

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo

A folga na Superliga não significará menos trabalho para as meninas do Sesi-SP. Durante o intervalo da competição, a equipe vai embarcar para Basileia, na Suíça, para disputar o Top Volley International, torneio amistoso que terá sua 24ª edição entre os dias 27 a 29 de dezembro.

A competição vai reunir Volero Zurich (Suíça), Racing Club de Cannes (França), Dínamo Bucarest (Romênia), Galatasaray (Turquia) e Muszyna (Polônia). Para o técnico Talmo de Oliveira, o torneio servirá para manter as jogadoras em forma para o retorno da Superliga, no dia 11 de janeiro.

Sesi SP e Campinas, Vôlei  (Foto: Alexandre Arruda / CBV)Meninas do Sesi vão disputar torneio na Suíça (Foto: Alexandre Arruda / CBV)

- Vamos disputar com forças e escolas diferentes, o que é um aprendizado constante. Manteremos o ritmo de jogo e enfrentaremos equipes interessantes, o que agregará experiências ao nosso time. Queremos vencer, sim, e vamos com força máxima para isso. Os testes são importantes, mas ver o nome do Sesi-SP no topo é mais ainda.

Ainda que seja uma viagem cansativa, Talmo acredita que o torneio poderá ser um diferencial para o time na Superliga.

- Os times ficarão aqui treinando e nós estaremos em uma disputa forte. As mais jovens também ganham mais experiência e visualizam o vôlei como é jogado lá fora. E ao invés de treinarmos apenas, teremos ótimas partidas para jogar.

A levantadora Dani Lins tem a mesma opinião do treinador. Para a jogadora, o Sesi voltará ao Brasil com a experiência de ter enfrentado equipes fortes de outros países.
- Parece um bate e volta, mas não é. Vamos jogar um campeonato interessante e ainda ganhamos uma viagem para um lugar lindo. E como vamos com o time completo, fica melhor ainda. O aprendizado contra essas escolas, mesmo que em poucas partidas, é muito válido.

Confira a tabela da competição:

Quinta-feira – jogo a partir de 14h30m
Dinamo Bucareste x Volero Zurich
Racing Club de Cannes x Galatasaray
Sesi-SP x Dínamo Bucareste
BPS Muszyna x Racing Club de Cannes


Sexta-feira – jogos a partir de 14h30m
Volero Zurich x Sesi-SP
Galatasaray x BPS Muszyna
Primeira semifinal
Segunda semifinal


Sábado, 29 - jogos a partir de 15h30m
Decisão de 5º e 6º
Decisão de 3º e 4º
Final


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/12/sesi-sp-aproveitara-folga-na-superliga-feminina-para-jogar-torneio-na-suica.html

Corujão recebe levantador Bruninho, cantor Thiaguinho e ator Aílton Graça


Flávio Canto recebe o levantador do Rio de Janeiro além dos dois artistas corintianos num programa que mostra como é o surfe praticado a noite

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

O Corujão dessa semana recebe o levantador Bruninho e dois artistas, o cantor Thiaguinho e o ator Aílton Graça, que vibraram muito essa semana com o título mundial do Corinthians. Na pauta do programa, além da conquista do Timão, vamos trazer notícias sobre a Superligas Masculina e Feminina, NBB e também uma reportagem especial sobre o surfe noturno, praticado nos Estados Unidos.

Bruninho na partida de vôlei do Brasil contra a Rússia (Foto: AFP)Bruninho na partida de vôlei do Brasil contra a Rússia (Foto: AFP)

Filho de Bernardinho e Vera Mossa, dois ex-jogadores de vôlei de sucesso, Bruninho sempre sonhou em brilhar nas quadras, quando pequeno queria ser ponta, mas seu porte físico o acabou destinando à posição de levantador. Bruno conseguiu realizar seu sonho e virou atleta em 2003 na Unisul, depois passou por Florianópolis e Modena e hoje está no Rio de Janeiro. Um dos melhores de sua posição na Superliga, já serviu a seleção brasileira em várias ocasiões, conquistando quatro Ligas Mundiais e um Campeonato Mundial, além de duas medalhas de prata olímpicas.

cantor Thiaguinho posa com a taça do Mundial do Corinthians (Foto: Reprodução / Instagram)Cantor Thiaguinho posa com a taça do Mundial do Corinthians (Foto: Reprodução / Instagram)

Thiaguinho é ligado ao samba desde bem pequeno quando aprendeu a tocar violão e cavaquinho. Em 2002, teve seu primeiro destaque maior quando participou do programa Fama. Depois se juntou ao já famoso grupo Exaltasamba, com quem gravou oito cds e quatro DVDs. A partir de 2012, com o fim do Exaltsamba, decidiu seguir carreira solo.

Anderson Silva e filhos encontram ator Aílton Graça (Foto: Reprodução/Twitter)Ator Aílton Graça junto com Anderson Silva e família (Foto: Reprodução/Twitter)

O paulistano Aílton Graça trabalhou em várias profissões antes de se encontrar nas artes dramáticas. Foi camelô, fiscal de lotação, feirante e vendedor de sapatos, mas sua veia artística já se manifestava em sua ligação com o samba, já que é mestre-sala de escola de samba. Começou no teatro e nas oficinas de circo, mas despontou para o sucesso no cinema no filme Carandiru. A partir daí emendou um trabalho de sucesso no outro, acumulando 13 papéis em novelas e séries de TV e 19 filmes no cinema. 

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/programas/corujao-do-esporte/noticia/2012/12/corujao-recebe-levantador-bruninho-cantor-thiaguinho-e-ator-ailton-graca.html

FIVB convida Egito e Japão para disputarem a Liga Mundial em 2013


Seleções integram o Grupo C ao lado de Canadá, Coreia, Finlândia e Holanda

Por GLOBOESPORTE.COM Angra dos Reis, RJ

Egito e Japão foram as seleções convidadas para disputar a Liga Mundial em 2013. As duas equipes foram escolhidas pelo Comitê Executivo da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) para completar o Grupo C da competição, que terá 18 times pela primeira vez na história. Na chave, os dois times nacionais irão duelar com Canadá, Coreia do Sul, Finlândia e Holanda por uma vaga na fase final.

vôlei reunião FIVB angra dos reis (Foto: Divulgação/FIVB)Reunião da FIVB em Angra dos Reis definiu Egito e Japão como convidados da Liga em 2013 (Foto: FIVB)

Os grupos A e B foram formados com base na posição de cada seleção no ranking mundial em 13 de agosto de 2012 e classificarão três equipes cada para a fase final. O Grupo C terá apenas o campeão representado na etapa decisiva, com o país sede (que deve ser definido apenas no início de janeiro) completando a lista de oito times.

Na fase de grupos, de 31 de maio a 13 de julho, as três seleções mais bem colocadas no ranking irão mandar três dos cinco jogos em casa. A disputa em sistema de mata-mata deve ocorrer de 16 a 21 de julho.

