sexta-feira, 27 de maio de 2011

Justiça cassa título brasileiro de 1987 do Flamengo, afirma o Sport

Diretor jurídico do clube pernambucano afirma que CBF tem 48 horas para revogar a decisão judicial

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

A polêmica da Copa União de 1987 parece não ter fim. No início da noite desta sexta-feira, o Sport informou que a Justiça Federal derrubou a resolução da CBF que confirmava o Flamengo como campeão brasileiro daquele ano, ao lado do clube pernambucano.
Segundo o diretor jurídico do Sport, Arnaldo Barros, a CBF terá um prazo de 48 horas para atender a solicitação da justiça.

- Acabei de pegar a decisão, que foi no sentido de expedir uma carta precatória para a CBF na pessoa do Ricardo Teixeira ou de quem responder por ele, dando um prazo de 48 horas para que ele revogue a resolução número 2 de 2011. Ele ainda tem o mesmo prazo para editar uma nova resolução afirmando expressamente que o Sport é o único campeão do Campeonato Brasileiro de 1987 - ponderou o advogado.
Ainda de acordo com Arnaldo Barros, a CBF e Ricardo Teixeira podem ser punidos com uma multa diária se não cumprirem o determinado em até 48 horas.

- Se ele não atender a determinação, terá penalidades. Uma delas é uma multa de R$ 500 enquanto perdurar o descumprimento e até uma apuração de crime por desobediência.

No Flamengo, quem trata do assunto é o procurador-geral do clube, Rafael de Piro, que está em Portugal a trabalho. O diretor jurídico do futebol rubro-negro, Michel Assef Filho, salientou que o clube ainda não foi informado da decisão.

- Quem cuida desse assunto oficialmente é o procurador-geral do Flamengo, Rafael de Piro. Como diretor jurídico do futebol, eu digo que não conheço a decisão oficialmente e não tive conhecimento da petição que iniciou o suposto processo. No meu entendimento preliminar, o Flamengo, como será, ou seria, afetado diretamente, deveria ter sido intimado para se manifestar a respeito dela, não só a CBF.

No dia 21 de fevereiro deste ano, a CBF reconheceu o Flamengo como campeão brasileiro de 1987. A decisão, a princípio, colocaria fim a uma polêmica que já dura mais de 24 anos. Na ocasião, o presidente do Sport, Gustavo Dubeux, afirmou que não aceitaria dividir o título com o clube carioca e ressaltou que tomaria as providências cabíveis.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2011/05/justica-cassa-titulo-brasileiro-de-1987-do-flamengo-afirma-o-sport.html

Guga lembra caminhada que o levou ao tri de Roland Garros há dez anos

GLOBOESPORTE.COM publica entrevistão com o ex-número 1 do mundo, que contou detalhadamente o passo a passo de seu último triunfo em Paris

Por Alexandre Cossenza Florianópolis

No dia 10 de junho de 2001, há quase dez anos, Gustavo Kuerten derrotava Alex Corretja, desenhava um coração no saibro da quadra Philippe Chatrier e comemorava seu terceiro título em Roland Garros. Ninguém esperava, mas foi o último grande triunfo de uma carreira espetacular, abreviada por uma implacável lesão no quadril.
Guga deitado em Roland garros comemorando título (Foto: Getty Images)Guga e a clássica cena: deitado dentro do coração na quadra Philippe Chatrier (Foto: Getty Images)

O tempo passou, mas as memórias daquela campanha em Paris continuam bem vivas para o ex-número 1 do mundo, que recebeu o GLOBOESPORTE.COM em Florianópolis e concedeu uma longa entrevista, revivendo não só as vitórias de seu terceiro título em Roland Garros, mas as pessoas presentes em sua carreira e as relações que o levaram a atingir um nível tão alto de competitividade e força mental aos 24 anos.
A série "Memórias do Tri", que estreia nesta sexta-feira, terá reportagens publicadas até o dia 10 de junho, data do décimo aniversário do tricampeonato. Na primeira parte, Guga lembra da mudança de planos após uma derrota precoce em Hamburgo e da preocupação em derrotar seu grande rival da época: o espanhol Juan Carlos Ferrero.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2011/05/guga-lembra-caminhada-que-o-levou-ao-tri-de-roland-garros-ha-dez-anos.html

Jobson não vê a hora de enfrentar o Flamengo: 'Será uma vitrine nacional'

Atacante comemora boa fase e espera marcar primeiro gol no próximo jogo para dedicar ao filho

Por Bruno Wendel Salvador

Jobson aguarda para participar do Globo Esporte Bahia (Foto: Bruno Wendel / GloboEsporte.com)Jobson não esconde a alegria pela boa fase (Foto:
Bruno Wendel / GloboEsporte.com)

Quando o assunto é Jobson, o técnico do Bahia, René Simões, não poupa elogios. Aos jornalistas, o treinador já disse que o jogador de 23 anos é “fantástico” e “um rei em campo”. Com todos esses adjetivos, o atleta anda rindo à toa. O atacante atribui a boa fase à oportunidade de recomeço proporcionada pelo Tricolor, depois de um período de turbulência vivido no Botafogo e no Atlético-MG.
Acolhido e ovacionado pela torcida do Esquadrão de Aço, Jobson se prepara para enfrentar, no próximo domingo, o Flamengo, que conta com estrelas que o próprio jogador admira, como Ronaldinho Gaúcho. Nesta sexta-feira, o atacante participou do Globo Esporte Bahia, da TV Bahia, e o GLOBOESPORTE.COM aproveitou para bater um papo com o novo ídolo tricolor.
Embora tenha agradado, e muito, René Simões, Jobson disse que toma cuidado para que as declarações do treinador não subam à cabeça e garante que o foco está direcionado para o embate de domingo:
- Estou muito feliz porque ele está me elogiando, mas tenho que mostrar muito mais. Preciso melhorar a cada dia, buscando sempre mais. Agora vai ser a minha estreia de verdade, vou jogar diante dessa grande torcida do Bahia – afirmou o jogador.
Atacante Jobson participa do Globo Esporte Bahia com Patrícia Abreu e Thiago Mastroianni (Foto: Bruno Wendel/GloboEsporte.com) Jobson participa do Globo Esporte Bahia com Patrícia Abreu e Thiago Mastroianni (Foto: Bruno Wendel / GloboEsporte.com)

