terça-feira, 7 de agosto de 2012

Londres, dia 11: que Sheilla fique presa nesta terça-feira para sempre


Jogadora da seleção brasileira de vôlei assombra em vitória heroica
sobre a Rússia. Brasil avança no futebol, mas também sofre quedas

Por Alexandre Alliatti Rio de Janeiro

Sheilla vôlei Brasil x Rússia Olimpíadas 2012 (Foto: Jonne Roriz / Ag. Estado)Sheilla grita ao marcar mais um ponto na Rússia: o
nome do jogo (Foto: Jonne Roriz / Ag. Estado)

Esta terça-feira, 7 de agosto de 2012, deveria ser o dia da marmota para Sheilla. Deveria ser como aqueles momentos que se repetem sem parar para a personagem de Bill Murray no filme “Feitiço do Tempo”. Todo santo dia, ele acorda na cidade de Punxsutawney, nos Estados Unidos, e vê os acontecimentos se repetirem iguaizinhos à véspera, sem um triz sequer de mudança: a mesma música no rádio-relógio, as mesmas palavras, os mesmos cumprimentos, o mesmo pé atolado em um mesmo buraco na rua. Por mais que tente sair, ele está preso naquele dia – o dia da marmota, quando o bicho, uma espécie de esquilo, sai da toca para avisar se o inverno ainda vai durar algumas semanas ou se a primavera chegou. Se algum dia na vida da oposto da seleção brasileira de vôlei tivesse que se repetir sem parar, que fosse esta terça-feira. Que ela ouvisse a mesma música no rádio-relógio, que trocasse as mesmas palavras com as mesmas pessoas, que recebesse os mesmos cumprimentos infinitamente. E que protagonizasse para sempre, em um ciclo eterno, alguns dos minutos mais lendários dos Jogos Olímpicos de Londres na vitória de 3 sets a 2 sobre a Rússia.

Foi um jogo raro. Talvez a seleção adversária até fosse melhor. Difícil saber. Mas é certo que ela vinha invicta, com cinco vitórias em cinco partidas, ao passo que o Brasil sofrera duas derrotas. Para avançar às semifinais, mais do que qualidade, a seleção brasileira precisaria de maturidade, de espírito, de coração – justamente aquilo que boa parte das meninas foi acusada de não ter em um passado pré-Pequim. E a alma delas foi testada ao máximo. Desvantagem de 1 a 0. Desvantagem de 2 a 1. Tie-break. Seis match-points para a Rússia. Erros de arbitragem. E vitória! O mais incrível: vitória com uma bola depois da outra indo na direção de Sheilla, estivesse onde estivesse, fosse qual fosse a adversária gigantesca que se edificasse no bloqueio. Ela virou todas nos lances finais. Absolutamente todas. Transformou Gamova, a adversária de 2,02m, em uma anã.


Sheilla vôlei Brasil x Rússia Olimpíadas 2012 (Foto: Jonne Roriz / Ag. Estado)Brasileira se emociona com vitória sofrida e vaga nas semifinais (Foto: Jonne Roriz / Ag. Estado)

Os últimos atos de Sheilla em quadra gritaram aos olhos. Mas ela esteve muito bem acompanhada por Fabiana (a dona do último ponto), Jaque, Fabi, Dani Lins, Thaisa, Fernanda Garay. A vitória colocou o Brasil nas semifinais, contra o Japão, e foi o grande momento de um dia que também teve classificação no futebol, vitória e derrota no vôlei de praia e eliminação no handebol e no salto em distância.
]
Quase lá


Lá por 13h de sábado, se nos tornarmos pela primeira vez o país campeão olímpico de futebol, será uma justiça danada reservar alguns pensamentos em reverência a Leandro Damião. Ele não tem a genialidade de Neymar. Ele não tem a moral internacional de Thiago Silva. Mas ele tem uma efetividade sem poréns. Com mais dois gols do matador, o Brasil bateu a Coreia do Sul por 3 a 0 nesta terça. O outro foi do volante Rômulo. O camisa 9 é o artilheiro das Olimpíadas, com seis gols. Vem sendo decisivo especialmente nas etapas eliminatórias.

Ele já é o terceiro atleta que mais fez gols pela Seleção masculina em Jogos Olímpicos. Perde apenas para Bebeto (oito) e Romário (sete). Se tudo der muito certo, poderá ultrapassá-los na decisão contra o México. É a chance de o Brasil, na preparação para 2014, fazer história. Até hoje, tem duas pratas, dois bronzes e uma série de fiascos. Mas falta pouco. Falta um jogo. Falta mais um ou outro gol de Leandro Damião.

Alison e Emanuel também estão quase lá. Também estão na final. Bateram a dupla formada por Plavins e Smedins, da Letônia, por 2 sets a 0 (21/15 e 22/20). O primeiro set foi fácil e deu a falsa impressão de que o caminho seria tranquilo. Mas os brasileiros quase foram surpreendidos logo depois. Os europeus engrossaram o jogo e chegaram a empatar por 18 a 18 no segundo set. Mas Alison e Emanuel tiveram cabeça no lugar para fechar o jogo e garantir o direito de disputar o ouro contra os alemães Julius Brink e Jonas Reckermann - os mesmos que derrubaram Ricardo e Pedro Cunha nas quartas de final.


vôlei de praia emanuel alison londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Alison aponta para Emanuel: eles estão a uma vitória do ouro olímpico  (Foto: Agência Reuters)

Estava ensaiado um dia perfeito para o Brasil no vôlei de praia. Bastava a classificação de Juliana e Larissa mais tarde. E aí a esperança de ouro duplo ruiu.

Adeus ao ouro


Juliana e Larissa vôlei de praia Olimpíadas 2012 (Foto: Reuters)Juliana e Larissa perdem para dupla de quem
venceram nove partidas seguidas (Foto: Reuters)

Juliana e Larissa alcançaram as semifinais com campanha impecável. Venceram todos seus jogos por 2 a 0. Ir à decisão parecia quase um ato burocrático, especialmente depois de mais um set ganho, por 21 a 15, no início do confronto com as americanas Jennifer Kessy e April Ross. Ledo engano. Sob forte chuva, as adversárias reagiram. Ganharam o segundo set por 21 a 19. E viram a dupla brasileira se desestabilizar depois de um ace no tie-break. Resultado: 15 a 12 para as oponentes.

Foi um golpe duro. Juliana e Larissa haviam vencido os últimos nove jogos contra suas algozes em Londres. Deveriam ter sua qualidade desafiada na final, contra Walsh e May, bicampeãs olímpicas, mas a decisão agora será entre americanas. As brasileiras lutarão pelo bronze contra as chinesas Xue e Zhang.

O dia também foi de queda precoce para Maurren Maggi. Medalha de ouro em Pequim, ela ficou longe de repetir o desempenho alcançado há quatro anos. Os 7,04m do ouro de 2008 foram substituídos por 6,37m, insuficientes para garantir um lugar na decisão do salto em distância - faltaram 3cm. Ela ficou em 15º. Apenas as 12 primeiras se classificaram. Aos 36 anos, a campeã avisou que sua história está longe de terminar. Quer competir no Rio em 2016.


maurren maggi Salto (Foto: Agência Reuters)Maurren Maggi não consegue repetir desempenho e fica fora da final (Foto: Agência Reuters)

Nos 200m, os brasileiros Bruno Lins e Aldemir Gomes garantiram presença nas semifinais. Sandro Viana, porém, não conseguiu vaga. O mesmo aconteceu com Jonathan Henrique no salto triplo, Fabiano Peçanha nos 800m e Evelyn dos Santos nos 200m.