Confira os grupos da Liga Mundial:

Grupo A: Brasil, Polônia, EUA, Bulgária, Argentina e França
Grupo B: Rússia, Itália, Cuba, Sérvia, Alemanha e Irã
Grupo C: Canadá, Coreia do Sul, Finlândia, Holanda, Egito e Japão


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/12/fivb-convida-egito-e-japao-para-disputarem-liga-mundial-em-2013.html

Sheilla se emociona ao lembrar volta por cima em ano que teve início difícil


'Foi muito difícil a primeira metade', desabafa jogadora, que superou problema no ombro, doença da avó e crise na seleção, antes do ouro em Londres

sheilla e Zanetti, Prêmio Brasil Olímpico  (Foto: Marcos de Paula / Agência Estado)Sheilla, premiada ao lado de Arthur Zanetti
(Foto: Marcos de Paula / Agência Estado)

Aquela Sheilla decisiva, temida pelas adversárias, não parecia tão ameaçadora assim. Precisou de um tempo para se reencontrar. Em pleno ano olímpico, sofria com uma lesão no ombro, com a doença da avó e com o jogo que não fluía com a facilidade habitual. Andava ainda mais calada do que de costume, com o olhar sem brilho, mas seguia trabalhando. Sabia que, em Londres, a seleção precisaria das bolas de segurança dela. No momento mais delicado da campanha, e exatamente diante das gigantes russas, Dani Lins procurou por Sheilla. A resposta veio com cinco match points salvos no tie-break, 27 pontos na conta e a certeza de que dali para frente tudo seria diferente. O sorriso voltou ao rosto da oposto . Aos de suas companheiras, também. Sheilla estava de volta, o Brasil estava de volta e prontinho para defender o seu título. O bicampeonato veio, e o bom momento não pararia por ali. Ela ainda tinha outra disputa a ganhar. Fez campanha, pediu voto e foi eleita a melhor atleta do país em 2012, batendo Sarah Menezes e Yane Marques.

Quem a viu subir linda no palco do Theatro Municipal, num vestido longo cor de rosa que só experimentou poucas horas antes da festa, não podia imaginar o quanto foi complicado para Sheilla chegar até ali. Não pelos pés, que não se sentiam tão à vontade se equilibrando em saltos altos, mas por toda a superação que foi preciso ter para fazer o que era esperado dela. O diagnóstico de câncer dado a Dona Therezinha tirou o chão da neta, que dedicou o Prêmio Brasil Olímpico a ela.

- Foi muito difícil para mim a primeira metade do ano. A família sempre se apoiou na minha avó e ela corria risco de vida grande. Primeiro não sabíamos se ela sobreviveria a cirurgia e depois veio a quimioterapia... Não vou chorar...

Sheilla, Prêmio Brasil Olímpico  (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Sheilla, sorridente e elegante na chegada ao Prêmio Brasil Olímpico (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

Chorou. Entre lágrimas e sorrisos, agradecia o fato de a avó ter visto a conquista da segunda medalha de ouro nas Olimpíadas e por continuar tão presente em sua vida. Agradecia também a ajuda das companheiras de seleção, que resolveram dar as mãos e superar o momento ruim durante os Jogos.

- Eu sempre acreditei nesse ouro. As coisas não caminharam do jeito que a gente esperava, mas sabia que o grupo era mais do que aquilo. Acho que o momento mais difícil para mim foi o jogo contra a Coreia. Ali foi o fundo do poço. Não dormimos naquela noite e fizemos reuniões. Uma abriu o coração para a outra, uma confiou na outra e ali começou a virada. Então, se eu tivesse que dividir esse troféu que ganhei teria que distribuir um pedacinho para as 12 jogadoras, e também para a Mari, Fabíola, Juciely e Camila Brait, para a comissão técnica, para a minha família e meus fãs. Tudo dividido igualmente. Fizemos um trabalho muito legal em Londres.

Desde aquela final contra os Estados Unidos, Sheilla se expôs mais. Emprestou voz para reclamar das críticas que considerou desrespeitosas ao time. Resolveu deixar a timidez de lado para encarar as lentes do fotógrafo em poses sensuais. Se arriscou como apresentadora. Aos 29 anos, parece disposta a superar obstáculos. Está aprendendo a lidar com os elogios por sua beleza, pensando em ter mais tempo para pensar na vida pessoal. Dona de tantos títulos, e com apetite para mais, carrega com ela um desejo simples de boa mineira: casar, ter filhos e cuidar da família.

- Mas isso, só quando conseguir frear um pouco o ritmo. Eu ainda quero muita coisa. Quero o título Mundial em 2014, quero o tricampeonato no Rio, em 2016. Se vai haver pressão por jogarmos em casa? Estamos acostumadas. Se vamos conseguir nos aguentar por mais um ciclo? Claro! O desgaste é normal, mas somos fortes para superar. Vale o tri! - riu.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/12/sheilla-se-emociona-ao-lembrar-volta-por-cima-em-ano-que-teve-inicio-dificil.html

Por indicação de Kleina, Verdão vai atrás de Márcio Azevedo, do Bota


Ala pode ser contratado para disputar posição com Juninho. Dirigente do Bota diz não ter sido procurado, mas avisa: 'Não existe jogador inegociável'

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo

Marcio Azevedo treino Botafogo (Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo)Márcio Azevedo pode trocar o Botafogo pelo
Palmeiras (Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo)

O Palmeiras ataca em diversas frentes para reforçar seu time para a temporada 2013. Uma das posições pedidas pelo técnico Gílson Kleina é um lateral-esquerdo. O nome da vez no Palestra Itália é o de Márcio Azevedo, do Botafogo. O empresário do atleta, Sandro Becker, revelou que recebeu uma consulta do gerente de futebol do Verdão, César Sampaio. Mas até agora, nenhuma proposta foi feita.

- Recebi uma ligação de um dirigente do Palmeiras e avisei que precisariam procurar o Botafogo - disse o empresário.

Do lado alvinegro, o vice-presidente de futebol alvinegro, Chico Fonseca, deixou claro que desconhece o interesse do time paulista pelo seu jogador.

- Pode ser que eles tenham procurado outro membro da diretoria. Eu não conversei com ninguém do Palmeiras. O Márcio é um jogador que está nos planos do Botafogo para a próxima temporada. No entanto, não existe ninguém inegociável no elenco - ressaltou o dirigente.

A diretoria palmeirense se cala sobre o assunto. O vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo, não quis comentar sobre o nome do atleta.
- Não falaremos sobre ninguém. A diretoria do Palmeiras adotou uma filosofia de só comentar após a publicação de qualquer notícia no site oficial do clube - explicou o cartola.

Por enquanto, dois reforços foram contratados para o ano que vem: o goleiro Fernando Prass, que veio do Vasco, e o lateral-direito Ayrton, que estava no Coritiba.
Clique e veja vídeos de Palmeiras e Botafogo

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2012/12/por-indicacao-de-kleina-verdao-vai-atras-de-marcio-azevedo-do-bota.html

Ranking da Fifa: Espanha termina o ano na ponta, e Brasil cai para 18º


Seleção fica na pior colocação da história. Colômbia sobe do oitavo para o quinto lugar e ganha 31 posições em relação a 2011

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

A Fifa anunciou, na manhã desta quarta-feira, a lista do mês de dezembro do ranking de seleções, a última do ano. A Espanha fecha 2012 na liderança, sendo eleita a seleção do ano, seguida de Alemanha, Argentina e Itália, que ultrapassou Portugal. Já o Brasil fecha a temporada caindo cinco posições em relação a novembro, “ostentando” sua pior colocação na história desde que a eleição começou a ser feita, em 1993: a 18ª (leva-se em consideração o fato de a Seleção não estar disputando as Eliminatórias).

A sensação do ranking é a Colômbia, que foi quem mais progrediu nos últimos 12 meses. Os colombianos terminaram 2011 na 36ª colocação, e terminaram 2012 na quinta posição, saltando do oitavo lugar de novembro, deixando os portugueses para trás.



Seleção Brasileira antes do jogo contra a Argentina (Foto: Mowa Press)Apesar do título do Superclássico, Seleção caiu ainda mias no ranking no último mês (Foto: Mowa Press)

A primeira atualização do ranking em 2013 acontecerá no dia 17 de janeiro. A seleção brasileira terá na Copa das Confederações a grande chance de voltar a figurar entre as melhores equipes. A competição, que vai ser disputada no país, acontecerá entre os dias 15 e 30 de junho.

