quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Botafogo e Inter fazem confronto direto na busca por vaga no G-4


Na partida no Engenhão, cariocas tentam aumentar sequência de vitórias, e gaúchos vão atrás do primeiro triunfo como visitante após um mês

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

O regulamento atual do Campeonato Brasileiro, com o sistema de pontos corridos, está em sua décima temporada. Algo ainda novo na vida de clubes centenários. Mas o aprendizado foi rápido, e a máxima de que cada jogo é uma decisão se faz mais presente. Botafogo e Inter fazem nesta quinta-feira, às 21h (de Brasília), no Engenhão, uma partida exemplar dessa nova cultura. Separados por dois pontos na tabela, eles estão em uma briga direta por uma vaga entre os quatro primeiros colocados, a zona que determina a classificação para a Taça Libertadores do ano que vem.

O Botafogo está em um momento positivo, com uma inédita sequência de três vitórias. Apesar da dúvida sobre Seedorf, que terá sua escalação decidida nesta quinta-feira, o time conta com Elkeson e Andrezinho, cada um com oito gols no Brasileiro. O time tem 37 pontos e tenta manter a perseguição ao quarto colocado Vasco, que venceu e foi a 42.

Depois da derrota no Beira-Rio por 1 a 0 para o Fluminense, o Inter busca reencontrar a vitória e seguir próximo da luta por uma vaga à Libertadores. Os problemas para formar o time ainda prosseguem, mas Fernandão terá os retornos de D’Alessandro e Leandro Damião para conquistar os três pontos como visitante após um mês. Diego Forlán e Guiñazu, que estavam a serviço das seleções de Uruguai e Argentina, respectivamente, passarão por uma avaliação do departamento médico para saber se terão condições de iniciar a partida.

O Premiere, no sistema pay-per-view, exibe o jogo para todo o Brasil. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real, com vídeos exclusivos.


header as escalações 2

Botafogo: Márcio Azevedo e Fábio Ferreira, que cumpriram suspensão contra o Náutico, voltam a ficar à disposição, assim como Jefferson e Lodeiro, que estavam com as seleções brasileira e uruguaia, respectivamente. Com a decisão sobre o aproveitamento de Seedorf para o dia do jogo, o técnico Oswaldo de Oliveira vai levar uma dúvida em sua formação. Com isso, o time entrará em campo com Jefferson, Lucas, Fábio Ferreira, Dória e Márcio Azevedo; Jadson, Gabriel, Seedorf (Cidinho ou Lodeiro), Andrezinho e Fellype Gabriel; Elkeson.

Internacional: Fernandão terá mudanças em todos os setores. Edson Ratinho será o lateral-direito, e Zé Mário, o esquerdo. No meio, o técnico terá os retornos de D’Alessandro. Guiñazu e Forlán realizarão um teste. Caso não sejam liberados, começam o jogo Elton e Cassiano. O ataque terá o oportunismo de Leandro Damião. O Colorado começará com Muriel; Edson Ratinho, Rodrigo Moledo, Índio e Zé Mário; Josimar, Guiñazu (Elton), Fred e D’Alessandro; Diego Forlán (Cassiano) e Leandro Damião.


quem esta fora (Foto: arte esporte)

Botafogo: submetido a uma cirurgia no púbis, Marcelo Mattos já está entregue à preparação física. Lucas Zen rompeu o ligamento do joelho esquerdo e só volta a jogar no ano que vem. Recuperado de uma torção no tornozelo esquerdo, Rafael Marques estará à disposição para enfrentar a Ponte Preta, no domingo, em Campinas. Antônio Carlos e Vítor Júnior, que tiveram lesões na coxa direita, estão em fase final de recuperação. Renato, com um estiramento na coxa esquerda, também está fora.