Outra eliminação que doeu foi no handebol. A seleção feminina, tão bem na primeira fase, deu o azar de pegar a Noruega, atual campeã mundial e olímpica, já nas quartas de final. Foi um jogo duro, disputado. Mas não deu. O Brasil perdeu por 21 a 19. Foi comovente ver as atletas despencando em quadra, chorando. Elas jamais confiaram tanto em sua capacidade.


Chana Masson chora derrota do handebol do Brasil (Foto: EFE)Goleira Chana cai no choro com eliminação para Noruega no handebol (Foto: EFE)

O dia também foi de adeus na canoagem. Erlon Silva e Ronilson Oliveira não conseguiram ir à final olímpica da prova C2 (canoa para duas pessoas) de 1.000 metros. Eles ficaram em quarto lugar na segunda bateria. Apenas os três primeiros se classificavam. Chegaram 482 milésimos depois da terceira dupla.

Nos saltos ornamentais, Cesar Castro ficou em 17º no trampolim de 3m e não conseguiu lugar na final. O ouro ficou com o russo Ilya Zakharov. O pódio foi completado por dois chineses: Kai Qin, com a prata, e Chong He, com o bronze.

Na vela, maus resultados. Ricardo Winick, o Bimba, encerrou sua participação nos Jogos com a nona colocação na classe RS:X. Fernanda Oliveira e Ana Barbachan também não tiveram um dia positivo. Ficaram em décimo nas duas regatas e mantiveram o quinto lugar na classificação da classe 470, mas ainda mais distantes das líderes, com chances remotas de medalha.
A alegria de um alemão e a volta por cima de um argelino


Robert Harting lançamento de disco olimpíadas 2012 (Foto: AP)Em êxtase, Robert Harting, enrolado na bandeira da Alemanha, salta por cima de obstáculos para comemorar ouro na prova de arremesso de discos em Londres (Foto: AP)


Robert Harting pegou seu disco, se concentrou e o arremessou a 68,27m. Até ali, parecia ser mais um atleta das provas de arremesso. Não era. A medalha de ouro fez o alemão se transformar. Ele primeiro, em um surto de euforia, rasgou sua camisa. Depois, olhou para a pista de corrida e se mandou para lá. Em seguida, não se intimidou com os obastáculos e saiu pulando um por um. Chegou a pegar uma câmera fotográfica e fazer uma imagem do próprio rosto. Parecia uma criança. Foi a personificação da alegria pela vitória.

Taoufik Makhloufi 1500m Olimpíadas 2012 (Foto: Reuters)Argelino cruza na frente nos 1.500m depois de ser
excluído dos Jogos (Foto: Reuters)

O atletismo ainda apresentou um exemplo de volta por cima. O argelino Taoufik Makhloufi chegou a ser excluído dos Jogos nesta segunda-feira, sob alegação de corpo mole na prova dos 800m. Ele abandonou a bateria no meio, e a desconfiança foi de que não quisesse disputar a prova, para se preservar para os 1.500m. A decisão acabou revista, e ele foi liberado para seguir competindo.
E para vencer. Nesta terça-feira, com o tempo de 3m34s08, o atleta da Argélia conquistou a medalha de ouro. Em 24 horas, foi da humilhação à glória.

Para os donos da casa, a alegria surgiu no triatlo. E esteve entre irmãos. Alistair Brownlee, bicampeão mundial, conquistou o ouro e ajudou seu caçula, Jonathan, a ficar com o bronze. Eles são filhos de um pai corredor e de uma mãe nadadora. Desde criança, se envolveram com o esporte. O vencedor da prova tem 24 anos, e o terceiro colocado, 22.

Alegria para uns, dor para outros. No levantamento de peso, o alemão Mattias Steiner tentou erguer 196kg. O problema não foi exatamente ele não ter conseguido: o problema foi o peso ter despencado em cima do pescoço dele. Sentindo dores, o atleta foi atendido, mas passa bem. Ele ainda teve ânimo para dar um aceno ao público antes de sair do ginásio.

Matthias Steiner  londres 2012 olimpadas (Foto: Reprodução)Doeu: Matthias Steiner leva no pescoço os 196kg que tentou erguer  (Foto: Reprodução)

FONTE:

Ex-boleira, Adriana Araújo volta ao ringue e tenta mudar cor da medalha


Com bronze garantido, baiana encara forte rival na semifinal da categoria até 60kg; se passar, pode fazer duelo de ex-jogadoras de futebol na decisão

Por Rodrigo Alves Direto de Londres

Quando subir no ringue nesta quarta-feira, em Londres, Adriana Araújo já terá no bolso uma medalha de bronze. Quando começar a trocar golpes com a russa Sofya Ochigava na categoria até 60kg do boxe, a missão será mudar a cor do metal. Para o azar das duas, só vale usar as mãos, porque nos dois casos a habilidade também está nos pés. Adriana já foi jogadora de futebol, e Ochigava começou no kickboxing, mas na arena Excel o máximo que poderão fazer com as pernas é gingar. E quem vencer tem grandes chances de enfrentar na final a irlandesa Katie Taylor, que também já brilhou de chuteira nos gramados e defendeu até a seleção do seu país.

Adriana Araújo na luta de boxe contra Mahjouba Oubtil (Foto: EFE)Adriana Araújo na luta contra a marroquina Mahjouba Oubtil: agora ela está nas semifinais (Foto: EFE)

As semifinais começam às 10h (de Brasília). Primeiro, Katie encara Mavzuna Chorieva, do Tajiquistão, com promessa de torcida maciça da Irlanda nas arquibancadas londrinas. Na sequência, por volta das 10h15m, Adriana tenta dar mais um passo numa conquista que já é histórica, com medalha garantida para o boxe brasileiro 44 anos após Servílio de Oliveira na Cidade do México. Na modalidade, as duas perdedoras das semis dividem o terceiro degrau do pódio. O SporTV transmite a luta ao vivo.

- O boxe caiu na minha vida por acaso, há 12 anos. Eu jogava futebol até os 17, mas tinha que estudar e trabalhar. Fui fazer boxe para arrumar uma atividade e comecei a gostar. Minha mãe não aceitava, porque eu chegava em casa machucada, mas era algo que eu queria muito

Infelizmente ela faleceu, mas já vibrava muito com as minhas lutas antes disso - conta a lutadora baiana, que nas quartas de final eliminou a marroquina Mahjouba Oubtil por 16 a 12.

Sofia Ochigava boxe Rússia (Foto: AFP)Ochigava (de azul) massacrou Pritchard (Foto: AFP)

Uma das candidatas mais fortes ao ouro, a russa que Adriana enfrenta nesta quarta eliminou a neozelandesa Alexis Pritchard com muita facilidade, por 22 a 4. Aos 25 anos, Sofya Ochigava começou a lutar boxe aos 15. Nos quatro anos anteriores, seguiu os passos do irmão e investiu no kickboxing. Deixou os chutes de lado para se concentrar nos socos justamente pela possibilidade de disputar as Olimpíadas.

Na outra chave, Katie Taylor é a grande favorita. A irlandesa, que carregou a bandeira do seu país na cerimônia de abertura, conta com uma torcida numerosa no ginásio, que fica repleto de bandeiras em verde, branco e laranja durante suas lutas. Tetracampeã mundial e pentacampeã europeia, ela também começou usando os pés, mas em cenário bem diferente. Defendeu a seleção de futebol desde as categorias de base e chegou a disputar torneios importantes com a equipe adulta. Mas a grande paixão é mesmo o boxe. Tanto que foi uma das líderes da campanha para levar a disputa feminina para as Olimpíadas.

Agora que conseguiu, Katie quer o ouro. Mas para isso terá de despachar a lutadora do Tajiquistão. E, quem sabe, medir força com outra ex-boleira na luta do ouro.