Veja quem são as 10 melhores seleções do ranking da Fifa:
1 - Espanha: 1606 pontos
2 - Alemanha: 1437 pontos
3 - Argentina: 1290 pontos
4 - Itália: 1165 pontos
5 - Colômbia: 1164 pontos
6 - Inglaterra: 1151 pontos
7 - Portugal: 1144 pontos
8 - Holanda: 1124 pontos
9 - Rússia: 1070 pontos
10 - Croácia: 1064 pontos


18 - Brasil - 946 pontos


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2012/12/ranking-da-fifa-espanha-termina-o-ano-na-ponta-e-brasil-em-18.html

Artilheiro, polêmico e mártir: conheça o zambiano que 'desbancou' Messi


Os 106 gols de Chitalu em 1972, segundo a federação local, são só a parte mais famosa de uma carreira marcada por polêmicas e um trágico acidente

Por Felipe Schmidt Rio de Janeiro

Túmulo de Godfrey Chitalu na Zâmbia (Foto: Reprodução)O túmulo de Godfrey Chitalu na Zâmbia: ídolo do
futebol nacional (Foto: Reprodução)

Há um mês, Godfrey "Ucar" Chitalu era apenas um nome obscuro conhecido por poucos fãs africanos de futebol e longe de fazer parte do Olimpo do futebol. De repente, porém, tudo mudou: o ex-atacante da Zâmbia, falecido em 1993, foi envolvido em uma polêmica com ninguém menos que Lionel Messi, o maior jogador da atualidade. De acordo com as contas da federação de seu país, o ex-atleta anotou 106 gols em jogos oficiais em 1972 (pelo Kabwe Warriors e pela seleção), contra 90 do argentino em 2012, o que o transformaria no maior artilheiro em um ano na história.
Contas à parte, a carreira de Chitalu é muito mais interessante do que apenas a disputa pelo recorde com Messi. Antes mesmo de toda a polêmica sobre seus gols em 1972 vir à tona, Chitalu já era considerado o maior ídolo do futebol da Zâmbia. Ao todo, ele venceu o prêmio de melhor jogador do país em cinco oportunidades, foi artilheiro do campeonato local seis vezes, e conquistou, ao todo, 10 troféus por Kitwe United e Kabwe Warriors, clubes que defendeu. Pela seleção, fez parte do elenco que foi vice-campeão da Copa Africana de Nações em 1974. Em 2006, foi incluído pela Confederação Africana de Futebol na lista dos 200 melhores jogadores da história do continente.

Apesar deste currículo, pouco se sabia sobre o jogador antes de toda a confusão com Messi. Aliás, controvérsia parece fazer parte de toda a carreira futebolística do artilheiro zambiano, nascido em 1947. Comparado a Edmundo pelo historiador Jerry Muchimba, responsável pela pesquisa que listou todos os seus gols, Ucar colecionou histórias curiosas dentro e fora de campo da mesma maneira que balançou as redes adversárias.

- Ele era explosivo e muito temperamental, especialmente quando começou a carreira. Por outro lado, não há registro de que tinha um comportamento condenável fora de campo. Também era muito criticado por não colaborar na marcação e ser individualista. Não acho que Balotelli se pareça com ele, porque Mario faz coisas loucas e sempre desaponta em campo. A habilidade de Chitalu nunca foi questionada. Acho que Edmundo é mais parecido com ele. Controverso, mas um brilhante jogador – contou Muchimba.

Godfrey Chitalu, da Zâmbia (Foto: Zambian Football)Chitalu em ação: zambiano teria superado Messi em número de gols em um ano  (Foto: Zambian Football)

Suspenso por “falsidade ideológica”
Entre os casos mais emblemáticos da personalidade de Chitalu estão as reclamações contra a deslealdade dos adversários e as constantes discussões com árbitros. Em uma ocasião, em 1967, quando defendia o Kitwe United num duelo contra o Lusaka, foi advertido por diversas entradas violentas. Ao ser questionado pelo juiz sobre seu nome, respondeu que era Dennis Law (um ex-jogador escocês, tido como ídolo do zambiano) e foi expulso imediatamente. Inconformado, se recusou a sair de campo e teve de ser acompanhado por policiais. Acabou suspenso pelo resto da temporada pelas autoridades.

Por outro lado, a qualidade técnica de Chitalu não era questionada. Afinal, no ano seguinte à confusão contra o Lusaka, anotou 81 gols pelo Kitwe, segundo os registros, ajudando o time a chegar à decisão da Castle Cup.

- Eu era criança quando vi Chitalu jogar. Ele era ambidestro e tinha um bom chute de fora da área. Também era muito rápido e driblava os defensores com facilidade. E, fisicamente, era tão forte quanto Pelé – disse Andrew Kamanga, atual presidente do Kabwe Warriors, clube pelo qual Chitalu brilhou em 1972.

Até mesmo um combinado de jogadores brasileiros encarou o “Rei do Gol”, como Chitalu ficou conhecido. Muchimba conta que, durante sua pesquisa para catalogar os feitos do artilheiro, se deparou com uma reportagem num jornal local detalhando um amistoso entre a seleção da Zâmbia e uma equipe que dizia representar a seleção brasileira sub-23.


Godfrey Chitalu, da Zâmbia (Foto: Reprodução/Nieuwsblad.be)Chitalu com a seleão da Zâmbia na Copa Africana
de 1974  (Foto: Reprodução/Nieuwsblad.be)

- A equipe brasileira estava numa turnê pela África, e enfrentou a Zâmbia em maio de 1973. Antes do jogo, todos estavam preocupados de que aquela não era a verdadeira seleção brasileira, e logo se descobriu que era um time composto por jogadores paulistas. Palmeiras, São Paulo e Corinthians tinham colaborado com três atletas cada. A Zâmbia venceu por 2 a 1, e Chitalu fez um gol. Após a partida, o técnico brasieiro, Roberto Sanchez, afirmou: ‘O Godfrey Chitalu de vocês é muito bom. É o tipo de jogador que queremos no Brasil”. Os times se enfrentaram outras duas vezes, com um empate em 3 a 3 e outra vitória por 2 a 1 da Zâmbia – relatou o historiador.

Companheiro de Chitalu na época de Kabwe, o ex-jogador Edward Musonda também tem boas memórias do colega. Tanto que, ao ser questionado sobre o temperamento, preferiu despistar.

- Ele era um excelente jogador. Se tinha um comportamento explosivo (risos)? Ele era um grande jogador – brincou Musonda, por telefone.

Apelido surgiu de nome de bateria para carros

OS TÍTULOS DE GODFREY CHITALU
Campeonato Zambiano: 1971, 1972
Castle Cup: 1972
Challenge Cup: 1972
Chibuku Cup: 1970, 1971 e 1972
Charity Shield: 1971, 1972 e 1973
Artilheiro do Campeonato Zambiano: 1968, 1971, 1972, 1974, 1977, 1980
Melhor Jogador da Zâmbia: 1968, 1970, 1972, 1978, 1978
 Chitalu chegou ao Kabwe em 1971, mas não sem polêmica. Seu antigo clube relutou em liberá-lo, e a transação só foi concluída com a intervenção da federação. A briga pelo artilheiro, entretanto, valeu a pena para os Warriors: em 1972, ano do recorde de Ucar, a equipe conquistou todos os cinco títulos nacionais que disputou. O atleta só sairia do time em 1981, quando encerrou a carreira após sofrer uma lesão no braço. No ano seguinte, recebeu um prêmio da Fifa em reconhecimento aos feitos da carreira.