Internacional: expulsos contra o Fluminense, Fabrício e Nei desfalcam a equipe de Fernandão. Kleber, Juan, Ygor, Dagoberto, Mike e Rafael Moura estão lesionados. Por conta do número de estrangeiros (apenas três podem ser relacionados em partidas nacionais), Bolatti e Dátolo sequer viajaram. Bolívar pediu para não ser relacionado até recuperar a condição física e técnica.
 

header pendurados (Foto: ArteEsporte)
Botafogo: Andrezinho, Dória, Elkeson, Lennon e Vítor Júnior.
Internacional:  Elton, Josimar e Índio.
 

header o árbitro (Foto: ArteEsporte)
Elmo Alves Resende Cunha (GO) apita a partida, auxiliado por Marvelo Carvalho Van Gasse (Fifa/SP) e Ivan Carlos Bohn (PR). Elmo Resende arbitrou sete jogos no Brasileirão, marcou 251 faltas (média de 35,8 por jogo), aplicou 38 amarelos (média de 5,4 por jogo), quatro vermelhos (média de 0,57 por jogo) e um pênalti (média de 0,14 por jogo). O campeonato tem média de 4,9 amarelos, 0,29 vermelho, 36,5 faltas e 0,22 pênalti. O ártbitro apitou um jogo dos gaúchos na Série A deste ano: Figueirense 0 x 1 Inter, pela 12ª rodada.

header fique de olho 2
Botafogo: em boa fase, Elkeson vem provando que pode ser o atacante do time comandado por Oswaldo de Oliveira. Ele já marcou oito gols e está na briga pela artilharia do Campeonato Brasileiro.

Internacional: após cumprir suspensão diante do Fluminense, D’Alessandro está de volta. É do pé esquerdo do camisa 10 que nascem as principais jogadas da equipe, principalmente, para municiar Diego Forlán e Leandro Damião. Com o argentino em campo, o Inter tem 60% de aproveitamento no Brasileirão.

header o que eles disseram

Oswaldo de Oliveira, técnico do Botafogo: "A gente tem de estar pronto para todas as circunstâncias. Assim como todas as equipes, o Botafogo passa por dificuldades e é preciso passar por essas situações da melhor maneira possível, sem que os danos se acumulem".


Fred, meia do Internacional: "É um jogo importante. Precisamos ganhar para encostar no G-4. Vamos com tudo depois de termos perdido em casa para o Fluminense. Ainda tem a revanche, já que perdemos no primeiro turno para o Botafogo. Vamos receber o Damião, o Guina e o Forlán que estavam nas seleções. Eles nos darão mais consistência para vencer. Queremos devolver lá para lutar por uma vaga à Libertadores".
 

header números e curiosidades
* Quem tem vantagem? Confira o histórico do confronto na Futpédia.
* Uma partida entre Botafogo e Internacional não termina empatada há cinco anos (ou nove jogos). O último empate registrado aconteceu no returno do Brasileiro de 2007: 1 a 1 no Maracanã, gols de Ceará e André Lima.

* A maior goleada nos jogos entre Botafogo e Internacional pelo Campeonato Brasileiro foi a vitória botafoguense por 5 a 1 em 2004, no Caio Martins.

* O Internacional leva vantagem sobre o Botafogo jogando no Rio de Janeiro na história do Campeonato Brasileiro. Em 20 jogos, venceu nove vezes, contra seis triunfos do Glorioso e cinco empates. Nos gols marcados, igualdade: 24 para cada lado.


header último confronto v2
Na última vez em que se enfrentaram, melhor para o Botafogo, que venceu o Internacional por 2 a 1, no dia 16 de junho de 2012, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, no Beira-Rio. Os gols do time carioca foram marcados por Andrezinho e Fellype Gabriel. Pelos gaúchos, Dagoberto deixou o dele.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2012/09/bota-e-inter-fazem-confronto-direto-na-busca-frenetica-por-vaga-no-g-4.html

Ceni reclama da arbitragem de Sandro Meira Ricci: ‘Faltou critério’


Goleiro, que tomou um cartão amarelo por reclamação, discorda da expulsão de Douglas, o que mudou o rumo do jogo contra o Atlético-MG

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte

O São Paulo sofreu em Belo Horizonte na noite desta quarta-feira. O time foi derrotado por 1 a 0 para o Atlético-MG, mas suportou por muito tempo uma pressão do Galo, que só começou após lance polêmico do árbitro Sandro Meira Ricci, quando o juiz deu cartão vermelho paa o lateral Douglas, aos 25 minutos do primeiro tempo. A expulsão deu uma nova cara ao jogo, impulsionou o Galo e gerou protestos tricolores.

- Ele foi travar os dois pés, escorregou e bateu no pé do Leandro Donizete. O Ronaldinho deu um carrinho igual antes, e ele não deu cartão. Faltou critério - disse o capitão Rogério Ceni.