Katie Taylor boxe Irlanda (Foto: AFP)Popular na Irlanda, Katie Taylor também defendeu a seleção de futebol do seu país (Foto: AFP)

FONTE:

Walsh e May garantem vaga na final olímpica pela terceira vez seguida


Americanas sofrem, mas derrotam chinesas Xue e Zhang por 2 sets a 0 e estão na decisão do torneio de vôlei de praia, que será disputada na quarta

Por GLOBOESPORTE.COM Londres

Walsh e May vôlei de praia (Foto: Getty Images)May e Walsh fazem até dancinha para comemorar
a vitória no vôlei de praia (Foto: Getty Images)

Em jogo marcado pelo equilíbro, as americanas Walsh e May derrotaram as chinesas Xue e Zhang por 2 sets a 0 (22/20 e 22/20), nesta terça-feira, na Arena do Vôlei de Praia em Londres, e garantiram vaga na final olímpica pela terceira vez seguida. As americanas são as atuais bicampeãs olímpicas e jamais perderam uma partida sequer em Olimpíadas. Na decisão, elas vão enfrentar as vencedoras do confronto entre as brasileiras Juliana e Larissa e as americanas Kessy e Ross, que se enfrentam nesta terça, às 17h. A final será disputada na quarta, às 17h.
No primeiro set, as chinesas, que conquistaram o bronze em Pequim, começaram melhor a partida e chegaram a abrir 13 a 7 no placar. No entanto, Walsh e May mantiveram a tranquilidade para reagir e fazer seis pontos seguidos. Os dois times trocaram vantagens até o fim do set, quando Xue errou o ataque, e as americanas fecharam.

A situação se inverteu no início da segunda parcial. Embaladas pela vitória no primeiro set, mas americanas ficaram em vantagem desde o começo e chegaram a ter 15 a 12. Foi quando começou a reação das chinesas, que viraram a partida e tiveram um set point, com 20 a 19. Porém, falou mais alto a tranquilidade das americanas, que marcaram três pontos seguidos e fecharam o jogo num bloqueio de Walsh.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/walsh-e-may-garantem-vaga-na-final-olimpica-pela-terceira-vez-seguida.html

De virada, dupla americana desbanca Juliana e Larissa e avança à decisão


Jennifer Kessy e April Ross vencem brasileiras por 2 sets 1 e encaram as compatriotas e bicampeãs mundiais Walsh e May na final, quarta-feira

Por Bianca Rothier Direto de Londres

Juliana e Larissa vôlei de praia Olimpíadas 2012 (Foto: Reuters)Americanas vibram após ponto conquistado na
semifinal do vôlei de praia (Foto: Reuters)

Um dia de muita chuva, vento forte e tempo frio, com os termômetros marcando 14º C, virou o pior pesadelo de Juliana e Larissa. Após um início impecável, elas caíram de produção e deixaram escapar a vitória, nesta terça-feira, em Londres. As americanas Jennifer Kessy e April Ross venceram as campeãs mundiais, de virada, por 2 sets a 1 (15/21, 21/19 e 15/12) e agora têm uma difícil missão em busca da medalha de ouro. Na outra semifinal, as bicampeãs olímpicas Walsh e May derrotaram as chinesas Xue e Zhang por 2 a 0 (22/20 e 22/20) e vão medir forças com as compatriotas na decisão, nesta quarta-feira, às 17h (horário de Brasília). Na preliminar, as brasileiras enfrentam as asiáticas, às 15h, de olho no bronze.

E um dado impressionante torna a derrota ainda mais cruel. Juliana e Larissa haviam vencido os nove últimos jogos contra Kessy e Ross. Não perdiam para elas desde maio de 2010. Agora, em 22 partidas, são 18 triunfos das brasileiras, contra quatro das americanas.

- A gente estava administrando bem o segundo set, mas a Larissa, infelizmente, cantou uma bola fora, mas deu o saque em cima da linha. Tudo estava dando certo para elas. É óbvio que eu estou desapontada. Merecíamos a vitória, mas não ganhamos. Merecedor se faz dentro de quadra, e as merecedoras foram elas - disse Juliana.

A companheira disse que a dupla poderia ter demonstrado mais atitude, mas destaca que o torneio é de alto nível e as quatro melhores equipes do mundo nos últimos quatro anos estão presentes. Quem joga mal está fora.

- Faltou um pouquinho mais de atitude, tanto da minha parte como da Juliana. Eu estava ali no jogo, ela tinha que ter participado mais, mas é isso. Às vezes a gente ganha, outras perde. Em Londres, estão as quatro principais duplas do mundo nos últimos quatro anos. E é isso aí. Jogou mal, vai perder. Nosso 100% não foi suficiente para vencer - completou Larissa.

Juliana e Larissa Jogos de Londres (Foto: Suzanne Plunkett/Reuters)Larissa tenta contagiar Juliana durante a partida contra as americanas  (Foto: Suzanne Plunkett/Reuters)

O jogo

O time verde-amarelo jogou muito bem o primeiro set e não deu chances às rivais. Com boas defesas de Larissa, três pontos de saque e uma pontaria afiada no ataque, as brasileiras fizeram 16 a 12. No capricho, viraram as bolas de forma tranquila. Larissa instigava Juliana com conselhos e algumas puxadas de orelha em busca da perfeição, e a dupla fechou parcial em 21 a 15, sem sustos.

Os Estados Unidos entraram com uma outra postura no segundo set, marcado pelo equilíbrio. No contra-ataque de Juliana, o Brasil abriu três pontos de vantagem (9 a 6) e ficou em uma situação confortável. As americanas forçaram o saque em cima de Larissa, mas a pressão não abalou a campeã mundial. Kessy e Ross não se intimidaram e empataram após um ace: 14 a 14. As brasileiras sofreram um apagão e viram as rivais crescerem na partida. Os Estados Unidos acertaram o tempo de bloqueio e não deixaram escapar oportunidades para ampliar: 17 a 15. A dupla canarinho ainda tentou forçar o saque, mas nada atrapalhava as americanas, que fizeram 21 a 19.

O tie-break começou disputado, com as duas duplas pontuando após a recepção de saque. Finalmente, o Brasil acertou um belo contra-ataque com uma pancada de Larissa e deixou tugo igual (5 a 5). A veterana caiu de produção, teve dois erros de ataque seguidos, e os Estados Unidos assumiram o controle do jogo: 8 a 6. A situação ficou cada vez mais complicada e as brasileiras não conseguiam mudar o quadro. Após um belo rali, Juliana colocou a bola na areia, fez o 10º ponto, mas a companheira atacou para fora na sequência: 12 a 10. As americanas administraram a vantagem e abriram 14 a 11. Foi duro, Juliana e Larissa ainda salvaram um match point, mas já era tarde demais: 15 a 12.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/de-virada-dupla-americana-elimina-juliana-e-larissa-das-olimpiadas.html

Seedorf pede apoio a Rafael Marques e condena gritos por Loco Abreu


Holandês convoca torcida e cita situação do atacante, vaiado nos últimos jogos. 'Loco foi importante, mas não está mais aqui', argumenta

Por Thales Soares Rio de Janeiro

O Botafogo volta ao Engenhão nesta quarta-feira depois de dois jogos fora do Rio de Janeiro em busca de um relacionamento mais estreito e positivo com a torcida. Com um gol em cobrança de falta de Seedorf, o time conseguiu vencer por 2 a 1 o Atlético-GO, no Serra Dourada, onde contou com apoio irrestrito dos alvinegros, maioria no estádio do adversário.

Agora, o holandês espera ver o mesmo apoio no Engenhão, onde o time tem sofrido com vaias dos torcedores, principalmente por ter perdido dois dos três jogos que disputou lá desde a chegada do holandês. Com 23 pontos, o Botafogo está em sétimo lugar na classificação.