Dar a volta por cima é, hoje, o lema do atacante. Para Jobson, o confronto contra o Flamengo será sua chance de mostrar que vive outro momento na vida.
- Vai ser uma grande partida. Todo mundo quer jogar contra o Flamengo, todo mundo quer aparecer. Vai ser uma vitrine nacional para cada um. Para mim, é a oportunidade de provar para muitos que estou de volta, que recomecei a minha vida do zero, que sou outra pessoa – revelou.
Embora a felicidade esteja estampada no rosto e no comportamento de Jobson, ele não esconde a ansiedade de rever a mãe, dona Lurdes, que ficou no Pará.
- Minha mãe é minha vida, me acompanha em todos os sentidos. Quando estou mal, falo com ela e tudo fica bem. Não vejo a hora de ela chegar – disse o jogador, que aguarda o desembarque de Dona Lurdes, na próxima segunda-feira.
Mas a mãe não é a única pessoa que tem lugar garantindo no coração do craque.
- Estou com muitas saudades de Vitor, meu filho. Ele tem um ano e meio e ficou lá, com minha mãe, no Pará. Com fé em Deus, vou fazer o primeiro gol e dedicar a ele no domingo – declarou Jobson, que pretende colocar o polegar na boca, como uma criança que chupa dedo – gesto popularizado por jogadores como Robinho, em homenagem ao nascimento do filho.

Fome de bola até no videogame
Jobson e Thiago Mastroianni jogam videogame (Foto: Alex Soares)Jobson e Thiago Mastroianni antecipam a final da Liga
dos Campeões (Foto: Alex Soares)

Se, em campo, Jobson tem fome de bola, no gramado virtual não é diferente. A fama de aficionado por videogame do atacante é tão forte que fez o apresentador do Globo Esporte Bahia, Thiago Mastroianni, desafiá-lo. O jornalista garantiu que não faz feio junto ao craque, quando o assunto é futebol virtual.
Para o desafio, os dois entraram no clima da final da Liga dos Campeões e resolveram antecipar, no programa deste sábado, a final entre Barcelona x Manchester United, que acontece às 15h45. Mas Jobson faz questão de avisar o rival:
- Jogo sempre que posso, em casa ou na concentração. Mas a galera lá do Fazendão não gosta de jogar comigo, porque estou acima da média. Então se cuida, Thiago – declarou o modesto atleta.
O resultado deste duelo você confere neste sábado, às 12h45, no Globo Esporte Bahia.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/bahia/noticia/2011/05/jobson-nao-ve-hora-de-enfrentar-o-flamengo-sera-uma-vitrine-nacional.html

Sharapova vira jogo e evita zebra diante de adolescente francesa

ROLAND GARROS 2011


Russa ex-número 1 do mundo esteve a dois games da eliminação em Paris



Por GLOBOESPORTE.COM Paris

A desconhecida Caroline Garcia, de 17 anos e número 188 do ranking mundial não conseguiu lidar com uma situação inédita na carreira. A francesa esteve a dois games de eliminar Maria Sharapova na quadra Philippe Chatrier, mas sentiu a pressão. Sacando em 6/3 e 4/1, Garcia parou. Passou a errar e viu a russa, favorita, dominar. Sharapova saiu do buraco, venceu 11 games seguidos, e escapou da zebra ao fazer 3/6, 6/4 e 6/0.
Maria Sharapova roland garros tênis (Foto: AP)Mesmo sob algumas vaias, Maria Sharapova manda beijos para o público (Foto: AP)

O triunfo, que veio depois de 1h59m, coloca a atual número 8 do mundo na terceira rodada em Roland Garros. Sua próxima adversária será a taiwanesa Yung-Jan Chan, que vem surpreendendo e, nesta quinta, derrotou a americana Jill Craybas por 6/1 e 6/4.
Sharapova demorou a se entender com a quadra pesada e o forte vento parisiense, que soprou durante toda a partida. Logo os primeiros games, ficou claro que o estilo de jogo da russa teria problemas. As pancadas do fundo de quadra perdiam potência ao quicar na quadra lenta, e Garcia se defendia sem problemas.
A jovem francesa aproveitou os vários erros e as chances no segundo saque da russa e abriu boa vantagem, sempre empurrada pela torcida local. Garcia abriu 5/1 e ainda teve um saque quebrado antes de voltar ao fundamento com confiança e fechar em 6/3.
O segundo set começou bem parecido, com a tenista da casa atacando com precaução e vendo Sharapova errar mais do que o normal. Garcia abriu 4/1 e teve o saque para aumentar a vantagem, mas a pressão de eliminar uma favorita na quadra central de Roland Garros pesou. A jovem de 17 anos cometeu uma dupla falta e passou a errar mais.
Sharapova, ao contrário, ganhou confiança e enfim calibrou seus golpes do fundo. A russa venceu cinco games seguidos e fechou a parcial em 6/4. No fim do set, quando vibrava com seus pontos - e alguns erros da adversária -, a ex-número 1 do mundo já recebia vaias da torcida francesa.
Nada desestabilizou a bela russa. Sharapova viu a rival abatida e não aliviou. Ganhou 11 games seguidos, tomou a dianteira e não olhou para trás.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2011/05/sharapova-vira-jogo-e-evita-zebra-diante-de-adolescente-francesa.html