Apesar das polêmicas, Ucar era um ídolo na Zâmbia. Seu apelido, aliás, provém de uma marca de bateria de carro de mesmo nome, da qual ele se tornou garoto-propaganda. Tanta popularidade foi explorada pela política. No auge de Chitalu, o presidente da Zâmbia, Kenneth Kaunda, impediu o jogador de se transferir para clubes estrangeiros, afirmando que o atleta era um tesouro nacional.

- A influência de Chitalu era tanta que inspirou muitos jovens do país. Além do caso das baterias UCAR e do presidente, ele também teve um LP, intitulado “Godfrey Chitalu”, gravado com as narrações de seus gols, e o disco se tornou um bestseller, vendendo mais do que discos de música – contou o historiador Muchimba.

- Na época de Chitalu, muitos garotos jogavam futebol descalços na rua, chamando a si mesmos de Ucar – lembrou o jornalista zambiano Leonard Kotoko, da revista local “Touchline Soccer”, que escreveu uma matéria sobre o artilheiro em 2007.
Sucesso como treinador

Godfrey Chitalu, da Zâmbia (Foto: Zambian Football)Chitalu foi técnico da Zâmbia após pendurar
as chuteiras (Foto: Zambian Football)

Após se aposentar, Chitalu não ficou muito tempo longe dos gramados. Em 1983, ele se tornou auxiliar técnico do Kabwe Warriors, mas não deixou de se envolver em polêmicas. Em uma partida contra o Nkana Red Devils, invadiu o gramado e acertou um soco no árbitro, que suspendeu o jogo. O ex-jogador acabou punido pela federação: foi banido do futebol para o resto da vida, masacabou perdoado após dois anos de castigo.

O retorno ao Kabwe aconteceu em 1990, quando Chitalu assumiu o desafio de recuperar a equipe, que havia acabado de ser rebaixada para a segunda divisão. Sob o comando do ídolo, os Warriors subiram imediatamente para a elite e ainda conquistaram dois títulos: a Challenge Cup e o Troféu Campeão dos Campeões. Como resultado, o “Rei do Gol” foi considerado o melhor treinador da temporada.

Tragédia transforma ídolo em mártir
Com o bom trabalho no Kabwe, Chitalu foi chamado para assumir a seleção da Zâmbia em dezembro de 1992. O otimismo no país era geral, já que a geração era considerada a melhor da história. A classificação inédita para a Copa do Mundo de 1994 era vista com confiança. Afinal, seis anos antes, na Olimpíada de Seoul, a equipe havia chegado às quartas de finais do torneio, após golear a Itália por 4 a 0 na fase de grupos.

De fato, a Zâmbia correspondeu às expectativas. A equipe se classificou com facilidade para a fase final e caiu num grupo com Marrocos e Senegal. Entretanto, no dia 27 de abril de 1993, o avião que levava a delegação para o duelo contra os senegaleses caiu no Gabão. Chitalu, toda a comissão técnica e os 18 jogadores morreram. Marrocos acabou se classificando para o Mundial.

- A maioria dos zambianos, inclusive eu, acreditavam que o time iria se classificar para a Copa. Pouco antes do acidente, uma revista africana havia colocado o time como o favorito para vencer o grupo. Os dias após o desastre foram o período mais tenebroso da história do país. Foi difícil acreditar que um time tão excepcional havia sido dizimado – lembrou Muchimba.

Para Andrew Kamanga, presidente do Kabwe Warriors, a forma trágica como Chitalu morreu transformou o ex-jogador em um mártir na Zâmbia.

- Em seus anos como técnico, Godfrey era um exemplo de verdadeiro líder. Ele morreu em uma missão pelo país e é lembrado como um herói.
O legado de Chitalu

Godfrey Chitalu, da Zâmbia (Foto: Reprodução)Ídolo nacional, Chitalu era tema de
reportagens na imprensa  (Foto: Reprodução)

A recuperação do futebol zambiano demorou a acontecer após a tragédia. A seleção segue sem disputar um Mundial, mas, em 2012, conquistou pela primeira vez a Copa Africana de Nações. Por outro lado, o Kabwe Warriors, time que teve Chitalu no auge, sofreu com diversos problemas econômicos e passou a ter dificuldades para ficar na elite local.

- O clube foi patrocinado pela empresa Zambia Railways de 1962 até 2002, quando foi privatizada através de uma concessão. Manter um time na primeira divisão é muito caro, e nos 10 anos seguintes o Kabwe sofreu com problemas financeiros. Mas, em 2012, o governo cancelou a concessão, e agora esperamos que a empresa volte a nos apoiar – disse Kamanga.

Ainda neste ano, o Kabwe teve outra boa notícia: a equipe conseguiu voltar para a primeira divisão. E Kamanga já planeja aproveitar a nova notoriedade de seu maior ídolo.

- Nós vamos propor que o nosso estádio seja renomeado para Godfrey Chitalu 107, e queremos construir uma estátua para Chitalu. Estamos felizes pelo conhecimento dele, mesmo se a Fifa não aceitar o recorde. Queremos produzir réplicas da camisa do clube com a inscrição “Chitalu 107”. Esperamos conseguir levantar fundos para o clube e também para a família de Chitalu.

Enquanto o Kabwe tenta se levantar, a Zâmbia também busca aproveitar o novo momento de visibilidade proporcionado por seu maior ídolo. Mesmo sem o reconhecimento da Fifa e o desprezo de muitos fãs no mundo, que minimizam seu feito por causa das condições e do local em que foi alcançado, o “Rei do Gol” ainda ajuda seu país.

- O reconhecimento de Chitalu seria uma inspiração para os jovens da Zâmbia. Podemos dizer que ele fez pela Zâmbia o que Pelé fez pelo Brasil – analisou Leonard Kotoko.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2012/12/artilheiro-polemico-e-martir-conheca-o-zambiano-que-desbancou-messi.html

Canteiro de obra há um mês, quadra do 'Copa' revê glamour com torneio


Torneio apenas para convidados marca reinauguração do espaço no hotel

Por Alexandre Cossenza Rio de Janeiro

O recém-inaugurado piso roxo e verde, que hoje recebe nomes como Mats Wilander, dono de oito títulos de Grand Slam, sempre foi um espaço para poucos. Localizada no quinto andar de um dos prédios mais luxuosos do bairro, a quadra era reservada aos hóspedes do tradicional Copacabana Palace. Durante seis meses, porém, o espaço deixou de ver gentis quiques de bolinhas amarelas e transformou-se em um grande canteiro de obras. Com a organização do Torneio dos Campeões, a quadra voltou ao glamour de antes.

Quadra Copacabana Palace tênis 2012 (Foto: Luiz Candido / Alpha Imagem)Quadra nova do Copacabana Palace, após a reforma (Foto: Luiz Candido / Alpha Imagem)

Promotor do evento também conhecido na ATP como Grand Champions Rio, o ex-tenista e atual comentarista do SporTV, Dácio Campos, nem sabia da existência do espaço. As negociações para que o torneio fosse realizado no "Copa" começaram quase por acaso, quando Dácio procurava um hotel para hospedar os famosos atletas que viajariam ao Rio.

- Quando vim, a Andrea Natal, diretora do Copa, perguntou por que eu não fazia o evento aqui. "Fazer onde?", eu disse. E ela falou que havia uma quadra. Quando cheguei lá, estava tudo em obra. Eu não vi uma quadra. Vi um canteiro de obras. Na verdade, eram barracas, refeitório dos funcionários, banheiros, marcenaria, enfim... mistura de entulho com canteiro de obras.

Construída em 1994, a quadra do Copacabana Palace já recebeu nomes ilustres, como Gustavo Kuerten. Os bate-bolas, no entanto, foram interrompidos no dia 26 de junho deste ano - parte de uma grande obra, ainda em andamento, no hotel.