- Desde que cheguei, vejo uma evolução positiva do time, mas a gente precisa dos torcedores. 
em eles, não há como alcançar os objetivos. Tem jogador precisando muito de apoio, como o Rafael Marques, por exemplo, que também é novo no grupo. Vejo torcedores gritando o nome do Loco Abreu, que foi importante, mas não está mais aqui, nem vai voltar agora. Quem precisa de apoio é quem vai ficar até o fim do ano. Estou convencido de que amanhã vai virar essa coisa e apoiarão o Rafael, que começará a sentir esse calor. Não só ele, mas todos - afirmou Seedorf.

Seedorf, treino do botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Influência europeia: Seedorf quer levar ao Botafogo o hábito de agradecer à torcida, ganhando ou perdendo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

Nos dois últimos jogos em que atuou, nas vitórias sobre Figueirense e Atlético-GO, Seedorf se preocupou em convocar todo o grupo para ir em direção aos torcedores e agradecer ao apoio. Era uma prática comum para ele na Europa, não só nas vitórias, e que espera conseguir trazer para o Botafogo, ajudando a aumentar a integração entre time e torcida.

Que loucura fez a torcida do Liverpool, apoiando e ganhando o jogo nos pênaltis. É muito frequente esse tipo de atitude"

Seedorf, lembrando final da Liga dos Campeões

- A torcida paga para entrar e durante o jogo está junto com a gente. O resultado não pode influenciar se você vai agradecer ou não. Isso é uma troca. Eles pagam para vir ao jogo e nos apoiar. O time sempre quer o melhor, mas não vence em todas. Independentemente disso, tem que agradecer. Isso ajuda a aumentar o respeito do time para o torcedor e vice-versa - comentou Seedorf.

Como exemplo da relação entre time e torcida, o holandês citou o Liverpool, adversário na final da Liga dos Campeões de 2005. Os ingleses, que foram para o intervalo perdendo para o Milan por 3 a 0, reagiram no segundo tempo e fizeram 3 a 3, conquistando o título nas cobranças de pênaltis.

- Que loucura fez a torcida do Liverpool, apoiando e ganhando o jogo nos pênaltis. É muito frequente esse tipo de atitude. Eles agradecem sempre depois do jogo aos torcedores. É algo muito importante - explicou Seedorf.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/seedorf-convoca-torcida-e-espera-apoio-irrestrito-no-engenhao.html

Lodeiro se apresenta e concentra com o grupo para jogo desta quarta


Mesmo sem ser relacionado, uruguaio vai passar a noite com o grupo em General Severiano para vivenciar clima antes do confronto com Palmeiras

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Depois de fazer seu primeiro treinamento com os novos companheiros de Botafogo, o uruguaio Lodeiro já começará a vivenciar o clima de concentração, mesmo sem ser relacionado para o jogo contra o Palmeiras, nesta quarta-feira, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro. Ele deixou o estádio e foi direto para General Severiano, onde passará a noite com o grupo e fará uma atividade na manhã de quarta-feira.

A estreia de Lodeiro será longe do Rio, no confronto com a Portuguesa, no domingo, no Canindé. Apresentado oficialmente nesta terça-feira, com a presença do presidente Maurício Assumpção, ele não vê a hora de entrar em campo.

- Quero ganhar carinho da torcida dentro do campo, não apenas falando que tenho muita vontade. Darei meu máximo dentro de campo para poder ganhar pelo menos um título com o clube. Essa é minha expectativa aqui - afirmou Lodeiro.


Apresentação Lodeiro no Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Lodeiro avisa que não torcerá para o Brasil na final do torneio de futebol das Olimpíadas: "Sou uruguaio"(Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

Depois de disputar as Olimpíadas de Londres pelo Uruguai e ser eliminado ainda na primeira fase, Lodeiro chegou ao Botafogo antes do previsto. Agora, sem o seu país na competição e com o Brasil na final, não titubeou em dizer se vai torcer ou não para os brasileiros.

- Não. Eu sou uruguaio - afirmou Lodeiro, garantindo que já superou a eliminação em Londres. - Já deixei de lado. É passado na minha vida. Foi uma experiência muito linda, mas não fomos bem. Minha cabeça está voltada para o Botafogo, clube pelo qual vou jogar ainda muitas partidas.

Lodeiro está convocado para defender o Uruguai no dia 15, em amistoso contra a França. Com isso, deverá se apresentar depois do jogo contra a Portuguesa. Ele desfalcará o Botafogo no confronto com o Sport, também no dia 15, no Engenhão.

Lodeiro manda recado para a tocida do Botafogo: assista


América-MG conta com a volta de jogadores importantes para sábado


Atletas que estavam no departamento médico voltam a treinar nesta segunda

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte

Boiadeiro, lateral do América-MG (Foto: Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)Lateral Boiadeiro é um dos que voltam aos treinos (Foto: Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)

O América-MG inicia a semana com uma boa notícia para os torcedores. Se os americanos ainda não sabem quem vai treinar o time, após a dispensa de Givanildo, pelo menos ficam sabendo que o Coelho estará reforçado para receber o Vitória no próximo sábado. Isso porque vários jogadores que estavam no departamento médico do Coelho serão liberados para o retorno às atividades no CT Lanna Drumond.

De acordo com Cimar Eustáquio, diretor médico do Coelho, o zagueiro Everton Luiz, o volante Leandro Ferreira, o lateral Boiadeiro e o atacante Adeílson, podem ser liberados para as atividades que serão realizadas na reapresentação do time mineiro, na tarde desta segunda-feira.

Ainda no departamento médico estão o volante Dudu, que levou uma pancada no joelho na partida contra o Joinville - e que será reavaliado nesta segunda -, e o meia Gilberto, em tratamento devido a um estiramento na panturrilha esquerda. Ele deverá passar, no mínimo, mais dez dias em recuperação. O também meia Rodriguinho continua fazendo tratamento para se recuperar de um estiramento na coxa direita, entrando na fase final de recuperação, assim como o jovem lateral Patrick, que sofreu um estiramento no ligamento do joelho.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/america-mg/noticia/2012/08/america-mg-conta-com-volta-de-jogadores-importantes.html

Musa do Brasileirão: confira algumas candidatas inscritas no concurso


Torcedoras podem fazer suas inscrições até o próximo dia 10 de agosto

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

A sétima edição do concurso Musa do Brasileirão, parceria entre GLOBOESPORTE.COM e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), vem recebendo muitas inscrições em 2012. As candidatas têm até o próximo dia 10 de agosto para entrar na briga.

mosaico Musas Brasileirão 2012 (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Musas de Fla, Flu, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Botafogo e Corinthians dão gostinho aos torcedores em fotos (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)


Este ano a candidata deve acessar o portal do concurso na internet e aceitar o presente regulamento, bem como todas as regras e condições. Depois disso, cadastrar seus dados pessoais na ferramenta disponibilizada e responder às perguntas indicadas. Por fim, deve enviar, por meio da ferramenta, obrigatoriamente, no mínimo, uma foto própria, em qualquer dos formatos permitidos, e um vídeo, contendo sua imagem e voz, com, no máximo, dez minutos de duração.