Ao lado do povo, Mano crê no futebol arte e evita comparações com Dunga

Treinador acredita que indo aos estádios brasileiros pode ter um retorno fiel do que pensa o torcedor. Ele fala também da necessidade do jogo bonito

Por GLOBOESPORTE.COM* Rio de Janeiro

Ao assumir a Seleção Brasileira, há dez meses, Mano Menezes encontrou uma novidade: tempo livre. Fins de semana disponíveis. Quartas à noite sem programa. Depois de anos trabalhando em estádios de futebol - ele, ao aceitar o convite da CBF - ganhou folga. Dias de folga. A obrigação semanal de estar num banco de reservas desapareceu. O que fazer com esse tempo livre?
Mano decidiu... trabalhar. Decidiu ir aos estádios - ver jogos - e ser visto vendo jogos. A ideia era até simples: trabalhar, mostrar trabalho, e se aproximar da arquibancada. Mostrar ao torcedor que o treinador da seleção não é uma entidade intocável e distante. Ao contrário de Dunga, que preferia não ser visto - e exibia a ocasional banana diante do protesto - Mano entendeu cedo que ser visto faz parte de seu trabalho. E que estar nos estádios ajuda a relação do treinador com seu cliente derradeiro, o torcedor.
Claro, Mano e a torcida ainda estão em lua-de-mel - é cedo - e ele sabe disso. Mas sabe também que tem uma chance histórica nas mãos. Com 2014 na mira e uma geração espetacular nas mãos, o técnico não olhou para trás. Ignorou as pouco populares preferências de Dunga (Kléberson, Josué, Júlio Baptista...) e apostou no futuro. Já na sua primeira convocação, chamou Ganso e Neymar. Lucas entrou na mira. Tirou de campo o futebol pragmático-e-se-der-bonito. E escalou o futebol-bonito-mas-também-prático. É uma mudança que parece sutil - mas é radical.
Nessa segunda parte da entrevista exclusiva, o técnico da Seleção Brasileira fala também dos adversários do Brasil na primeira fase da Copa América (Venezuela, Paraguai e Equador), daqueles que podem atrapalhar a busca pelo título e da importância de sua primeira competição oficial no projeto 2014. Boa leitura!
Mano Menezes durante entrevista (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)Mano Menezes exibe camisa pentacampeã da Seleção Brasileira (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)

GLOBOESPORTE.COM: A Copa América é a primeira competição oficial da Seleção Brasileira sob o seu comando. O que ela representa para o seu trabalho?
MANO MENEZES: Nós dividimos a formação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2014, que é o mais importante, em três estágios. E o primeiro passa pela Copa América. Nós deixamos bastante claro desde o início que por não termos as eliminatórias durante esse período, nós teríamos que nos apoiar de forma mais concreta e estabelecer parâmetros mais confiáveis nas competições oficiais, que são a Copa América, as Olimpíadas, para um grupo específico e a Copa das Confederações. Na Argentina, nós vamos nos reunir pela primeira vez por um tempo longo e enfrentar adversários muito bem preparados. Vai ser bom para ver qual será a reação da Seleção Brasileira e dos jogadores mais jovens. É tudo o que precisamos para ter um parâmetro mais fidedigno lá na frente.
Se os brasileiros estão entre os melhores do mundo, nós temos condição de aliar isso ao resultado"
Mano Menezes

Você disputou a Libertadores com o Grêmio e também com o Corinthians. Sua experiência nessa competição facilita para a Copa América?
Claro! Facilita muito na identificação da maneira como cada país joga, porque, na verdade, os principais representantes desses países fornecem a maioria dos jogadores para suas seleções. E consequentemente eles vão ser muito parecidos na seleção do que são nos seus clubes. E aí você tem uma ideia de características de jogos. O próprio comportamento nos jogos na América do Sul, fora do Brasil, é diferente. O clima nos estádios, o ambiente da torcida... É importante os jogadores estarem preparados para isso. E essa preparação vem da própria participação dos atletas na competição e da experiência do técnico em termos de conhecimento.

Você tem ido a muitos jogos pelo Brasil, pelo mundo e tem tido contato com o povo. Está feliz com o retorno?
Eu vejo esse contato como algo positivo para você entender a essência do que o torcedor está pensando. Vivo bem essa relação com o torcedor brasileiro. Tenho andando pelo Brasil todo, pelos estádios... isso, ao mesmo tempo que me expõe mais com o torcedor, me dá uma fidelidade maior do seu pensamento. E, momentaneamente, ele tem tido esse comportamento positivo, de carinho. Penso que é proporcional à expectativa que se cria sobre os jogadores.
Mano Menezes durante entrevista (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)Mano Menezes responde às perguntas do Globoesporte.com (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)[

A comparação é inevitável, mas a Seleção do Dunga era mais fechada e ele não tinha esse contato com o povo...
Durante esse tempo todo eu procurei evitar comparações. Não sou eu que as faço. Elas são inevitáveis, mas é importante também entendermos as diferenças. Temos de levar em consideração que a próxima Copa do Mundo será jogada no Brasil. Então, algumas atitudes serão diferentes das tomadas anteriormente. E elas têm de ser diferentes mesmo. Tudo isso que vamos colher agora, nós vamos usar mais na frente, nos momentos mais importantes. Eu tenho comentado um pouco sobre o comportamento do torcedor brasileiro: aqueles que vivem lá fora têm uma compreensão maior, porque vão convivendo com as diferenças culturais de lá e mudando o comportamento. Todas as informações que pudermos retirar desse contato com o torcedor vai ser importante para que estamos fazendo na Seleção.
Eu vejo esse contato como algo positivo para você entender a essência do que o torcedor está pensando"
Mano Menezes

Você conversou com o Dunga desde que assumiu a Seleção?
Não. Não conversei. Eu penso que vai chegar o momento que vamos ter mais contato. Eu apenas procurei que não fosse agora, não tomei a iniciativa, porque penso que pós-derrota, como o caso da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, ele pode guardar muito mais sentimentos negativos do que positivos, até em relação ao seu próprio trabalho, que foi bom no contexto geral. E eu quando procuro falar com as pessoas, procuro levar para esse encontro, conhecimento pessoal, e eu não tinha conhecimento pessoal de Seleção Brasileira para estabelecer um diálogo. Quando você não tem conhecimento fica quase que um monólogo. Uma conversa, para ser boa, tem que ter o contraponto, para questionar alguns assuntos.

