sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Meninas do Brasil atropelam donas da casa e estão na final do handebol

Seleção sobra em quadra, faz 43 a 12 e agora vai atrás do tetracampeonato
Por GLOBOESPORTE.COM Guadalajara, México

O Brasil está na final do handebol feminino. Sem dar bola para a torcida, que compareceu em bom número e apoiou as mexicanas durante os 60 minutos de jogo, as brasileiras mostraram sua superioridade desde o início do confronto e fizeram 43 a 12. No próximo domingo, às 23h (horário de Brasília), elas voltam à quadra em busca da quarta medalha de ouro consecutiva em Jogos Pan-Americanos. A adversária na decisão sai da partida entre Argentina e República Dominicana, que se enfrentam ainda nesta sexta-feira.

Seleção Brasileira Handebol no Pan (Foto: AFP)Jogadoras do Brasil comemora muito a vitória sobre o México, que as garantiu na final (Foto: AFP)

Na partida desta tarde, no ginásio San Rafael, a Seleção Brasileira entrou a todo vapor, procurando decidir a semifinal o quanto antes. Logo nos seis primeiros minutos, a equipe abriu 7 a 0, com três gols de Daniela Piedade. A ponteira, por sinal, foi a artilheira do jogo ao lado de Fernanda, com seis tentos.

Jogando em velocidade e com forte marcação, as meninas do Brasil se aproveitaram da fragilidade do México para apostar nos contra-ataques. E foi com essa tática que fizeram 20 a 5 na etapa inicial.

Com o resultado obtido no primeiro tempo, a Seleção voltou relaxada na segunda metade e cometeu alguns erros bobos. A defesa deu uma afrouxada, os ataques não eram construídos com a mesma consistência e o número de erros aumentou. Mesmo assim, elas souberam administrar o placar e aumentaram a vantagem ao final do jogo para 31 gols.

Sem grandes adversárias no continente americano, o Brasil tem usado o Pan de Guadalajara como preparação para o Mundial, que acontece entre os dias 3 e 16 de dezembro, em São Paulo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/meninas-do-brasil-atropelam-donas-da-casa-e-estao-na-final-do-handebol.html

Bota aposta no bom retrospecto com Loco para ser campeão


Com uruguaio em campo, time ganhou 66,7 % dos pontos disputados

Por Thiago Fernandes Rio de Janeiro

Loco abreu botafogo treino (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)Com Loco em campo, o Botafogo é forte na luta pelotítulo (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com

O Botafogo perdeu a chance de assumir a primeira posição ao ser derrotado pelo Santos, nesta quarta-feira, por 2 a 0. Mas a ordem em General Severiano é não desanimar por conta do resultado. E isso foi expressado pelo capitão Loco Abreu, em entrevista coletiva, nesta quinta-feira. E é baseado nos próprios números do atacante que o time pode se inspirar para continuar confiando no título.

Por conta de suspensões e convocações para a Seleção do Uruguai, Loco participou de apenas metade dos 30 jogos da equipe no Brasileiro. Nesses 15 jogos, conquistou nove vitórias, três empates e três derrotas. Um aproveitamento de 66,7%. Caso mantenha a média com o uruguaio em campo, o Botafogo praticamente garante a vaga na Libertadores e segue forte na briga pelo título

- O Botafogo tem 52 pontos e se mantiver esse aproveitamento, chega a 68. Não é suficiente para garantir que vai ganhar o título, já que é pouco provável que o campeão seja igual ao Flamengo, em 2009, que teve menos de 70. Mas é possível que seja campeão, sim. Se melhorar um pouquinho só, já fica com chances bem grandes. A vaga na Libertadores estará garantida com essa pontuação – afirma o matemático Tristão Garcia.

Nos jogos em que não teve Loco Abreu, Caio Júnior testou algumas formações. A mais bem sucedida foi a entrada do garoto Alex, centroavante de ofício. Herrera e Alexandre Oliveira também foram escalados como homem mais ofensivo da equipe, mas não conseguiram render o mesmo. O aproveitamento sem o uruguaio foi de 51% (6 vitórias, 5empates e 4 derrotas).