Saiba como participar desse concurso que ganhou destaque no Brasil. Clique aqui!
Veja imagens de algumas das belas inscritas:

Cris Lopes (Flamengo)
Carolina Magalhães (Atlético-MG)
Gleice Paisante (Fluminense)
Larissa Drosac (Figueirense)
Michele Recktenwald (Grêmio)
Milena Machado (Botafogo)
Larissa Coelho (Corinthians)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/musa-do-brasileirao-2012/noticia/2012/07/musa-do-brasileirao-confira-algumas-candidatas-inscritas-no-concurso.html

Zé Roberto espanta o fantasma russo e comemora com peixinho da vitória


Após ver a seleção salvar seis match points nas quartas, técnico se joga na quadra e desabafa após momentos difíceis: 'Nunca tinha passado por isso'

Por Rodrigo Alves Direto de Londres

Há mais de dez anos, José Roberto Guimarães não via tão de perto o chão da quadra. Nesta terça-feira, ele não aguentou. Após ver suas meninas quase eliminadas na fase de grupos e sofrendo até a última bola para superar a Rússia nas quartas de final das Olimpíadas de Londres, o técnico da seleção feminina correu e mergulhou. Com um peixinho característico do vôlei, surpreendeu a torcida e extravasou a angústia que carregava há uma semana. Quando levantou, o sorriso ainda estava no rosto, e o Brasil já estava garantido na semifinal contra o Japão.

ze roberto volei brasil x russia londres 2012 olimpiadas (Foto:  JONNE RORIZ/AGÊNCIA ESTADO )Zé Roberto mergulha: peixinho da vitória após jogo contra a Rússia  (Foto: JONNE RORIZ/AGÊNCIA ESTADO )

- O que eu queria era sair dando peixinho pelo ginásio inteiro. Pintou a vontade ali na hora, eu tinha que correr. A situação era muito difícil para nós, especialmente depois dos seis match points que elas tiveram - afirmou Zé Roberto após a vitória.
Como técnico eu nunca tinha passado por isso. Nós dependíamos dos outros para classificar, e depois disso ainda pegamos a Rússia. Sem contar as medalhas de ouro olímpicas, talvez tenha sido o jogo de maior emoção da minha vida"
José Roberto Guimarães, técnico da seleção
O jogo contra as japonesas vale vaga na final e está marcado para quinta-feira, às 15h30m (de Brasília). O SporTV transmite ao vivo e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real. Após um começo repleto de altos e baixos, a seleção feminina está a dois passos de conquistar o bicampeonato olímpico.

Meia hora depois do peixinho, mais calmo, o treinador ainda procurava explicações para a reação heroica. Além do jogo acirrado nesta terça, Zé Roberto voltou à primeira fase para ilustrar o que significa a vitória nas quartas.

- Como técnico eu nunca tinha passado por isso. Nós dependíamos dos outros para  classificar, e depois disso ainda pegamos a Rússia. Sem contar as medalhas de ouro olímpicas, talvez tenha sido o jogo de maior emoção da minha vida. O time passou a jogar de uma forma mais alegre, mais solta. Na primeira fase, cada bola parecia ser a bola para ganhar o campeonato. Eu olhava para a quadra e não via o time que estava treinando comigo todo dia - desabafou o técnico.

Com a bênção de Damião, Brasil volta à final olímpica após 24 anos


Artilheiro das Olimpíadas de Londres, atacante do Inter comanda vitória da Seleção sobre a Coreia do Sul. Adversário na decisão será o México.

Por Márcio Iannacca Direto de Manchester, Inglaterra

Leandro Damião e Yu Suk Young, coreia do Sul e Brasil (Foto: Agência Reuters)Leandro Damião deu trabalho aos sul-coreanos
(Foto: Agência Reuters)

Depois de 24 anos de frustrações, demissões de treinadores e crucificação de algumas gerações, a seleção brasileira está novamente em uma final olímpica. Nesta terça-feira, em Manchester, o time de Mano Menezes fez 3 a 0 na Coreia do Sul, com show de Leandro Damião, e avançou para a decisão do torneio de futebol masculino das Olimpíadas de Londres. Algo que não acontecia desde os Jogos de 1988, em Seul. O adversário será o México, sábado, às 11h, em Wembley.

A medalha de ouro olímpica é uma obsessão para o país que venceu cinco vezes a Copa do Mundo e tem uma das seleções mais temidas do planeta. Nas duas vezes que chegou mais perto da conquista, o Brasil sucumbiu na decisão e ficou apenas com a medalha de prata. Em 1984, nos Jogos de Los Angeles, perdeu da França. E quatro anos depois, em Seul, foi derrotado pela extinta União Soviética. Depois disso, levou dois bronzes: em 1996, em Atlanta, e 2008, em Pequim.

Para o duelo decisivo contra o México, o Brasil chega embalado por uma campanha goleadora. Fez três gols em todos os cinco jogos até aqui no torneio masculino de futebol das Olimpíadas da Londres. E mais: Leandro Damião, com seis gols, é o artilheiro da competição. O atacante do Internacional, aliás, é o terceiro maior goleador brasileiro nos Jogos, perdendo apenas Bebeto (oito) e Romário (sete). No jogo desta terça-feira, o jogador deixou para trás Ronaldo Fenômeno, com cinco.

Apesar da ótima campanha, a Seleção, observada nesta terça pelos presidentes Joseph Blatter, da Fifa, e Jose Maria Marin, da CBF, tem mantido certa irregularidade durante as partidas, muito embora tenha mostrado também poder de reação. No duelo com a Coreia do Sul, mais uma vez, o Brasil levou alguns sustos. Mas dessa vez não sofreu gol e depois que encaixou seu futebol sobrou diante de um assustado e atrapalhado adversário. Os sul-coreanos, agora, disputam o bronze contra o Japão, sexta-feira, às 15h45,

Para os jogadores da Coreia do Sul, a conquista da medalha, mesmo que de bronze, é como um título. Em especial porque o governo local prometeu aos medalhistas a dispensa do serviço militar. A final dos Jogos Olímpicos e a disputa pelo bronze têm transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM.

comemoração Brasil, Coreia do Sul x Brasil (Foto: Agência AFP)Oscar, Neymar e Romulo comemorarm o primeiro gol da seleção brasileira (Foto: Agência AFP)

Após pressão, Seleção acorda com percussão

O Brasil demorou a se encontrar no primeiro tempo. A Coreia do Sul tocava melhor a bola e chegava com mais facilidade à área da Seleção. A entrada de Alex Sandro melhorou o poder de marcação pelo lado esquerdo. Os asiáticos, por sua vez, deram trabalho nos primeiros 20 minutos de jogo sempre pela direita, principalmente com o atacante Ji Dongwon.

Aos 11 minutos, a defesa não se encontrou, Nam passou por três jogadores, chegou à linha de fundo e cruzou. A bola escorou na defesa e sobrou para Hyunsung Kim, que bateu fraco. No desespero, Sandro apareceu e cortou para escanteio. Esse foi só o cartão de visitas para a sequência de lances perigosos da Coreia do Sul.

O Brasil parecia nervoso. A troca de Alex Sandro por Hulk até surtia efeito em parte. Mas não no setor ofensivo. Aos 13, Gabriel dividiu no alto com um rival e bola sobrou quicando na entrada da pequena área. Ji Dongwon dividiu com Juan e Thiago Silva, quase na linha do gol, afastou o perigo. O time estava perdido, sendo dominado pelos rivais.

Dois minutos depois, Ji Dongwon soltou a bomba da intermediária e a bola passou rente ao travessão de Gabriel. O Brasil acordou a partir dos 19 minutos. Marcelo arrancou da defesa, passou por três adversários e lançou para Leandro Damião. O atacante invadiu a área, levou a bola para a perna direita e chutou para defesa de Lee.

A partir daí, o jogo ficou igual. Os sul-coreanos até tocavam a bola, mas já não encontravam as mesmas facilidades. Aos 27, um fenômeno curioso. Um grupo de brasileiros teve acesso à arquibancada do Old Trafford com instrumentos de percussão. Ao mesmo tempo, o time canarinho subiu de produção e passou a ser mais perigoso.

Dez minutos depois, o prêmio pela persistência na marcação da saída de bola dos rivais. Sandro recuperou a bola no meio de campo e tocou para Oscar. O apoiador carregou até a entrada da área e rolou para Rômulo. O volante finalizou de primeira, sem muita força, mas o goleiro Lee aceitou: 1 a 0 Brasil. Festa da torcida no estádio do Manchester United.