Quadra Copacabana Palace tênis 1994 (Foto: Divulgação)Antes de se tornar canteiro de obras, a quadra
era reservada a hóspedes (Foto: Divulgação)

O acordo verbal para que uma nova quadra fosse construída para Grand Champions Rio foi rápido. O acerto para a liberação do espaço, nem tanto. 

- O diretor da obra no hotel tem prazos para cumprir, então ele não tinha se preocupado com nada que não fosse entregar a obra. De repente, surgiu uma preocupação nova, que era o que fazer com essa sujeira dele, onde colocar a equipe (que até então ocupava o local quadra de tênis). E ela (Andrea Natal) me pediu dez dias para ele fazer uma conta de logística e então dizer "a gente consegue" - relatou Dácio Campos.

O piso ficou pronto em três dias. A instalação de placas de publicidade foi feita em duas jornadas. E a quadra do Copacabana Palace recebe, esta semana, os suecos Mats Wilander e Thomas Enqvist, os franceses Henri Leconte e Fabrice Santoro, o sul-africano Wayne Ferreira e o brasileiro Marcos Daniel.

O resultado parece agradar aos convidados, que enchem os cerca de 400 assentos disponíveis nas laterais da quadra e, nos intervalos, têm direito a comes e bebes em um dos salões do hotel. O promotor também tem seus motivos para comemorar a parceria com o hotel. Além da economia na logística - não há a necessidade de contratar seguranças nem serviço de transporte para levar os atletas do hotel até o lugar dos jogos -, o nome do hotel ajuda a dar charme a um torneio de tênis com tantos nomes famosos.

- Não é um evento para fazer no Maracanãzinho, porque não tem força para levar 5 mil pessoas lá. Já houve tentativas aqui no Rio que deixaram isso claro. E não adianta eu tentar vender ingresso, porque não vende. O perfil do evento é muito mais para o cara fazer uma clínica, ver um jogo, etc. Acho que a gente achou o lugar certo, do jeito certo. O evento e o "Copa" têm tudo a ver, eles se combinam - conclui Dácio.

Nesta quarta-feira, o Torneio dos Grandes Campeões de tênis continua com o duelo entre os suecos, Mats Wilander e Thomas Enqvist, às 19h (de Brasília). No jogo seguinte, o brasileiro Marcos Daniel enfrenta o francês Fabrice Santoro para saber quem estará na final da competição. Os dois jogos terão transmissão ao vivo do SporTV 3

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/torneio-dos-campeoes-de-tenis/noticia/2012/12/canteiro-de-obra-ha-um-mes-quadra-do-copa-reve-glamour-com-torneio.html

Do lava-carros à Bola de Ouro: como Cássio deixou o RS para virar herói


GLOBOESPORTE.COM visita a pequena Veranópolis, terra do goleiro do Corinthians, e reconta sua trajetória de dificuldades e superação

Por Lucas Rizzatti Veranópolis, RS

cássio corinthians especial (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)Cássio, ainda como jogador de linha, aos 11 anos
(Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)

Faz frio, e Tite, como de hábito, sustenta o queixo entre os dedos indicador e polegar da mão direita. Observa o bate-bola dos jogadores e, num rompante, grita. O alvo é Cássio:

- Ô, guri!
A cena esboçada linhas acima bem que poderia contar a história de algum treino do Corinthians no Japão, na última semana. Afinal, lá, do outro lado do mundo, havia frio, havia jogadores, havia bate-bola, havia traves. Havia Tite. Havia Cássio. Mas, na verdade, é o início de tudo. De quando Tite, ainda um treinador desconhecido em busca da primeira divisão do Gauchão, chamava Cássio de 'guri', como os demais garotos que catavam bolas nos treinos do Veranópolis, idos de 1992, 1993. O primeiro encontro entre técnico e goleiro, o embrião do título mundial de domingo.

Coincidência? O dicionário empresta uma definição mais assertiva: destino.

É ele, grandioso como Cássio fora contra o Chelsea, que rege a vida desse gaúcho de 25 anos.Que começou com pouco brilho - bife no domingo era banquete e as lavagens de carro valiam R$ 5 por semana. Agora, tudo reluz como a Bola de Ouro aninhada em suas mãos intermináveis. O mundo é de Cássio. Isso todos sabem. Já o mundo de Cássio, de Veranópolis (cidade serrana a 170 km de Porto Alegre, conhecida como a Terra da Longevidade) a Yokohama, você vai conhecer um pouco mais agora.

cássio corinthians especial (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)Família em frente à casa construída por Cássio, em 2007 (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)

Tranquilidade. Essa é palavra que define Cássio. Por mãe, irmãos, amigos. Na verdade, só existia uma coisa para tirá-lo do sério desde muito criança: não poder jogar futebol. Mãe solteira, Lurdes, que curiosamente costuma atender também por Luciana, desdobrava-se para criar três filhos (além de Cássio, Tais e Eduardo) e precisava da ajuda do mais velho.
Um pouco mais de Veranópolis
- Localizada na Serra Gaúcha

- A 170 km de Porto Alegre

- 23 mil habitantes

- Capital brasileira da longevidade

veranópolis cássio mapa (Foto: Reprodução)
Cássio, portanto, estudava pela manhã na escola Joana Aimé e trabalhava à tarde no lava-carros do tio João Carlos Ramos, o Kojac. Nem sempre conseguia se desvencilhar do serviço para encontrar os companheiros na escolinha Planalto e rumar aos treinos no modesto "campo dos padres". Frustrado, largava a mochila no chão e resmungava:
- Não deu para eu treinar hoje...

Bife? Só no domingo
Ganhava R$ 5 por semana das mãos do tio, que também lhe dava almoço. Mas gostava mesmo era de sanduíche. De surpresa, às vezes, rompia a porta da pequena casa, apenas um quarto e uma cozinha, sem banheiro, com uma sacola forrada de queijo, presunto e maionese. Presente para ele? Sim, mas, principalmente para a sua família. 

Cuidava dela com zelo. Não apenas repartindo as benesses do minguado "salário", mas também protegendo os mais novos - a mãe chegava do serviço apenas às 23h. A distância de Lurdes ajudou Cássio a criar vínculos fortes com a avó, Dona Maria Luiza, de 65 anos. Tanto que, até hoje, a chama de 'mãe', provocando confusão aos menos chegados.

cássio corinthians especial (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)Kojac mostra faixa e apresenta a local em que Cássio trabalhava (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)

Das mãos de Maria Luiza saíam brilhando os uniformes sujos de bar
ro dos campinhos da cidade. A "mãe real" se enchia de uma preocupação: colocar comida na mesa.

- Arroz e feijão nunca faltou. Tinha todo o dia. Mas eu ia dormir pensando se ia conseguir colocar uma carne no domingo. Domingo tinha de ser algo diferente - conta Maria de Lurdes.

Não pense, no entanto, que o tio de apelido incomum era carrasco. Kojac também soube e, muito, ser pai. Massagista do Veranópolis, era o "culpado" pelos encontros entre Tite e Cássio. Levava o seu "carrapato" a todos os treinos. Virava ajudante.

- Eu tinha a sacolinha de gelo, de água gelada. Ele também ficava no vestiário ouvindo as coisas, sentado num banquinho - recorda, sentado em sua pequena casa de madeira, envolvido por três grandes pôsteres de Cássio pendurados nas paredes.