- O Loco é um jogador muito importante para a gente. Ele é, sem dúvida, uma pessoa exemplar. Faz tudo beneficiando o grupo. É uma pessoa com uma índole muito grande. Ele é simples, objetivo e sempre muito sincero – elogia o volante Bruno Tiago.

Média de gols é terceira mais alta do Brasileiro

As estatísticas mostram outro número que indica ainda mais claramente a importância de Loco. Com 10 gols em 15 jogos, Loco tem a média de 0,67 por partida, a terceira melhor entre todos os jogadores do Brasileiro. Os únicos a superar Loco nesse quesito são o artilheiro Borges, com média de 0,79 ,e Fred, com 0,68.

- Ele é o nosso finalizador. Não há uma Loco-dependência, já que o time tem que criar as chances para ele. Mas, sem dúvida, ele tem muita qualidade na finalização. Mas tudo é um trabalho de equipe – afirmou o técnico Caio Júnior.

Loco pode desfalcar o Botafogo em apenas mais um jogo até o fim do Brasileiro, contra o Vasco, no dia 13 de novembro. No dia 11, o Uruguai faz um jogo pelas eliminatórias da Copa. Quatro dias depois, no dia 15, encara a Itália em um amistoso em Roma. Há, entretanto, a possibilidade do Botafogo tentar negociar com o Uruguai para que libere o atacante do amistoso.

- O Botafogo e a Federação do Uruguai têm um ótimo relacionamento. É uma questão de conversa quando estiver mais perto - explicou Loco.

Clique aqui e assista a vídeos do Botafogo

FONTE^
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/nado-sincronizado-do-brasil-mergulha-na-era-robotica-e-fatura-outro-bronze.html

Juliana e Larissa calam torcida em Puerto Vallarta e levam o bi do Pan


Campeãs em 2007, no Rio de Janeiro, as brasileiras repetem medalha no México e superam Bibiana e Mayra após decisão dramática no terceiro set

Por João Gabriel Rodrigues Direto de Puerto Vallarta, México

Nas arquibancadas, a impressão que dava era a de que tudo iria abaixo em segundos. Por uma vitória da gigante Bibiana Hernandez, mais alta jogadora do Circuito Mundial, com 1,95m, e de Mayra Garcia, a torcida mexicana lotou a arena montada em Puerto Vallarta. Não deu certo. Em jogo dramático, que durou 59 minutos e foi disputado na "lama", as atuais campeãs do mundo venceram a final em 2 sets a 1, parciais de 21/19, 22/24 e 22/20, e garantiram o bicampeonato dos Jogos Pan-Americanos.

Dupla com maior número de conquistas no circuito mundial, Juliana e Larissa conseguiram repetir o feito de 2007, no Rio de Janeiro. Larissa foi além. Conquistou sua terceira medalha na história dos Jogos – havia sido bronze, em Santo Domingo, ao lado da antiga parceira, Ana Richa.

Final do vôlei de praia, com as brasileiras Juliana e Larissa (Foto: Divulgação / VIPCOMM)As brasileiras Juliana e Larissa conquistam o ouro dos Jogos Pan-Americanos (Foto: Divulgação / VIPCOMM)

A dupla brasileira começou bem. Após ponto de ataque pelo meio de Juliana, um ace de Larissa abriu 2/0 para as brasileiras. Incentivadas pela torcida, as mexicanas conseguiram encostar e deixaram o jogo equilibrado. Aos poucos, no entanto, a dupla visitante conseguiu se impor.
Após abrir 16/12 no placar, Juliana e Larissa mantiveram a vantagem de, no mínimo, quatro pontos. Com um toque de Bibiana na rede, as brasileiras fecharam o set em tranquilos 21/15.
O segundo set começou complicado. À base da força, Bibiana e Mayra abriram 4/0 no placar e animaram ainda mais a torcida mexicana. Juliana e Larissa, porém, buscaram a diferença e empataram a partida em 11 a 11.