Nos acréscimos, Ji Dongwon, destaque da equipe no primeiro tempo, ainda aproveitou bobeada de Juan para finalizar forte da entrada da área por cima do travessão de Gabriel. Tudo sob o olhar atento do técnico Roberto Mancini, comandante do Manchester City, arquirrival do United na cidade inglesa.

A estrela do artilheiro

A Coreia do Sul voltou como começou o primeiro tempo. Em cima da Seleção. E logo aos três minutos, a arbitragem deixou de marcar um pênalti claro para os asiáticos. Kim Bokyung recebeu lançamento em profundidade, invadiu a área e foi derrubado por Sandro. O juiz Pavel Kralovec, da República Tcheca, mandou o lance seguir.

O Brasil tinha muitas dificuldades para sair do campo de defesa para o ataque. Abusava dos lançamentos dos zagueiros, sempre buscando uma casquinha de cabeça de Damião para Neymar sair na cara do gol. Em vão. Os sul-coreanos marcavam bem a jogada.

Mas quando conseguiu produzir uma boa jogada, o time canarinho fez o segundo gol. Aos 11, Neymar tabelou com Marcelo e recebeu na área. O atacante foi à linha de fundo e cruzou para trás. O lateral-esquerdo furou e a bola sobrou para Damião, que bateu de primeira para marcar mais um para a Seleção.

Com o gol, Damião chegou aos cinco nas Olimpíadas, igualando-se na artilharia da competição ao senegalês Konate. A partir daí, os sul-coreanos sentiram o golpe, e o Brasil passou a tocar a bola, buscando os espaços para ampliar o marcador.

E foi no toque de bola que o time fez mais um. Neymar recebeu um lindo lançamento de Thiago Silva do campo de defesa. O atacante tocou para Oscar, que tentou devolver. A bola bateu na zaga e sobrou para Damião dentro da área. O atacante bateu colocado para se tornar o goleador da competição, com seis tentos.

A Seleção seguiu tocando bola, buscando os espaços para marcar mais um. Não precisou porque os sul-coreanos já tinham perdido a força demonstrada no início dos dois tempos. No fim, festa brasileira e a chance de buscar o inédito ouro olímpico, no próximo sábado, no mítico Wembley, em Londres.

BRASIL 3X0 COREIA DO SUL
Gabriel; Rafael, Thiago Silva, Juan (Bruno Uvini) e Marcelo (Hulk); Sandro, Rômulo, Alex Sandro e Oscar; Leandro Damião (Alexandre Pato) e Neymar. Lee; Beom-Seok, Younggwon Kim, Seokho Hwang e Sukyoung Yun; Taehee Nam, Sungyueng Ki, Dongwon Ji (Sungdong Baek) e Bokyung Kim; Hyunsung Kim (Chuyoung Park) e Jacheol Koo (Wooyoung Jung).
Técnico: Mano Menezes Técnico: Hong Myung Bo.
Gols: Romulo, aos 37 minutos do primeiro tempo; Leandro Damião, aos 11, e aos 18 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Dongwon Ji (COR)
Local: Old Trafford, em Manchester (Inglaterra). Árbitro: Pavel Královec (Rep. Tcheca). Auxiliares: Martin Wilczek (Rep. Tcheca) e Antonin Kordula (Rep. Tcheca)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/com-bencao-de-damiao-brasil-volta-final-olimpica-apos-24-anos.html










 

Maurren Maggi não passa à final do salto em distância em Londres


Medalha de ouro em Pequim fica a três centímetros da marca que lhe daria a vaga para brigar pelo tão sonhado bi olímpico

Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra

Aos 36 anos (e 44 dias),  Maurren Maggi tinha a esperança de subir novamente no lugar mais alto do pódio em Londres. O feito a tornaria a mais velha vencedora da prova do salto em distância, superando a alemã Heike Drechsler, que ganhou o ouro em Sydney 2000 com 35 anos e 288 dias. Mas quis o destino que a brasileira não avançasse. Maurren deu adeus ao sonho do bicampeonato olímpico. Campeã há quatro anos em Pequim 2008, com 7,04m, não conseguiu  marca para garanti-la entre as 12 classificadas à final.

Para avançar automaticamente para a decisão, as competidoras tinham que ultrapassar os 6,70m, 15 centímetros abaixo da melhor marca da brasileira nesta temporada (6,85m). Mas com um salto de 6,37m, obtido na primeira das suas três tentativas, ela ficou atrás das adversárias, terminando na 15ª posição. A melhor atleta na série foi a britânica Shara Proctor, com 6,83m, enquanto a última vaga ficou com Veronika Shutkova (da Bielorrússia), com 6,40m.

maurren maggi Salto (Foto: Agência Reuters)Maurren Maggi numa das três tentativas para buscar a vaga na final do salto em distância em Londres(Foto: Agência Reuters)

- Eu estava muito bem preparada para saltar longe, mas acontece com todo mundo. Não sei o que aconteceu durante a prova, mas fiz um aquecimento muito legal para poder entrar e competir. Eu me senti aliviada quando terminou a prova, mas queria muito ter ido à final - declarou ao SporTV a atleta, que queimou a segunda tentativa e no terceiro salto atingiu a marca de 6,27m.

O resultado não vai interferir no futuro de Maurren. A brasileira deixou claro que o adeus às pistas ainda não faz parte de seus planos. A carreira continuará, segundo a atleta de 36 anos.
- Estou satisfeita por ter chegado inteira até aqui. Estou feliz por ter terminado, mas não acabou por aqui. Não vou encerrar a minha carreira por aqui. Ano que vem tem o Mundial e vou me preparar novamente - afirmou.

Medalha de ouro no Pan de Guadalajara 2011, Maurren Maggi avaliou sua mudança de tática para o último salto em busca da vaga na final (que acabou sendo de 6,27m), depois de queimar na tentativa anterior.

- Tentei colocar um pouco meio pé para trás e aproveitar mais a corrida, porque eu estava variando no final, nas últimas passadas. Tecnicamente falando, eu teria que ser um pouquinho mais rápida nas últimas passadas para tentar saltar um pouco mais longe - concluiu a brasileira, que esperava saltar 7m no Estádio Olímpico de Londres, marca que conseguiu atingir durante os treinos para os Jogos.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/maurren-maggi-nao-passa-final-do-salto-em-distancia-em-londres.html

Engenhão: máquinas de iluminação são testadas no gramado


Montado por holandeses, equipamento fará sua primeira aparição oficial na quarta-feira, antes do jogo com o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro

Por Thales Soares Rio de Janeiro

As máquinas de iluminação artificial finalmente surgiram no gramado do Engenhão. Nesta terça-feira, elas estão sendo testadas sob a supervisão dos holandeses que fizeram a montagem do equipamento. Sua primeira utilização oficial será feita antes do jogo desta quarta-feira, contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro.

Desde a manhã desta terça-feira, as máquinas estão sendo testadas no gramado. Elas servem para compensar a falta de luz natural e serão utilizadas diariamente a partir de quinta-feira, em busca da melhoria do palco.

O gramado do Engenhão foi interditado a pedido do Botafogo e teve quatro jogos do Campeonato Brasileiro adiados pelo Confederação Brasileira de Futebol (CBF), dois com mando do Flamengo e dois do Fluminense.

Máquinas no campo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Máquinas de iluminação artificial sendo testadas no gramado (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

FONTE:

Lodeiro faz primeiro treino com os novos companheiros de Botafogo


Uruguaio vai a campo nesta terça-feira, mas não será relacionado para o jogo contra o Palmeiras, quarta-feira, no Engenhão, pelo Brasileirão

Por Thales Soares Rio de Janeiro

O meia uruguaio Nicolás Lodeiro fez nesta terça-feira seu primeiro treinamento no campo com os novos companheiros de Botafogo. No entanto, ainda não será relacionado para o jogo desta quarta-feira, contra o Palmeiras, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro.