E o que você acha da cobrança pelo jogo bonito?
Nos últimos anos, o futebol tem exigido isso. E não devemos abrir mão dessa exigência nunca. Às vezes não é possível, mas não deve se deixar de ter o entendimento como crítico. Não pode deixar de querer um futebol bonito paralelamente ao resultado. Lógico que isso é maior. Na busca disso deve ser proporcionalmente maior. Se os brasileiros estão entre os melhores do mundo, nós temos condição de aliar isso ao resultado.

A terceira e última parte do bate-papo com Mano Menezes irá ao ar no Globoesporte.com na manhã deste sábado, dia 28 de maio. Nela, o comandante da Seleção Brasileira alerta para os perigos de Messi e da Argentina.

*Participaram da entrevista os jornalistas Gustavo Poli, João Garschagen, Leandro Canônico, Márcio Iannacca e Thiago Lavinas.
Neymar Ganso Pato Brasil x EUA (Foto: Getty Images)Com Pato e Ganso, Neymar comemora gol da Seleção contra os Estados Unidos, o primeiro desafio de Mano (Foto: Getty Images)

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Federer treina com Tiago Fernandes e depois vence fácil para ir às oitavas

ROLAND GARROS 2011


David Ferrer, outro candidato ao título, também vence sem sustos em Paris



Por GLOBOESPORTE.COM Paris

Roger Federer começou o dia batendo bola com o brasileiro Tiago Fernandes, campeão do Australian Open juvenil em 2010. Depois do treino, o suíço entrou na quadra Suzanne Lenglen, a segunda maior de Roland Garros, e deu um show: por 6/1, 6/4 e 6/3, o suíço atropelou o sérvio Janko Tipsarevic em 1h30m e passou às oitavas de final no Grand Slam francês.
Roger Federer tênis Roland Garros 3r (Foto: Agência EFE)Roger Federer, sem passar apertos contra Tipsarevic (Foto: Agência EFE)

A atuação foi, de longe, a melhor de Federer no torneio até agora. O atual número 3 do mundo disparou 10 aces e 39 bolas vencedoras, enquanto cometeu apenas 20 erros não forçados. Tipsarevic (32 do mundo) só conseguiu 17 winners, mesmo falhando apenas 13 vezes.
O suíço enfrentará um compatriota na próxima rodada. Seu adversário será Stanislas Wawrinka (14), que depois de estar perdendo por 2 sets a 0, conseguiu virar e derrotar o francês Jo-Wilfried Tsonga (17) em 4h03m: 4/6, 6/7, 7/6, 6/2 e 6/3.

Brasileiro festeja bate-bola
No Twitter, o alagoano Tiago Fernandes, número 392 do mundo aos 18 anos, comemorou o treino com Federer e faz muitos elogios ao tenista suíço:
- Essa manhã bati bola com o melhor jogador de tênis de toda a história. Foi muito legal, espero jogar contra ele um dia - escreveu o brasileiro.

Ferrer também segue firme
Número 7 do mundo e sério candidato ao título em Roland Garros, David Ferrer conquistou mais uma vitória maiúscula em Paris nesta sexta-feira. O espanhol aplicou 6/1, 6/1 e 6/3 em cima do ucraniano Sergiy Stakhovsky e também garantiu seu lugar nas oitavas.
Ferrer pode enfrentar Roger Federer nas quartas de final. Antes, porém, ele tem um desafio nas oitavas contra o vencedor do jogo entre o francês Gael Monfils e o belga Steve Darcis.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2011/05/federer-treina-com-tiago-fernandes-e-depois-vence-facil-para-ir-oitavas.html

De volta à seleção, Paula Pequeno e Mari esquentam briga entre ponteira

Fora do Mundial em 2010 por lesões, dupla treina forte e aumenta concorrência no setor, que também conta com Fernanda Garay, Natália e Sassá

Por Helena Rebello Direto de Saquarema, RJ

Mari no treino da seleção de vôlei (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)Mari está de volta à seleção brasileira de vôlei
(Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)

Com o retorno de Paula Pequeno e Mari, recuperadas de lesões sofridas no Grand Prix que as tiraram do Mundial do Japão, em 2010, à seleção, Zé Roberto Guimarães terá uma dor de cabeça desejada por qualquer treinador. Além da dupla campeã olímpica, o técnico tem à disposição as ponteiras Fernanda Garay, Sassá e Natália, e precisa escolher duas delas para a equipe titular.

Um dos principais nomes do Osasco nas últimas temporadas da Superliga, Natália ganhou a vaga no Grand Prix com as lesões das colegas e se destacou. Em teoria, largaria na frente na briga por posição, mas uma periostite (inflamação na parte externa do osso) na canela esquerda a impediu de treinar com bola desde que se apresentou na seleção, no dia 16 de maio. O treinador, entretanto, faz questão de frisar que a disputa está aberta.

- Não podemos descartar ninguém. A Paula está correndo atrás, trabalhando muito, assim como a (Fernanda) Garay e a própria Sassá.

Eleita a melhor jogadora das Olimpíadas de Pequim, vencidas pelo Brasil, em 2008, Paula Pequeno se diz renovada, tanto física quanto psicologicamente, para recuperar o posto.