Final do vôlei de praia, com as brasileiras Juliana e Larissa (Foto: Divulgação / VIPCOMM)Bibiana Candelas no bloqueio sobre Juliana na
final do vôlei de praia (Foto: Divulgação/VIPCOMM)

Com bloqueio espetacular de Juliana, a parceria verde-amarela fez 14/13 e conseguiu ficar em vantagem pela primeira vez no set. As duplas se revezaram à frente do placar, mas, após ótima bola de Larissa no fundo de quadra, as brasileiras fizeram 20/19.
No saque forçado, Larissa mandou a bola para fora e ficou tudo igual de novo. Depois de dois pontos para cada lado, a dupla mexicana conseguiu colocar a bola no chão brasileiro outras duas vezes e fechou o set: 24/22.

No terceiro e decisivo set, as mexicanas abriram 4 a 1, com Juliana e Larissa falhando muito no ataque. A gigante Bibiana, após longo rali, fez 6/2 em linda deixadinha, para delírio da torcida. As brasileiras não demoraram a reagir. Mesmo abusando dos erros de recepção, elas diminuíram a vantagem e empataram o jogo em 13 a 13.
A partir daí, foi emoção pura. As duplas se alternaram na dianteira do placar e perderam inúmeras chances de fechar o jogo (chegaram a empatar em 20 a 20, com dois match points desperdiçados pelas brasileiras). Após bola de graça das mexicanas, no entanto, Juliana tocou no corredor e selou a sofrida vitória verde-amarela por 2 sets a 1. Na comemoração, as brasileiras fizeram questão de elogiar a torcida mexicana, que lotou a arena de Puerto Vallarta, e vibraram com mais um ouro.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/juliana-e-larissa-calam-torcida-em-puerto-vallarta-e-levam-o-bi-do-pan.html

Nado sincronizado do Brasil mergulha na ‘Era Robótica’ e fatura outro bronze


Canadá conquista o ouro, e americanas levam a prata em Guadalajara

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México

O gingado das brasileiras no forró ficou para trás e os movimentos robotizados entraram em cena na disputa da rotina livre por equipes do nado sincronizado, em Guadalajara. Mais uma vez recheada de difíceis e criativas alçadas, a coreografia do Brasil agradou e o país garantiu seu segundo bronze nos Jogos Pan-Americanos do México. A decisão dos juízes não agradou a  torcida, que queria ver seu conjunto no terceiro degrau do pódio. Em meio à festa das meninas brasileiras foram ouvidas vaias. Canadá e Estados Unidos ficaram com o ouro e com a prata, respectivamente.

nado sincronizado do Brasil, nos Jogos Pan-Americanos 2011 em Guadalajara, México  (Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM)Equipe comemora a medalha e a vitória sobre as mexicanas (Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM)

Última a se apresentar, a equipe formada por Giovana Stephan, Jessica Noutel, Maria Eduarda Pereira, Lorena Molinos, Joseane Martins Costa, Maria Bruno, Lara Teixeira, Pamela Nogueira e Nayara Figueira ficou com  88.800 pontos na rotina livre, que tinha como tema "Era Robótica". Na quarta-feira, na rotina técnica, elas tinham alcançado 87.625. O Brasil levou o bronze ao somar 176.425 pontos.

Favoritas ao ouro, as canadenses foram campeãs com 95.513 pontos (190.388 no total). As americanas chegaram a 89.838 (179.788) e ficaram com a prata. O pódio da disputa por equipes repetiu o do dueto.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/nado-sincronizado-do-brasil-mergulha-na-era-robotica-e-fatura-outro-bronze.html