Aos 23 anos, ele foi contratado pelo clube depois de dois anos e meio no Ajax, da Holanda. Lodeiro estava com a seleção do Uruguai nas Olimpíadas de Londres, mas sua equipe foi eliminada ainda na primeira fase, em um grupo que contava com Grã-Bretanha, Senegal e Emirados Árabes.

Lodeiro em campo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Lodeiro faz seu primeiro treino com o Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

Na segunda-feira, Lodeiro trabalhou na academia do Engenhão e fez os últimos exames médicos. Sua estreia deve ser contra a Portuguesa, no Canindé, no domingo. Depois desse jogo, será liberado para disputar o amistoso entre Uruguai e França, em Le Havre, dia 15.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/lodeiro-faz-primeiro-treino-com-os-novos-companheiros-de-botafogo.html

Mayra e Kitadai são carregados pela torcida na chegada a Porto Alegre


Cerca de 100 pessoas recepcionaram os judocas da Sogipa

Por Roberta Lemes Porto Alegre

Com as medalhas de bronzes conquistadas em Londres no peito, Mayra Aguiar e Felipe Kitadai desembarcaram na manhã desta terça-feira em Porto Alegre. Os atletas da Sogipa foram recebidos com festa e carregados nos braços da torcida no aeroporto Salgado Filho, depois de participarem da melhor campanha do judô brasileiro em Jogos Olímpicos.

Mayra e Kitadai no aeroporto (Foto: Roberta Lemes/GLOBOESPORTE.COM)Mayra e Kitadai são levados nos braços da torcida gaúcha (Foto: Roberta Lemes/GLOBOESPORTE.COM)

– Muita emoção – repetia Mayra, que foi carregada pelo público junto com Kitadai. Maria Portela, que também participou dos Jogos Olímpicos, também chegou e foi recepcionada.

Cerca de 100 pessoas esperavam a dupla de medalhistas, na maioria crianças alunos de judô da Sogipa que sonham em seguir os passos dos campeões. Dois bonecos em tamanho real de Mayra e Kitadai também marcaram presença na festa. Cartazes e faixas de incentivo também completavam o cenário no Salgado Filho.

O paulista Kitadai, que treina em Porto Alegre, pareceu estar em casa em terras gaúchas. Emocionado, ele comemorou a recepção calorosa.

– Esta com certeza foi a melhor volta para casa da minha vida – disse.


E a festa não terminou no saguão do aeroporto. Logo depois do desembarque, Mayra e Kitadai subiram em um caminhão de bombeiros e desfilaram pelas principais ruas de Porto Alegre. Depois de sentir o carinho dos torcedores, a dupla concede entrevista coletiva na sede da Sogipa, zona norte da capital gaúcha.

– Um trabalho com tanto esforço ser retribuído desta maneira, com tanto carinho, é incrível – destacou Mayra.

Mayra Aguiar e Felipe Kitadai no desembarque do judô no Rio Grande do Sul (Foto: RBS)Mayra Aguiar e Felipe Kitadai desfilam com medalhas e bandeira do Rio Grande do Sul (Foto: RBS)


Mas antes disso, os medalhistas olímpicos fizeram uma parada no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, onde foram recebidos pelo vice-governador, Beto Grill.

Os caminhos de Mayra e Kitadai foram parecidos em Londres. O paulista perdeu o uzbeque Rishod Sobirov, mas não desistiu, passou pela repescagem e levou a medalha com uma vitória em cima do italiano Elio Verde no dia em que completou 23 anos. A gaúcha Mayra foi até as semifinais, mas perdeu para a americana Kayla Harrisson. Mesmo com o braço machucado, ela encontrou forças para derrotar a holandesa Marhinde Verkerk com um ippon e conquistar o bronze um dia antes de completar 21 anos.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rs/noticia/2012/08/nos-bracos-da-torcida-mayra-e-kitadai-desembarcam-em-porto-alegre.html

Brasil derruba Espanha no basquete e ganha de prêmio estrada mais dura


Em jogo que começou morno e terminou com reação, seleção vence os atuais vice-campeões olímpicos e pode pegar sequência com Argentina e EUA

Por Rodrigo Alves Direto de Londres

Jogar para perder seria castigar demais o espírito olímpico, mas poupar os músculos olímpicos, retomar o fôlego olímpico e até flertar com uma preguiça olímpica, tudo bem. Classificados para a segunda fase, brasileiros e espanhóis entraram em quadra nesta segunda-feira, na Arena de Basquete, sabendo que aquele não seria o jogo da vida de ninguém. A derrota não viria exatamente como castigo - ao contrário, na teoria facilitaria o caminho até a final em Londres. Sem pisar fundo no acelerador durante o primeiro tempo, os dois times aproveitaram para rodar os elencos e tiveram seus momentos de fogo baixo. No fim, a coisa apertou, e o Brasil mostrou que estava disposto a sair com a vitória. Diante de uma Espanha apática, acabou conseguindo, por 88 a 82, com uma virada contundente nos minutos finais pelas mãos de Leandrinho. O "prêmio" pelo esforço é uma estrada ingrata daqui em diante, onde podem estar os dois últimos campeões olímpicos.

Nas quartas de final, a seleção terá pela frente a Argentina, ouro em 2004. O jogo será na quarta-feira, às 16h (de Brasília), com transmissão do SporTV e Tempo Real no GLOBOESPORTE.COM. Se passar no duelo sul-americano, os brasileiros provavelmente vão encarar os Estados Unidos, campeões em 2008, que enfrentam a Austrá
lia nas quartas.

Pau Gasol, Tiago Splitter, Basquete, Brasil x Espanha (Foto: Agência Reuters)Tiago Splitter tenta vencer o espanhol Pau Gasol: o Brasil vira a partida no fim (Foto: Agência Reuters)

Ao fim da partida, Rubén Magnano evitou comentar a atitude da Espanha, que levou 31 pontos no último quarto sem a habitual resistência. Mas valorizou a postura do Brasil.

- Eu me sinto muito orgulhoso do que faz minha equipe. Talvez por isso eu seja professor também, para transmitir valores, e não só jogar basquete. Qualquer pessoa que olha essa atitude fica colada com isso. Ninguém vai apontar o dedo para nós - afirmou o treinador argentino.

Nene Basquete Brasil x Espanha (Foto: AP)Nenê ficou no banco torcendo (Foto: AP)
'É esquisito', diz Alex

O ala Alex, no entanto, admitiu que o fim do jogo foi estranho, com os espanhóis deixando espaço para os arremessos que possibilitaram a reação brasileira.

- A gente tem que pensar no nosso. Não dá para entrar num jogo decisivo assim pensando em perder. É esquisito, a gente entrou no último quarto perdendo por nove, e eles foram inventar de marcar por zona. Aí fizemos 31 pontos - lembrou o ala.
O técnico da Espanha, Sergio Scariolo, refutou qualquer possibilidade de ter entregado o jogo no último quarto.

- Conhecendo a minha pessoa, meus jogadores, a minha Federação e o nosso comportamento, levantar essa questão é uma falta de respeito - afirmou.

Com quatro vitórias e apenas uma derrota, a seleção de Rubén Magnano termina em segundo lugar no Grupo B. Por isso, terá pela frente a Argentina, terceira colocada da outra chave, na quarta-feira, às 16h (de Brasília). Quem passar, pegará na semi o vencedor de EUA x Austrália. Se tivesse perdido para a Espanha, a equipe verde-amarela enfrentaria a França nas quartas e provavelmente a Rússia nas semis.