- Infelizmente precisei de muito tempo para me recuperar, mas agora estou muito feliz por estar totalmente recuperada. Voltei super motivada e, em tudo que puder ajudar, vou dar o meu máximo. A briga por posição vai ser muito boa. Quanto mais gente boa e em alto nível na mesma posição, evoluímos mais, traçamos mais objetivos e mantermos mais o foco – disse a atleta, que teve uma lesão no tendão de Aquiles.
Paula Pequeno no treino da seleção de vôlei (Foto: Alexandre Arruda / CBV)Paula Pequeno recebe a bola no treino da seleção brasileira, em Saquarema (Foto: Alexandre Arruda / CBV)

Mari, que ficou mais de cinco meses de molho após uma cirurgia para reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho direito, voltou na reta decisiva da Superliga e foi campeã da competição com o Rio de Janeiro. Com um trabalho de força específico para evitar a ocorrência de lesões, a ponteira ressalta que, apesar da concorrência em quadra, as esportistas se dão bem fora dela.

- Somos uma equipe na base de muito treinamento, mas também pela convivência.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/05/de-volta-selecao-paula-pequeno-e-mari-esquentam-briga-entre-ponteiras.html

Bellucci deixa reação escapar e cai diante de Gasquet em Roland Garros

Brasileiro sai perdendo, ensaia virada, mas falha em momentos importantes

Por GLOBOESPORTE.COM Paris

Depois de ver um inspirado Richard Gasquet vencer os dois primeiros sets, Thomaz Bellucci conseguiu reagir e esboçar uma virada. O número 1 do Brasil e 25 do mundo, no entanto, vacilou quando estava melhor em quadra e perdeu a chance. Gasquet, empurrado pela torcida, se jogou no chão e festejou muito quando fechou a partida por 6/2, 6/3, 3/6 e 6/3, em 2h44m.
Richard Gasquet tênis Roland Garros 3r Bellucci (Foto: Getty Images)Richard Gasquet vibrou intensamente durante a vitória sobre Thomaz Bellucci (Foto: Getty Images)

Com a queda na terceira rodada, Bellucci perderá 90 pontos no ranking, pois foi mais longe no ano passado, quando alcançou as oitavas. Na lista da ATP, o brasileiro, atual 25º, perderá pelo menos quatro postos. Gasquet, por sua vez, espera pelo vencedor do duelo entre Novak Djokovic e Juan Martín del Potro para conhecer seu próximo adversário.
Logo nos primeiros games, ficou claro que o francês estava em dia dos bons. Praticamente perfeito, Gasquet quebrou o saque do brasileiro já no segundo game e abriu 3/0. Bellucci não conseguia impor seu jogo do fundo de quadra, e o tenista fazia valeu sua maior variedade de golpes. Bellucci ainda salvou três break points no sexto game, mas nem conseguiu ameaçar o saque de Gasquet. O francês ainda conseguiu mais uma quebra e fechou a parcial em 6/2, depois de 39 minutos.
O número 1 do Brasil tentava desestabilizar Gasquet com curtinhas, mas a tática não funcionava sempre, e o francês começou o set do mesmo jeito que terminou a parcial anterior: com uma quebra de saque no quarto game. O único esboço de reação de Bellucci foi no quinto game, quando devolveu a quebra, mas o paulista não aproveitou o momento e nem chegou a empatar.
Thomaz Bellucci tênis Roland Garros 3r (Foto: AFP)Thomaz Bellucci demorou a conseguir se impor
na partida desta sexta-feira (Foto: AFP)

No sexto game, jogou uma curtinha na rede e cedeu nova quebra. Gasquet, então, aproveitou para abrir 5/2. O brasileiro ainda confirmou seu saque e forçou o ex-top 10 a fechar o set em seu serviço. O francês não perdoou. Sacou e abriu 2 sets a 0: 6/2 e 6/3.
A consistência assustadora de Gasquet, porém, acabou junto com o segundo set. Na terceira parcial, foi o brasileiro que errou pouco e contou com falhas do tenista da casa. Bellucci saiu de 0/30 no quinto game, disparando três bolas vencedoras seguidas e aproveitou o momento na sequência, quando Gasquet cometeu três erros e cedeu a quebra. Bellucci abriu 5/2 e não deu chances. Sem ceder um break point sequer, fez 6/3 e forçou o quarto set.
O momento, enfim, mudou. O tenista da casa já não se mostrava tão bem fisicamente, e Bellucci aproveitou para conseguiu uma quebra no primeiro game do quarto set. Na hora de abrir vantagem, contudo, o brasileiro jogou dois games muito ruins e deixou que Gasquet devolvesse a quebra.
Enquanto o paulista pediu atendimento médico no pé esquerdo, a torcida enfim acordou para fazer barulho e empurrar seu tenista.
Bellucci passou a confirmar seu saque com mais facilidade que o francês, mas seguia cometendo erros bobos no serviço do rival. O momento era favorável, mas o brasileiro vacilou quando não podia. No oitavo game, o brasileiro usou mal uma curtinha, deu moral ao adversário e não conseguiu sair do buraco. Gasquet conseguiu a quebra e, em seguida, confirmou o saque para fechar o jogo.
Quando sua última paralela de direita entrou sem chances de defesa para o brasileiro, o francês se atirou no saibro da quadra Suzanne Lenglen e vibrou muito - para festa da torcida francesa.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2011/05/bellucci-deixa-reacao-escapar-e-cai-diante-de-gasquet-em-roland-garros.html

Com estiramento na virilha, Lucas será desfalque por três semanas

Alessandro é confirmado na equipe titular do Botafogo na partida deste sábado, no Engenhão

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Lucas gol botafogo (Foto: Ag. Estado)Machucado, Lucas desfalca o Botafogo
(Foto: Ag. Estado)