Mesmo criança, fechava o gol contra adultos


cássio corinthians especial (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)Kojac estampa o orgulho pelo sobrinho na parede
de casa (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)

De faz-tudo do VEC, como é conhecido o clube, Cássio passou a aspirante a jogador. Começou como lateral-esquerdo. Mas não tinha jeito. Quando a partida ficava complicada, a solução era mandar o garoto de porte avantajado para o gol. Na escola Joana Aimé, era o centro das atenções nas aulas de educação física. A professora Cynthia Conte não esquece. O time em que Cássio jogava não levava gols - uma boa maneira de compensar a pouca paciência para as outras disciplinas, como português e matemática. A boa fama de Cássio como goleiro o rendeu testes mais pesados.

Além de massagista e lavador de carros, o polivalente Kojac era técnico de equipes amadoras da região. Gente adulta, nada de garotos de 11, 12, 13 anos. Certa vez, numa partida do Municipal, colocou o jovem Cássio sob as traves. Resultado: pouca idade, muito sucesso. O narrador de uma rádio local se indignou e queria saber do treinador por que não havia usado antes aquele garoto no gol.

- Perdemos de 3 a 2, mas o que ele pegou... - recorda Kojac, brilho no olho, enquanto divide atenções da entrevista com a reportagem na TV sobre as defesas do sobrinho no Mundial - Depois dos 11 anos, resolveu ser goleiro. Dei um par de luvas para ele.

A partir daí, o sonho começou a tomar contornos mais firmes. Cássio realmente queria seguir carreira no futebol. Alguns anos depois, Evandro, ex-jogador e amigo da família, foi ao Juventude pedir um teste para o garoto. Ouviu de um dirigente:

- Temos goleiro melhor por aqui.

O empurrão de Lelo
O Tubarão, de Santa Catarina, acolheu o jovem de mãos grandes. Cássio, quase chegando aos 15 anos, ficou apenas 15 dias lá, em testes. Não gostou. Voltou para os braços das suas duas mães. Por pouco tempo. Paulo César Magalhães, lateral campeão do mundo pelo Grêmio e que era responsável por uma escolinha de futebol em Canoas, precisava de jovens valores. Procurou Marcos Aurélio Ayres, então meio-campo do Canoas. Hoje, ele é preparador físico do Veranópolis e, anos atrás, havia jogado no clube e criado raízes na cidade. 

- Tem alguns meninos lá em Veranópolis para a escolinha? - questionou.

Paulo Cesar mal havia completado a frase, e Lelo, como é mais conhecido, lembrou-se de Cássio, o garoto que vivia na cola do tio Kojac nos treinos do Veranópolis. Ligou para o massagista. Kojac foi até Cássio, aos berros, eufórico. Uma chance de ouro. A escolinha era conveniada ao Grêmio. Para o Olímpico, foi um pulo. 
- Você tem que comer grama! - aconselhou Kojac.

cássio corinthians especial (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)'Campo dos padres', um dos primeiros palcos de
Cássio (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)


Cássio, como sempre, ouviu os conselhos do "meio tio, meio pai". O primeiro ano na gigantesca Porto Alegre foi na casa de familiares. Depois, morou no alojamento do Olímpico mais quatro anos. Não sem percalços. Com dois anos anos de Grêmio, sacou o telefone e discou o prefixo 54. O telefone tocou na casa de Kojac. O tom de voz, triste. 

- Eu não estou nem pegando banco... Acho que vou voltar. 
Resignada, a mãe já estava planejando o retorno do primogênito. Kojac não admitiu a desistência. Do outro lado da linha, Cássio ouviu uma bronca digna de seus 1m95cm:

- Tem mil caras por dia querendo o seu lugar. Vai querer ir embora para voltar a lavar carro?
Cássio engoliu em seco. Voltou a vestir as luvas. Afinal, sempre ouviu o tio Kojac. Bom para ele, para o Grêmio, para as seleções de base. Foi campeão do Sul-Americano Sub-20, em 2007, substituindo o amigo e companheiro no clube gaúcho, Marcelo Grohe. A família Ramos se orgulhava cada vez mais do filho que deixou Veranópolis para fazer sucesso no futebol. Mas Cássio também queria orgulhar os seus. Preparou, naquele ano, a mudança de endereço para a mãe. Chegava a hora de dar adeus às idas ao banheiro na casa da avó e às noites de sono no chão.Com um sorriso de orelha a orelha, deu a Maria de Lurdes duas opções de plantas.

- Escolhi esta - relembra, apontando para a imensidão de sua bela casa verde, sem nenhuma referência ao Palmeiras, lógico, e já travestida de Timão, com uma larga bandeira alvinegra na sacada do segundo piso.

Cássio só não conseguia construir sua afirmação entre os titulares no Grêmio. Antes, em 2006, atuou em uma partida como titular. E com um chutão que virou assistência para gol de Herrera, na vitória de 1 a 0 sobre o Fluminense, pelo Brasileirão. O jeito foi aceitar a proposta do PSV, da Holanda. Em dúvida, Cássio rumou a sua Veranópolis para se aconselhar. Questionou Neri Conte, antigo técnico da escolinha Planalto e que hoje, como Cássio, trabalha com as mãos. Tem uma clínica de quiropraxia. (Veja as cinco melhores defesas do goleiro na final do Mundial de Clubes).

- Quer a minha opinião? Bom, vou dar. Tem de ir. Vai ganhar um dinheiro bom. E mais: com a experiência internacional, qualquer clube no Brasil vai querer você de volta - avisou.

cássio corinthians especial (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)Mãe e irmão agradecem título mundial a Santa Rita de Cássia (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)

Com mais um empurrão do destino, Cássio foi. Jogou pouco durante os cinco anos de contrato. Também foi emprestado ao Sparta Roterdã, com 14 partidas disputadas. A profecia demorou, mas Neri tinha razão. Um grande clube do Brasil iria recebê-lo um dia, braços abertos. Nem a família acreditou.

- Pensei que ele ia voltar para um time de segunda divisão, para retomar o rumo, pegar ritmo de novo... Jamais imaginei ser em um clube como o Corinthians - admite Eduardo, 18 anos, que segue os passos do irmão sob as traves.

Mais perto da família (era casado, separou-se há dois anos, ainda na Holanda), Cássio, enfim, brilhou. E os Ramos se juntaram de vez ao bando de loucos. Camisetas, bandeiras... até fã-clube. E não só para o familiar. Maria de Lurdes adora o meia Danilo e o atacante Emerson Sheik.
 Esteve com Cássio em São Paulo das quartas até a final da Libertadores. Do Pacaembu, viu o filho fazer a sua defesa mais importante, em chute de Diego Souza, justamente contra o Vasco que por pouco não o contratara antes do Timão.

cássio corinthians especial (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)Luva da Libertadores traz iniciais da mãe e dos
irmãos (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)

Coisa do destino. Ou de Deus. Até porque a fé move os Ramos. Devota de Santa Rita de Cássia, Maria de Lurdes tomou conta do santuário, a 3,5 quilômetros de sua casa. Na semana do Mundial, o altar inteiro foi enfeitado com os ramalhetes deixados por ela. Um muro de agradecimentos pelas graças alcançadas também tem uma foto de Cássio, ainda da época do PSV. Em breve, será trocada por uma, claro, do Corinthians.

Num cantinho de casa, Maria de Lurdes reúne uma galeria de relíquias do filho. A primeira taça conquistada com a base do Grêmio, em 2002, é a preferida. Dorme numa das prateleiras, protegido por um espesso vidro, o uniforme completo usado pelo goleiro na conquista da Libertadores, diante do Boca Juniors. Nas luvas, as iniciais C.R. (Cássio Ramos) e M.E.T (Maria, Eduardo e Tais) dimensionam a importância da família para o jogador.