Mais rápido do planeta, Cielo voa nos 50m e puxa dobradinha com Fratus


A exemplo do Mundial, Bruno rasga bermuda e nada com uma emprestada

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México

Do nadador mais rápido do planeta, não dava para esperar outra coisa nos Jogos Pan-Americanos. Cesar Cielo caiu na água na noite desta quinta-feira para disputar sua prova favorita, o tiro curto dos 50m livre. Mesmo na altitude mexicana, só precisou de 21s58 para cruzar a piscina de Guadalajara, confirmar o favoritismo com a medalha de ouro e, de quebra, bater seu próprio recorde pan-americano. Atrás dele, completando a dobradinha verde-amarela, veio Bruno Fratus, com 22s05 e, como já está virando hábito, uma bermuda emprestada do campeão olímpico. Foi o mesmo roteiro do Campeonato Mundial, quando Bruno rasgou sua bermuda e pegou uma de Cielo para cair na água. Deu certo outra vez.

Pan natação 50m livre Cesar Cielo e Bruno Fratus (Foto: Satiro Sodré/AGIF)Fratus e Cielo após a prova: bermuda rasgada e dobradinha brasileira no Pan (Foto: Satiro Sodré/AGIF)

O bronze ficou com o cubano Hanser García, que nadou em 22s15. E a festa só não foi completa para Cielo porque ainda não será desta vez que o técnico Albertinho vai raspar a barba. A aposta era que isso aconteceria se o tempo ficasse abaixo de 21s30, mas o treinador salvou sua barba por 28 centésimos.
- Muito boa a dobradinha. De novo a bermuda dele rasgou, está parecendo que é praga esse negócio. De novo ele usou a minha, e deu certo de novo. Ele tem conseguido fazer bons resultados, e é bom ver que o Brasil está evoluindo nas provas de velocidade – afirmou Cielo ao deixar a piscina.
Assim que bateu em primeiro, o campeão olímpico não comemorou, ao contrário do que tinha feito quando ganhou o ouro nos 100m livre. Culpa do placar, que já tinha dado defeito mais cedo, nas eliminatórias.
- O placar sumiu, não vi o tempo, não consegui enxergar. Eu olhava e ninguém sabia também, então o placar acabou estragando um pouquinho a festa do pós-prova – adimitiu Cesão.
O tempo de 21s30 não veio, mas Cielo ficou satisfeito com o recorde pan-americano.
- Foi uma prova boa. No finzinho pesou um pouco a altitude, hoje deu para sentir bem. Achei que eu fosse conseguir passar sem respirar, mas começou a pesar nos últimos 15 metros. Com rampinha no bloco e o pulmão pronto para passar sem respirar, vai dar para tirar um tempo bom para o ano que vem – afirmou Cielo, referindo-se ao bloco de Guadalajara, que não tem a rampa.
Fratus ainda lamentou o tempo, mas também deixou a piscina feliz com o rendimento.
- Foi bacana, foi divertido. Não nadei para 21s, então não estou tão satisfeito, mas está bom para terminar um ano. Foi um ano bem cansativo, e esses 50m marcam o fim dele. É meu primeiro Pan, com duas medalhas, está excelente - afirmou.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/mais-rapido-do-planeta-cielo-voa-nos-50m-e-puxa-dobradinhha-com-fratus.html

LA MUSA: Aos 18 anos, Monica Puig faz bonito e avança à final do tênis


Porto-riquenha passa por americana e vai decidir o ouro nesta sexta-feira

Por GLOBOESPORTE.COM Guadalajara, México

Como se não bastasse a beleza, a jovem porto-riquenha Monica Puig ainda fez bonito na quadra de Guadalajara. Aos 18 anos, ela bateu a americana Christina McHale por 2 sets a 0 e avançou para a final no torneio individual feminino.

monica puig tênis musa selo pan guadalajara (Foto: EFE)

FONTE:

Na reta final, Bota encara sequência que o fez entrar na briga pelo título


Time tem cinco jogos em casa e três fora contra adversários que lutam para não cair

Por Thiago Fernandes Florianópolis

A derrota para o Santos impediu que o Botafogo assumisse a liderança do Campeonato Brasileiro faltando oito rodadas para o fim do Brasileiro, mesmo assim, o clima na equipe segue sendo de confiança. E há motivo para isso: a tabela do time alvinegro na reta final. O Glorioso inicia neste sábado a sequência de jogos que, no primeiro turno, colocaram o Botafogo de vez na briga pelo título da competição.