O goleiro acabou tomando até um cartão amarelo depois da expulsão de Douglas, por ter saído da grande área para protestar. Rogério reclamava porque Ronaldinho Gaúcho havia dado um carrinho semelhante minutos antes em Casemiro. Sandro Meira Ricci apenas sinalizou a falta.

Apesar das críticas à arbitragem, Rogério Ceni reconheceu que o Galo também teve seus méritos para o resultado. O capitão tricolor teve uma atuação destacada, salvou várias investidas atleticanas, só não conseguiu defender a cabeçada à queima-roupa de Leonardo.

- Eles pressionaram o jogo todo. Não tivemos chances reais. Fizemos pouco, então fica difícil sair daqui com outro resultado. Estamos decepcionados pela derrota - disse o goleiro.
A derrota deixou o São Paulo estacionado na sexta posição, com 36 pontos, só que agora a distância para o G-4 cresceu para seis pontos. O time do Morumbi espera diminuir essa desvantagem na sequência caseira de dois jogos que se inicia neste sábado, às 18h30m, diante da Portuguesa.

Leonardo, Atlético-MG x São Paulo (Foto: Bruno Cantini)Rogério Ceni vê Leandro cabecear para fazer o único gol da partida (Foto: Bruno Cantini)

FONTE:

Com arbitragem polêmica, Galo bate o São Paulo e segue na cola do Flu

Sandro Meira Ricci dá vermelho para Douglas por falta após escorregão. Com um a mais, Atlético faz valer a força do Independência: 1 a 0


 A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM

Leonardo, Atlético-MG x São Paulo (Foto: Bruno Cantini)Leonardo ganha pelo alto e cabeceia para fazer o gol da vitória atleticana (Foto: Bruno Cantini)
O Atlético-MG segue absoluto como mandante no Campeonato Brasileiro. Sem perder em casa na competição, o Galo venceu o São Paulo nesta quarta-feira, no Independência, com um gol de Leonardo. Apesar da pressão, o lance salvador só chegou depois de muitas investidas contra a defesa tricolor e após uma decisão polêmica do árbitro Sandro Meira Ricci - o juiz expulsou ainda na primeira etapa o lateral Douglas, do Tricolor. Melhor para os mineiros, que com o triunfo continuam na briga pelo título.

Apesar de o adversário da noite ser o São Paulo, único time a superar os alvinegros no primeiro turno, o Galo entrou em campo pressionado. Horas antes, o Fluminense havia vencido a Portuguesa, no Canindé, e ampliado vantagem na liderança do torneio. Para se manter perto da primeira colocação, o time de Cuca foi para o ataque e fez valer a força de sua torcida.

saiba mais
O resultado positivo contra os paulistas levou o Atlético, aos 51 pontos, na vice-liderança, dois atrás do Fluminense. O Galo, que tem um jogo a menos na tabela, tenta retomar a ponta na próxima rodada, quando encara o Náutico, às 16h do domingo, nos Aflitos. Além de vencer fora de casa, os mineiros também precisam de um tropeço do Fluminense diante do Atlético-GO, em Volta Redonda, no sábado.

O Tricolor, por outro lado, vê o G-4 ficar mais distante. A derrota mantém a equipe nos 36 pontos e na sexta colocação. O problema é que a distância para o Vasco – último do G-4 – agora é de seis pontos. Para voltar a sonhar com uma vaga na Libertadores, o time conta com dois jogos diante de seu torcedor: o primeiro será contra a Portuguesa, às 18h30m do sábado. No fim de semana seguinte, o adversário será o Cruzeiro.

Guilherme e Cortez, Atlético-mg x São Paulo (Foto: Paulo Fonseca / Futura Press)Guilherme, do Atlético-MG, disputa com Cortez, do São Paulo (Foto: Paulo Fonseca / Futura Press)

Ataque contra defesa

Invicto em casa, o Atlético não demorou para mostrar sua força. Explorando as bolas levantadas na grande área, os mineiros exigiram muito da defesa tricolor, que havia ensaiado bem o adversário. Os são-paulinos tiveram de recuar, mas conseguiram frear as investidas atleticanas. E quando a defesa falhou, aos 13 minutos, lá estava Rogério Ceni para evitar que Leonardo recebesse cruzamento de Guilherme. Os visitantes se dedicavam, afinal, pontos fora de casa – artigo raro para o Tricolor neste Brasileiro – podem ser fundamentais para chegar ao G-4.