O tio Kojac não tem homenagem impressa, mas se sente o "fã número 1". Justamente ele, o maior incentivador, que deu as primeiras luvas ao ainda garoto tímido do interior, acabou não curtindo toda a festa no domingo. Enquanto mais de 70 pessoas se espremiam em frente à televisão com Maria de Lurdes, Kojac ficou em sua casa de madeira. Sozinho. Quieto. É assim que assistia a todos os jogos de Cássio. Diante do Chelsea, não seria diferente.

Também religioso, adotou uma tática dos céus. Se Cássio defendia a meta da direita, postava a imagem de Nossa Senhora de Lourdes exatamente do lado direito da televisão. O mesmo valia na inversão, após o intervalo. Só relaxou com o apito final.

- Quando acabou, eu quase quebrei essa casinha - sorri, com um orgulho do tamanho do mundo.

A festa parou Veranópolis. A família foi às ruas. Em frente à televisão, ficou apenas a mãe, que hoje não precisa mais trabalhar até as 23h e se dedica exclusivamente ao seu próprio lar. Se não fosse ela, iam demorar para saber que Cássio foi o Bola de Ouro. Kojac também viu, no seu cantinho e apreensivo, o sobrinho levar o prêmio máximo do torneio.

- Eu vi que chamaram o Guerrero (bronze) e o David Luiz (prata). Eu pensei: vai ser dele a Bola de Ouro, não tem outro!

Essa família Ramos é pródiga em premonições. Mais uma estava concretizada. Destino? Ato divino? Deem o nome que quiserem. O fato que o mundo é de Cássio. E esse, das linhas acima, é uma boa parte do mundo de Cássio. Que será, a partir de quinta, o seu retiro.

É onde espera deitar no sofá e assistir a futebol internacional e a filmes de aventura, ao estilo Senhor dos Anéis. Também pode ir à cidade vizinha, Nova Prata, e dar um mergulho no rio de sua fazenda, a Pratinha. Claro, antes, deve receber o carinho de toda a Veranópolis e seus mais de 22 mil habitantes. A cidade conhecida como a Terra da Longevidade é agora, graças a Cássio, também um reduto da imortalidade. Afinal, quem conquista o mundo nunca morre.

Galeria, Dificuldades e futebol: a infância de Cássio (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Cássio criança, com amiga; Tite comemora acesso do Veranópolis à elite do Gauchão, em 1993; na foto ao lado, Cássio está sentado comemorando o acesso com Kojac; Cássio com Marcelo Grohe, na base do Grêmio; última foto mostra crisma de Cássio e, ao seu lado, Kojac (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)

Galeria, Família guarda relíquias de Cássio (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Cássio no PSV, com Gomes; mãe segura primeiro troféu do filho, de 2002, no Grêmio; mais relíquias da final da Libertadores da América (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com):

Calculista, Zanetti não liga para enxurrada de cobranças até 2016


'Cada um tem que trabalhar seu psicológico para aguentar', diz ginasta campeão olímpico e eleito melhor atleta do ano

Por Gabriele Lomba Rio de Janeiro

O ano foi meticulosamente calculado: cada adversário a superar, cada competição a vencer, e até mesmo a perder - e como perder. Mas nada evitou que o coração disparasse naqueles minutos antes de ouvir seu nome. Ao se juntar a Sheilla, do vôlei, para receber o troféu de melhor atleta do ano, do Prêmio Brasil Olímpico, Arthur Zanetti fechou 2012 do jeito que sonhava. O campeão olímpico das argolas em Londres - primeira medalha do país na ginástica artística - desceu do palco de novo sereno, com a segurança que lhe é peculiar. E pronto para uma enxurrada de cobranças até os Jogos do Rio, em 2016.

- Todo mundo fala muito sobre cobrança, pressão por resultados, porque as Olimpíadas vão ser aqui no Brasil. Mas, para mim, é uma cobrança boa. Cada um tem que trabalhar seu psicológico para aguentar. Estou preparado para as cobranças. Vou trabalhar ainda mais para que nada dê errado - disse o ginasta, de 22 anos.


Sheilla e Arthur Zanetti Prêmio Brasil Olímpico 2012 (Foto: Fernando Soutello/Agif/COB)Ao lado de Sheilla, Zanetti foi o grande homenageado no Prêmio Brasil Olímpico 2012(Foto: Fernando Soutello/Agif/COB)

Zanetti nem pensa em afrouxar o ritmo. Estudante de Educação Física, traçou como uma das prioridades em 2013 a Universíade, em julho, na Rússia. Lá, defenderá o título conquistado dois anos antes, na China. No fim de setembro, vai em busca de um ouro inédito no Campeonato Mundial, na Bélgica - foi prata no passado, no Japão. O ciclo olímpico Rio 2016, para ele, começa em janeiro, depois de merecidas férias.

- Meu sonho é repetir o ouro em 2016 e levar uma equipe masculina completa aos Jogos.

Zanetti já provou ser bom quando o assunto é traçar metas. No início do ano, anotou todas elas em um quadro. E foi apagando uma por uma, torneio por torneio, adversário por adversário. Em janeiro, conquistou ouro na Arena North Greenwich, evento-teste para as Olimpíadas de Londres. Na etapa de abertura da Copa do Mundo, em Cottbus, na Alemanha, uma prata, segundo ele, planejada.

- Ganhei tudo que queria e perdi o que queria. Em Cottbus, fiz uma série antiga para não mostrar a nova ao chinês. Assim ele não saberia o que eu iria apresentar nas Olimpíadas.

O chinês em questão é Yibing Chen, tetracampeão mundial e até então defensor do ouro olímpico nas argolas. Ele era o único que ainda jogava pedras em seu caminho.

A partir dali, o paulista quis vencer e venceu as etapas de Maribor (Eslovênia), em Oseijek (Croácia) e Ghent (Bélgica) da Copa do Mundo. Os resultados o inflavam de confiança. Era o maior adversário de Yibing. Mas insistia em não querer saber do chinês. Concentrou-se, blindou-se. E voltou a traçar uma estratégia, agora especificamente para os Jogos de Londres: tirou um movimento da série e passou em quarto para a final. Só assim competiria em oitavo, por último.

No dia da decisão, foi para a sala de aquecimento enquanto parte dos rivais se apresentava. Observando e torcendo, de perto ou longe, todos ainda poderiam trazer um quê de desconfiança naquele baixinho de 1,56m. A imagem de Daiane dos Santos derrapando em Atenas 2004; a queda de Diego Hypolito em Pequim 2008…

Zanetti não tinha nada disso na memória. Subiu nas argolas, fez sua série com perfeição. Desceu e olhou para Marcos Goto - seu treinador há 15 anos, em São Caetano (SP) -, que já comemorava, antes mesmo de a nota aparecer no telão: 15.900, primeira medalha da história da ginástica verde-amarela em Olimpíadas. Medalha de ouro para o brasileiro, aposentadoria para o chinês.

Depois de Londres, Zanetti foi prata em Ostrava (República Tcheca), campeão brasileiro por equipes e campeão dos Jogos Abertos do Interior. Estava com férias já quase marcadas quando pintou convite para a Copa Toyota, no Japão. Foi para lá e fechou a temporada com ouro: 15.900 pontos, a mesma nota das Olimpíadas.

Na noite de terça-feira, no Rio de Janeiro, a recompensa maior em seu país. Subiu ao palco do Theatro Municipal três vezes: primeiro na homenagem aos medalhistas olímpicos, depois para receber o prêmio de melhor da ginástica artística e, enfim, o de melhor do ano. Pouco antes dos últimos aplausos, viu e aplaudiu Marquinhos, escolhido melhor técnico de esportes individuais.

- Fiquei emocionado, porque ele faz parte desta conquista. O meu coração bateu mais forte do que eu imaginava. Agora é descansar.