Na 12ª rodada, o Botafogo derrotou o Avaí, no Engenhão, por 2 a 1. Depois disso, conquistou mais cinco vitórias (sobre Cruzeiro, Vasco, América-MG, Atlético-MG e Fluminense) e foi derrotado duas vezes, por Inter e Figueirense. De 24 pontos disputados, o time conquistou 18, um aproveitamento de 75%. Se repetir o retrospecto do primeiro turno, ou seja, se fizer 18 pontos, a equipe chegaria a 70, número que o deixaria com chance bastante real de ser campeão.
- Com 72 pontos, é praticamente certo que um time será campeão. Com 70, há chance real de ganhar o título. Diria mais de 93% de chance. Mas aí depende de outros resultados – analisa o matemático Tristão Garcia.

Caio Junior (Foto: Julyana Travaglia  / Globoesporte.com)Caio Júnior já começa a fazer seus cáculos de olho no título (Foto: Julyana Travaglia / Globoesporte.com)

As contas de Caio Júnior estimam que, por conta do equilíbrio da competição, o campeonato terá um campeão com ainda menos pontos. Por isso, calcula que o Botafogo precisa marcar de 13 a 16 pontos para ter chance de levantar o caneco.
- Depois do jogo contra o Avaí, a gente faz uma série de jogos em casa, onde temos sido fortes. Acho que o campeão terá entre 65 e 68 pontos. Se passarmos essa faixa, estaremos bem. Espero que a gente consiga repetir a sequência do primeiro turno.
Dos oito jogos que faltam, o Botafogo faz cinco em casa, sendo dois clássicos contra Fluminense e Vasco, e três fora contra equipes que lutam para não cair (Avaí, Atlético-MG e América-MG). O técnico Caio Júnior, entretanto, alerta sobre os perigos de enfrentar adversários que lutam contra o rebaixamento.

- Essa questão do jogo ser mais fácil é relativa. Não tem jogo ganho nunca. O que o time tem que fazer é se preocupar em realizar uma boa exibição sempre que entrar em campo. Temos que manter o padrão de jogo e a consciência de que o trabalho está sendo bem feito. Isso pode nos levar a chegar onde queremos.

Neste sábado, o Botafogo enfrenta o Avaí pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo será disputado no estádio da Ressacada a partir das 18h (horário de Brasília).

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2011/10/na-reta-final-bota-encara-sequencia-que-o-fez-entrar-na-briga-pelo-titulo.html

Entre sorrisos e lágrimas, Jaqueline garante: 'Vou voltar dando show'


Após fratura cervical na estreia dos Jogos Pan-Americanos, ponteira da seleção se mostra animada, mas chora ao falar da família e do apoio dos fãs

Por João Gabriel Rodrigues Direto de Guadalajara, México

Quando caiu em quadra, Jaqueline temeu pelo pior. O formigamento no corpo inteiro a deixou por instantes com braços e pernas endurecidos, com movimentos mínimos e um desespero sem tamanho. Nesta terça, três dias depois de se chocar com Fabi na estreia da seleção nos Jogos Pan-Americanos e ter uma fratura cervical, a ponteira entrou no auditório do hospital Real San José, em Guadalajara, com um sorriso de alívio no rosto, apesar do incômodo colar no pescoço. Em alguns momentos, liberou o choro, ao falar da família e agradecer o apoio dos fãs. Nos últimos anos, superou, sem se abater, uma trombose na mão direita, uma punição por doping, três cirurgias nos joelhos e uma gravidez interrompida. Agora, tem como única certeza uma nova volta por cima.
- A palavra exata é força. Aprendi isso desde a minha infância, com minha família. Passamos por diversas dificuldades e conseguimos reverter. Mas uma coisa que vou conseguir é mostrar para as pessoas que não se pode desistir jamais. Sou lutadora. Como gosto de dizer, sou brasileira e não desisto nunca. Vou fazer de tudo para me recuperar rapidamente. Vocês podem ter certeza de que eu vou voltar dando show.