A partida caminhava para um jogo burocrático, com os donos da casa agredindo mais, mas parando na concentrada zaga tricolor. Até que o primeiro protagonista da noite entrou em cena: o árbitro Sandro Meira Ricci.

Aos 25 minutos, o técnico Ney Franco já aprontava o atacante Ademilson para deixar o São Paulo mais ofensivo. Teve de mudar de ideia por causa de uma decisão polêmica da arbitragem. Ao tentar roubar a bola de Leandro Donizete, Douglas escorregou e acabou dando um carrinho no volante atleticano. Sandro Meira Ricci expulsou o lateral tricolor, que não tinha cartão amarelo.

O lance gerou muitos protestos dos tricolores. Ronaldinho Gaúcho havia dado um carrinho semelhante em Casemiro minutos antes, e o árbitro só sinalizou a falta. As reclamações de nada adiantaram. Ney Franco teve, então, de colocar o zagueiro Edson Silva em campo no lugar de Maicon, e Ademilson voltou para o banco. O jogo, a partir daí, passou a ser apenas o ataque do Galo contra a defesa tricolor.

Com um a menos, na casa do vice-líder do Brasileiro, o São Paulo não encontrou forças para atacar. Lucas, que voltou da Seleção, mal apareceu na partida. Bernard e Ronaldinho, por outro lado, puxaram a artilharia atleticana. O anfitrião tentou de todos os jeitos. Na bola parada de R49, na velocidade de Bernard no contra-ataque. No entanto, a defesa tricolor e principalmente Rogério Ceni garantiram o 0 a 0 no primeiro tempo, apesar da pressão atleticana.

Gol e alívio para os donos da casa

Como o Galo não conseguiu converter os 64% de posse de bola em vantagem no placar no primeiro tempo, o técnico Cuca decidiu trocar uma peça de ataque: sacou Guilherme para a entrada de Neto Berola. Só que foi o setor ofensivo tricolor que cresceu – ainda que pouco. Aproveitando a velocidade de Osvaldo pelas pontas, o visitante enfim conseguiu chutar em gol no início da etapa complementar, mas nada que assustasse o goleiro Victor. As investidas perigosas continuavam sendo do Atlético.

O Galo cercou a defesa tricolor na grande área. Leandro Donizete, Neto Berola e até o zagueiro Réver, de cabeça, chegaram perto do gol. Ceni e os beques são-paulinos se defendiam como podiam, até que, aos 16 minutos do segundo tempo, não foi mais possível parar a artilharia atleticana. Apareceu o segundo protagonista do jogo: Leonardo. Mesmo cercado por três são-paulinos, o atacante subiu mais que a defesa para completar o cruzamento de Bernard. O cabeceio à queima-roupa não deu chances a Rogério Ceni, que apenas assistiu à bola alçada dentro da pequena área. Foi o primeiro gol de Leonardo pelo Galo.

A vantagem no placar, conquistada depois de tantas tentativas, fez o Galo se acalmar. O time do técnico Cuca recuou e permitiu o crescimento do São Paulo. Nada, porém, que ameaçasse a vitória atleticana. Os mineiros ainda desperdiçaram diversas chances. Neto Berola chegou a carimbar a trave de Rogério Ceni, aos 33 minutos do segundo tempo, mas a vitória por 1 a 0, vendida a preço caro pela defesa paulista, já deu o alívio necessário ao Atlético para continuar na briga pelo título nacional.


FONTE:

Léo Moura lamenta falta de concentração no fim: 'Futebol pune'


Lateral-direito se mostra preocupado com a priximidade do Fla com a zona
de rebaixamento: 'Se a gente continuar perdendo, não tem como escapar'

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP

A derrota por 2 a 0 para o Santos (veja os lances no vídeo ao lado), na noite desta quarta-feira, foi dolorosa para os jogadores do Flamengo. O time, que acumulou seu quarto revés seguido no Campeonato Brasileiro, fez um jogo de igual para igual na Vila Belmiro, criou chances, carimbou a trave com Vagner Love, e levou dois gols após os 40 minutos do segundo tempo. Na saída de campo, Léo Moura lamentou a falta de concentração da equipe, que cedeu espaços nos momentos finais.