Depois de dar um susto durante o treino da manhã desta sexta-feira, Lucas foi submetido a um exame para que fosse conhecida sua lesão. E o resultado foi mais grave do que o esperado.  O lateral-direito sofreu um estiramento grau um na região da virilha direita (músculo adutor longo do quadril direito). Assim, o lateral-direito do Botafogo está vetado da partida contra o Santos, neste sábado, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
O departamento médico do Botafogo estima o tempo de recuperação de Lucas em três semanas. Assim, Alessandro volta ao time titular do Botafogo, recuperando a posição perdida após o empate em 2 a 2 com o Avaí, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
Outro jogador entregue ao departamento médico do Botafogo é Bruno Tiago. O volante sofreu um estiramento grau um na coxa direita e deve retornar aos gramados em 15 dias.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2011/05/com-estiramento-na-virilha-lucas-sera-desfalque-por-tres-semanas.html
 

Sem atacar, Wozniacki leva baile de Hantuchova e se despede de Paris

EOLAND GARROS 2011


Número 1 do mundo segue sem um título de Grand Slam no currículo

Por GLOBOESPORTE.COM Paris

Tenista mais consistente do circuito, Caroline Wozniacki não contou com seu melhor atributo nesta sexta-feira e acabou se despedindo de Roland Garros logo na terceira rodada. Sem conseguir executar seus golpes regulares e sem tomar a iniciativa do jogo, a número 1 do mundo foi presa fácil para a eslovaca Daniela Hantuchova, 29º do ranking, que aplicou 6/1 e 6/3.
Daniela Hantuchova Caroline Wozniacki tênis Roland Garros 3r (Foto: agência Reuters)Daniela Hantuchova (à dir.) foi mais agressiva e precisa que a número 1 do mundo (Foto: agência Reuters)

O resultado coloca Hantuchova nas oitavas de final em Paris. Ela vai enfrentar a russa Stevlana Kuznetsova (14 do mundo), campeã do torneio em 2009, que nesta sexta passou pela canadense Rebecca Marino por 6/0 e 6/4. Enquanto isso, Wozniacki seguirá pelo menos até julho sem conquistar seu primeiro título de Grand Slam.
Ex-top 10, a tenista de 28 anos não encontrou problemas para impor seu jogo agressivo e jogar Wozniacki de um lado para o outro da quadra. A dinamarquesa ficou o primeiro set inteiro se defendendo e terminou a parcial sem executar uma bola vencedora sequer. Hantuchova, por sua vez, conseguiu 15 winners e venceu por 6/1.
O tom do jogo mudou pouco no segundo set. Wozniacki, porém, já conseguia executar mais bolas fundas e evitar tantos ataques de Hantuchova. Mesmo assim, a eslovaca abriu 2/0 e, graças a um erro bobo de Wozniacki, conseguiu outra quebra para ampliar a vantagem até 4/0. A número 1 esboçou uma reação, devolveu uma das quebras e encostou, deixando placar em 4/3, mas não passou disso. Hantuchova confirmou seu serviço de zero e, no nono game, viu Wozniacki cometer três erros seguidos para ceder a quebra e perder o jogo.
No fim do jogo, Hantuchova tinha 26 bolas vencedoras e 16 erros não forçados, contra nove e 14 de Wozniacki, respectivamente.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2011/05/sem-atacar-wozniacki-leva-baile-de-hantuchova-e-se-despede-de-paris.html

Dez anos após 1ª taça de Bernardinho na seleção, Brasil tenta a décima Liga

Em busca do deca, seleção estreia na Liga Mundial nesta sexta-feira, contra Porto Rico. Grupo tem retorno de Serginho e Gustavo e estreia de JP Bravo

Por Helena Rebello Rio de Janeiro

Bernardinho no treino da seleção de vôlei (Foto: Alexandre Arruda / CBV)Dez anos depois do seu 1º título, Bernardinho buscao deca do país na Liga (Foto:Alexandre Arruda/CBV)

Há pouco mais de dez anos, Bernardinho iniciava sua primeira Liga Mundial pela seleção brasileira. Foi também seu primeiro título com a equipe, depois de bater a Itália na final por 3 setes a 0. Nesta sexta-feira, às 21h30m (de Brasília), o treinador e seus comandados iniciam contra Porto Rico, no Coliseu Roberto Clemente, a luta pelo décimo troféu na competição. O SporTV transmite ao vivo a estreia do Brasil.
De coincidências com a Liga Mundial de 2001, a presença dos Estados Unidos no grupo do Brasil e a fase final disputada na Polônia, além de nomes como Giba, Dante, Seginho e Gustavo no time verde e amarelo. No caso do líbero e do meio de rede, esta será a primeira competição após afastamentos de um e três anos, respectivamente, por lesões e razões pessoais.
- Nós conquistamos muita coisa nesses dez anos. Mas os últimos dois, com a seleção já renovada, talvez tenham sido os dois melhores nessa trajetória, porque conquistamos 100% dos campeonatos. Mas tenho convicção que não fizemos nosso melhor ainda. O legado que ficou para os jogadores desses 10 anos de experiência na seleção é a importância do time, mais do que qualquer individualidade. E também que a preparação é a essência de tudo para ter convicção e segurança do trabalho – afirmou Bernardinho.
Sem poder contar com Dante, que pediu mais tempo para ficar com a família, e Murilo, liberado para ficar com a esposa Jaqueline, que perdeu o bebê no início da semana, o Brasil deve entrar em quadra com Bruno, Leandro Vissotto, Giba, João Paulo Bravo, Lucão e Rodrigão, além do líbero Serginho.
Esta será a primeira participação de João Paulo Bravo na competição. Em 2009, o ponteiro sofreu uma lesão no abdômen e, em 2010, foi cortado e nem chegou a se apresentar no CT de Saquarema. Com a oportunidade única de ser titular, já que normalmente seria o segundo reserva do setor, o jogador adotou um discurso humilde e se pôs a serviço do grupo.
Bruninho com João Paulo Bravo e Sidão no treino de vôlei (Foto: Alexandre Arruda / CBV)João Paulo Bravo (esq) será titular em sua estreia na Liga Mundial (Foto: Alexandre Arruda / CBV)