Jaqueline vôlei Pan coletiva Guadalajara vôlei (Foto: Vipcomm)Jaqueline mostrou confiança em um retorno rápido às quadras (Foto: Vipcomm)

Jaqueline afirma que, depois de tantos problemas, aprendeu a lidar com os sustos. O novo baque, segundo ela, é apenas mais uma etapa a ser superada.
- Fico muito feliz em saber que recebo tanto carinho. Na hora do choque, foi uma sensação que nunca tinha sentido. Fiquei com o corpo dormente. Quando eu acordei e vi que as pessoas estavam preocupadas, fiquei mais nervosa. Minha preocupação maior foi por não sentir tão bem as pernas e os braços, por causa do formigamento. Mas fui me tranquilizando. Não me faltou nada nesse momento e isso me deixou muito bem. Estou supertranquila. Quero passar para minha família que estou bem – afirmou a jogadora, entre lágrimas.
Acompanhada pelos médicos Júlio Nardelli, da seleção, e João Grangeiro, do Comitê Olímpico Brasileiro, Jaqueline ouviu a previsão de que deve ficar entre quatro a seis semanas com o colar. Nesta terça, passou por novos exames de revisão, sem nenhuma alteração em seu quadro de saúde. A volta às quadras, no entanto, ainda é uma incógnita.

Jaqueline vôlei Pan coletiva Guadalajara vôlei (Foto: Vipcomm)Jaqueline diz que ficará na torcida pela seleção
no Pan (Foto: Vipcomm)

- A gente vive de etapas. Primeira etapa, com colar, vai ser de quatro a seis semanas. Nesse tipo de trauma, não tem uma data fixa. Pode ser que volte antes, talvez depois. Esse ano ela volta a jogar, com certeza. Mas, nessas semanas, ela tem de ficar de repouso, sem atividades físicas. Ela, como atleta, vai ter uma recuperação mais rápida, mas não temos prazo. Mas o colar é o que ela tem de usar para se recuperar direitinho e por completo. Ela está se adaptando muito bem. Mas é inconveniente, incomoda – afirmou Nardelli.
Fora de mais um Pan, Jaqueline diz não se abater. Em suas previsões, afirma que suas companheiras de seleção subirão ao pódio em Guadalajara e que também terá feito parte da conquista.
- Com certeza, é triste. Tem pouco tempo que eu retornei à seleção. Mas vou ficar torcendo. A minha torcida vai ser grande. Vai ser difícil, mas eu creio que essa equipe vai lutar por essa medalha de ouro.

Após a notícia de que estava tudo bem com Jaqueline, Zé Roberto afirmou que ainda tinha esperanças de contar com a jogadora na Copa do Mundo, em novembro, no Japão. Ela, no entanto, reconhece que só deve voltar à equipe no ano que vem.
- Zé é uma pessoa que não desiste fácil. Até o último momento, que disserem que eu tenho chances, vai falar para eu tentar. Quando perdi o bebê, ele sempre ficou comigo, me apoiou para que eu voltasse logo e eu voltei muito bem. Ele fala isso pela confiança que tem em mim. E quando eu voltar, vou estar fortalecida.
Apesar da falta de lugares nos voos, o problema foi contornado pelo COB, e Jaqueline retornará ao país nesta terça-feira. Acompanhada de um representante da entidade, a ponteira fará conexão em Houston, tendo São Paulo como destino final. Por enquanto, Jaqueline só pensa em tranquilizar a família e os fãs.