- A gente lutou até o fim, mas o futebol pune se não ficamos concentrados até o fim. Temos de correr atrás dentro de casa - declarou, em entrevista à Rádio Globo.

Em queda livre na tabela, o Fla está há seis jogos sem vencer e encostou de vez na zonda de rebaixamento: está na 16ª posição, a primeira fora do Z-4, com quatro pontos à frente da zona da degola. Há seis rodadas sem vencer, Léo Moura alerta para a necessidade de somar pontos.
- Se a gente continuar perdendo, não tem como escapar. Agora vem um jogo em casa para sair dessa situação - avisou.

Leo Moura e Neymar Flamengo x Santos (Foto: JF Diorio / Ag. Estado)Léo Moura ajudou o Fla a parar Neymar até os minutos finais, só que aí... (Foto: JF Diorio / Ag. Estado)

Luiz Antonio viu uma evolução no time. Ele destacou a marcação, que conseguiu conter as investidas de Neymar durante quase os 90 minutos, e as oportunidades criadas, mas não conseguiu explicar porque a equipe não conseguiu balançar a rede.

- A gente estava bem. Tivemos chances, conseguimos não tomar a pressão no primeiro tempo, marcamos, tivemos contra-ataques. Em dois minutos, eles fizeram os gols. Não sei nem o que falar. É trabalhar, buscar. Estamos melhorando, buscando, mas a bola não está entrando. É continuar olhando para sempre.

No domingo, o Rubro-Negro recebe o Grêmio, que briga pelo título, no Engenhão, às 18h30m.

Clique e assista a vídeos do Flamengo

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2012/09/leo-moura-lamenta-falta-de-concentracao-no-fim-futebol-pune.html

Dorival admite que Fla luta para não cair: 'Temos que ser realistas'


Treinador avalia que Rubro-Negro fez boa partida na Vila Belmiro, mas lamenta revés nos últimos minutos e reconhece: 'As coisas estão apertando'

Por Lincoln Chaves Santos, SP

Dorival Junior, técnico do Flamengo (Foto: Lincoln Oliveira / Globoesporte.com)Dorival Junior lamenta falta de 'sorte' do Flamengo(Foto: Lincoln Oliveira / Globoesporte.com)

A derrota de quarta-feira à noite por 2 a 0 para o Santos, na Vila Belmiro, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, deixou a situação do Flamengo mais complicada. Com 27 pontos, o Rubro-Negro desceu para o 16º lugar, somente quatro pontos à frente do Sport, que encabeça o Z-4. Não à toa, o próprio técnico Dorival Júnior admitiu que, no momento, a luta do clube carioca - que não vence há seis jogos e vem de quatro derrotas consecutivas - é mesmo contra o rebaixamento.

- Nesse momento, é natural (que a briga seja contra o rebaixamento). Não podemos pensar de outra forma. Temos que ser coerentes e realistas acima de tudo. Em um momento da competição, poderíamos ter nos aproximado ainda mais dos cinco primeiros. A equipe vinha bem, mas alguns resultados ruins em sequência nos tiraram desse momento. Agora, é trabalharmos para reverter esse quadro de novo - reconheceu.

Na Vila Belmiro, o Flamengo até esteve próximo de dar fim à seca de resultados. Aos 39 minutos da etapa final, quando o placar ainda estava 0 a 0, Vagner Love teve a grande chance rubro-negra ao receber lançamento e, diante de Rafael, acertar a trave. No contra-ataque, o Santos acabou marcando com Victor Andrade, e no minuto seguinte, ampliou com Neymar.

A sequência dos lances que definiram o resultado em Santos foi lamentada por Dorival. Para ele, o jogo na Vila foi parelho e o Fla até fez uma boa partida (veja os lances no vídeo ao lado), mas faltou ao Rubro-Negro uma melhor sorte. Ausência que preocupa o treinador do time da Gávea.

- Foi um jogo totalmente equilibrado, onde as defesas prevaleceram sobre o ataque. Infelizmente, novamente houve uma situação em que tivemos a possibilidade da definição do resultado e não aconteceu. O Vagner fez o certo, tirou a bola do Rafael, mas não fomos felizes. É um momento que temos que ter conscência de que precisamos melhorar, porque as coisas estão apertando. Os pontos que tínhamos antes, agora nos deixam em uma posição desconfortável - sentenciou.