- Vestir a camisa da seleção brasileira é uma grande responsabilidade, independente da situação. O Murilo é o melhor jogador do mundo e faz falta a qualquer equipe. Não vou jogar pensando em substituí-lo, mas sim em fazer o meu melhor e ajudar o Brasil da melhor maneira possível – disse.
Quem também estreia em Ligas Mundiais é a seleção de Porto Rico, que já enfrentou o Brasil outras nove vezes e venceu apenas uma, contra a Seleção de Novos, em 2010. Apesar de ser, em teoria, o time mais fraco do grupo que também conta com Estados Unidos e Polônia, Bernardinho pede atenção.
- Estados Unidos e Polônia são duas grandes equipes. Uma já está classificada (Polônia, porque vai sediar a fase final) e a outra é campeã olímpica e sempre dificulta muito a vida do Brasil. Porto Rico joga diferente, com muita velocidade, e certamente vai entrar em quadra com a alegria de jogar contra um time de campeões, de líderes do ranking. Eles vão jogar sem muita responsabilidade, e por isso mesmo é preciso ficar atento. Nosso tempo de preparação foi muito curto em função do termino da Superliga, e ainda estamos buscando o acerto ideal – destacou o técnico.
Confira a lista de jogos do Brasil na 1ª fase:

27/05 - 21h30 - Porto Rico x Brasil – Em San Juan
28/05 - 21h30 - Porto Rico x Brasil - Em San Juan
04/06 - 10h00 - Brasil x Polônia – No Rio de Janeiro
05/06 - 10h00 - Brasil x Polônia - No Rio de Janeiro
11/06 - 10h00 - Brasil x EUA – Em Belo Horizonte
12/06 - 09h50 - Brasil x EUA -– Em Belo Horizonte
18/06 - 10h00 - Brasil x Porto Rico – Em São Paulo
19/06 - 10h00 - Brasil x Porto Rico – Em São Paulo
24/06 - 21h00 - EUA x Brasil – Em Tulsa
25/06 - 21h00 - EUA x Brasil – Em Tulsa
29/06 - 15h30 - Polônia x Brasil – Em Kalowice
30/06 - 15h30 - Polônia x Brasil - Em Kalowice
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/05/dez-anos-depois-da-primeira-taca-de-bernardinho-brasil-tenta-decima-liga.html

Lucas põe Neymar e Ganso à frente, mas projeta ser o melhor do mundo

Integrante da nova safra de ouro do futebol brasileiro, o meia são-paulino deseja ganhar títulos pelo Tricolor Paulista antes de alçar voos mais altos

Por Sergio Gandolphi e Fábio Sanches São Paulo


27/05/2011 07h05 - Atualizado em 27/05/2011 09h56

Lucas põe Neymar e Ganso à frente, mas projeta ser o melhor do mundo

Integrante da nova safra de ouro do futebol brasileiro, o meia são-paulino deseja ganhar títulos pelo Tricolor Paulista antes de alçar voos mais altos

Por Sergio Gandolphi e Fábio Sanches São Paulo
Não faz nem um ano que ele apareceu no elenco profissional do São Paulo. Mas seu rápido sucesso já o credencia como o mais valioso fruto da base desde Kaká, que trocou o Morumbi pelo Milan em 2003, depois de dias conturbados com a torcida do clube que o criou, e hoje veste a camisa do Real Madrid. A rápida introdução acima é para Lucas, 18 anos, o principal nome do atual elenco tricolor que já sonha seguir passos similares aos da mais famosa revelação são-paulina (assista aos bastidores da entrevista no vídeo ao lado).
- Meu maior sonho é um dia ser o melhor jogador do mundo, mas para isso existem várias etapas a superar. Não posso querer dar um passo maior que a perna - avisa.
Kaká conseguiu ser eleito o melhor do mundo pela Fifa em 2007, depois de levar o Milan ao título da Liga dos Campeões. Antes de atingir este ponto, Lucas deseja brilhar não no futebol europeu, mas sim no São Paulo, feito que o craque do time merengue não conseguiu.
Em fevereiro deste ano, Lucas renovou seu contrato com o Tricolor até dezembro de 2015, tornando-se um dos jovens mais caros do país - sua multa rescisória está avaliada em € 80 milhões (cerca de R$ 180 milhões). Além disso, o bom futebol mostrado desde que apareceu já fez as pessoas esquecerem que ele despontou com o apelido de "Marcelinho", por causa da aparência física com o ex-jogador corintiano.
- Hoje em dia, só na base alguns garotos ainda me chamam de Marcelinho, porque fiquei muitos anos lá com esse apelido. O restante das pessoas só fala Lucas mesmo - conta.

Meu maior sonho é ser o melhor jogador do mundo"
Lucas
Nove meses após a sua estreia no time profissional - foi em 9 de agosto de 2010, no 1 a 1 com o Atlético Paranaense, em Curitiba - o garoto fez até aqui 38 jogos, marcou oito gols e virou presença garantida na Seleção Brasileira de Mano Menezes, com possível participação na Copa América, primeira competição oficial pelo time principal do Brasil, a ser disputada em julho na Argentina - o técnico convocou 28 jogadores e cortará seis jogadores para a competição, sendo dois goleiros (foram chamados quatro).


- É uma emoção inexplicável, uma alegria ver meu nome na lista dos convocados. Agora preciso ir lá e mostrar o que sei para voltar sempre - resume.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista com Lucas, produzida pela equipe do FootBrazil, programa da Rede Globo que é exibido para mais de 190 países.
Na semana passada você foi convocado outra vez para a Seleção Brasileira principal. Isso mostra que você superou uma outra etapa da sua carreira?
Chegar à Seleção é o sonho de todo jogador. Quando vi meu nome na lista, morri de alegria. A emoção foi a mesma da primeira convocação (no amistoso contra a Escócia). Não tem como explicar. Agora preciso me manter, jogar da maneira que vinha atuando para conseguir ser lembrado sempre. Preciso ir bem nos dois amistosos para provar que posso estar no grupo da Copa América. E uma coisa puxa a outra, né? Primeiro vem Copa América, depois tem Olimpíadas, Copa das Confederações e o topo, que é a Copa do Mundo.