- Eu estou muito bem.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/entre-sorrisos-e-lagrimas-jaqueline-garante-vou-voltar-dando-show.html

Fantasma assusta, mas Brasil passa pelas cubanas e leva o ouro no vôlei


Seleção passa sufoco, mas dá o troco em Cuba depois de quatro anos, vence no tie-break e conquista em Guadalajara o título que não vinha desde 1999

Por Gabriele Lomba Direto de Guadalajara, México

O fantasma de quatro anos atrás estava lá de novo para assombrar a seleção feminina de vôlei. O adversário na final desta quinta-feira, em Guadalajara, era a mesma Cuba do Pan do Rio, quando o Brasil viu evaporar meia dúzia de match points e amargou uma derrota dolorosa no Maracanãzinho. Era hora da revanche, e ela não foi nem de perto tranquila como o confronto da primeira fase. Em cinco sets como no Rio, as meninas comandadas por Zé Roberto Guimarães resolveram mudar o roteiro no tie-break. Com cinco pontos de vantagem no set desempate, cravaram os 3 a 2 (25/15, 21/25, 25/21, 21/25 e 15/10). De uma só tacada, foi-se o fantasma cubano e veio a medalha de ouro que faltava para esta geração.
Pan vôlei Brasil x Cuba pódio (Foto: AFP)Após um jogo sofrido, as jogadoras brasileiras fazem a festa no pódio em Guadalajara (Foto: AFP)

A conquista não vinha desde 1999, em Winnipeg. E começou com um susto de verdade – a lesão de Jaque na estreia, ao bater cabeça com Fabi. Coube justamente à líbero pendurar duas medalhas no pescoço durante a cerimônia de premiação. Vestindo a camisa da ponteira e com uma bandeira brasileira nas costas, Fabi comandou a festa no pódio.
Vingança contra as rivais? Não para Zé Roberto, que prefere ver o título como um marco.

Pan vôlei Brasil x Cuba Paula Pequeno e Fabi (Foto: AFP)Fabi e Paula Pequeno festejam (Foto: AFP)

- Ganhar o Pan é muito importante para o nosso país e para esta geração. Foi um jogo difícil, Cuba mostrou que vai crescer muito até os Jogos de 2012. Não é vingança, mas era uma responsabilidade que a gente tinha desde que chegou aqui. Desde que pisamos na Vila, falávamos que tínhamos que tentar. Até aprendi um verbo em espanhol “intentar” – afirmou o treinador.
Para Zé, a vitória no Pan é um sabor novo. Quando ainda era um promissor levantador, em 1975, ele sequer teve a chance de “intentar”, cortado pouco antes da competição. Agora, já com currículo de bicampeão olímpico, festeja a conquista com suas meninas.
Em quatro anos, o time cubano se desmantelou. Ainda assim, era um fantasma que parecia assustar antes mesmo do início do jogo. A torcida era forte, e ganhou reforço na equipe masculina de vôlei. Os mexicanos, esses sim se juntavam aos brasileiros no ginásio. A cada manifestação, porém, eram abafados pelos gritos de “Cuba, Cuba”.
A pressão que vinha das arquibancadas diminuiu nos primeiros pontos. No primeiro tempo-técnico, a vantagem brasileira já era de 8 a 3. E aumentou para dez um pouco antes do segundo, com Sheilla pela diagonal. Palacio deu uma pancada e encarou as brasileiras. Queria sim, esquentar o jogo. Mas precisaria de muito mais do que isso para evitar a derrota no set. Silie ainda salvou um set point, mas Mari fechou em 25 a 15.

Cleger comanda, e Cuba esboça reação
Carcaces e Cleger, numa sequência de ataques, abriram 4 a 1, e a torcida, morna depois da derrota na parcial anterior, voltou a gritar. Mari errou um ataque e viu Cuba ampliar para 8 a 3. Na volta do tempo-técnico, a ponteira chamou a bola e acertou o braço. Na sequência, subiu em um bloqueio junto com Thaísa. E Dani Lins diminuiu para dois pontos a diferença. As cubanas não afrouxaram e, num bloqueio duplo sobre Mari, abriram cinco pontos e comemoraram. Muito. Um toque de rede do time brasileiro fez a diferença subir para seis antes da segunda parada. A esta altura, a torcida arriscava até uma “ola”.
Palacio voou pelo corredor e, ao marcar o 18º ponto, balançou os braços pedindo apoio. Silie também parecia querer ânimos exaltados. Paula Pequeno, ao bloquear Cleger, se controlou para não comemorar na frente da adversária. O Brasil conseguiu cortar quatro pontos e encostar em 21 a 20, mas um ataque de Carcaces e dois erros de recepção de Fabi deram o set point às cubanas. Fabiana ainda salvou um pontinho. Cleger fechou em 25 a 21.