 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/premio-brasil-olimpico/noticia/2012/12/calculista-zanetti-nao-liga-para-enxurrada-de-cobrancas-ate-2016.html

Camisa rosa do Botafogo está em falta, e lojistas reclamam com o clube


Dirigentes mostram irritação com a Puma, fornecedora de material esportivo, pela demora na entrega do produto próximo ao Natal

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Gandula Fernanda Maia com a camisa rosa do Botafogo (Foto: Divulgação / Approach)Gandula Fernanda Maia com a camisa rosa do
Botafogo (Foto: Divulgação / Approach)

A relação entre o Botafogo e seu fornecedor de material esportivo está tensa neste fim de ano. E o motivo principal é a falta de camisa rosa para venda nas lojas oficiais do clube. A Puma não tem conseguido suprir a demanda do produto, sucesso desde o seu lançamento há pouco mais de três meses.

Donos de lojas ligam para o clube dirariamente reclamando da dificuldade em receber o produto, principalmente pela proximidade com o Natal, data em que poderiam alavancar suas vendas. Vale lembrar que a Puma assinou contrato até 2014 com o Botafogo.

Além da camisa rosa, calção de jogo também não é encontrado. Dirigentes, inclusive, procuraram o produto para fazer um teste com um possível patrocinador e não conseguiram encontrar.

A Puma não divulga números específicos de suas vendas nos clubes. No entanto, desde o lançamento, com a gandula musa Fernanda Maia como garota-propaganda, a camisa rosa se transformou em mania entre as torcedoras do Botafogo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/12/camisa-rosa-do-botafogo-esta-em-falta-e-lojistas-reclamam-com-o-clube.html

Charme na esteira: Bailarinas do Faustão encaram aula de corrida


Elenita Machado e Juliana Valcézia elogiam atividade realizada por uma hora em frente ao espelho para corrigir a postura e a pisada

Por Rio de Janeiro

 O EU ATLETA convidou duas bailarinas do Faustão para conhecerem a aula de corrida na esteira (running class) em uma academia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.Elenita Machado e Juliana Valcézia aceitaram o desafio de encarar uma hora de atividade. Além do som alto e o estímulo do professor Marcos Aurélio, o treino traz como inovação um espelho individual para que cada aluno consiga corrigir sua postura e pisada durante o exercício.

Bailarinas do Faustão no Eu Atleta: Elenita Machado e Juliana Valcézia (Foto: Patricia Palhares / EUATLETA.COM)Elenita Machado e Juliana Valcézia, bailarinas do Faustão, encaram a aula de corrida na esteira(Foto: Patricia Palhares / Globoesporte.com)

No começo da aula, todos os alunos fizeram um aquecimento leve e controlaram a velocidade da esteira. Depois de alguns minutos, o ritmo aumentou e as bailarinas sentiram dificuldade em manter a postura, cuidar da pisada e se preocupar com a respiração ao mesmo tempo. Com um papel fundamental, o professor avaliou os movimentos de cada corredor e ensinou como não errar durante o exercício.

- Vocês utilizaram bem o espelho para corrigir a postura. A gente tem aquela leve tendência a projetar o tronco para frente e essa projeção é muito acentuada, o que compromete a passagem de ar - ensinou Marcos Aurélio.


Para a maioria dos alunos, o mais interessante é enxergar os próprios erros no espelho e tentar corrigir ao longo do treino. Encantada com a novidade, Juliana aprovou a experiência. (assista ao vídeo com o treino)

- Com ele ensinando fica bem mais fácil porque ele vai falando e automaticamente você coloca os braços no lugar - disse Juliana.

Opinião compartilhada por Elenita, que começou a correr há pouco tempo e durante a aula aprendeu como deve ser a postura de um corredor.

- Na verdade, eu odiava a corrida e agora estou gostando cada vez mais. Eu acho que é por causa da adrenalina - brincou Elenita.

Rotina de treinos

Elenita Machado, bailarina do Faustão, correndo na esteira (Foto: Patricia Palhares / EUATLETA.COM)Elenita Machado correndo na esteira
(Foto: Patricia Palhares / Globoesporte.com)

A rotina de treinos das duas bailarinas não é fácil. Elas ensaiam duas vezes por semana com outras 33 dançarinas e cada aula dura pelo menos quatro horas. Depois de ensaiar, Elenita se dedica ao muay thai, enquanto Juliana corre ou vai para a academia. Um esforço que as ajudou a conquistar o corpo desejado e também a mudar de vida.

- Hoje, falo que a dança mudou tudo. Depois que entrei no Balé do Faustão, comecei a dançar mais e o meu corpo ficou mais bonito. Me apaixonei pela dança e pela consciência corporal que ganhei - disse Elenita.

Juliana, por sua vez, dança desde pequena. Ela ressalta que encontrou na corrida uma aliada para garantir um abdômen "sarado". Por conta disso, ela destaca que a rotina de exercícios desde a infância a proporcionou uma vida saudável.

- Eu sou grata até hoje aos meus pais por terem me permitido dançar, deixado entrar na academia e ter feito exercícios. Se não tivesse feito isso na adolescência, época em que o corpo está se formando, seria muito mais difícil depois de adulta. A dança é arte e consciência corporal. Com ela, tenho noção de espaço e equilíbrio. Amo sentir a música e ter esse contato com o público - declarou.

Dançando com o Minotauro

Bailarinas do Faustão (Foto: Patricia Palhares / EUATLETA.COM)Juliana se prepara antes de começar a aula
(Foto: Patricia Palhares / EUATLETA.COM)

Juliana corre 8km todos os dias para manter a forma. Acostumada a encarar desafios, ela também falou sobre a experiência de ter ensaiado com o lutador Minotauro para o quadro “Dança dos Famosos”, no início deste ano. A superação em transformar alguém que nunca dançou em um bailarino, mostrou para ela que todo mundo consegue alcançar seu objetivo.

- Foi difícil e muito gratificante. Depois que você vê uma pessoa que nem imaginava fazer um passo de dança como um bailarino, não tem preço. Ele se empolgou demais e foi esforçado até o final. Quando o ensaio acabava, ele não queria sair da sala de jeito nenhum. O Minotauro foi além do limite, já que o corpo dele é todo quebrado e com pinos em vários lugares - contou.

Elenita participou dos ensaios como incentivadora e diz que se identificou com Minotauro. Sem um histórico no mundo da dança, ela sofreu para se adaptar e aprender os primeiros passos. Com dores no corpo devido à falta de alongamento, a bailarina pensou em desistir nos primeiros meses.

- É dolorido no começo, mas fazendo um pouco por dia, você vai ver que consegue. Eu ainda não consigo totalmente igual a Jú, mas a dica é não desistir. Quando entrei no Balé do Faustão, queria desistir por causa das limitações do meu corpo, mas continuei e hoje estou colhendo os frutos que plantei.

A bailarina, aliás, também é uma lutadora. Conheceu o muay thai há poucos meses e não parou mais de treinar. Além de ajudar na forma física, o esporte passou a ser uma terapia para poder extravasar a preocupação com os problemas do dia a dia.

- Eu tento seguir várias direções, faço balé, zouk (estilo de dança parecido com salsa) e muay thai. Acho que misturar tudo me deixa com uma disciplina maior. Lutar duas vezes por semana é um alívio, me sinto muito melhor depois das aulas. Isso virou uma terapia na minha vida. Hoje, falo que esqueço de todos os problemas quando estou lutando - encerrou.

* Agradecimentos à academia Bodytech


Bailarinas do Faustão (Foto: Patricia Palhares / EUATLETA.COM)Elenita e Juliana aprovam a aula e incentivam os corredores iniciantes Foto: Patricia Palhares / Globoesporte.com)para você