Herói da reação no fim, Leandrinho foi o cestinha brasileiro com 23 pontos, em sua melhor atuação em Londres até agora. Marquinhos fez 13, e Tiago Splitter colaborou com 11. Pelo lado espanhol, os irmãos Gasol comandaram as ações: Pau fez 25 pontos, e Marc fez 20.
Além da intenção de dar ritmo a alguns reservas, o Brasil já começou o jogo com uma baixa: Nenê sentiu dores na planta do pé esquerdo e foi poupado. Do banco de reservas, viu Caio Torres ganhar bons minutos de quadra, assim como Raulzinho, que chegou a ser usado junto com Larry Taylor. Ao fim do primeiro tempo, todos os jogadores do elenco de Magnano já tinham pontuado.

Leandrinho Basquete Brasil x Espanha (Foto: AP)Leandrinho comandou a reação brasileira e foi o cestinha da equipe com 23 pontos (Foto: AP)

O primeiro quarto foi de domínio espanhol, mas basicamente por causa de um jogador. Pau Gasol colocou o time nas costas, fez 13 pontos e manteve os europeus à frente no placar o tempo todo. A defesa brasileira não sabia o que fazer para frear o pivô do Los Angeles Lakers: Varejão, Splitter, Caio, Giovannoni, todo mundo deu sua parcela de ajuda, mas estava difícil. E Gasol tinha ainda um coadjuvante de luxo, Serge Ibaka, que encerrou o período com um toco fantástico em Larry Taylor: Espanha 26 a 17.

No segundo quarto, a preguiça trocou de lado. Os espanhóis também rodaram bem o elenco, cometeram muitos erros, e o Brasil aproveitou para reagir. A diferença caiu para três num tiro de longe de Giovannoni e chegou a ficar em dois pontos. Nos minutos finais antes do intervalo, contudo, os atuais vice-campeões olímpicos dominaram as ações outra vez e pularam para 44 a 38.

Pau Gasol e Anderson Varejão Basquete Brasil x Espanha (Foto: Getty Images)Brasileiros e espanhóis disputam a bola no
garrafão durante a partida (Foto: Getty Images)

Os irmãos Gasol continuaram castigando o Brasil no terceiro quarto, e a diferença chegou a 11 pontos. Ficou passeando por essa margem, enquanto Marquinhos, Leandrinho & Cia. tentavam encurtar. Até a virada para os dez minutos finais, não deu: 66 a 57.

No início do último período, aí sim, a diferença despencou para quatro. Caio tentou um toco, mas cometeu a falta e mandou Felipe Reyes em cima dos fotógrafos. Era o clima na reta final, quando as duas seleções esquecerarm o caminho "mais fácil" e partiram para buscar a vitória. Leandrinho acertou a mão de três e, com duas cestas seguidas, colocou o Brasil à frente: 75 a 73. Pouco depois, uma roubada valente de Varejão terminou num contra-ataque de Leandrinho para abrir meia dúzia. O ala-armador, aliás, fez dez pontos seguidos para comandar a virada e abrir vantagem. A Espanha parecia entregue, com a defesa aberta. E os brasileiros, que não tinham nada com isso, trataram de fechar o jogo e carimbar a passagem para as quartas feito gente grande.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/brasil-derruba-espanha-no-basquete-e-ganha-de-premio-estrada-mais-dura.html

Sarah inicia projeto e se espelha em Canto: 'Quero outras Sarahs no futuro


Expedito Falcão e a campeã olímpica lançaram há um mês o 'Superação' e se espelham no 'Reação' do ex-judoca, no Rio, para ajudar crianças do Piauí

Por Raphael Andriolo Direto de Teresina

Sarah e Expedito Falcão cercado por repórteres ainda na pista, Chegada Sarah Menezes (Foto: Raphael Andriolo / Globoesporte.com)Sarah e Expedito Falcão desembarcam em Teresina
na volta dos Jogos (Foto: Raphael Andriolo/Ge.com)

Sarah Menezes e Expedito Falcão foram para Londres conquistar a primeira medalha de ouro de uma judoca brasileira, mas antes de partirem deram início a um projeto social sem fazer muito alarde. Em junho, inauguraram o "Superação" em Teresina, no centro de treinamento que leva o nome da campeã olímpica. A paixão pelas crianças levou técnico e pupila a buscar uma forma de disseminar o esporte no Piauí. Um pouco mais ao sul do país, no Rio de Janeiro, a iniciativa de sucesso do ex-judoca e hoje apresentador Flávio Canto serve como espelho para a dupla: o "Reação".

Com 1.200 alunos e cinco polos (Rocinha, Pequena Cruzada, Tubiacanga e Cidade de Deus I e II), o "Reação" já colhe seus primeiros frutos e viu Rafaela Silva se classificar para os Jogos de Londres 2012. Companheira de Sarah, Rafaela foi revelada pelo projeto e hoje integra a seleção brasileira. Da mesma forma, a piauiense quer ajudar a encontrar outras "Sarahs" espalhadas pelo estado.

Outdoor Sarah Menezes Teresina Piauí (Foto: Raphael Andriolo/Globoesporte.com)Sarah Menezes vira referência para Teresina, no Piauí (Foto: Raphael Andriolo/Globoesporte.com)

- Eu vejo a minha história. Da maneira que eu comecei, também quero isso para as outras crianças. E eu sempre gostei de criança. Desde pequena eu ia para a casa dos vizinhos cuidar dos menores. Hoje penso em ajudar. Quero ver outras Sarahs no futuro. O projeto do Flávio (Canto) começou assim, pequinininho. Ainda não conversamos muito, mas vamos sentar com ele e aprender como se faz - disse Sarah.

Com pouco mais de um mês de existência, o "Superação" já tem 70 crianças apadrinhadas. Expeditoto conta como foram os primeiros passos do projeto e revela que a meta é chegar ao número de 500 inscritos.

parada no ct sarah menezes, Chegada Sarah Menezes (Foto: Raphael Andriolo / Globoesporte.com)Projeto 'Superação já funciona no CT Sarah MenezesFoto: Raphael Andriolo / Globoesporte.com)

- Funciona da seguinte forma: adote um atleta. Inicialmente, falei com alguns amigos e eles já adotaram os primeiros. Com um mês, já temos 70 crianças adotadas. Quando saímos para as Olimpíadas eram 50. O objetivo daqui para frente é colocar no nosso centro de treinamento 500 crianças - revelou com exclusividade.

Expedito e Sarah lembram que não basta adotar sem se comprometer a longo prazo. Por isso, eles fecham um contrato de dois anos com a empresa ou pessoa que se interessa em adotar um grupo de crianças. O custo de cada uma é de R$ 50. O treinador quer aproveitar a visibilidade que a conquista olímpica trouxe para tornar o judô o principal esporte do Piauí.

- Só assim você pode construir e melhorar a parte técnica, tática, psicológica e social de um atleta. Estamos tentando implementar esse projeto e tenho certeza que ele já implacou. Acabamos de fechar um convênio com o governo do estado para adotar mais crianças. É hora de fazer do judô o esporte número 1 do Piauí.

O intuito é, aos poucos, tornar a modalidade mais popular, apesar de o judô ainda ser um esporte que requer custos. Na visão de Expedito, a solução é dar condições para que o povo tenha a chance de conhecer outros esportes, e não só o futebol.

- Só vamos ver o nosso esporte forte quando se massificar a prática do judô. E o judô é um esporte caro. Tem o quimono, os tatames, viagens... Hoje você não tem um local público para treinar judô. Mas ao mesmo tempo você tem uma quadra, um campinho de futebol em todas as partes - finalizou.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/sarah-inicia-projeto-e-se-espelha-em-canto-quero-outras-sarahs-no-futuro.html