O Flamengo tentará a reabilitação no Brasileirão no próximo domingo, às 18h30, contra o Grêmio, no Engenhão, pela 25ª rodada do torneio.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2012/09/dorival-admite-que-fla-luta-para-nao-cair-temos-que-ser-realistas.html

Neymar e 'clone' marcam, Santos vence no fim e deixa Fla perto do Z-4

Com golaços do craque e de Victor Andrade, novo xodó da Vila, Peixe chega à vitória e deixa Flamengo a quatro pontos da zona de degola


 A CRÔNICA
por Marcelo Hazan

A noite era de duelo entre Neymar e Vagner Love. Os torcedores guardavam na mente os shows do craque de moicano e de Ronaldinho Gaúcho no espetacular 5 a 4 de 2011 na Vila Belmiro, com expectativa de novo jogo movimentado. Até os 40 minutos do segundo tempo, o placar marcava 0 a 0. Mas um novo Menino da Vila surgiu e mudou a história da partida em favor do Santos. Aos 16 anos, Victor Andrade, o "clone" de Neymar, substituiu André aos 38 e, logo em seguida, recebeu lindo passe de Bruno Peres. Com frieza, encobriu Felipe como um veterano. Sem deixar o Flamengo respirar, Neymar tratou de fazer outro belo gol, também por cobertura, um minuto depois, e fechar o placar de 2 a 0, na noite desta quarta-feira.

O resultado faz o Santos respirar: pulou do 15º para o 11º lugar, com 30 pontos. Ainda está a 12 do Vasco, último integrante do G-4, mas ao menos o torcedor sabe que, com Neymar em campo, o risco de rebaixamento diminui bastante. O craque do moicano, que estava novamente servindo à seleção brasileira, chegou a seis gols em apenas oito jogos no Brasileirão.

- Fico feliz por ter feito mais um belo gol contra o Flamengo. Ainda bem que o Love perdeu o gol (minutos antes). Depois fomos felizes para completar - afirmou Neymar, que falou de Ganso em tom de despedida. - Espero que ele seja feliz. É um cara de quem gosto muito. Independentemente do lugar onde esteja, é meu irmãozinho.

O Flamengo, que tem um jogo a menos, fica estacionado nos 27 pontos, apenas quatro de vantagem sobre o Sport, primeiro integrante da zona da degola. O time caiu da 13ª para a 16ª posição e tem a pior campanha do returno, ao lado do Atlético-GO, com apenas um ponto em cinco jogos.

- Criamos chances, o time jogou bem, o jogo estava aberto para as duas equipes. Não fizemos o gol, demos um vacilo lá atrás e tomamos os gols. É um castigo. O Flamengo errou alguns lances. Se não tivermos atenção, tomamos o gol - afirmou Love, que acertou a trave em lance diante do goleiro Rafael, aos 39 minutos do segundo tempo.

Os dois times voltam a jogar no domingo pelo Campeonato Brasileiro. Às 16h, o Santos encara o Coritiba, no Couto Pereira, buscando a afirmação. Às 18h30m, o Flamengo, lutando para afastar o fantasma do rebaixamento, recebe o Grêmio no Engenhão.

Victor Andrade e Neymar, Santos x Flamengo (Foto: JF Diorio / Agência Estado)Victor Andrade e Neymar celebram o primeiro gol do Peixe (Foto: JF Diorio / Agência Estado)

Erros, Neymar e Love

Não foi como o ano passado. Pelo contrário. Apesar da emoção, com lances perigosos dos dois lados, os erros de sobra mostraram por que Santos e Flamengo entraram na rodada com as piores campanhas do segundo turno. O festival de equívocos, principalmente na saída de bola, propiciou boas chances dos dois lados. Os pontos fora da curva foram Neymar e Vagner Love. A dupla de craques protagonizou os melhores lances.

O Santos começou mais em cima. Neymar, de volta ao time depois de defender a Seleção nos amistosos contra África do Sul e China, mostrava fome de jogo. Nas jogadas em que não recebia o passe dos companheiros, reclamava com veemência. As orelhas de Bruno Peres e Felipe Anderson certamente ficaram mais quentes. Foi ele também o responsável por todos os cartões amarelos do adversário no primeiro tempo: Léo Moura, Welinton e Luiz Antonio. E uma bonita arrancada que lembrou o gol do Prêmio Puskás de 2011, contra o mesmo Fla, pela beleza do lance. Mas, desta vez, depois de driblar três zagueiros, ele foi parado por Luiz Antonio com falta. Na cobrança, mandou na barreira.