Pan vôlei Brasil x Cuba  (Foto: AFP)Com a camisa de Jaqueline, a líbero Fabi faz graça para a câmera de Dani Lins (Foto: AFP)

Paula comete erros, e Garay ganha chance
Paula Pequeno acertou uma e errou três bolas nos primeiros oito pontos do set. E coube a Thaisa, com dois pontos seguidos – e um de bandeja, em erro de posicionamento cubano -, deixar em vantagem na parada-técnica: 8 a 5. Carcaces, com uma medalhada no saque, empatou o jogo. E Cuba passou à frente em um erro de posicionamento das brasileiras.
Zé Roberto trocou Paula por Fernanda Garay, estreante no Pan, e Mari comandou a virada. Palacio caiu sobre as placas ao tentar salvar uma bola. Não conseguiu. O jogo parecia de volta aos eixos. No segundo tempo-técnico, uma folga de cinco pontos.

zé roberto  brasil x cuba vôlei pan-Americano (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)Zé Roberto sofreu durante o jogo, mas festejou no
fim com o título (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)

Cleger soltava o braço, Palacio comemorava cada bola que, por erro brasileiro, dava ponto a Cuba. E, numa bola para fora de Mari, ali estavam as cubanas de novo na cola - 19 a 18. E foi de Fernanda o ponto, pelo meio, que fez o Brasil voltar a respirar: 21 a 18. Silie sacou na rede, e deu o set pont em 24 a 20. Thaísa fez o mesmo, mas Palacio resolveu imitá-la.

Brasil sofre apagão e Cuba força o tie-break

O quarto set foi tenso desde o início, com as duas equipes se alternando na frente do placar. Sheilla atacou no corredor para deixar o Brasil na frente no primeiro tempo técnico (8/6), mas Cuba respondeu rápido. Nervosas, as brasileiras reclamavam com a arbitragem e cometiam erros. Enquanto isso, as adversárias aproveitamvam para abrir cinco pontos de distância (14/9).

Pan vôlei Brasil x Cuba Paula Pequeno (Foto: AFP)Paula se emociona após a partida (Foto: AFP)

A seleção brasileira sentiu o golpe e viu as cubanas dominarem o jogo e abrir nove pontos (22/13) depois de bom saque de Carcases. Apenas quando cuba chegou ao set point foi que o Brasil acordou. Foram seis pontos para diminuir a diferença para três, mas não foi o suficiente. Cleger soltou a pancada para fazer 25/21 e forçar o tie-break.

Enfim, o ouro!
A tensão no último set era inevitável, mas a qualidade brasileira começou a fazer diferença. Dani Lins acertou uma grande bola de segunda, e Sheilla explorou o bloqueio cubano para abrir dois pontos de vantagem (8/6). A distância aumentou para três com o toque de rede cubano (10/7), que fez com que o técnico pedisse tempo.
Para o Brasil, bastava virar os pontos, mas as jogadoras fizeram mais. Fabiana abriu o caminho, Paula Pequeno acertou uma diagonal no fundo da quadra, e Tandara soltou a pancada no corredor para deixar a líbero cubana no chão. Fechar em15/10 e fez a seleção explodir em alegria.

Pan vôlei Brasil x Cuba (Foto: AFP)Após o último ponto, festa do Brasil em Guadalajara: doze anos depois, campeãs do Pan de novo (Foto: AFP)

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