segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Contra Osasco, Zé Roberto busca pontos fracos de 'pupilas' da seleção


'É complicado', diz técnico do Campinas sobre reencontro com base da seleção campeã olímpica em Londres na final do Paulista feminino

Por GLOBOESPORTE.COM Campinas, SP

José Roberto Guimarães é o técnico de Campinas (Foto: Felipe Christ/Amil)Zé Roberto prevê dificuldade na final paulista
contra o Osasco (Foto: Felipe Christ/Amil)

Durante os últimos quatro anos à frente da seleção feminina de vôlei, José Roberto Guimarães tentou transformar em virtudes as deficiências de Jaqueline, Sheilla, Adenizia e Fernanda Garay, sem contar a líbero Camila Brait e a levantadora Fabíola. E conseguiu. O ouro nos Jogos de Londres, ao lado das quatro primeiras, é prova do trabalho bem sucedido.

Mas agora Zé Roberto está do outro lado e vive um dilema que parece sem saída até mesmo para o único tricampeão olímpico brasileiro: encontrar os pontos fracos das ‘pupilas’ e do Osasco para levar Campinas ao título paulista.

- É complicado. As jogadoras ficaram muito tempo com a gente. No ciclo olímpico, foram até seis meses por ano. Durante esse período, a gente procurava exatamente fazer com que elas não tivessem pontos vulneráveis, corrigissem algumas falhas. É muito difícil agora. A gente estuda, mas a situação é complicada. Para mim, que estou do outro lado, não é simples jogar contra elas. E não digo isso pelo lado afetivo, emocional, mas sim pela parte técnica – afirmou.

Das seis titulares do Osasco, além da líbero Camila Brait, todas foram comandadas por Zé Roberto na seleção. Camila Brait e Fabíola foram cortadas nas vésperas das Olimpíadas. Com a base da seleção, Osasco se transformou na principal potência nacional do vôlei feminino. É o atual campeão da Superliga e conquistou recentemente o Mundial de clubes. São 37 partidas consecutivas de invencibilidade.

osasco x pinheiros volei (Foto: Fabio Rubinato/Agência Estado)Time do Osasco tem a base da seleção feminina de vôlei (Foto: Fabio Rubinato/Agência Estado)

- Vamos tentar fazer o melhor jogo possível. Serão partidas muito difíceis. A esperança é a última que morre. O importante é o time mostrar que está evoluindo. Campinas tem jogadoras mais jovens, que estão em um processo de evolução e aprendizado. Acredito que nós estaremos em melhores condições na Superliga – comentou Zé.

Campinas também tem seus méritos. Recém-criada, chegou à final em sua primeira competição com 12 vitórias e duas derrotas – justamente para o Osaco. São menos de seis meses de vida. A levantadora Fernandinha, ouro em Londres, a central Waleska, campeã em Pequim, e a cubana Ramirez são os principais destaques individuais.

- Era uma meta que nós tínhamos estipulado (chegar à decisão). Sabemos que seria difícil de atingir, por ser o primeiro campeonato, mas conseguimos essa proeza em um torneio de alto nível. É muito importante para a confiança das jogadoras – disse José Roberto Guimarães.

As duas equipes abrem a série final melhor de três na quinta-feira, às 21h, na Arena Concórdia. O segundo encontro está marcado para 7 de novembro, na casa do Osasco. Se houver a necessidade de uma terceira e decisiva partida, acontecerá dia 11 de novembro, também com mando do Osasco. A vantagem de fazer duas partidas em casa é fruto da melhor campanha na somatória das fases anteriores. Osasco tem 100% de aproveitamento, com 14 vitórias.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sp/campinas-e-regiao/noticia/2012/10/contra-osasco-ze-roberto-busca-pontos-fracos-de-pupilas-da-selecao.html

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