O que representou o Sul-Americano Sub-20, no começo do ano, para esta sua evolução?
Aquele campeonato foi um salto na minha carreira. Explodi lá. Foi maravilhoso o que aconteceu, perfeito, a partir dali todo mundo passou a conhecer o Lucas do São Paulo.
Neymar e Lucas comemoram o títulodo Brasil sub 20 (Foto: Mowa Press)
Neymar e Lucas construíram uma grande amizade durante o Sul-Americano Sub-20 (Mowa Press)
Tem Copa América, Olimpíadas, Copa das Confederações e o topo, que é a Copa do Mundo"
Lucas
O Sul-Americano também aproximou você do Neymar, certo?
Já conheço o Neymar faz tempo, fomos rivais na base, em jogos de futsal também. Nós nos enfrentamos muitas vezes antes de chegarmos ao profissional. Sempre converso com ele, ainda mais depois da Seleção sub-20, quando dividimos o mesmo quarto e ficamos junto mais de um mês. Fiquei mais amigo dele depois disso, conversamos por telefone, mensagem, Twitter... É uma amizade bacana, mas dentro de campo é uma coisa, e fora é outra.


Em pouco tempo de carreira, você já conviveu no São Paulo com duas eliminações seguidas (Paulista e Copa do Brasil). O que tirou de tudo isso?
As derrotas servem para amadurecer. Sabemos que o primeiro semestre não foi bom para o São Paulo, ficamos devendo nas duas competições que disputamos. Por isso que o nosso início no Brasileiro precisa ser bom, para apagar esta imagem ruim que foi deixada.


Pela primeira vez nos últimos anos o São Paulo começa o Brasileirão só disputando uma competição. É melhor ou aumenta a pressão por bons resultados?
Precisamos conquistar a confiança da nossa torcida outra vez. O pensamento agora é apenas no Brasileirão, e temos de conquistar pontos no início, porque eles valem a mesma coisa no fim, quando o campeonato fica mais disputado. Quero títulos aqui no São Paulo, quero retribuir a confiança que a torcida e a diretoria depositaram em mim. Às vezes as pessoas falam que sou o principal jogador do time, mas essa questão contratual fica fora do jogo. Quando a bola rola, todos têm as suas responsabilidades.


Lucas com a equipe da Rede Globo no Morumbi (Miguel Schincariol / Globoesporte.com)
A entrevista exclusiva com Lucas foi produzida pelo FootBrazil, programa da Rede Globo que é exibido para mais de 190 países
Você sente a responsabilidade de ser um jogador formado dentro do São Paulo? O Kaká sofreu muita pressão e chegou a ter problemas com a torcida depois de alguns resultados ruins.
Estou tranquilo. Quando entro em campo esqueço de tudo isso, mas não fujo da responsabilidade. Sei da pressão que carrego e fico feliz por Cotia (local do centro de treinamento da base tricolor) ter dado bons frutos nos últimos anos. Depois da Copa São Paulo de 2010 vários jogadores com potencial foram promovidos, como Casemiro, Bruno Uvini, Zé Vitor. Fico contente por ter feito parte dessa safra.


Deixando o campo um pouco de lado, você está estudando, fazendo algum curso?
Terminei o ensino médio e tinha vontade era de fazer uma faculdade, mas aí subi para o time profissional e parei com os estudos para me dedicar só ao futebol. Mas tenho vontade de fazer um curso de inglês para não ficar tão longe dos livros.


Todos no São Paulo dizem que você é muito simples. O próprio Rogério Ceni sempre elogia esse seu lado. De onde vem esse jeito? É uma coisa passada pelo seu pai (Jorge)?
Acho que educação é uma coisa que vem de berço. Meu pai e minha mãe me deram uma educação maravilhosa, são pessoas responsáveis pelo meu sucesso, e quero sempre ambos perto de mim. Ainda não conquistei nada, não tem motivo para mudar o meu jeito de ser. E mesmo se eu tivesse conquistado, não tem porque mudar. Preciso ser a mesma pessoa, pois com isso só tenho a ganhar, tanto dentro como fora de campo.
Lucas assina contrato com empresa de Ronaldo (Foto: Divulgação)
Lucas ao lado de Ronaldo e do empresário Wagner
Ribeiro na sede da empresa 9ine (Divulgação)
Você tem um empresário (Wagner Ribeiro), mas seu pai continua gerenciando a sua carreira?
Sim, meu pai foi uma peça importante no meu sucesso, na realização do meu sonho. É ele quem cuida de tudo da minha carreira, da parte financeira, me ajuda no lado psicológico também. Ele sempre vai aos jogos para me assistir, conversa comigo, quero ele sempre do meu lado, o máximo que eu puder, porque pai e mãe sempre querem o bem para a gente.


Mas e o contrato com a 9ine?
O Ronaldo fez uma parceria com o Wagner Ribeiro, meu empresário, para cuidar da imagem dos jogadores dele, trazer propostas de publicidade, trabalhar com imagem fora do campo.


Pra fechar, quem é melhor: Lucas, Neymar ou Ganso?
Estou em terceiro nesta lista. O Ganso deu uma parada agora, machucou-se, mas ele já fez muita coisa ao lado do Neymar, os dois já conquistaram títulos com a camisa do Santos. Eu ainda não tenho nem um ano como profissional, mas tenho tudo para crescer também e ser uma surpresa neste Campeonato Brasileiro.


Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2011/05/lucas-poe-neymar-e-ganso-frente-mas-projeta-ser-o-melhor-do-mundo.html