Na pressão, o Peixe levou perigo, sempre contando com erros do lateral-esquerdo Ramon. Na melhor chance, André sofreu falta na entrada da área. Neymar bateu, a bola desviou na barreira e quase venceu Felipe, que fez bela defesa, aos cinco minutos. Pouco depois, Ramon se redimiria das bobagens, com carrinho providencial que travou chute potente do camisa 11 santista.

O crescimento do Fla ocorreu na mesma proporção em que Vagner Love aparecia no jogo. Toda jogada aguda do time carioca passava pelos pés do camisa 99. Se Mano Menezes assistiu ao primeiro tempo de Peixe e Flamengo, certamente ficou bem impressionado com o atacante.
Municiado pelo losango formado com Muralha na contenção, Luiz Antonio pela direita, Ibson na esquerda e Mattheus centralizado, o Artilheiro do Amor deu muito trabalho. Com exceção de chutes perigosos de Mattheus e Ibson, ambos defendidos por Rafael, todas as melhores chances saíram em finalizações do atacante.

Em uma delas, Love quase fez de letra, aproveitando bom cruzamento da direita de Luiz Antonio, aos 38 minutos, que por pouco não encontrou as redes de Rafael. Depois, o artilheiro do Flamengo novamente ficou perto do gol, em novo cruzamento da direita, desta vez de Léo Moura. De cabeça, ele deslocou Rafael, e a bola saiu muito perto, aos 44.

Futebol cai, mas Victor Andrade e Neymar salvam

Na saída para o intervalo, Arouca reconheceu os “erros bobos” de passe do Santos. Do outro lado, Dorival Júnior teve de substituir Welinton, zagueiro responsável por segurar Neymar e que já tinha um amarelo, por Marllon, pois o titular sentiu dores musculares. Assim, com Marllon e Frauches, o Rubro-Negro repetiu a defesa titular campeã da Copa São Paulo de 2011.
O volume de jogo dos dois lados caiu bastante. Ainda assim, o Peixe deu o primeiro susto da etapa final em um equívoco do Fla, aos quatro minutos. Em jogada de Felipe Anderson com Neymar pela esquerda, Muralha cortou o passe, mas por muito pouco não fez contra.

De tanto o Santos insistir em Neymar, o craque começou a segurar a bola além da conta em alguns momentos. O Flamengo percebeu a “jogada única” e passou a usar até três jogadores na marcação. Com isso, o espaço aparecia para outros santistas, e o argentino Pato Rodriguez, enfim, tentou aproveitar. Em duas oportunidades, o meia-atacante puxou da direita para o meio e arriscou finalização de esquerda. Na primeira, aos 18, Felipe evitou o gol, e na segunda, aos 22, a bola passou à direita do gol.

Dorival tentou mudar o panorama do jogo. Colocou Negueba no lugar de Mattheus, com problema na panturrilha direita, e Botinelli no lugar de Adryan. As mudanças representaram pouco efeito prático. Muricy, por sua vez, só mudou aos 30 minutos. Trocou Pato Rodriguez por João Pedro, e Felipe Anderson por Bernardo. Oito minutos depois, André deu lugar a Victor Andrade. Foi aí que a estrela do treinador santista brilhou.

Os dez minutos finais reservaram as maiores emoções da partida. Aos 39 minutos, Vagner Love dominou chutão da zaga, girou em cima de Léo e saiu na cara de Rafael. Era a chance para abrir o placar, mas ele acertou a trave direita do goleiro Rafael. Logo em seguida, veio o castigo. Em contra-ataque, o Peixe avançou pela direita. Bruno Peres achou Victor Andrade nas costas de Frauches e, apesar de ter apenas 16 anos, o garoto mostrou calma de veterano para encobrir Felipe, aos 40 minutos. Festa na Vila Belmiro!

Provavelmente inspirado pelo pupilo, Neymar não quis ficar por baixo. E resolveu fazer seu lance de gênio. O craque recebeu na intermediária, deixou Marllon para trás e novamente encobriu Felipe, com toque de categoria, aos 41 minutos. Placar definido, com alívio santista e desespero flamenguista. 


FONTE: